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Canadá aumenta a inspeção da carne bovina brasileira importada

O Canadá ampliou a inspeção da carne importada do Brasil e passou a verificar provisoriamente todas as cargas, após a Polícia Federal brasileira lançar a operação Carne Fraca para investigar um esquema de corrupção envolvendo fiscais sanitários, afirmou a Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA).

Os novos protocolos, que começaram em 10 de abril, envolvem a inspeção de todas as importações brasileiras de carne em cinco carregamentos consecutivos de cada unidade aprovada e para cada categoria de produto, disse a porta-voz da CFIA, Maria Kubacki.

O Canadá é um pequeno comprador de carne bovina brasileira, importando o equivalente a 21 milhões de dólares canadenses (US$ 16,1 milhões) no ano passado, de acordo com a Agriculture and Agri-Food Canada.

Inspeções completas pelo Canadá incluem análises de agentes patogênicos em produtos de carne prontos para consumo, testes de resíduos químicos e análise completa das embalagens utilizados para carnes enlatadas.

Anteriormente, a CFIA realizava uma inspeção aleatória completa a cada dez remessas consecutivas de cada unidade brasileira. As outras nove cargas eram analisadas visualmente.

Problemas sanitários

A polícia brasileira fez incursões em unidades de empresas como a JBS e BRF BRF em março, assim como em uma dúzia de frigoríficos rivais, por suspeita de pagamento de propina a inspetores sanitários.

Os Estados Unidos proibiram as importações de carne in natura do Brasil na semana passada, após uma alta percentagem dos carregamentos de carne brasileira não passarem nas inspeções.

O Canadá rejeitou seis remessas de carne bovina brasileira de um total de 191 embarques desde 10 de abril, de acordo com a CFIA. Bloqueou em maio as importações de uma unidade da JBS no Brasil que não atendeu requisitos de segurança alimentar, e retirou da lista duas outras em março.

As remessas rejeitadas apresentavam defeitos na lata que poderiam levar à deterioração.

A proibição dos Estados Unidos à carne bovina brasileira in natura provavelmente não criará muitas oportunidades para os canadenses, disse Dennis Laycraft, vice-presidente executivo da associação dos criadores de bovinos do Canadá.

A carne produzida no Brasil é mais parecida com a produzida pela Austrália e pela Nova Zelândia, onde o gado é criado principalmente no pasto.

Fonte: Uol Economia

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Porto de Paranaguá dobra de ‘tamanho’ em cinco anos

Vinte e sete milhões de toneladas é a estimativa de movimentação de cargas pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá em 2017. A se confirmar, o desempenho será 8% acima do volume verificado em 2016. Um resultado fantástico a considerar um ambiente político-econômico pouco favorável no Brasil. Estamos em recessão. Lembra? Não o agronegócio, mas a economia nacional. Contudo, o que realmente impressiona é a analise de uma série um pouco maior, de cinco anos, período que esse mesmo indicador dobrou de tamanho. Em 2012, a movimentação desse mesmo corredor foi de 13,9 milhões de toneladas. Isso mesmo, a previsão para este ano é praticamente 100% a mais do que há cinco anos.

Mas o que aconteceu? O Paraná e o Brasil produziram mais? Exportaram mais? Sim! Só que isso não seria possível não fosse uma mudança eu diria radical no Porto de Paranaguá. Uma decisão política, com efeito técnico e de gestão na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Há cinco anos o governo do Paraná optou por um comando mais técnico do terminal. Em março de 2012 tomou posse como novo superintendente Luiz Henrique Dividino, um nome do mercado que interrompeu uma secessão de indicações políticas no comando de uma das principais estruturas responsáveis por estimular e dar vazão ao desenvolvimento econômico do Estado. Com a segurança de quem sabia o que estava fazendo, o novo superintendente ganhou autonomia, ousou e começou a imprimir uma nova realidade ao Porto de Paranaguá.

Como se trata de uma estrutura pública, o componente político continuou com seu papel regulador. Mas agora como um aliado, com pouca ingerência política sobre a administração do negócio. A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (SIL), estrutura à qual está subordinada a Appa, comandada por Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa, confiou plenamente o futuro do porto nas mãos de um técnico, de uma pessoa que realmente entendia do assunto. Hoje, tanto Pepe quanto Beto não apenas tem certeza de que fizeram a escolha certa como colhem os frutos, estes sim políticos, de um desempenho singular do Porto de Paranaguá.

Fonte: Notícias Agrícolas

China Qingdao Port Container Terminal,The world's most efficient loading and unloading pier, with more than 130 countries and regions in the global trade

Brasil tem queda na corrente de comércio com 9 entre seus 10 maiores parceiros comerciais

A corrente de comércio do Brasil (exportações+importações) com os dez principais parceiros comerciais apresentou em 2016 quedas expressivas em relação a todos eles, exceto a Bélgica, o único desses países que teve um fluxo de comércio com o Brasil em 2016 superior ao que foi registrado em 2015.

A maior queda aconteceu exatamente com a China, o maior parceiro comercial do Brasil, com um recuo de quase US$ 8 bilhões, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Em 2016, o Brasil exportou para a China mercadorias no total de US$ 35 bilhões e importou bens no montante de US$ 23 bilhões, tendo obtido um superávit de US$ 12 bilhões, com uma corrente de comércio no total de US$ 58 bilhões. Em 21015, as exportações somaram US$ 35,6 bilhões e as importações atingiram a cifra de US$ 30,7 bilhões e o fluxo de comércio somou US$ 66 bilhões.

Em relação aos Estados Unidos, a queda na corrente de comércio foi menos acentuada mas ainda assim relevante. Em 2016, os dois países trocaram mercadorias no valor total de US$ 47 bilhões (exportações de US$ 21 bilhões e importações de US$ 24 bilhões), contra US$ 50 bilhões em 2015 (exportações no total de US$ 24 bilhões e importações no montante de US$ 26 bilhões).

Quedas igualmente importantes foram registradas no fluxo de comércio entre o Brasil e a Argentina, Países Baixos, Alemanha, Japão, Chile, México e Itália.

A Belgica, décimo principal parceiro comercial do Brasil, foi o único país a registrar um aumento na corrente de comércio bilateral. Ano passado, Brasil e Bélgica trocaram mercadorias no total de US$ 4,719 bilhões, contra um fluxo de comércio de US$ 4,612 bilhões registrado em 2015.

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Brasil foi o país que mais abriu investigações antidumping nos últimos três anos

Relatório divulgado nesta segunda-feira (25) pela Organização Mundial do Comércio (OMC) revela que o Brasil foi o país que mais abriu investigações antidumping nos últimos três anos. Entre 2013 e 2015, foram iniciadas 112 investigações, 15% do total registrado para os países-membros do organismo internacional.

Segundo a OMC, as investigações não levam, necessariamente, à imposição de medidas restritivas ao comércio, mas são um indicador de provável alta das restrições. O dumping é a prática de exportar um produto a preço inferior ao praticado no país de destino. Já as medidas antidumping são maneiras de neutralizar a prática, considerada desleal, geralmente pela imposição de tarifas alfandegárias adicionais.

Apesar de concentrar o maior número de novas investigações antidumping, o Brasil registrou diminuição delas entre 2013 e 2015. Em 2013, foram 54 investigações iniciadas. Em 2014, o número caiu para 35 e, em 2015, atingiu 23.

O relatório aponta aumento das barreiras comerciais de forma generalizada entre os países-membros e conclui que é preciso “resistir às pressões protecionistas”. Segundo o documento, assinado por Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, as novas medidas restritivas ao comércio aumentaram de uma média de 15 por mês, na última medição, para 22 por mês. O número refere-se ao período de outubro de 2015 a maio de 2016, e é a maior média desde 2011.

Azevêdo divulgou o relatório durante o encontro do Órgão de Análise da Política de Comércio da OMC. Outra conclusão do levantamento é que os países-membros são lentos em eliminar as medidas restritivas ao comércio.

“Das 2.835 medidas restritivas ao comércio registradas para membros da OMC desde 2008 até este exercício, somente 708, ou 25%, haviam sido removidas até maio de 2016”, afirma o documento. O relatório pondera, no entanto, que, entre outubro de 2015 e maio deste ano, os países-membros adotaram uma média de 19 novas medidas por mês destinadas a facilitar o comércio.

Fonte: Agência Brasil

Comércio-Exterior

Para diretor-geral da OMC: “empresários brasileiros devem tratar comércio exterior como prioridade”

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, disse, nesta quinta-feira (16), que é importante que os empresários brasileiros comecem a tratar o comércio exterior como uma prioridade. Durante palestra para empresários na Firjan, ele ressaltou que o Brasil vive um momento saudável para debater o assunto.

Segundo Roberto Azevedo, no Brasil, havia a ideia de que para iniciar uma operação de comércio exterior era necessário, em primeiro lugar, que houvesse um excedente de produção. Ele, no entanto, defende que as relações internacionais sejam parte do plano de negócios das empresas. “O comércio exterior tem que deixar de ser um plano C, um plano D. Tem que estar presente nas estratégias de competitividade”, disse.

Roberto Azevêdo ressaltou ainda os avanços obtidos nos últimos anos pela instituição. Em 2013 foi firmado o primeiro acordo multilateral da era OMC, durante a Conferência de Bali, que vai facilitar o acesso de produtos brasileiros a mercados em todo o mundo. De acordo com o diretor-geral da Organização, é preciso trabalhar ainda mais para garantir que as pequenas e médias empresas tenham condições de atuar no comércio exterior.

Ajudar essas empresas é ajudar o país. Temos que dar auxílio para que elas tenham mais espaço, batalhando, por exemplo, por uma redução nos custos de transação”, afirmou.

Em sua palestra, o diretor-geral da OMC disse ainda que a instituição está aberta ao diálogo com os empresários e garantiu que há espaço para que o setor privado do Brasil dê suas contribuições. O vice-presidente da FIRJAN, Carlos Mariani, afirmou que a Coalizão Empresarial Brasileira (CEB) é responsável por esse diálogo. “Nós temos um histórico de contribuições, desde as primeiras negociações, e vamos continuar trabalhando dessa forma”.

Reino Unido

Roberto Azevêdo foi questionado durante a palestra sobre os impactos de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia. Ele explicou que ao sair do bloco econômico, o Reino Unido deixa automaticamente de pertencer à lista de compromissos firmadas entre UE e OMC.

“É um caso sem precedentes pois teremos, pela primeira vez, um membro da OMC que não terá uma lista de compromissos. Será necessário negociar essa lista com os países membros. E o resultado dessa negociação, não se sabe”, alertou.

Fonte: Firjan e https://www.comexdobrasil.com/roberto-azevedo-empresarios-brasileiros-devem-tratar-comercio-exterior-como-prioridade/