Canal do Panamá Expandido recebe sua maior embarcação até agora

O Canal do Panamá completou nesta quinta-feira (16) um teste de trânsito do navio porta-contêineres “Tritón”, da Evergreen, É a maior embarcação de contêineres a trnasitar na eclusa do canal expandido, desde sua inauguração em junho de 2016.

O neopanamax “Triton” estabeleceu um novo recorde de TEUs permitidos, 15.313. O navio mede 51,2 metros de boca e 369 metros de comprimento.
Em junho de 2018, o canal aumentou o feixe de 49 metros para 51,25 metros, como consequência do treinamento e experiência adquiridos pela equipe durante a operação das eclusas neopanamax em quase três anos. Essa expertise, aliada à colaboração com o cliente, também contribuiu para que a rota pudesse receber o navio, apesar de este ultrapassar o comprimento máximo de 366 metros.

O “Triton” opera o serviço Evergreen Extremo Oriente – Costa Leste dos Estados Unidos (AUE) como parte da rede da Ocean Alliance, que conecta os portos da Ásia e da costa leste dos Estados Unidos através do Canal do Panamá.

O serviço AUE consiste em 11 embarcações que variam em tamanho, de oito mil a 14 mil TEUs. A aliança inclui a chinesa Cosco Shipping, a Orient Overseas Container Lines (OOCL), a CMA CGM Group e a Evergreen, que estão entre os maiores clientes em volume do Canal do Panamá.

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Outro navio da Grimaldi transportando veículos pega fogo

O navio italiano Grande Europa, IMO 9138381, operado pela Grimaldi Euromed, transportando 1843 veículos pegou fogo na manhã de 15 de maio de 2019 no Mediterrâneo, ao sul de Palma de Mallorca na Espanha, quando viajava de Nápoles na Itália para Valência na Espanha.

O navio saiu do controle por volta das 03:30 UTC e vários navios e barcos de combate a incêndios auxiliaram no salvamento, 25 tripulantes permaneceram a bordo e ajudaram na extinção do incêndio, outros 14 foram resgatados por helicópteros.

Aparentemente o fogo foi restrito aos compartimentos da superestrutura do navio, nas cabines e compartimentos de serviços. Após o controle do incêndio, o navio foi rebocado para Palma de Mallorca.

Em março de 2019, outro navio operado pela Grimaldi, o Grande América, também pegou fogo e afundou no Golfo de Biscaia durante uma viagem de Hamburgo, na Alemanha, para Casablanca, no Marrocos.

Ambos navios operados pela Grimaldi foram construídos há mais de 20 anos, uma restrição para a contratação do seguro de cargas. De acordo com as condições do seguro de transporte internacional, para viagens em navios com mais de 20 anos, é preciso a autorização da seguradora.

Aparecido Rocha – insurance reviwer

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Codesp analisa propostas para obra de dragagem

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos, analisa sete propostas de empresas – duas delas em consórcios – para a realização da dragagem de manutenção do Porto de Santos por seis meses. As ofertas foram apresentadas pelos representantes das firmas a técnicos da estatal na manhã da última sexta-feira (10).

Essa avaliação integra o processo de contratação emergencial da dragagem do complexo marítimo santista. Ele foi necessário pois o serviço de retirada de sedimentos do canal de navegação, da bacia de sedimentos e dos berços do complexo marítimo, previsto no atual contrato, foi concluído no início do mês passado. Essa atividade era feita pelo consórcio formado pelas empresas Van Oord Operações Marítimas e Boskalis do Brasil, contratado pelo então Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, hoje Ministério da Infraestrutura.

A Codesp consultou 12 empresas para uma “eventual contratação de dragagem emergencial”, informou, em nota, a assessoria de imprensa da companhia. Apenas sete enviaram propostas – uma informou não estar interessada e quatro não retornaram o convite.
Ainda de acordo com a Docas, as concorrentes aprovadas tecnicamente terão suas ofertas avaliadas considerando “o melhor preço e menor prazo de mobilização de equipamento para realizar o serviço”.

A Codesp prevê que a análise das propostas ocorrerá nas próximas semanas. Mas destaca que “só assinará o contrato da dragagem emergencial se houver risco de perda de calado operacional, enquanto a dragagem ordinária não é contratada”.

Paralelamente a esta licitação, a Autoridade Portuária prepara uma outra concorrência para contratar o serviço, dessa vez por dois ou três anos. Mas, conforme já revelou o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Casemiro Tércio Carvalho, esse próximo contrato terá uma cláusula rescisória, a ser aplicada caso o Governo Federal aprove a concessão do canal para a iniciativa privada – projeto já em estudo pela equipe da Docas.

Em entrevistas recentes a A Tribuna, Tércio descartou um risco imediato de perda de calado (profundidade necessária para a navegação) do Porto, mesmo com os trabalhos de dragagem interrompidos. Segundo ele, há uma certa margem de segurança até o final do semestre. “Há um colchão de sedimentação. Um dispositivo para caso a dragagem tenha que ser interrompida por dois ou três meses”, afirmou o diretor-presidente.

Fonte: A Tribuna

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Chile lidera ranking dos fornecedores de vinhos ao Brasil no primeiro trimestre do ano

São Paulo – O mercado de vinhos importados no Brasil cresceu 5,7% em volume no 1º trimestre de 2019, apesar de sofrer queda de 2,1% em valor (contabilizado em dólar), de acordo com os dados de auditoria de importação da Ideal Consulting.

O mercado de importados, incluindo champagne, espumantes, proseccos e vinhos, movimentou neste período US$ 67.26 milhões contra US$ 69.48 milhões no último trimestre de 2018.

O Chile continua na liderança do mercado, no segmento de vinhos, apresentando aumento em volume (15,3%, 902.179,3 caixas com nove litros) e em valor (8,7%, US$ 23,885.628,9 dólar FOB), seguido de Portugal (0,9% de crescimento, 380.757, e queda de 7,8% em valor, US$ 10,297.165,3), Argentina (queda de 4,5% em volume, 296.489,9 e queda em valor, US$ 9,698.272,1), Itália (aumento de 10,1% em volume, 290.294,9 e aumento em valor de 1,1%, US$ 7,742.339,8) e França (aumente de 18% em volume, 134.267,8 e queda em valor de 12,2%,, US$ 4,723274,9).

“Chama a atenção o crescimento da importação no primeiro trimestre motivado principalmente pelo otimismo do trade do vinho no final de 2018 em relação a uma eventual melhora da economia”, diz Felipe Galtaroça, diretor da empresa de auditoria Ideal Consulting.

“A tendência, no entanto, é de estagnação ou de queda no nível de importação para o próximo trimestre por causa da combinação de estoque alto dos importadores e taxa de câmbio desfavorável à importação”, complementa Felipe.

Para Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile, “as vinícolas chilenas têm realizado um grande esforço de marca e de desenvolvimento de produto em todos os mercados em que atua para continuar oferecendo um mix de produtos premium para atender a crescente demanda de qualidade. Nossa indústria opera baseado no tripé de diversidade, sustentabilidade e inovação, associada a um país que não para de investir para levar o seu nome para todo o mundo”.

A Wines of Chile foi criada com o nome de Associação de Vinhos do Chile, em abril de 2007, com o propósito de unificar os esforços da indústria chilena de vitivinicultura. A entidade reúne 74 produtores, que abrangem as diversas regiões vinícolas e é presidida por Mario Pablo Silva.

Com informações da Wines of Chile

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Porto de Santos tem queda de 7,2% no movimento de cargas

A movimentação de cargas no Porto de Santos, no mês passado, teve uma queda de 7,2%. O resultado negativo influenciou no balanço do primeiro trimestre, divulgado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que teve recuo de 1,5%, se comparado ao mesmo período de 2018. Neste ano, já foram movimentadas 30,4 milhões de toneladas.

A diminuição no escoamento da safra de soja para exportação e as retrações nos embarques de açúcar e desembarques de adubo contribuíram para o resultado. Só essas três cargas representaram uma perda de quase 650 mil toneladas, ante ao primeiro trimestre do ano passado.

A redução da movimentação geral verificada em março inverteu a tendência de alta registrada nos dois primeiros meses, inclusive com o total de fevereiro ultrapassando de forma inédita a marca de 10 milhões de toneladas.

A carga conteinerizada também registrou queda no último mês, uma redução de 8,5% na tonelagem e de 11,6% no total de TEU (unidade de contêiner equivalente a 20 pés).

O cenário negativo segue com a queda no fluxo de navios. No trimestre, o recuo foi de 4,1%. Considerando apenas os navios de cargas (excluindo os de passageiros, de guerra e outros), o volume das atracações foi reduzido em 4,7%, elevando a consignação média para 27.555 toneladas por navio, refletindo um ganho de quase 3,4% de produtividade.
Perspectiva para a soja

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reviu, neste mês, a estimativa de produção e exportação da soja brasileira para o ano.

A situação reduz a expectativa apontada em dezembro, quando estava previsto o embarque de 81 milhões de toneladas. Agora, a previsão é de fechar 2019 com 79,5 milhões de toneladas.

Em 2018, a redução das exportações americanas da commodity para a China contribuiu para ampliação das vendas brasileiras.

Pontos positivos

No total acumulado neste primeiro trimestre, destaque para a movimentação do complexo soja – composto por grãos e farelo a granel. Ainda em alta, o crescimento atinge 9,1%.

Os carregamentos de celulose solta e conteinerizada aumentaram 8,7% neste começo de ano. A carga já ocupa a quarta posição no ranking das mercadorias mais exportadas.

O embarque de café e carnes conteinerizados, assim como as descargas a granel de óleo diesel e gasóleo, também aumentaram em março.

Fonte: A Tribuna

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Foco na oferta x demanda continuará elevando fretes marítimos

Uma melhor gestão da oferta e demanda de navios por parte dos armadores vem contribuindo para o fretes marítimos aumentarem. A avaliação é da Solve Shipping, que percebe um aumento gradativo dos fretes desde 2018, sobretudo a partir do quarto trimestre quando foram registrados aumentos de até 20% nos fretes de exportação do Brasil. A tendência, segundo a consultoria, é que os fretes fechem 2019 com média superior ao ano passado e que em 2020, além de um equilíbrio entre oferta e demanda ainda maior, os fretes também sejam impactados pela mudança de combustível dos navios. A avaliação do mercado é que os fretes continuarão a variar muito conforme a utilização dos navios e que a “receita” de negociação para uma determinada rota ou serviço não necessariamente se aplicará às demais.

A leitura é que os armadores estão utilizando todas as estratégias disponíveis para recuperarem as perdas registradas nos últimos 10 anos, inclusive com a falência de grandes armadores como a sul-coreana Hanjing Shipping. Os grandes proprietários de navios sabem que enquanto o frete cai rápido, por outro lado a subida dos preços demora. Um exemplo é que, nos dois primeiros meses de 2019, foram retiradas 35 viagens entre Ásia e EUA, o que representa redução de 20% nessa rota. As empresas também anunciaram mais de 10 cancelamentos de viagens na mesma rota para março e abril. Já na rota Brasil-Ásia, com o cancelamento de três escalas no mês de março, houve reduções de 19% e 12,5% nas capacidades de importação e de exportação, respectivamente.

Muitas vezes é mais vantajoso para o armador bancar os custos de retirar um navio de circulação e mantê-lo parado por uma viagem do que arcar com os custos da perda de receita gerada ao operá-lo por meses com baixa utilização, pressionando os fretes pra baixo. “Os armadores estão fazendo o dever de casa deles para manter certo equilíbrio oferta x demanda para que os fretes parem de cair e voltem a subir”, analisa o sócio-consultor da Solve, Leandro Carelli Barreto.
Barreto considera a diminuição do número de players no mercado como processo de seleção natural, fruto da sobre capacidade que o setor vivencia há 10 anos. A primeira onda veio com a crise econômica mundial de 2008, que fez com que os armadores: reduzissem a velocidade dos navios (para aumentar a demanda por navios), demolissem navios antigos, cancelassem encomendas e postergassem entregas. A segunda ocorreu entre 2011 e 2012, quando o preço do petróleo subiu muito e gerou uma nova corrida aos estaleiros em busca dos mega porta-contêineres da ordem de 14.000 e 15.000 TEUs visando economia de escala como forma de redução do custo unitário de transporte. Nos últimos três anos, porém, houve queda drástica no número de encomendas para construção naval em todo o mundo.

O sócio-consultor da Solve explica que a oferta e a demanda estão se encontrando e há algum tempo as encomendas de novos navios voltaram a padrões mais racionais. “Não fosse a guerra comercial entre EUA e China, que está fazendo o comércio das economias europeia e americana desacelerarem, seria possível sentir já em 2019 uma pressão interessante sobre o frete”, avalia Barreto.

Embora o frete dos grandes porta-contêineres segue tendência de alta no mundo inteiro. Os fretes marítimos no Brasil subiram entre 10% e 20% no último trimestre de 2018, de acordo com levantamento divulgado pelo consultoria europeia Dynamar/Dynaliners, sendo que para Ásia esse aumento foi de 20%, para Europa e Estados Unidos subiram quase 15%, enquanto na importação da Europa os preços cresceram acima de 10%. A Solve observa que essa alta fez com que algumas commodities que vinham em processo de conteinerização, celulose e soja, por exemplo, voltassem para navios de carga geral já a partir de janeiro de 2019.

Importadores e exportadores precisarão estar atentos às movimentações dos armadores para não serem pegos de surpresa com aumento de fretes, sobretudo porque nos últimos anos a tendência dos preços era de queda. Os usuários precisarão cada vez mais minimizar o impacto dessas oscilações e saber o momento de repassá-las para o custo do produto. Enquanto armadores têm capacidade de ajustar oferta e demanda, será mais difícil para os clientes deles conseguirem reduzir o frete em 2019 e 2020. No cenário mais conservador, os fretes vão parar de cair. “Entender as tendências de mercado é importante para importadores e exportadores irem mais embasados nas negociações de frete”, observa Barreto.

A questão do combustível com menor teor de enxofre a partir de 2020 é um ponto que não deve incomodar tanto os exportadores, voltados para conseguir negociações melhores do que as de seus concorrentes. Independente do reequilíbrio entre oferta x demanda de navios, as estimativas apontavam que os fretes no mercado internacional já aumentariam perto de US$ 200/TEU, só em função do custo do combustível. Barreto acredita que, como o bunker aumentará no mundo inteiro, não atrapalhará a competitividade dos produtos brasileiros.

Por Danilo Oliveira

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Estivadores do Porto de Santos planejam greve a partir do dia 1º

Os estivadores do Porto de Santos planejam entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir das 7h do próximo dia 1º, em protesto contra a vinculação de mão de obra nos terminais de contêineres.

Na data, entrará em vigor a decisão judicial que permite a essas empresas atuarem apenas com mão de obra avulsa vinculada (estivadores contratados com base na CLT).

A possibilidade de greve foi anunciada pelo presidente do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), Rodnei da Silva, na terça-feira (19). A paralisação será definida pela categoria no dia 26.
A Câmara de Contêineres do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) afirmou que não comentaria o anúncio.

Fonte: A Tribuna

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Portaria do Mapa define locais para receber ou exportar os produtos de origem animal

A partir da próxima sexta-feira (25), todos os produtos de origem animal que forem exportados ou importados pelo Brasil, terão que ser despachados por apenas 21 pontos do país, conforme determina a Portaria 183 do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Estes locais (aeroportos, portos e outros) respondem por 95% das operações envolvendo tais produtos. Os locais estão definidos no anexo da portaria.

O Vigiagro fez um levantamento dos pontos de maior movimentação dessas cargas. Também foi levada em conta a estrutura disponível para o recebimento dos produtos (câmaras frigoríficas, entreposto). As 21 selecionadas atenderam todos os requisitos. Nas outras unidades eram eventuais a importação e exportação.

Segundo o chefe substituto da Divisão de Operações do Vigiagro, Cid Rozo, “a principal razão da mudança é o foco na vigilância agropecuária, com atenção redobrada à saúde pública e à segurança alimentar, pois os auditores fiscais federais agropecuários que estão trabalhando nessas unidades receberam treinamento para atuar em cima desses produtos específicos. Os auditores sabem quais são os riscos intrínsecos aos produtos e como atuar se encontrarem alguma inconformidade”.

No treinamento dos auditores foram mostradas as inconformidades, interceptações, quais são realmente graves e onde o fiscal deve direcionar seu esforço na mercadoria que está sendo analisada. Com toda essa especialização será acelerada a operação de importação e exportação.

“Na prática, serão criados corredores de importação e exportação especializados para os produtos. Quem atua na unidade estará habilitado para a fiscalização específica”, explica Cid Rozo.

(*) Com informações do Mapa

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Operações superam expectativa da Codesp

O Porto de Santos movimentou 133,1 milhões de toneladas no ano passado. O volume superou as projeções da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária, que apontavam a operação de 131,5 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro de 2018.

Os dados fazem parte do relatório divulgado pela Gerência de Estatísticas da autoridade portuária na tarde desta terça-feira (22). O material destaca, entre outros números, que o movimento de mercadorias cresceu 2,5%, impulsionado pelo aumento de carga solta em novembro. Além disso, a esperada desaceleração nas operações de contêineres em dezembro não se confirmou.

Entre janeiro e dezembro, os embarques somaram 94,3 milhões de toneladas. A marca é recorde e representa um aumento de 0,8% sobre a movimentação de 2017, quando 93,5 milhões de toneladas foram embarcadas.
Neste período, o destaque foi a expansão de 24,9% nos carregamentos de soja a granel, totalizando 20,5 milhões de toneladas. As exportações do produto em farelo cresceram, desta vez, 18,3%, chegando a 5,9 milhões de toneladas. Com isso, o complexo soja cresceu 22,8% em relação ao ano anterior, com a marca recorde de 26,6 milhões.

Em contrapartida, os embarques de milho e açúcar caíram em relação a 2017. No primeiro caso, a redução foi de 11,3% e as exportações da commodity somaram 12,6 milhões de toneladas.

Já os carregamentos de açúcar sofreram uma queda de 27% e chegaram a 15 milhões de toneladas, expressiva redução diante das 20 milhões de toneladas exportadas em 2017.

“O resultado recorde registrado em 2018 deve ser ainda mais exaltado considerando que duas das principais cargas movimentadas no Porto de Santos tiveram grandes quedas, devido a fatores climáticos e de mercado”, ressalta o diretor de Relações com o Mercado e Comunidade da Codesp, José Alfredo de Albuquerque e Silva.

Por outro lado, o crescimento mais expressivo de movimentação foi o da celulose, com 51,4% de aumento em relação a 2017. A soma atingiu a marca de 4,6 milhões de toneladas no ano passado.

Importações

No ano passado, as importações pelo Porto de Santos somaram 38,2 milhões de toneladas. O crescimento em relação a 2017 foi de 6,9%, já que foram movimentadas 36,3 milhões de toneladas no ano anterior.

Entre os desembarques, a carga mais movimentada foi o adubo, que somou 4,5 milhões de toneladas. O volume é 10,7% superior ao verificado em 2017, quando 4,1 milhões de toneladas da mercadoria chegaram ao País pelos terminais do cais santista.

A importação de trigo cresceu 20% no ano passado, atingindo a marca de 1,3 milhão de toneladas. Já os desembarques de sal caíram 2,5%, atingindo 965.716 toneladas, segundo o relatório anual da Companhia Docas do Estado de São Paulo.

Fonte: A Tribuna

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Arábia Saudita suspende importação de carne de frango de 33 frigoríficos do Brasil

A Arábia Saudita, maior importadora de carne de frango do Brasil, desabilitou 33 frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros para o país.

Dos 58 frigoríficos habilitados pelo Ministério da Agricultura para exportar para o país, restaram apenas 25 na lista dos árabes.

Em 33 deles, a Arábia Saudita exige alguns acertos para que voltem a exportar. Segundo o presidente da ABPA (Associação Brasileira da Indústria de Proteína), Francisco Turra, das 58 unidades liberadas apenas 30 efetivamente estavam exportando para o país árabe. O impacto maior, portanto, será sobre cinco unidades, segundo Turra.
Entre as unidades descredenciadas pelos árabes estão frigoríficos da BRF e da JBS, empresas bastante atuantes no setor. ?

A ABPA não informou as possíveis perdas de volume exportado nessa restrição árabe, mas circularam dentro do Ministério da Agricultura avaliações de queda de até 30%.

A Arábia Saudita importou 486,4 mil toneladas de carne de frango do Brasil no ano passado, 12% do volume exportado pelo país. A China veio em segundo lugar, com a compra de 438 mil toneladas e participação de 11% nas exportações brasileiras.

Esse enxugamento no número de frigoríficos liberados pela Arábia Saudita ocorre devido a um conjunto de fatores, segundo informações do setor.

Um dos motivos dessa ação dos árabes viria de constatação de irregularidades em alguns frigoríficos, encontradas por técnicos de uma missão árabe que esteve no Brasil no ano passado.

O setor de produção de carne vê, ainda, uma busca de redução da dependência árabe da proteína brasileira. Apesar de todos os empecilhos no país, a Arábia Saudita quer incentivar a produção interna de frango.

Não está descartada uma pressão econômica dos árabes sobre a manifestação política de Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel.

O início de 2019 repete o de 2018, quando o setor foi surpreendido pelas barreiras da União Europeia. O Brasil, até então líder em exportações de carne de frango para os europeus, perdeu o posto para a Tailândia.

Neste ano, se as barreiras continuarem, a Arábia Saudita deverá deixar a lista de maior importadora dessa proteína do Brasil. A China poderá assumir o posto.

Uma das grandes preocupações do setor de avicultura é com as recentes posições diplomáticas do governo de Jair Bolsonaro. O receio é que se alastre uma reação contrária ao governo brasileiro pelos países árabes.

Fonte: Folha SP