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De Maggi para Bolsonaro: rompimento comercial com árabes e China prejudicará o agronegócio

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse hoje (14) que um eventual rompimento comercial com os países árabes e a China, em razão de disputas geopolíticas, pode ser prejudicial para o agronegócio no país. De acordo com o ministro, a manutenção desses mercados deve ser um ponto de atenção do próximo governo.

“É um ponto de atenção, sim. Não temos essa questão de geopolítica, essa vontade de ser o líder do mundo. Não temos condições de ser o líder do mundo, então porque vamos fazer enfrentamentos nessa ordem?”, alertou o ministro, lembrando que quase 50% das exportações brasileiras de frango têm como destino os países do Oriente Médio.

“Você perder isso, você criar um ambiente ruim de negócios, significa problemas para nossas empresas, e que vai bater por último lá no campo, nos nossos produtores, então acho muito complicado isso”, afirmou.

O ministro se referiu a declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que disse que pretendia transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém e de críticas ao avanço da China em negócios no país. As declarações não foram bem recebidas pelos países.

Maggi disse que já conversou com a futura ocupante da pasta, Tereza Cristina, para manter o trabalho de abertura de novos mercados para os produtos brasileiros. Ele disse que sugeriu que, logo após a posse, a ministra faça uma viagem para esse países.

“Tem que transmitir a eles que Brasil os quer como nossos parceiros, que somos confiáveis, nós não ficamos disputando hegemonia mundial da economia, da política, de território, de nada. O Brasil é um país que deve seguir o seu ritmo, se transformando no maior produtor agrícola do mundo, de pecuária e que deve garantir a qualidade dessas mercadorias e a frequência dessas mercadorias”, disse.

De acordo como ministro, em 2018, as exportações do agronegócio devem ultrapassar a barreira dos US$ 100 bilhões. “Será a primeira vez que o agronegócio vai ultrapassar a barreira dos US$ 100 bilhões. Já exportamos US$ 99 bilhões em 2013”.

Ao ser perguntado sobre a concorrência da soja norte-americana pelo mercado chinês, o ministro disse que o Brasil está preparado caso o país asiático retire tarifas sobre a soja produzida nos Estados Unidos. A iniciativa seria um aceno chinês em meio a uma trégua na guerra comercial com os Estados Unidos. “Está absolutamente preparado… A retirada do imposto lá pela China para a soja americana não vai influenciar nada. O mercado vai voltar ao patamar que estava antes ou muito próximo”, disse Maggi.

(*) Com informações da Agência Brasil

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Tarifas portuárias são entraves para exportações, diz estudo da CNI

Mais da metade das empresas exportadoras brasileiras consideram que as tarifas cobradas em portos e aeroportos são um problema consideravelmente prejudicial à venda de bens e serviços para o exterior. O resultado está na pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, divulgada hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e feita com 589 empresas exportadoras. Nas entrevistas, o segundo item mais crítico apontado pelas companhias é a dificuldade de oferecer preços competitivos na disputa com outros países.

A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre outubro de 2017 e março deste ano. A maioria das empresas ouvidas atua no comércio exterior há mais de dez anos. Os Estados Unidos continuam sendo considerados os parceiros mais atrativos para a realização de acordos comerciais, seguido pela União Europeia e pelo México. Já no que diz respeito aos maiores destinatários das exportações, a Argentina aparece logo após o mercado americano no interesse dos empresários brasileiros em estreitar os laços comerciais.

De acordo com Carlos Eduardo Abijaod, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, problemas internos e estruturais ficaram mais claros no estudo deste ano, já que o câmbio está mais favorável às exportações. “De um lado, o governo precisa enfrentar problemas estruturais do Brasil, por meio de reformas. De outro, as empresas precisam investir em produtividade e inovação”, afirmou.
As tarifas dos terminais portuários e aeroportuários são apontadas por 51,8% das empresas como problema “crítico” ou que “impacta muito” no dia a dia da exportação dos negócios. Dentre os entraves mercadológicos, o encarecimento do custo da produção, que impede a oferta de preços mais competitivos, é apontado por 43,4% das entrevistadas.

A pesquisa revela que em terceiro lugar no nível de criticidade (41,9%) aparecem as taxas cobradas por órgãos anuentes, fiscalizadores e intervenientes, como a Receita Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em quarto e quinto lugar vêm, respectivamente, o custo do transporte doméstico entre a empresa e o lugar de saída do país (41%), e a baixa capacidade governamental para a superação de obstáculos internos (39.4%). Em seguida vem uma série de barreiras da chamada “segurança jurídica”, como o excesso de burocracia, normas conflituosas e demora na fiscalização e despacho das mercadorias.

A alta quantidade de tributos que incidem sobre a exportação aparece na 12ª posição no ranking de entraves, sendo que os principais são o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

“Entre os aspectos ligados à burocracia alfandegária e aduaneira, uma quantidade relevante de empresas (entre 27,3% e 35,6%) considera críticos o excesso de documentos, a demanda por documentos originais com diversas assinaturas, a falta de padronização dos procedimentos de desembaraço e o elevado tempo do processo de despacho e fiscalização”, enumera a pesquisa.

Regiões

Além do recorte por categorias, o estudo mostra que os principais impactos negativos nas exportações variam de acordo com cada região do país. No Centro-Oeste, por exemplo, 73,9% das empresas apontaram como mais problemático o custo do transporte interno, ao passo que o trânsito internacional é apontado como maior entrave para 47,8% das empresas nordestinas.

“Um dos fatores por trás desse diagnóstico é o problema logístico de escoamento da produção agroindustrial. O Centro-Oeste é a região mais desconectada e que possui menos oferta de serviços de transporte. Os empresários do Centro-Oeste também avaliaram que a divulgação ineficiente dos regimes aduaneiros especiais é um problema crítico”, analisa a CNI.

Quanto aos obstáculos enfrentados nos países destinatários dos produtos, enquanto a média nacional aponta as tarifas de importação como principal entrave, empresários do Norte, Nordeste e Centro-Oeste dizem sofrer mais com medidas sanitárias ou fitossantiárias. Diferentemente do foco médio do Brasil nas exportações para os Estados Unidos, empresas localizadas nas regiões Centro-Oeste e Norte gostariam de ampliar as relações comerciais mais com a China (20,4%) do que com a potência norte-americana (18,1%).

Apesar das diferenças regionais, o resultado da pesquisa reflete a influência dos grandes mercados exportadores. Empresas do Sul e Sudeste do país abrigam 90,8% das empresas do ramo, sendo quase 60% com endereço nos três estados mais desenvolvidos: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ao apresentar a pesquisa, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembrou que, apesar de ser uma das dez maiores economias do mundo, o Brasil é apenas o 26º exportador mundial de bens, o que representa menos de 2% das exportações globais. “Fatores como infraestrutura precária, burocracia e complexidade normativa tornam o processo de exportação no Brasil moroso e caro, reduzindo a atratividade dos nossos produtos”, escreveu, na publicação.

Fonte: EBC

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Sepetiba Tecon é autorizado a receber New Panamax de 367 metros

O Sepetiba Tecon (RJ) recebeu, na última quarta-feira (7), autorização para recebimento de navios New Panamax com 367 metros de comprimento e 52 metros de boca. O tamanho dessa classe de navios é equivalente a 10 vezes o tamanho do Cristo Redentor e pode transportar até 14 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O presidente do Sepetiba Tecon, Pedro Brito, destacou que o calado de 15,4 metros permite esse tipo de operação, a qual considera um diferencial entre terminais portuários da costa leste da América do Sul. O calado foi viabilizado após dragagens na área de manobra, na bacia de evolução e berços do terminal, além de simulações de atracação realizadas no Instituto Marítimo de Tecnologia e Pós-Graduação (MITAGS), nos Estados Unidos.

Brito acrescentou que o terminal é privilegiado em termos de área brigada e de acessos terrestres ao terminal, tanto rodoviários quanto ferroviários. “O Sepetiba Tecon se consolida como um grande hub para toda região”, disse nesta quinta-feira (8), durante o seminário Oportunidades no transporte marítimo – Portos do Rio de Janeiro, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha (AHK Rio).

O Sepetiba Tecon está atento às oportunidades de cargas de clientes de Minas Gerais, que devem ser potencializadas com a construção de um terminal da empresa MRS, o que poderá ajudar a captar cargas de Minas. Brito contou que cargas de São Paulo também estão no radar, mas a competitividade é maior devido à logística existente para levar a carga até o Porto de Santos. “É um potencial que pode ser explorado. Desde que se criem as conexões necessárias com características diferenciadas para a carga, o estado do Rio terá condições de captar mais cargas de São Paulo.

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Ex-tarifários: parques temáticos protocolam 21 pedidos de compras de equipamentos no MDIC

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) recebeu nesta quarta-feira (17) 21 pedidos de compras de equipamentos para a indústria de parques temáticos, aproveitando o enquadramento dos bens como ex-tarifários.

Nesse regime, bens de capital, de informática e telecomunicação têm redução temporária da alíquota do Imposto de Importação para zero quando não há produção nacional equivalente. Os pleitos serão analisados pelo Grupo Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex). Os pedidos protocolados no MDIC representam investimentos de cerca de R$ 15 milhões, na estimativa do presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, que acompanhou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, em audiência com o ministro Marcos Jorge.

“É uma satisfação receber todas essas solicitações de investimento”, disse o ministro Marco Jorge ao receber cópia dos pedidos protocolados no MDIC na tarde desta quarta-feira. “O que for de competência do Ministério para estimular o setor turístico, nós estudaremos e avaliaremos. Temos toda disposição para continuar avançando e permitir investimentos e a geração de empregos no Brasil”.

De acordo com Baldacci, a chegada dos novos equipamentos gerará mais de 600 novos empregos nos parques temáticos.
“Os equipamentos dos parques eram tratados como bens de consumo e isso encarecia muito a compra de novas atrações”, explicou o ministro Lummertz. “Agora, com o enquadramento desses bens na categoria de ex-tarifário, os investimentos estão voltando. Temos muito o que comemorar”.

O ministro Marcos Jorge finalizou avaliando que o setor de turismo é muito importante para a economia brasileira.

Com informações do MDIC

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Operação do Vigiagro em Guarulhos apreende camarão, carne e pés de galinha vindos do exterior

Brasília – Pela primeira vez, o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) utilizou o trabalho de um cão de detecção no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para intensificar o controle da entrada de produtos de origem animal e vegetal. O labrador Thor integra a dupla chamada K9, formada por ele e por um operador (fiscal), mas atuou intensamente entre os últimos dias 3 e 5, no desembarque do maior aeroporto internacional do país, em operação especial. acompanhando 16 auditores fiscais agropecuários.

O trabalho resultou na apreensão de camarão, carne in natura com osso (principalmente bovina), carne in natura sem osso (principalmente bovina), embutidos (principalmente suíno), pé de galinha, grãos e sementes. Os produtos foram destruídos.

O foco da equipe do Vigiagro era reforçar a vigilância para prevenir e evitar o ingresso de vírus transmissores das pestes suína africana e clássica, além de febre aftosa. Ainda neste ano, Thor, cuja base fica no Paraná, deverá atuar na fiscalização em outros aeroportos do país.

Dados preliminares mostram que nos três dias de fiscalização desembarcaram 4.200 passageiros no local. Desse total, foram selecionadas 131 pessoas cujas bagagens foram apontadas pelo cão para serem fiscalizadas. No período, foram monitorados 19 vôos. Todos procedentes da China, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Colômbia, Portugal, Alemanha, África do Sul e Etiópia. A maior parte dos passageiros era procedente da China, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Holanda, Líbano, Portugal, Bolívia, Japão, Nigéria, Peru, Paraguai, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Argentina.

(*) Com informações do Mapa

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Linha de Contêiner no Porto do Itaqui está pronta para retomada – Maranhão

Mais um passo foi dado para tornar o Porto do Itaqui mais competitivo e viabilizar a retomada da linha regular de contêineres. Um acordo firmado entre a empresa Pedreiras Transporte e os sindicatos das três categorias de trabalhadores portuários (conferentes, arrumadores e estivadores), garantindo tarifa única para movimentação desse tipo de carga, associado ao interesse do mercado, pode determinar a breve retomada dessa operação, com potencial para movimentar 1.800 contêineres/mês. A informação é da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).

“Esse é um momento único, um encontro histórico que viabiliza essa operação que é um anseio da comunidade portuária, sobretudo dos donos de carga”, disse o diretor comercial e financeiro da Pedreiras Transporte, Antônio José Jansen Pereira. “A EMAP, como autoridade portuária, criou todas as condições para que esse acordo fosse firmado com a classe trabalhadora, parte mais importante nesse processo, porque abre postos de trabalho no âmbito do OGMO”, explicou. A OGMO é o Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto do Itaqui.

O acordo integra um esforço conjunto para a retomada dessa operação no Itaqui e inclui a participação da EMAP, com investimentos em infraestrutura no Porto do Itaqui e da Intrading Global (negócios internacionais), que representa sete empresas dos setores de serviços, home center, supermercados e indústrias de produtos de limpeza.
“A retomada da linha de contêiner é fundamental para o atual momento que o Maranhão vive, atraindo mais negócios e diminuindo o custo logístico para as empresas maranhenses. Nesse cenário o Porto do Itaqui consolida a sua competitividade no mercado e o papel do porto público como fomentador de desenvolvimento, geração de negócios e empregos para o estado”, afirmou o presidente da EMAP, Ted Lago.

Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores, a categoria está vivendo um momento único. “Voltamos a sentir alegria de estar na operação, de trabalhar e manter a produtividade”, disse. “Tudo isso vai levar a uma maior movimentação de cargas no porto público do Itaqui e isso é apenas o começo de uma nova etapa de melhorias”, afirmou o presidente do Sindicato dos Conferentes, Albert Diniz.

Com o mesmo entusiasmo o presidente do Sindicato dos Arrumadores, Carlos Magno, disse que espera mais serviço e desenvolvimento. “É um sonho ver a EMAP, os sindicatos, operadores e armadores, todos juntos. E quando isso acontece a tendência é crescer”, completou.

De acordo com o sócio do Grupo Dimensão, Murillo Palácio, a viabilização da linha regular de contêineres é de grande importância para o desenvolvimento do comércio e da indústria local e regional. “Dessa forma a gente garante uma competitividade maior e um melhor retorno para a sociedade, com preço justo. Nós podemos crescer e o Maranhão também”, afirmou.

Investimentos

O projeto de ampliação da infraestrutura portuária para armazenagem de contêineres da EMAP contempla uma área de 20.250 metros quadrados com capacidade estática para 1.341 TEUS. Foram investidos R$ 10 milhões na obra de engenharia e outros R$ 9 milhões serão investidos na reestruturação do sistema elétrico.

De forma integrada, o Estado trabalha no adensamento de cadeias produtivas, de modo a viabilizar a movimentação de contêineres na ferrovia, o que possibilitará um aumento significativo do volume de cargas, inclusive com grande potencial de escoamento de carne refrigerada conteinerizada.

As linhas regulares de contêineres se estabelecem quando existe equilíbrio entre entrada e saída de cargas de um mercado, possibilitando custos competitivos, sem o chamado “frete morto”. Historicamente, as linhas regulares que se estabeleceram no Porto do Itaqui foram atraídas para atender a movimentação de cargas âncoras, como o níquel e alumínio, além de cargas de projetos, que são sazonais.

A finalização de grandes projetos no Maranhão e a descontinuidade na produção de alumínio tiveram um impacto significativo nos volumes movimentados. Sem as cargas âncoras os custos logísticos para os clientes ficaram altos, e o volume, insuficiente para manter a atratividade perante os armadores, que suspenderam as linhas.

Os armadores continuaram demonstrando interesse em retomar essas linhas, mas para isso o mercado local precisava garantir um volume mínimo aceitável pelo armador, o que está ocorrendo agora com o grupo de sete empresas interessadas no negócio.

Fonte: Folha Nobre

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), empresa privada que tem concessão para operar mercadorias transportadas em contêineres pelo Porto de Paranaguá, anunciou nesta quinta-feira (4) o investimento de R$ 141 milhões em obras de infraestrutura e na aquisição de novos equipamentos

Porto de Paranaguá digitaliza 100% de seus procedimentos

Todos os processos que tramitam no Porto de Paranaguá serão digitais ainda neste mês, a partir do dia 17. Com a determinação, até mesmo os ofícios e comunicações externas se tornam virtuais. A medida é um complemento ao processo de desburocratização pelo qual a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vem passando, que já abrange todos os procedimentos em relação a operadores portuários, agências marítimas, acesso de caminhões e cargas.

“Pilhas de documentos, dezenas de ordens de serviço e portarias, processos manuais e burocráticos fazem parte do passado do porto. Agora, os procedimentos nos Portos do Paraná são todos digitais, unificados e simplificados”, afirma o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese. A Appa é o primeiro órgão do Paraná a digitalizar 100% dos seus procedimentos.

Fregonese explica que com as mudanças o porto se torna mais ágil, simples e seguro. Um exemplo é como os processos de operação portuária já vinham acontecendo. Desde a comunicação da agência marítima à autoridade portuária até o controle das cargas que entram e saem do porto, tudo é feito digitalmente pelo sistema chamado Appa Web, sem a necessidade de qualquer documento impresso.
Os controles de acesso ao cais, as balanças e as informações dos caminhões que transitam na faixa primária do porto também são integradas e fornecidas em tempo real para a Receita Federal. Com o simples toque da digital a Appa tem todas as informações do caminhoneiro que acessa o cais: nome do motorista, origem da carga, seu peso e destino.

O controle de tráfego marítimo também está disponível em sistemas online que podem ser acessados no site da Appa com informações em tempo real das atracações, da programação de navios e do fluxo das cargas.

Com a nova ordem de serviço, que determina que inclusive as comunicações externas e os ofícios devem tramitar exclusivamente por meio virtual, o porto se torna completamente digital.

Sem burocracia

As normas e regulamentos operacionais também foram simplificados. Antes, 89 documentos ditavam os procedimentos de atracação, navegação e uso da estrutura do porto. Desde de 2011, eles foram reunidos em 31. No departamento de meio ambiente, 22 documentos se transformaram em apenas um. Na área administrativa, 37 atos foram unificados em um regulamento.

Fonte: Tribuna do Interior

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Porto de Santos pode ser ‘regionalizado’ ainda este ano, diz secretário nacional de Portos

O Governo Federal pode regionalizar a administração do Porto de Santos, o mais importante do país, por movimentar mais de 25% da balança comercial, ainda este ano. A informação é do secretário nacional de Portos do Ministério dos Transportes, Luiz Otávio Campos, que participa da 16ª edição do Santos Export Brasil 2018 – Fórum Internacional para a Expansão dos Portos Brasileiros.

Campos defendeu, durante a primeira etapa do evento, na noite de segunda-feira (10), em Santos, no litoral paulista, a “abertura de capital” para as companhias docas e a “descentralização” da administração portuária pelo país. Para ele, as duas mudanças, possibilitadas a partir da atual legislação, são “essenciais” para destravar e oferecer “celeridade” ao setor.

“A delegação, a regionalização, a estadualização depende do Governo do Estado, que tem que nos provocar para isso, nos pedir isso. Isso não foi pedido ainda, mas podemos trabalhar rapidamente”, disse ao G1. Segundo ele, em até três meses, a partir da solicitação, é possível entregá-lo a São Paulo.
“Nós estadualizamos em 90 dias o Porto do Amazonas. Até o fim do ano, eu estadualizo a parte técnica e burocrática de Santos, caso exista interesse”, garantiu o Luiz Otávio Campos. Segundo ele, essa é alternativa mais rápida para atender à demanda do setor privado, que também solicita eficiência da União.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal de economia mista administrada pela União, existe desde a década de 1980. Com as modificações da legislação ao longo dos anos, decisões sobre obras, como a dragagem (obra para ampliar a profundiade do canal de navegação) ficaram sob responsabilidade de Brasília.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, disse que a direção do órgão regulador não esperava a sugestão de regionalizar o cais santista proposta pelo Governo Federal. “Foi uma surpresa, mas não vemos isso com maus olhos. Isso tem que ser estudado”, afirmou.

Povia disse gostar do modelo de administração das companhias docas executado pelo Governo Federal, mas considera os entraves. “Mantendo o modelo atual [gestão da União] com uma abertura societária pode ser interessante. Mas não há um modelo bom ou ruim. Temos que diminuir a burocracia e simplificar processos.

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), também considerou positiva a possibilidade de descentralizar a gestão do complexo portuário santista e entregá-la ao Governo do Estado. “Quem sabe podemos cravar essa transferência de gestão, faria bem tanto para o Estado de São Paulo quanto para o Brasil”, afirmou.

União garante obra

O secretário nacional de Portos afirmou ao G1, ainda, que até dezembro deste ano o Governo Federal fará cumprir o acordo para destinar repasse às obras de remodelação viária da entrada de Santos e do acesso à Margem Direita do cais. O empreendimento é dividido com o estado e município.

O governo estadual, por meio de um Termo Aditivo Modificativo (TAM) com a concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), iniciou as obras ao custo de R$ 270 milhões. A Prefeitura de Santos, após um financiamento pela Caixa Econômica Federal, também começou as intervenções de R$ 290 milhões.

A União tinha se comprometido a aplicar, aproximadamente, mais R$ 300 milhões, principalmente na parte que diz respeito ao acesso ao cais. “Existe recurso. É uma questão apenas de gestão e remanejamento. Talvez, repassemos R$ 100 milhões agora e, no andamento da obra, o restante”, garantiu o secretário.

“Os R$ 300 milhões não serão usados em um dia, então é possível dividir isso sem trazer insegurança à obra. Nós temos disponibilidade e, na verdede, sempre houve, agora só temos que ver para quem vamos repassar, se é para o estado, município ou até mesmo para a Companhia Docas”, afirmou Luiz Otávio Campos.

O Fórum Internacional para a Expansão dos Portos Brasileiros, uma iniciativa do Grupo Tribuna com realização da Una Marketing de Eventos, tem a segunda etapa nesta terça-feira (11). O evento acontece ao longo do dia no Mendes Convention Center, na Avenida Francisco Glicério, 206, no bairro Gonzaga.

Fonte: G1

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Clima de tensão entre Estados Unidos e Turquia poderá afetar as exportações brasileiras

As sanções impostas pelo presidente Donald Trump contra a Turquia poderão afetar o intercâmbio comercial do Brasil com o país que vem ampliando consistentemente as importações de produtos brasileiros e em pouco tempo se transformou no vigésimo-primeiro principal mercado do Brasil no exterior.

De janeiro a julho, as exportações para a Turquia cresceram 57,25%, totalizando US$ 1,557 bilhão. Por outro lado, as importações brasileiras somaram US$ 311 milhões, com uma alta de 18,04% comparativamente com o mesmo período de 2017. Em sete meses, o intercâmbio comercial com a Turquia gerou para o Brasil um superávit de US$ 1,246 bilhão.

Na avaliação de especialistas em comércio exterior, um eventual recrudescimento da tensão política e da adoção da elevação de tarifas sobre os produtos turcos por parte dos Estados Unidos, com a devida contrapartida de Ankara certamente terá importantes reflexos no comércio exterior da Turquia não apenas em relação aos Estados Unidos mas também junto a outros parceiros comerciais do país, entre eles o Brasil.

E o setor que mais se preocupa com uma cada vez mais provável deterioração das relações ente os Estados Unidos e a Turquia é o agronegócio. Este ano, a Turquia tornou-se um importante mercado para os produtos agrícolas brasileiros. De janeiro a julho, as vendas desse setor somaram US$ 806 milhões, com um crescimento de 183% em relação a igual período do ano anterior.

Entre os principais produtos embarcados para a Turquia figuram soja, gado vivo, café e carnes. O principal destaque nas exportações foi a soja, que viu suas exportações saltaram 342% nos sete primeiros meses do ano, com uma receita de US$ 464 milhões.

Outro integrante em destaque na pauta exportadora para a Turquia foram os bovinos vivos, no total de US$ 241 milhões, graças a uma alta de 307,6% nas importações realizadas até o mês de julho. O Pará é o estado que mais exporta gado vivo para a Turquia. De janeiro a julho os embarques do estado totalizaram US$ 96,1 milhões. A seguir vieram São Paulo (US$ 60,9 milhões), Rio Grande do Sul (US$ 56,3 milhões) e Minas Gerais (US$ 16,8 milhões).

Também merecem destaque as exportações de produtos semimanufaturados de ferro ou aços, no valor de US$ 195 milhões, graças a um aumento de 104,9% no período. Merecem ser citados ainda os minérios de ferro,que geraram uma receita de US$ 120 milhões, apesar da queda de 11,9% nas exportações e os produtos laminados de ferro, no valor de US$ 106 milhões.

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Maersk bate recorde ao superar 19 mil TEUs em embarque

O navio Mumbai Maersk bateu recorde mundial ao ultrapassar a marca de 19 mil TEUs transportados em uma viagem. A Maersk afirma que, até hoje, nenhum navio dentre todas as companhias de navegação no mundo havia atingido esse volume de contêineres em um embarque. Com capacidade nominal de 20.568 TEUs, o navio é o mais novo a entrar na frota da classe Triple-E, em maio deste ano, e faz o serviço AE5, entre Ásia e Europa. A segunda geração de navios Triple-E deixou o Porto Tanjung Pelepas, na Malásia, no último final de semana e agora parte para a Europa. A primeira parada do navio está prevista para o dia 5 de setembro no Porto de Roterdã, na Holanda.

Para a Maersk, o recorde mundial de carregamento de 19.038 TEU cria uma nova fronteira para a companhia, superando o Madison Maersk, da primeira geração Triple-E que havia transportado 18.215 TEUs, em 2015. Ao mesmo tempo, o Mumbai Maersk superou outros recordes de carregamentos informados por outros armadores.

Para a Maersk, a carga recorde também representa progresso na alavancagem das operações da APM Terminals. A companhia de navegação destaca que o Tanjung Pelepas é um hubs com alta produtividade, o que beneficia também a Maersk Line dentro de uma estratégia integrada. “Nossos hubs estão quebrando os recordes de produtividade existentes. Este recorde dos contêineres carregados durante uma parada no porto é uma das muitas ilustrações mostrando que estamos bem posicionados”, disse o diretor de operações da APM Terminals, Keith Svendsen. A empresa divulgou um vídeo do navio em operação.

(Da Redação)