img-500x294

Exportação: China, o grande líder do ranking dos países de destino das vendas externas brasileiras

A partir deste mês de setembro, o Comexdobrasil.com passa a publicar todos os meses o ranking do comércio exterior brasileiro, integrado pelos dez principais países parceiros do Brasil para as exportações e importações. O objetivo é proporcionar ao leitor informações básicas sobre os volumes exportado e importado, variação, participação de cada país nas exportações e importações brasileiras e também dados relacionados às exportações e importações por categoria de produtos.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A relação dos dez principais mercados para as vendas externas do Brasil e a seguinte:
O ranking dos países de destino das exportações brasileiras é liderado por ampla margem pela China, para onde as empresas brasileiras embarcaram entre os meses de janeiro e agosto deste ano produtos no valor total de US$ 25,955 bilhões, correspondentes a 21% das exportações globais do Brasil. No período, as exportações brasileiras para os chineses tiveram uma alta de 1,8% comparativamente com idêntico período de 2016.
Responsáveis por 82,6% das exportações brasileiras para a China, os produtos básicos geraram uma receita no total de US$ 21,44 bilhões e tiveram uma queda de 0,6% nos oito primeiros meses do ano. Por sua vez, os produtos semimanufaturados, com vendas no total de US$ 3,22 bilhões e alta de 5,8%, foram responsáveis por 12,4% do total exportado para o país asiático. Finalmente, os bens manufaturados somaram US$ 1,28 bilhão, tiveram uma elevação de 48,8% e uma participação de 495% no total das exportações para a China.
Durante muitos anos os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras, posto ocupado nos últimos anos pela China. Os americanos responderam por 12,1% da s vendas externas do País entre os meses de janeiro e agosto, com importações no total de US$ 14,95 bilhões, uma redução de 8,17% em comparação com os números registrados em idêntico período do ano passado.

Nos dados da balança comercial brasileiras fornecidos pelo MDIC em relação aos Estados Unidos chama a atenção o fato de que nenhum outro país importa tanto produto industrializado brasileiro. Esses bens, de maior valor agregado, apesar de registrarem uma pequena queda de 1 ,91%, responderam por 61,0% do total exportado pelo Brasil e geraram uma receita no valor de US$ 9,31 bilhões. Os produtos básicos movimentaram US$ 2,01 bilhões (retração de 32,4%) e corresponderam a 13,4% do volume total exportado. Por outro lado, as vendas dos produtos semimanufaturados somaram US$ 2,61 bilhões (queda de 9,1% comparativamente com o período janeiro/agosto de 2015) e tiveram uma participação de 17,4% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos. Na categoria Operações Especiais, foram realizadas exportações no total de US$ 1,21 bilhão, com alta de 67% e participação de 8,1% nas exportações gerais brasileiras para o mercado americano.

ARGENTINA

De janeiro a agosto, as exportações brasileiras para a Argentina totalizaram US$ 8,796 bilhões (ligeira alta de 0,92% sobre 2015) e participação de 7,12% no total exportado pelo Brasil. O grande destaque reside no fato de que nenhum outro país importou, proporcionalmente, tanto produto industrializado brasileiro como a Argentina, país que teve uma participação recorde de 93,6% dos produtos manufaturados em sua pauta importadora do Brasil. Os números por categoria de produtos são os seguintes:

Produtos manufaturados: exportações no valor de US$ 8,23 bilhões (alta de 1,6%) e participação de 93,6%.

Produtos básicos: exportações totais de US$ 291 milhões (queda de 24,7%) e participação de 3,32%.

Produtos semimanufaturados: US$ 257 milhões, com alta de 21,5% no período e participação de 2,92% nas exportações totais brasileiras para a Argentina.

PAÍSES BAIXOS

Os números relativos aos Países Baixos são os seguintes:

Exportações: US$ 7,276 bilhões (alta de 9,42%) e participação de 5,89% nas exportações brasileiras.

Produtos básicos: US$ 2,57 bilhões (retração de 8,9%) e participação de 35,3%

Produtos semimanufaturados: US$ 1,14 bilhão (queda de 0,3%) e participação de 15,7%

Produtos manufaturados: US$ 3,56 bilhões (alta de 32,6%) e participação de 48,9%.

ALEMANHA

As exportações brasileiras para a Alemanha somaram US$ 3,178 bilhões (retração de 11,52%) e participação de 2,57% nas vendas externas brasileiras.

Produtos básicos: US$ 1,78 bilhão (queda de 15,2%) e participação de 2,57%

Produtos semimanufaturados: US$ 231 milhões (queda de 33,3%) e participação de 7,27%

Produtos manufaturados: US$ 1,16 bilhão (alta de 2,0%) e participação de 36,5%.

JAPÃO

As exportações brasileiras para o Japão totalizaram US$ 3,066 bilhões (aumento de 2,63%) e participação de 2,48%.

Produtos básicos: US$ 1,99 bilhão (alta de 5,7%) e participação de 65%

Produtos semimanufaturados: US$ 488 milhões (queda de 21,4%) e participação de 15,9%

Produtos manufaturados: US$ 578 milhões (alta de 21,0%) e participação de 18,9%.

CHILE

De janeiro a agosto, o Brasil exportou para o Chile mercadorias no total de US$ 2,630 bilhões (ligeira alta de 0,57%) e participação de 2,13% nas vendas totais brasileiras ao exterior.

Produtos básicos: US$ 1,12 bilhão (alta de 0,8%) e participação de 42,7%

Produtos semimanufaturados: US$ 71 milhões (alta de 61,4%) e participação de 2,67%

Produtos manufaturados: US$ 1,42 bilhão (queda de 1,9%) e participação de 53,9% nas exportações totais brasileiras para o país andino.

MÉXICO

As exportações brasileiras para o México somaram US$ 2,49 bilhões (alta de 7,99%), participação de 2,2% e estiveram assim divididas por categoria de produtos:

Produtos básicos: US$ 271 milhões (alta de 74,5%) e participação de 10,9%

Produtos semimanufaturados: US$ 267 milhões (alta de 39,9%) e participação de 20,7%

Produtos manufaturados: US$ 1,95 bilhão (ligeira retração de 0,4%) e participação de 78,3%.

ITÁLIA

A Itália foi o destino final de exportações brasileiras no total de US$ 2,279 bilhões (alta de 4,95% sobre os oito primeiros meses do ano passado e participação de 1,84% em todo o volume exportado pelo Brasil no período.

Produtos básicos: US$ 969 milhões (alta de 11%) e participação de 42,5%

Produtos semimanufaturados: US$ 792 milhões (queda de 3,5%) e participação de 34,8%

Produtos manufaturados: US$ 500 milhões (alta de 10,5%) e participação de 21,9%

COREIA DO SUL

De janeiro a agosto,as exportações brasileiros para a Coreia do Sul totalizaram US$ 1,969 bilhão (alta de 8,69%). A participação da Coreia do Sul no volume total exportado pelo Brasil foi da ordem de 1,59%.

Produtos básicos: US$ 1,36 bilhão (alta de 6,6%) e participação de 69,3%

Produtos semimanufaturados: US$ 252 milhões (aumento de 19,2%) e participação de 12,8%

Produtos manufaturados: US$ 351 milhões (alta de 10%) e participação de 17,8% no total exportado pelo Brasil para o país asiático.

ministro_marcos-1-720x294-1

Marcos Pereira comemora recorde de inscrições no programa Brasil Mais Produtivo em Goiás

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, lançou nesta sexta-feira (16), em Goiânia (GO), o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o programa Brasil Mais Produtivo. As iniciativas buscam aprimorar o processo produtivo das empresas atendidas e ampliar a entrada dos produtos goianos no mercado internacional.

“O Brasil Mais Produtivo é um enorme sucesso. Já foram investidos R$ 50 milhões no programa, que vai atender três mil empresas em todo o país. Reservamos 220 vagas aqui no Estado e 580 empresas se inscreveram. Isso mostra o grande interesse dos empresários e industriais goianos”, disse o ministro.

No evento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Marcos Pereira anunciou que o MDIC se prepara para, em breve, ampliar o Brasil Mais Produtivo, com foco em em eficiência energética, área que impacta diretamente os custos de produção e representa um entrave para o crescimento da indústria brasileira.

O ministro também apresentou, aos empresários e autoridades presentes, os pilares do PNCE. “Esse Plano tem o importance papel de ampliar a cultura exportadora nas empresas brasileiras. E o governo do presidente Michel Temer está empenhado em melhorar o ambiente de negócios. Estamos discutindo a modernização na legislação trabalhista e a desburocratização. O melhor programa social que podemos apresentar neste momento é a geração de emprego”, disse o ministro.

Para o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, os programas lançados pelo MDIC são um grande incentivo para os empreendedores goianos. “Os programas irão aprimorar o processo de produção das empresas goianas e ampliar a entrada delas no mercado internacional. É um grande incentivo receber do MDIC o reconhecimento do nosso potencial de exportação em vários setores industriais. Será um reforço importante”, afirmou o governador.

O presidente da FIEG, Pedro Oliveira, também destacou a importância dos programas do MDIC para o crescimento do país. “As ações do Ministério são de extrema importância para o Brasil, não só para as indústrias. Se houver geração de empregos, estaremos contribuindo para o benefício social do país”, disse.

“Entendemos que parte das soluções mais emergenciais para recolocar o país nos trilhos do crescimento econômico e do desenvolvimento social está justamente no incremento do comércio exterior, via inovação e melhoria da eficiência nos processos produtivos e na qualidade dos produtos”, completou Oliveira.

Cultura Exportadora

O PNCE tem o objetivo de aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior e, consequentemente, aumentar as exportações de produtos e serviços. As empresas contarão com ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos e identificação de mercados.

O Plano é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. Além disso, conta com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão.

O Estado de Goiás, décimo oitavo a receber o PNCE, apresenta grande potencial de exportação em vários setores produtivos industriais, tais como vestuário e acessórios, alimentos, produtos minerais não-metálicos, produtos de metal e móveis. Só nestes cinco setores há mais de 8.200 empresas em todo o Estado.

Como destacou o governador Marconi Perillo, o Estado tem trabalhado para ampliar a lista de destino das exportações goianas. “Há alguns anos, nós exportávamos para menos de 40 países. Hoje, nossos proudutos são vendidos para mais de 150 nações”, disse.

Em 2015, Goiás foi o décimo primeiro Estado brasileiro com maior valor de exportações no Brasil, registrando vendas externas no valor US$ 5.8 bilhões, o que correspondeu a 3,1% do total nacional. Na região Centro-Oeste, foi o segundo maior exportador, com 25,5% das exportações regionais.

Além de parceiros estaduais e nacionais, como CNI, Sebrae, BNDES, MRE e Apex Brasil, o Plano Nacional da Cultura Exportadora conta com um comitê gestor local, responsável por planejar e executar as ações de apoio, assim como monitorar a performance do programa com as empresas locais. No Estado de Goiás, o comitê é formado pela Federação das Indústrias (FIEG), Governo do Estado de Goiás, SEBRAE, Banco do Brasil, Correios, ACIEG, ADIAL, FACIEG, FAEG, Fecomércio-GO, Movimento Goiás Competitivo e Porto Seco Centro Oeste S/A.

Nesta sexta (16), o ministro Marcos Pereira assinou o termo de posse do Coordenador Estadual do Comitê de Goiás do PNCE, Emílio Carlos Bittar, e do secretário-executivo, Luiz Medeiros Pinto. Os dois terão mandato de um ano à frente do comitê local do PNCE.

Brasil Mais Produtivo

Lançado em abril deste ano, o Brasil Mais Produtivo tem o objetivo de aumentar em 20% ou mais a produtividade das empresas brasileiras atendidas pelo programa. A iniciativa, sob coordenação do MDIC, tem como parceiros o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Também são apoiadores do programa o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O foco do Brasil Mais Produtivo é a redução de sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Para isso, o programa utiliza a metodologia de manufatura enxuta (lean manufacturing).

Entre as empresas interessadas em participar do Programa, terão prioridade as que se organizam em Arranjos Produtivos Locais (APLs) de todos os estados e regiões do país e que possuem entre 11 e 200 funcionários (pequenas e médias). Até 2017, serão atendidas em todo Brasil três mil pequenas e médias indústrias dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, moveleiro e metalomecânico.

Em Goiás, sétimo Estado a receber o programa, foram selecionados, a partir do critério de priorização de impacto local, três setores como focos para as consultorias: moveleiro, confecções e calçados e alimentos e bebidas. No total, receberão atendimento no âmbito do Brasil Mais Produtivo 220 empreendimentos em seis Arranjos Produtivos Locais: APL de Móveis da Região Metropolitana de Goiânia; APL Confecção Moda Feminina de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade; APL de Confecções da Região de Jaraguá; APL de Couro e Calçados de Goiânia; APL de Lácteo da Microrregião da Estrada de Ferro de Goiânia; e APL de Cachaça Artesanal de Alambique (Goiânia).

As empresas participantes do Brasil Mais Produtivo irão receber capacitação técnica no processo produtivo, de forma que possam obter ganhos expressivos de produtividade, inclusive redução no custo de produção.

Fonte: MDIC

courospeles1

Receita com exportações de couros cresce 5,8% e totaliza US$ 178,5 milhões até agosto

As exportações brasileiras de couros e peles registraram crescimento no resultado do mês de agosto. No período, foram vendidos ao mercado externo US$ 178,5 milhões, uma alta de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2015. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com análise da Inteligência Comercial do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

Estes números, pontua o presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, têm grande influência dos couros exportados com maior valor agregado – os tipos semi e acabado – que respondem por mais de 70% das vendas brasileiras no comércio internacional. “Agosto trouxe um resultado positivo, mas há um movimento expressivo em curso por parte do exportador brasileiro para que mercados já conquistados não se percam em função do momento difícil que vivemos para a exportação”, avalia o presidente.

Bello destaca que o câmbio em constante oscilação tem sido um fator preponderante para a dificuldade no fechamento de negócios e que medidas a partir do executivo poderiam atenuar essa situação – como o retorno do Reintegra (programa que devolve resíduo tributário para empresas exportadoras) e facilidade de acesso e aumento dos limites de financiamento via Proex.

Os desafios apontados por Bello e o movimento do setor do couro brasileiro dentro do comércio mundial podem ser analisados pontualmente com o panorama do ano das exportações brasileiras. Mesmo com o crescimento das vendas em agosto, há registro de 13,4% a menos em dólares no acumulado do ano em comparação com os oito primeiros meses de 2015, mas, em contrapartida, uma alta expressiva em volumes no mesmo período, com 11,3% a mais em metragem quadrada comercializada (ao todo, 133,1 milhões de metros quadrados de janeiro a agosto de 2016). “São dados que mostram com muita clareza o trabalho do exportador brasileiro e as dificuldades que estamos enfrentando, apesar do Brasil ser há anos um dos protagonistas mundiais do setor, com reconhecimento de seu produto em atributos como qualidade, design e sustentabilidade”, frisa o gestor.

China / Hong Kong, Itália, Estados Unidos e Vietnã são os principais compradores de couro do Brasil neste período e Rio Grande do Sul e São Paulo os principais vendedores, nesta ordem.

Fonte: CICB

conteiner-640x294

Exportações para países árabes crescem 17% em agosto e interrompem cinco meses de queda

Após cinco meses de queda, as exportações do Brasil para o mercado árabe voltaram a subir em agosto. O avanço sobre o mesmo mês do ano passado foi de 17%, de acordo com números do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A receita gerada com as vendas foi de US$ 1,2 bilhão no mês passado contra US$ 1 bilhão em agosto de 2015. Desde o começo do ano, as exportações só haviam subido em fevereiro na comparação anual, além de agosto.

As vendas brasileiras para a região foram impulsionadas principalmente pelo açúcar. Os brasileiros faturaram US$ 380 milhões com exportação da commodity para os árabes em agosto, US$ 251,5 milhões acima do valor registrado no oitavo mês do ano passado, quando a venda do produto somou US$ 128,8 milhões. O diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, lembra que em setembro deste ano ocorre o Eíd Al-Adha, festividade que ocorre 40 dias após o Ramadã, e acredita que em função disso os envios de açúcar aumentaram.

O preço médio do açúcar comercializado pelas usinas brasileiras para a região subiu 3% no período. A cotação influenciou no aumento de 195% na receita obtida pelo Brasil com a exportação do produto para os árabes, mas também houve crescimento nos volumes embarcados, em 128%. Os três maiores compradores árabes de mercadorias brasileiras aumentaram as importações de açúcar: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.

Mas também houve crescimento nas exportações de outros produtos, como animais vivos, materiais de defesa, veículos e aeronaves. Alguns produtos que normalmente figuram entre os principais da pauta, no entanto, tiveram queda de exportações. É o caso da carne de frango, cujas vendas recuaram 11% em receita, da carne bovina, com comercialização 9,8% menor, e do minério, com queda de 3,3%. Também caíram as exportações de milho, em 46%, e do arroz, em 47%.

Apesar do desempenho positivo de agosto, o resultado não conseguiu reverter a queda no ano. De janeiro a agosto, as exportações do Brasil para os árabes caíram 8,3% e somaram US$ 7,4 bilhões. O diretor geral da Câmara Árabe espera que o resultado de agosto se mantenha nos demais meses e assim as vendas possam chegar ao final de 2016 estáveis.

Os países árabes convivem com receitas menores em função do preço baixo do petróleo, mas Alaby não acredita que isso impacte muito o comércio com o Brasil. “Eles dependem de alimentos, então não vejo muitos problemas para o Brasil”, diz. Os países árabes importam grande parte dos alimentos que consomem e o Brasil vende principalmente esses produtos para eles. Carnes e açúcar ocupam os principais lugares da pauta de comércio com a região, junto com o minério.

As importações brasileiras de produtos árabes também subiram em agosto. As compras avançaram 28% em receita sobre igual mês de 2015, principalmente em função de compras de petróleo e derivados, e de fertilizantes. No primeiro caso, o avanço foi de 22%, para US$ 268 milhões, e no segundo, o crescimento foi de 42%, para US$ 153 milhões. No geral, o Brasil importou US$ 446 milhões em mercadorias do mercado árabe em agosto. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, as importações somam US$ 3,7 bilhões, com queda de 16%.

Fonte: ANBA

foto-navio-carga-carregado-azul

Apex promove Fórum e Rodada de Negócios para apoiar mulheres empreendedoras na exportação

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) realiza no dia 22 de setembro, em São Paulo, uma série de ações voltadas a mulheres empreendedoras que querem se inserir no mercado internacional. As ações serão realizadas no âmbito da 5ª edição do Fórum Empreendedoras, organizado pela Rede Mulheres Empreendedoras no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

A principal ação organizada pela Apex-Brasil no evento é a Rodada de Negócios Internacional, que tem por objetivo aproximar empresas brasileiras lideradas por mulheres – dos setores de alimentos e bebidas, moda, casa e construção – a potenciais clientes no exterior.

Participarão da iniciativa 56 empreendedoras brasileiras. Na manhã do dia 22, um grupo de 48 empresárias se reunirá com oito tradings brasileiras (comerciais exportadoras), que poderão auxiliá-las a colocar seus produtos no mercado internacional. E, à tarde, 33 empresárias já experientes na exportação terão reuniões com sete compradores internacionais, sendo três do Peru, três da Colômbia e um do Panamá.

Além disto, durante o evento, será oferecida mentoria/ atendimento para empreendedoras interessadas em exportar, conduzidos por representantes do PEIEX – Programa de Qualificação para Exportação do Peiex, por meio de parceria da Apex-Brasil com a Investe SP, e da WEConnect International, instituição que certifica fornecedoras e as conecta à uma ampla base de compradores internacionais, que desenvolvem programas de Diversidade e Inclusão em suas cadeias globais e, neste sentido, compram de empresas lideradas por mulheres, principalmente dos setores de serviço, como os de economia criativa.

Na tarde do dia 22, a Apex-Brasil liderará o painel Mulheres na Exportação, Lições e Casos de Sucesso, que contará com a participação das empreendedoras Andrea Cunha (Papel Semente), Beatriz Cricci (Br Goods) e da estilista e empresária Cecília Prado. A mediação será feita por Sandra Boccia, diretora de redação da Revista PEGN e por Adriana Rodrigues, coordenadora de Competitividade da Apex-Brasil.

No dia 23, as oito tradings se reunirão com os sete compradores internacionais, em busca de novas oportunidades de negócios. Os estrangeiros também farão visitas técnicas em empresas lideradas por mulheres, em São Paulo.

Mulheres na Exportação

As ações no V Fórum Empreendedoras estão sendo realizadas em função da parceria entre a Rede Mulher Empreendedora e o projeto Mulheres na Exportação da Apex-Brasil, que visa aumentar a inserção econômica de mulheres por meio da exportação e da atração de investimentos de impacto e, ainda, incrementar a participação de empresas lideradas por mulheres na base exportadora brasileira.

V Fórum Empreendedoras

O evento, do qual a Apex-Brasil é uma das patrocinadoras, debaterá o tema ”Tecnologia e inovação para mulheres empreendedoras” e contará com oito painéis diferentes, duas palestras, sala de mentoria e ações de networking. Serão apresentadas histórias inéditas de mulheres que estão envolvidas com o mercado empreendedor e de tecnologia.

O V Fórum Empreendedoras trará em primeira mão a apresentação inédita de uma pesquisa nacional sobre o perfil da empreendedora no Brasil realizada pela Rede Mulher Empreendedora com o apoio das empresas AVON e ITAU.

Fonte: Apex-Brasil

Gilberto_lima_junior-1-648x294

“Brasil não fez o dever de casa para agregar valor às exportações para a China”, diz consultor

“Não vejo nenhuma previsão de agregação de valor à pauta exportadora brasileira para a China. Essa pauta, concentrada em commodities, seguirá assim por muitos anos. E o motivo é simples: o Brasil não fez o dever de casa, no sentido de entender o consumidor chinês de forma bem clara, de ter um posicionamento estratégico voltado para China, de entender o modelo logístico adotado pelo país”. A afirmação foi feita por Gilberto Lima Júnior, Alto Representante da União dos Exportadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (UE-CPLP) e Presidente da Going Global Consulting ao analisar o intercâmbio comercial entre o Brasil e a China e mais particularmente a composição da pauta exportadora brasileira para o gigante asiático.

Gilberto Lima Júnior ressalta que várias das principais empresas brasileiras estão presentes na China, como é o caso a Embraer, WEG, Petrobras, Vale, Embraco, assim como existe um universo de empresas chinesas instaladas no Brasil. Ele lembrou ainda que “também há uma presença consistente sobretudo de prestadores de serviços, escritórios de advocacia, mas isso diante do volume de importação chinesa não é nada. Essas empresas que lá se encontram estão localizando a produção. Não é uma questão de embarque. Isso não entra na pauta exportadora, não entra efetivamente para efeito de balança comercial. A maioria das empresas brasileiras que lá estão instaladas estão produzindo localmente”.
De acordo com o Presidente da Going Global Consulting, a presença das empresas brasileiras atuando na China “é mais um efeito da globalização, da internacionalização, que da exportação propriamente dita. Ainda assim, essa é uma excelente estratégia. Seria ótimo se tivéssemos dez, vinte ou mesmo cem vezes mais empresas localizadas na China, assim como em qualquer outra parte do mundo. Teríamos muitos dividendos a serem remetidos ao Brasil todo final de ano e Balança de Pagamentos agradeceria, mas não é o caso”.

Para ele, o Brasil está muito distante de alcançar uma tão almejada diversificação da pauta exportadora para os chineses através da inclusão de produtos de maior valor agregado à relação dos itens embarcados para o país asiático: “somos fornecedores de commodities aos chineses e continuaremos sendo por muitos anos. Para mudar esse panorama é preciso conhecer melhor as necessidades do mercado chinês, entender melhor os hábitos de consumo de seus consumidores, estruturar o Marketing e Vendas. A China tem uma classe média que não chega a 8% da população e essa classe média tem um elevado poder de consumo e se encontra em ascensão. Trata-se de uma classe média que pode se ampliar a ponto de ter um volume de aquisição de produtos importados ainda maior e o Brasil não tem nenhum posicionamento estratégico junto a esse imenso mercado. Não sabemos adotar marketing de vendas, não conhecemos quais são os competidores das empresas brasileiras que lá estão, não sabemos aproveitar o poder dessa classe média”.

Segundo o consultor, não há motivo para se acreditar que os acordos nas áreas de comércio e investimentos anunciados por ocasião da visita do presidente Michel Temer à China venham a se traduzir em melhoria ou diversificação da pauta exportadora brasileira: “Eu não acredito nisso. Há uma esperança, e em nível da diplomacia brasileira se diz que como a China começou a terceirizar uma boa parte da produção local em função do problema ambiental, o país tenderia a buscar, dentro das chamadas cadeias globais de valor, alguma terceirização junto ao Brasil. Mas isso também não é computado em nível da pauta bilateral porque se a China tiver alguns elos de produção deslocados para cá, daqui sairão para terceiros países ou apenas atenderão demandas de nosso mercado interno”?
Após reiterar que “eu não vejo, no curto prazo, onde efetivamente agregar valor”, Gilberto Lima Júnior admite que “existem possibilidades nos setores em que o Brasil é um potencial fornecedor do mundo. Poderemos ter, por exemplo, carnes beneficiadas sendo embarcadas para a China, com algum nível de industrialização. Ou ao invés de exportar apenas frutas in natura, o Brasil poderia exportar polpa, compotas ou sumos industrializados, ou bananas desidratadas, ou coisas desse tipo. Na agregação de valor dentro das cadeias se requer entendimento dos canais chineses de distribuição, dos quais as empresas brasileiras são absolutamente desconhecedoras”

Em sua avaliação, Gilberto Lima Júnior volta a se referir à falta do “dever de casa” e explica melhor: “falta o cumprimento de uma série de ações por parte dos órgãos que são efetivamente responsáveis pelo apoio ao exportador. Existe um dever de casa bastante grande a ser feito. Não se trata apenas de elaborar estudos por parte do MDIC, mas que sejam feitos mas que sejam feitos estudos efetivos com mapeamento de canais, fazer com que as bases da Apex-Brasil em Pequim e Xangai desenvolvam um levantamento de pesquisa de canais de distribuição, que treinem os exportadores brasileiros no sentido de compreender a qualificação de quem compra, como compra, o entendimento da concorrência, o posicionamento estratégico. Talvez tenha que ter um centro de distribuição contratado dentro de uma estratégia alfandegária inteligente. Isso tudo está por se fazer. Esses deveres de casa ainda não foram feitos como deveriam e não se pode dizer que o Brasil não tenha tudo isso em relação a outros países. O Brasil tem muito bem dominado esse conhecimento em relação a outros mercados. Em relação à China é preciso que isso venha a ser preenchido”.

Santos Brasil

Secretário do MDIC vê sinais de retomada da atividade econômica com aumento das importações

Uma redução na queda das importações brasileiras, verificada nos últimos três meses, pode ser sinal do início da recuperação da atividade econômica no país, disse (1°) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, ao comentar os resultados da balança comercial de agosto.
As importações estão tradicionalmente atreladas à atividade econômica, já que abarcam a compra de bens intermediários e bens de capital utilizados na produção industrial. De janeiro a agosto deste ano, as importações brasileiras caíram 25,5% ante igual período de 2015.

No entanto, o governo avalia que a trajetória das compras no exterior começa a melhorar a partir de junho, com destaque para agosto. Naquele mês, a queda no valor importado ficou em 19,3% ante igual período de 2015. Em julho, o recuo foi de 20,3%. Em agosto, ficou em um dígito, somando 8,3%. O cálculo é feito segundo a média diária, que expressa o volume negociado por dia útil.

“Essa queda de 8,3% é a menor redução de importação desde novembro de 2014, que havia sido 5,5%. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, a queda chegava a 36%. Isso já pode ser um sinal da economia”, afirmou Herlon Brandão. Ele destacou, entretanto, que “ainda é cedo para falar”.

No acumulado do ano, as importações de bens de capital e bens intermediários continuam com queda de dois dígitos. As aquisições dos primeiros recuaram 21,6% ante janeiro a agosto de 2015, enquanto as compras de bens intermediários caíram 22,1% ante igual período.

Quando analisado apenas o mês de agosto, as importações de bens de capital ainda têm queda de 31% na comparação com agosto de 2015. As compras de bens intermediários, no entanto, recuaram apenas 0,5%, mantendo-se quase estáveis.

Exportações

Por outro lado, a previsão do governo de que as exportações voltariam a crescer neste ano ainda não se concretizou. As vendas externas do país acumulam queda de 4,9% no ano segundo o critério da média diária, em relação ao período de janeiro a agosto em 2015.

O saldo positivo da balança comercial, tanto em agosto quanto no acumulado do ano, deve-se ao fato de as importações estarem caindo em ritmo mais acentuado que as vendas externas. Ainda assim, Herlon Brandão destacou como positivo o superávit recorde registrado em 2016.

“O saldo comercial ajuda nas contas externas, e esperamos que as importações sejam um sinal de melhora na atividade”, ressaltou. A balança está positiva em US$ 32,4 bilhões de janeiro a agosto, melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Em agosto, o saldo positivo foi de US$ 4,14 bilhões, segundo melhor da história, perdendo apenas para 2006.

Entre destaques dos produtos exportados no mês passado estão aviões, com crescimento de 102,3%; açúcar bruto, com alta de 72,2%; e automóveis de passageiros, com alta de 66,2%.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mantém a projeção de que a balança fechará este ano com saldo positivo entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. O resultado pode ultrapassar o recorde anual, de superávit de US$ 46,5 bilhões, alcançado em 2006.

Fonte: Agência Brasil

images-3-679x294

Simples Internacional facilitará exportação de micro e pequenas empresas, segundo o Sebrae

Empresários, associações de classe e representantes do governo brasileiro formaram um grupo de trabalho para criar o regime tributário Simples Internacional, que tem como objetivo principal reduzir burocracias e agilizar a exportação por pequenas e médias empresas. O projeto terá como exemplo o Simples Nacional, um sistema de arrecadação que unifica e reduz impostos para facilitar a atuação das pequenas empresas.

O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, afirmou à ANBA que o Simples Internacional usa como base o que está previsto em uma lei complementar aprovada em 2014, que assegura às micro e pequenas empresas acesso ao mercado externo por meio de processos simplificados de habilitação, licenciamento, câmbio e despacho aduaneiro.

O Brasil tem quase nove milhões de micro e pequenas empresas, responsáveis por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Micro empresas são aquelas com faturamento anual de até R$ 360 mil e pequenas empresas têm até R$ 3,6 milhões de faturamento bruto por ano.

“Não se trata apenas de simplificação tarifária, que seguramente é a mais complexa. São ações de simplificação logística, burocrática e dos meios de pagamento que produzam impacto no processo de exportação para os pequenos empresários”, afirmou Afif.

Ainda de acordo com o presidente do Sebrae, o novo regime prevê regulamentar o operador logístico integrado internacional, o que ainda não ocorre. Este operador será o responsável por toda a tramitação burocrática do pequeno exportador. Ele irá integrar o licenciamento, despacho aduaneiro, seguro, câmbio, consolidação de carga, transporte e armazenagem. Medidas como essa deverão ajudar, por exemplo, na entrega de mercadorias vendidas pela internet.

Atualmente, é possível exportar pelo projeto Exporta Fácil, dos Correios. Mas ele tem limitações que deverão ser superadas com a regulamentação do operador logístico. Pelo programa, as remessas não podem, por exemplo, ultrapassar US$ 50 mil. Afif observou que a burocracia e os custos são hoje o principal entrave ao exportador e o novo regime vai combatê-los. No entanto, há outros. “Acessar os mercados externos requer que as empresas tenham, previamente, capacidade gerencial, inovadora e tecnológica para competir”, disse.

Num primeiro momento, afirmou Afif, o objetivo do projeto é garantir simplificações dentro do território nacional para que as empresas tenham, assim, mais acesso ao mercado externo. Medidas em parceria com outros países deverão ser feitas em uma segunda etapa. Neste projeto, a Argentina tem prioridade por ser grande parceiro comercial do Brasil.

“A negociação bilateral é o segundo passo. Depois de facilitar o processo interno é necessário garantir que o tratamento diferenciado também seja aplicado do outro lado da aduana. Pretendemos começar este processo de negociação com a Argentina, importante parceiro comercial do Brasil. Já tive conversas com o embaixador da Argentina, que achou o projeto interessante e se sensibilizou com a proposta”, disse Afif.

A tramitação da proposta do Simples Internacional deverá ser submetida ao Congresso. O grupo de trabalho que formula a proposta é formado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Receita Federal, Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Banco Central, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC). O grupo é coordenado pela Câmara de Comércio Exterior, órgão hoje vinculado ao Itamaraty.

Fonte: ANBA

Santos Brasil

Crise econômica e commodities em baixa reduzem em 13,9% trocas comerciais com o Mercosul

As exportações brasileiras aos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) caíram 13,9%, de janeiro a julho de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), houve uma retração de US$ 1,7 bilhão, cerca de R$ 5,5 bilhões. Na Venezuela, por exemplo, em um momento de grave crise econômica e instabilidade política, as vendas caíram 62,6%.

“A Venezuela esteve entre os cinco principais destinos do frango nacional. Com a baixa do petróleo, os negócios despencaram, e muita empresa ficou sem receber”, lembra Francisco Turra, da ABPA (de proteína animal).

No entanto, a queda no comércio se repete em todas as economias do bloco econômicao. Na Argentina, segunda grande sócia do Mercosul, a retração foi de 1,8%, amortecida pelo resultado positivo do setor automobilístico, informa a Folha de S.Paulo.

“As commodities passam por um ciclo ruim, e esses países estão com menos recursos para comprar do Brasil. O Paraguai se sai melhor, tem flexibilizado impostos e atraído investimentos”, diz Lia Valls, da Fundação Getulio Vargas.

Fonte: Noticias ao Minuto

o-perfume-das-macas.html

Em São Joaquim, Blairo Maggi descarta abrir mercado brasileiro à importação de maçã chinesa.

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse a produtores, durante visita a São Joaquim (SC), nesta quarta-feira (10), que não vai autorizar importações de maçã da China. O município é um dos principais produtores brasileiros da fruta. Diante da preocupação dos fruticultores da região com a possibilidade de abertura do mercado nacional ao país asiático, Blairo Maggi afirmou que o assunto não estava na agenda do governo federal.

Durante a visita a uma área de cultivo de maçã, os produtores catarinenses lhe entregaram um documento com reivindicações. Eles querem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para garantir a sanidade dos pomares, com o combate ao cancro europeu. Também pedem financiamento para a instalação de telas antigranizo nas plantações.
Situado na Serra Catarinense, São Joaquim tem mais de 2 mil produtores rurais, a maioria de pequeno porte, com no máximo cinco hectares. Na tarde desta quarta-feira, o ministro conheceu uma vinícola no município.

Centro Moscasul

Na terça-feira (9), Blairo Maggi esteve em Vacaria. No município gaúcho, assinou um protocolo de intenções destinado a operacionalizar recursos do setor privado para dar suporte às ações do Centro de Controle Biológico e Manejo Integrado da Mosca das Frutas (Centro Moscasul). A sede do centro fica em Vacaria.

A cooperação envolve a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), Sindocopel e Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas. O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, e representantes das quatro entidades do setor de fruticultura participaram da assinatura do protocolo.

Ele anunciou ainda a liberação de R$ 506,9 mil para conclusão do Centro Moscasul. Blairo disse também que, em setembro, vai à Índia participar da reunião do Brics (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e começar as negociações para a abertura do mercado daquele mercado às exportações brasileiras de maçã.
Hoje, a participação do país no mercado global de maçã é de 2%. De janeiro a outubro de 2015, o Brasil exportou 60,11 mil toneladas da fruta. O principal importador foi a Rússia, que absorveu 5,57% desse volume.

A produção brasileira da fruta em 2014 foi de 1,38 milhão de toneladas, em 37 mil hectares. O Rio Grande do Sul, com 17,43 mil hectares, e Santa Catarina, com 17,73 mil hectares, representam 95% do total da área de maçã do país.

Fonte: Mapa