Exportações em leve alta e importações em queda livre: Brasil perde espaço no comércio mudial

China Qingdao Port Container Terminal,The world's most efficient loading and unloading pier, with more than 130 countries and regions in the global trade

De janeiro a julho, as exportações brasileiras tiveram uma queda de 3,72% para US$ 123,570 bilhões. Nesse mesmo período, as importações do país desabaram 24,66% e somaram US$ 91,198 bilhões. Somados esses números, o fluxo de comércio brasileiro totalizou US$ 214,769 bilhões.

Esses dados permitem fazer o prognóstico de que ao final de 2016 o Brasil deverá cair duas ou três posições no ranking mundial dos exportadores e perder entre quatro e seis postos na relação dos maiores importadores do mundo.

Segundo dados do “World Trade Statistical Review -2016”, a publicação anual de estatísticas lançada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2015, o Brasil ocupou a 25ª. posição entre os principais países exportadores, com vendas externas no total de US$ 191,134 bilhões e uma participação de apenas 1,2% no comércio mundial.
O ranking foi liderado pela China, com exportações no total de impressionantes US$ 2,275 trilhões (e participação de 13,8% no comércio mundial), seguida pelos Estados Unidos (US$ 1,505 trilhão e participação de 9,1%), Alemanha (US$ 1,329 trilhão, equivalentes a 8,1% do comércio mundial), Japão (US$ 625 bilhões e 3,8%) e Países Baixos (US$ 567 bilhões e participação de 3,4% do fluxo de comércio mundial).

À frente do Brasil apareceram países com economias muito menos sólidas e diversificadas que a brasileira, à época oscilando entre a sexta e sétima maior economia do planeta, como a Bélgica, (12º. lugar no ranking), o México (13º), a cidade-Estado de Singapura e seus pouco mais de 5 milhões de habitantes (14º lugar), a Federação Russa (15º lugar) e a pequenina Suíça (16ª. colocada).

No ranking dos principais importadores mundiais, o Brasil ocupou uma igualmente melancólica 25ª posição, com importações totais de US$ 179 bilhões, correspondentes a apenas 1,1% das importações em nível mundial.

Entre os importadores, o lugar de destaque coube aos Estados Unidos, com US$ 2,308 bilhões adquirdos de seus parceiros no exterior e uma participação de 13,8 nas importações globais. Outros destaques foram a China (US$ 1,682 bilhão e 10,1%), Alemanha (US$ 1,050 bilhão e 6,3%), Japão (US$ 648 bilhões e 3,9%) e Reino Unido (US$ 626 bilhão e uma participação de 3,7% nas importações mundiais).

Nessa relação, o Brasil surgiu atrás de países como Hong Kong (US$ 559 bilhões e 3,3%), Coreia do Sul (US$ 436 bilhões e 2,6%), México (US$ 405 bilhões e 2,4%), Índia (US$ 392 bilhões e 2,3%), Espanha (US$ 309 bilhões e 1,8%) e Singapura (US$ 97 bilhões e participação de 1,8%).

À frente do Brasil também apareceram países dotados de economias menos expressivas, como os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, Turquia, Tailândia, a Federação Russa e a Polônia.

E se a queda no ranking dos países exportadores dificilmente será superior a dois ou no máximo três posições, na relação dos maiores importadores mundiais o Brasil perderá em 2016 um número muito mais relevante de postos.

De janeiro a agosto as importações brasileiras caíram 24,66% e somaram apenas US$ 91,198 bilhões. Mantido esse ritmo, o próximo boletim a ser divulgado em meados de 2017 pela OMC poderá trazer o Brasil não na 25ª posição, mas alguns degraus abaixo pois não será nenhuma surpresa se o país for ultrapassado por países como a Malásia (que importou US$ 176 bilhões em 2015), Arábia Saudita (US$ 172 bilhões), Vietnã (US$ 166 bilhões), Áustria (US$ 155 bilhões) e até mesmo pela Indonésia (US$ 143 bilhões).

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