Santos Brasil

Secretário do MDIC vê sinais de retomada da atividade econômica com aumento das importações

Uma redução na queda das importações brasileiras, verificada nos últimos três meses, pode ser sinal do início da recuperação da atividade econômica no país, disse (1°) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, ao comentar os resultados da balança comercial de agosto.
As importações estão tradicionalmente atreladas à atividade econômica, já que abarcam a compra de bens intermediários e bens de capital utilizados na produção industrial. De janeiro a agosto deste ano, as importações brasileiras caíram 25,5% ante igual período de 2015.

No entanto, o governo avalia que a trajetória das compras no exterior começa a melhorar a partir de junho, com destaque para agosto. Naquele mês, a queda no valor importado ficou em 19,3% ante igual período de 2015. Em julho, o recuo foi de 20,3%. Em agosto, ficou em um dígito, somando 8,3%. O cálculo é feito segundo a média diária, que expressa o volume negociado por dia útil.

“Essa queda de 8,3% é a menor redução de importação desde novembro de 2014, que havia sido 5,5%. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, a queda chegava a 36%. Isso já pode ser um sinal da economia”, afirmou Herlon Brandão. Ele destacou, entretanto, que “ainda é cedo para falar”.

No acumulado do ano, as importações de bens de capital e bens intermediários continuam com queda de dois dígitos. As aquisições dos primeiros recuaram 21,6% ante janeiro a agosto de 2015, enquanto as compras de bens intermediários caíram 22,1% ante igual período.

Quando analisado apenas o mês de agosto, as importações de bens de capital ainda têm queda de 31% na comparação com agosto de 2015. As compras de bens intermediários, no entanto, recuaram apenas 0,5%, mantendo-se quase estáveis.

Exportações

Por outro lado, a previsão do governo de que as exportações voltariam a crescer neste ano ainda não se concretizou. As vendas externas do país acumulam queda de 4,9% no ano segundo o critério da média diária, em relação ao período de janeiro a agosto em 2015.

O saldo positivo da balança comercial, tanto em agosto quanto no acumulado do ano, deve-se ao fato de as importações estarem caindo em ritmo mais acentuado que as vendas externas. Ainda assim, Herlon Brandão destacou como positivo o superávit recorde registrado em 2016.

“O saldo comercial ajuda nas contas externas, e esperamos que as importações sejam um sinal de melhora na atividade”, ressaltou. A balança está positiva em US$ 32,4 bilhões de janeiro a agosto, melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Em agosto, o saldo positivo foi de US$ 4,14 bilhões, segundo melhor da história, perdendo apenas para 2006.

Entre destaques dos produtos exportados no mês passado estão aviões, com crescimento de 102,3%; açúcar bruto, com alta de 72,2%; e automóveis de passageiros, com alta de 66,2%.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mantém a projeção de que a balança fechará este ano com saldo positivo entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. O resultado pode ultrapassar o recorde anual, de superávit de US$ 46,5 bilhões, alcançado em 2006.

Fonte: Agência Brasil

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Índia figura entre os países-alvo de ação mais agressiva de promoção comercial do Brasil

A Índia integra o seleto grupo de quatro países e blocos econômicos (os demais são os Estados Unidos, União Europeia e a China) junto aos quais o governo brasileiro pretende implementar uma ação agressiva no esforço de ampliar as exportações brasileiras para grandes mercados.

E talvez em nenhum deles o Brasil realmente necessite tanto de reforçar sua presença, utilizar recursos de inteligência comercial e encontrar meios de recuperar o terreno perdido especialmente em 2016, quando tanto as exportações brasileiras quanto as vendas indianas desabaram e devem fechar o ano próximas do nível registrado em 2009.

O ano de 2014 constitui um marco na história do intercâmbio comercial brasileiro-indiano. Naquele ano, o fluxo de comércio bilateral atingiu o recorde histórico de US$ 11,429 bilhões, com exportações brasileiras no montante de US$ 4,778 bilhões (alta de 52,99% sobre 2013) e vendas indianas no total de US$ 6,640 bilhões (aumento de 4,45% sobre o ano anterior). Naquele ano, a Índia foi o destino final de 2,13% das exportações totais do Brasil e forneceu ao país 2,90% de todo o volume importado pelas empresas brasileiras. Em 2014, a balança comercial bilateral proporcionou à Índia um superávit de US$ 1,852 bilhão.

Após atingir números recordes em 2015, o fluxo de comércio entre os dois países entrou em forte declínio no ano seguinte, quando as exportações brasileiras despencaram -24,46% para US$ 3,617 bilhões e as vendas indianas experimentaram um recuo ainda mais expressivo de -35,4% e somaram US$ 4,290 bilhões, gerando um saldo em favor da Índia no total de US$ 672 milhões. Com exportações e importações em queda, também cairam a participação da Índia como destino das exportações brasileiras (1,8%) e nas importações (2,50%).

E se os números de 2015 já não eram motivo para comemoração, em 2016 o comércio bilateral enfrenta uma queda bem mais aguda. De janeiro a agosto as exportações brasileiras tiveram uma forte queda de -24,32% e somaram pouco mais de US$ 1,782 bilhão. Na outra ponta, as vendas indianas levaram um tombo ainda maior e despencaram impressionantes -47,54% e totalizaram US$ 1,592 bilhões.

E a exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos, também em 2016 registra-se uma importante queda na participação da Índia como parceiro comercial do Brasil. Nos oito primeiros meses do ano, a Índia importou apenas 1,44% de todo o volume exportado pelo Brasil e forneceu apenas 1,75% de todo o volume importado pelo Brasil. Com esses números, a Índia figurou em décimo-quarto lugar entre os principais mercados para os produtos brasileiros no exterior e em décimo-segundo lugar entre os maiores abastecedores do mercado brasileiro.

Apesar dos números declinantes, a Índia é, inegavelmente, um dos mercados mais receptivos aos produtos brasileiros no exterior. E entre os grandes parceiros comerciais, poucos países se mostram tão abertos à importação de bens semimanufaturados e industrializados brasileiros como a Índia.

No período, 47,4% das exportações foram de semimanufaturados, no total de US$ 844 milhões (alta de 5,7% sobre igual período do ano passado). Enquanto isso, os embarques de produtos industrializados teve uma participação de 18,4% no volume exportado e geraram uma receita de US$ 329 milhões (queda de 15,8% em relação ao período janeiro/agosto de 2015). Por sua vez, a receita obtida com a venda de produtos básicos (participação de 34,1% nas vendas totais) somou US$ 608 milhões (com uma forte retração de 47,8% em comparação com idêntico período de 2015).

Enquanto a pauta exportadora brasileira apresenta equilíbrio entre as categorias de produtos, a relação dos produtos exportados pela Índia para o Brasil é marcada por uma forte concentração nos produtos industrializados, de maior valor agregado. De janeiro a agosto , apesar de registrarem uma queda expressiva de 48,3%, esses itens foram responsáveis por uma receita no valor de US$ 1,52 bilhão, correspondentes a 95,4% de todo o volume negociado com o Brasil.

Por sua vez, a participação dos produtos semimanufaturados e básicos foi praticamente marginal: respectivamente US$ 45 milhões, correspondentes a apenas 2,82% das exportações e US$ 28 milhões, equivalentes a apenas 1,78% de todo o volume exportado pela Índia para o Brasil.

Apesar dos números declinantes, analistas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) mostram confiança em que as perspectivas de retomada do fluxo de comércio com a Índia é questão de tempo e que números positivos devem ser alcançados já a partir de 2017.

Para que isso aconteça, esses analistas consideram importante o fato de a Índia figurar entre os países junto aos quais o Brasil buscará implementar uma política mais agressiva visando identificar novas oportunidades de negócios e aumentar o fluxo comercial.

Segundo a Apex-Brasil, “uma via importante para alcançar esse objetivo será convencer as empresas brasileiras a buscar uma maior presença no mercado indiano (assim como também nos Estados Unidos, na União Europeia e na China), seja por meio da instalação de subsidiárias, de associações com empresas locais ou mesmo de franquias”.

Essa é corroborada pelo embaixador Rodrigo Azeredo (diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores e futuro embaixador do Brasil no Irã), para quem “existem iniciativas para os grandes mercados, como o indiano, mas falta a definição de ações mais abrangentes para o desenvolvimento de parcerias”.

No governo brasileiro existe a consciência de que um número importante de empresas nacionais já se internacionalizaram há alguns anos, mas ainda assim esse número não é suficiente e precisa ser ampliado: “investir e produzir localmente é uma estratégia mais duradoura de relação comercial”, sinaliza o embaixador Azeredo. Esse raciocínio se aplica plenamente num mercado com as dimensões, a diversidade e as peculiaridades do mercado indiano.

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Simples Internacional deverá ampliar participação das PMEs nas exportações para a Argentina

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, esteve reunido, na tarde da última terça-feira (30), com o futuro embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio Danese, para tratar da criação do Simples Internacional, que permitirá a ampliação das exportações de micro e pequenas empresas brasileiras, o aumento do intercâmbio comercial e a redução de custos e de tempo das operações. A intenção é que o primeiro país parceiro nesse projeto seja a Argentina.

“A globalização ainda não chegou nos pequenos negócios. Eles têm uma enorme barreira de custos de exportações que são intransponíveis. O Simples Internacional irá derrubar essas barreiras. Queremos começar pela Argentina. Somos países com economias complementares”, afirmou o presidente do Sebrae. Ele ressaltou que exportar para a Argentina deve ser tão fácil quanto vender para um estado brasileiro e que o Simples Internacional permitirá isso.

O futuro embaixador Sérgio Danese destacou que a adoção do Sistema de Moeda Local (SML) será um importante mecanismo para derrubar as barreiras que dificultam as exportações e que esse deve ser um dos pilares desse sistema. De acordo com ele, o Sebrae terá um importante papel na divulgação desse sistema. “O Sebrae tem uma capilaridade que pouca gente tem. Para o pequeno, essa pode ser a chave para ele resolver os problemas que têm para exportar”, disse.

O SML é um sistema de pagamentos que permite que remetentes e destinatários, nos países que integram o sistema, façam e recebam pagamentos de transações comerciais em suas respectivas moedas. O Sistema já pode ser utilizado para operações comerciais realizadas entre o Brasil e a Argentina, por exemplo.

O Simples Internacional quer simplificar todos os procedimentos necessários para exportar, sejam eles burocráticos, tarifários, logísticos e de meio de pagamentos. Ele será o responsável por realizar toda a tramitação burocrática para a exportação do pequeno empresário, como licenciamento, despacho aduaneiro, consolidação de carga, seguro, câmbio, transporte e armazenagem.

Fonte: Sebrae

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“Temos muito o que crescer”, afirma dirigente do CIESP sobre mercado de nozes e castanhas

O potencial de mercado é enorme. Basta parar e observar que, assim como você, mais pessoas incluem, todos os dias, as nozes e castanhas como opção saudável de alimentação. Uma escolha que, do campo à mesa, tem tudo para ganhar força no Brasil. Para debater o assunto e apresentar os exemplos das empresas e as mais recentes pesquisas acadêmicas na área, será realizado, nesta segunda-feira (29/08), o V Encontro Brasileiro e I Encontro Latino Americano de Nozes e Castanhas. O evento será na sede da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), na Avenida Paulista, das 8h às 15h30.

“Em 2015, o Brasil exportou US$ 135 milhões em nozes. No Chile, esse valor foi de US$ 300 milhões”, afirma o 3º vice-presidente do Ciesp e diretor de Nozes e Castanhas do Departamento de Agronegócio da Fiesp (Deagro), José Eduardo Camargo. “Temos muito o que crescer: no Chile, o aumento das vendas externas foi de 15 vezes nos últimos dez anos”.

Para exemplificar o que diz, Camargo conta que, somente no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, as exportações de nozes foram de US$ 7,2 bilhões em 2015. “Podemos abrir mercado, criar uma nova fonte de negócios para o Brasil”.

Segundo ele, para chegarmos lá é preciso que exista uma união entre “os agricultores, os industriais e o governo”. “Segundo o International Nut and Died Fruit Council (INC), o crescimento anual de nozes e castanhas é de 8% em todo o mundo, com um aumento de preço em dólares de 400% nos últimos dez anos”, afirma.

Além disso, a indústria de alimentos cada vez mais usa esses itens em seus produtos, como pães e biscoitos, por exemplo.

Participação Internacional

Nessa linha de expansão, o V Encontro Brasileiro e I Encontro Latino Americano de Nozes e Castanhas receberá empresas brasileiras e da Argentina, Bolívia, Chile e Equador.

Nos painéis de debates, destaque para a experiência chilena, o potencial de mercado na área na América Latina, produtos e distribuição e ações bem-sucedidas de empresas produtoras.

Para saber mais sobre o evento, clicar aqui.

Fonte: Fiesp

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Gaúcha Colchão Inteligente inaugura linhas de montagens e franquias no Líbano e nos Emirados Árabes

A Colchão Inteligente, indústria brasileira de colchões ortopédicos e terapêuticos, deve apresentar em breve sua marca no mercado árabe. A empresa está negociando com um empresário libanês a abertura de uma linha de montagem para os colchões no país e a inauguração de dez lojas. Ainda não há data definida para o início das operações, de acordo com a gerente de Marketing, Daniela Ramme.

A indústria está em processo de expansão internacional e se diz preparada para abrir duas novas fábricas por ano nos próximos dois anos no exterior. Há negociações em curso com Alemanha, Portugal e Emirados Árabes Unidos, além do Líbano. A empresa acredita que a linha de montagem nos Emirados será aberta já no ano que vem. “Nossa pesquisa de mercado verificou que o povo árabe tem muitos problemas (de coluna) e que o produto pode ajudar e levar mais qualidade de vida a eles”, afirmou Ramme à ANBA por email.

A Colchão Inteligente já tem unidade de montagem na Argentina e inaugura em setembro uma em Orlando, nos Estados Unidos. No mercado norte-americano também serão abertas quatro franquias. A expansão para fora do Brasil é feita com parcerias. Se o investidor quiser colocar uma linha de montagem e distribuir o produto através de franquias em determinado país, a empresa monta uma linha de produção de baixo custo e logística eficiente, segundo Ramme. “A marca está crescendo, pois o produto é único e o resultado, excelente”, diz.

Os colchões são comercializados por meio de franquias. A Colchão Inteligente tem mais de 20 franquias no Brasil. No exterior elas estão onde a empresa tem fábricas, na Argentina, e em breve nos Estados Unidos. Mas a empresa atende a partir do Brasil clientes em qualquer parte do mundo, com atendimento personalizado à distância, segundo a gerente. Os colchões são todos feitos sob medida.

Os produtos da Colchão Inteligente são mais que ortopédicos, que normalmente são vendidos com uma densidade. A empresa usa uma tecnologia que ela chama de densidade inteligente. Para confeccionar o colchão, a empresa toma as medidas do cliente, largura de ombro, quadril, peso e altura. Um software calcula o peso de cada parte do corpo e define a densidade necessária para cada uma delas. Assim o colchão terá densidades exatas para as medidas de cada pessoa e diferentes densidades segundo a necessidade das diferentes regiões do corpo.

A região do colchão onde fica o quadril será mais firme, a dos ombros e pés mais confortável. “Fazendo com que a pessoa tenha um alinhamento na coluna”, afirma a gerente. No caso de colchões para casais, as densidades serão diferentes em cada lado do colchão. O cliente também pode escolher acessórios como infravermelho, magnetismo, massagem ou rabatan, espuma de poliuretano com corte em baixo relevo.

Os benefícios obtidos por meio da tecnologia, segundo a empresa, são a ajuda na correção de problemas de coluna, alívio de dores nas costas, além de prevenção na área. “Esse alinhamento correto proporciona o melhor funcionamento dos órgãos, oferecendo uma noite de sono reparadora e até diminuindo roncos noturnos”, afirma Ramme, complementando que eles auxiliam na qualidade de vida e desenvolvimento como um todo. O preço varia segundo o colchão. Por ser corretor de postura, o valor do colchão é dedutível do Imposto de Renda no Brasil, informa Ramme.

A Colchão Inteligente foi criada pelos empresários Carlito Machado e Elaine Machado em 1988 na cidade gaúcha de Campo Bom. Tudo começou quando a empresária adoeceu e teve que ficar de cama. A compra de colchão terapêutico fez com que ela se recuperasse e o casal então resolveu representar o produto. Algum tempo depois abriram uma loja na área e depois a fábrica. No início era produzido o colchão ortopédico de uma só densidade. A tecnologia da densidade inteligente foi criada em 2007 por um dos filhos dos empresários, o bioterapeuta Filipe Machado, hoje diretor comercial da empresa.

O produto tem como base estudo científico que comprova que ele proporciona o alinhamento da coluna. A pesquisa foi feita na Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, com subsídio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por meio do projeto Inova. Esse projeto dá apoio financeiro para desenvolvimento de tecnologias pelas empresas de pequeno porte.

Atualmente a Colchão Inteligente produz 200 colchões por mês. Há várias linhas de produtos, uma delas chamada Box Pet. Na parte de inferior destas camas box há uma casinha, com colchãozinho interno, para o sono dos animais de estimação.

As informações da reportagem foram fornecidas por Ramme e os diretores Mateus Machado, Filipe Machado e Lucas Machado.

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Simples Internacional facilitará exportação de micro e pequenas empresas, segundo o Sebrae

Empresários, associações de classe e representantes do governo brasileiro formaram um grupo de trabalho para criar o regime tributário Simples Internacional, que tem como objetivo principal reduzir burocracias e agilizar a exportação por pequenas e médias empresas. O projeto terá como exemplo o Simples Nacional, um sistema de arrecadação que unifica e reduz impostos para facilitar a atuação das pequenas empresas.

O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, afirmou à ANBA que o Simples Internacional usa como base o que está previsto em uma lei complementar aprovada em 2014, que assegura às micro e pequenas empresas acesso ao mercado externo por meio de processos simplificados de habilitação, licenciamento, câmbio e despacho aduaneiro.

O Brasil tem quase nove milhões de micro e pequenas empresas, responsáveis por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Micro empresas são aquelas com faturamento anual de até R$ 360 mil e pequenas empresas têm até R$ 3,6 milhões de faturamento bruto por ano.

“Não se trata apenas de simplificação tarifária, que seguramente é a mais complexa. São ações de simplificação logística, burocrática e dos meios de pagamento que produzam impacto no processo de exportação para os pequenos empresários”, afirmou Afif.

Ainda de acordo com o presidente do Sebrae, o novo regime prevê regulamentar o operador logístico integrado internacional, o que ainda não ocorre. Este operador será o responsável por toda a tramitação burocrática do pequeno exportador. Ele irá integrar o licenciamento, despacho aduaneiro, seguro, câmbio, consolidação de carga, transporte e armazenagem. Medidas como essa deverão ajudar, por exemplo, na entrega de mercadorias vendidas pela internet.

Atualmente, é possível exportar pelo projeto Exporta Fácil, dos Correios. Mas ele tem limitações que deverão ser superadas com a regulamentação do operador logístico. Pelo programa, as remessas não podem, por exemplo, ultrapassar US$ 50 mil. Afif observou que a burocracia e os custos são hoje o principal entrave ao exportador e o novo regime vai combatê-los. No entanto, há outros. “Acessar os mercados externos requer que as empresas tenham, previamente, capacidade gerencial, inovadora e tecnológica para competir”, disse.

Num primeiro momento, afirmou Afif, o objetivo do projeto é garantir simplificações dentro do território nacional para que as empresas tenham, assim, mais acesso ao mercado externo. Medidas em parceria com outros países deverão ser feitas em uma segunda etapa. Neste projeto, a Argentina tem prioridade por ser grande parceiro comercial do Brasil.

“A negociação bilateral é o segundo passo. Depois de facilitar o processo interno é necessário garantir que o tratamento diferenciado também seja aplicado do outro lado da aduana. Pretendemos começar este processo de negociação com a Argentina, importante parceiro comercial do Brasil. Já tive conversas com o embaixador da Argentina, que achou o projeto interessante e se sensibilizou com a proposta”, disse Afif.

A tramitação da proposta do Simples Internacional deverá ser submetida ao Congresso. O grupo de trabalho que formula a proposta é formado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Receita Federal, Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Banco Central, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC). O grupo é coordenado pela Câmara de Comércio Exterior, órgão hoje vinculado ao Itamaraty.

Fonte: ANBA

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Comércio exterior é tema de seminário promovido pela CNA em parceria com a Apex-Brasil

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promoveu nestas terça (16) e quarta-feiras (17), o Seminário da Rede Agropecuária de Comércio Exterior – InterAgro, em Brasília. Esse evento marca o lançamento da Rede que tem atividades previstas durante 18 meses, com eventos presenciais e palestras por videoconferência sobre temas do mercado internacional.

De acordo com a assessora para Acesso a Mercados da CNA, Camila Sande, o objetivo do evento é capacitar profissionais e técnicos do setor para melhorar o desempenho com o comércio internacional e sensibilizar os produtores rurais para um maior engajamento nos temas trabalhados.
O primeiro dia do Seminário contou com debates sobre as vantagens da exportação de produtos e serviços, procedimentos do comércio exterior agrícola e negociações internacionais.

Em sua exposição, o supervisor de Competitividade da Apex-Brasil, Tiago Terra, afirmou que exportar é muito mais que uma fonte de renda ou uma interação entre pessoas e empresas, é uma alternativa de desenvolvimento. “Todo mundo ganha com o comércio exterior: o exportador, o importador e o mercado interno, com o ingresso de divisas, com geração de emprego e renda”, disse.

Para o representante da Apex-Brasil, existem três caminhos a seguir para se alcançar o mercado externo: definir o tamanho do negócio, identificar o mercado alvo e estar preparado de forma profissional.

“A exportação é a oportunidade de diversificar o mercado consumidor e deixar o negócio menos dependente das oscilações da economia doméstica, além de acompanhar o mercado globalizado em termos de inovação e tecnologia”, defendeu Tiago Terra.

A Superintendente de Relações Internacionais da CNA, Alinne Oliveira, e a assessora Camila Sande, apresentaram as principais características do comércio agrícola e das negociações de acordos comercias e os impactos para a agropecuária brasileira.

Alinne listou os níveis de integração de acordos entre países ou blocos econômicos: “um acordo de livre-comércio abrange a redução de tarifas entre os membros; a união aduaneira possui tarifas externas comuns; o mercado comum tem livre movimento de capital e serviços, mas regulações nacionais diferentes; a união econômica não tem barreiras para comércio e a união política possui um governo comum”, disse.

Sobre as negociações comerciais, Camila Sande explicou que o objetivo principal é a liberalização das trocas de comércio entre países. “Em uma negociação, as partes definem o acesso dos seus produtos ao outro mercado, regras e requisitos sanitários e fitossanitários, dentre outros elementos. Os tipos de negociação se dividem em bilateral (Brasil e México, Mercosul e União Europeia, Parceria Transatlântica – TTIP), regional (Mercosul, Aliança do Pacífico, Parceria Transpacífica – TPP) e multilateral (Organização Mundial do Comércio – OMC)”.

No segundo dia do seminário, temas como atuação do governo na execução da política comercial brasileira e o panorama global das relações comercias foram destaques da programação. O chefe de Departamento de Negociações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Ronaldo Costa, destacou os desafios do Brasil e do setor agrícola.

Para ele, o Brasil precisa aprofundar a remoção de barreiras tarifárias e não-tarifárias e incluir novos temas de comércio exterior no Mercosul e na América do Sul, assim como, celebrar acordos com países capazes de fornecer insumos e capital de alto conteúdo tecnológico e ganhos significativos para a balança comercial.

Sobre a ação do governo na execução da política comercial brasileira, o diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Miguel Árabe, afirmou que o Brasil possui importante rede de acordos na região, mas concentrada em tarifas e a estratégia é ampliar a temática dos acordos regionais.

Fonte: CNA

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Exportadores de proteínas buscam, nas Olimpíadas, interação com público de mercados-alvo

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade gestora das marcas internacionais Brazilian Chicken, Brazilian Egg e Brazilian Pork, está realizando uma ação especificamente voltada para o público de países que são mercados-alvo dos exportadores brasileiros de carne de frango e de carne suína, que está presente na capital carioca para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Posicionados em locais estratégicos da capital carioca ao longo do caminho das delegações, os outdoors destacam aos visitantes que produto brasileiro é facilmente encontrado em pratos típicos dos mercados que são alvo da ação – países árabes, China, Rússia e Reino Unido. Foram produzidas mensagens em russo, chinês, árabe e inglês.

Conforme o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, a ideia é lembrar ao público estrangeiro que a carne de frango e a carne suína do Brasil são facilmente encontradas nos mais diversos mercados do mundo, inclusive em seus países.

“Queremos ressaltar que a proteína animal tão comum nos pratos típicos do mercado também tem o sabor brasileiro. É uma forma calorosa de mostrar nossa parceria no fornecimento de alimentos diferenciados, de qualidade, tão apreciados nestes países”, destaca Turra.

A ação acontece em conjunto com outras iniciativas que visam promover as páginas do Facebook Amo Frango, Suino Gastrô e Ovo Todo Dia. Uma delas ocorreu neste fim de semana na orla carioca, com um Talk Show promovido em uma super bicicleta para sete pessoas (com o motorista), além de um food truck temático estacionado em áreas de grande movimentação do Rio.

Aproveitando o público presente na cidade para os jogos olímpicos, a ação tem como objetivo promover o consumo consciente das proteínas animais, destacando suas propriedades e desfazendo mitos.

Fonte: ABPA

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Governo de Cuba autoriza a importação de material genético agrícola de empresas brasileiras

O Brasil abriu mais um mercado às exportações de material genético avícola. O governo de Cuba comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a aprovação dos controles do serviço veterinário brasileiro para a inspeção e certificação dos estabelecimentos produtores de ovos férteis e pintos de um dia. A decisão é resultado da avaliação feita “in loco” por auditores cubanos em janeiro deste ano.

A aprovação foi comunicada pelo Instituto de Medicina Veterinária de Cuba. Com isso, o país caribenho se insere num grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia que importam regularmente material genético avícola do Brasil e movimentaram em 2015 um valor aproximado de US$ 123 milhões.

Segundo o chefe da Divisão de Trânsito Animal do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Rodrigo Padovani, os auditores de Cuba já habilitaram uma empresa de São Paulo para exportação dos produtos. Outros estabelecimentos interessados em ter acesso àquele mercado devem procurar o ministério, que então entrará em contato com o governo cubano para pedir nova auditoria em empresas no Brasil.

Excelência sanitária

Na carta de aprovação, as autoridades veterinárias cubanas destacam o grau de excelência sanitária obtido pelos plantéis avícolas brasileiros. Também elogiam as condições estruturais do sistema de defesa agropecuário do Brasil.

O governo de Cuba cita, como exemplos, as instalações e equipamentos dos laboratórios usados para efetuar a vigilância de enfermidades avícolas e a capacidade técnica e operacional para execução de medidas para controle e erradicação de doenças, de forma a atender as recomendações da Organização de Saúde Animal (OIE).

Além das questões sanitárias, a abertura do mercado cubano é resultado de investimentos em pesquisa feitos ao longo da última década, que permitiram ao Brasil desenvolver linhagens de alto valor genético atualmente almejadas por países importadores, que necessitam melhorar a produtividade dos seus plantéis.

Fonte: Mapa

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Crise econômica e commodities em baixa reduzem em 13,9% trocas comerciais com o Mercosul

As exportações brasileiras aos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) caíram 13,9%, de janeiro a julho de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), houve uma retração de US$ 1,7 bilhão, cerca de R$ 5,5 bilhões. Na Venezuela, por exemplo, em um momento de grave crise econômica e instabilidade política, as vendas caíram 62,6%.

“A Venezuela esteve entre os cinco principais destinos do frango nacional. Com a baixa do petróleo, os negócios despencaram, e muita empresa ficou sem receber”, lembra Francisco Turra, da ABPA (de proteína animal).

No entanto, a queda no comércio se repete em todas as economias do bloco econômicao. Na Argentina, segunda grande sócia do Mercosul, a retração foi de 1,8%, amortecida pelo resultado positivo do setor automobilístico, informa a Folha de S.Paulo.

“As commodities passam por um ciclo ruim, e esses países estão com menos recursos para comprar do Brasil. O Paraguai se sai melhor, tem flexibilizado impostos e atraído investimentos”, diz Lia Valls, da Fundação Getulio Vargas.

Fonte: Noticias ao Minuto