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CNI aponta seis benefícios para o país com o fim do acordo marítimo entre Brasil e Chile

O acordo de Transporte Marítimo com o Chile é um obstáculo ao aumento das exportações brasileiras. Desde 2014, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta o governo sobre as distorções que o tratado criou. Assinado em 1974, renovado oito vezes, o acordo criou um duopólio na rota marítima Brasil-Chile-Brasil. Atualmente, só fazem o transporte de carga duas multinacionais. Elas disponibilizam apenas oito navios para atender os mais de 3,5 mil exportadores e quase de 1,2 mil importadores brasileiros.

A CNI aguarda a fim do acordo, previsto para 28 de outubro, data estabelecida pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) para que o Ministério do Transportes apresente uma justificativa para manter o duopólio. Na avaliação da CNI, o acordo onera o setor produtivo e encarece as mercadorias nacionais, pois restringe o frete marítimo de contêineres a navios de bandeira brasileira e chilena, únicos autorizados a transportarem cargas entre os dois países. Veja os efeitos previstos com o fim do acordo:

1. Fim da proteção artificial da rota Brasil-Chile-Brasil

A navegação mundial vive um período de “liberdade dos mares”. Não existem reservas de carga entre países da União Europeia ou do Nafta, por exemplo.

2. Aumento da oferta de navios

Em função do convênio, o transporte marítimo entre os dois países está restrito a oito navios. Com o livre-comércio, a disponiblidade de navios triplicaria, de acordo com estimativas da CNI.

3. Fretes mais baratos

As empresas chegam a pagar 40% a mais pelo frete atualmente. Empresas de setores importantes da economia brasileira dizem que dentre os 130 mercados para os quais exportam, o Chile tem o frete mais caro.

4. Previsibilidade para fechar contratos de curto prazo

Para conseguir atender contratos, as empresas são obrigadas a usar o modal rodoviário. Esta opção acarreta fretes entre duas e três vezes mais elevados e as rodovias fecham em determinados períodos no inverno devido às nevascas na Cordilheira dos Andes.

5. Equilíbrio nas relações comerciais

O fim da reserva beneficiará as empresas exportadoras e importadoras dos dois países melhorando o poder de negociação com os armadores brasileiros e chilenos.

6. Menos um obstáculo à exportação

Pesquisa da CNI com 847 empresas brasileiras aponta o custo do transporte como o principal problema para exportar. O fim do acordo ajudará a melhorar essa realidade.

Fonte: CNI

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Embrapa promove simpósio em Petrolina para discuir produção de vinhos em regiões tropicais

Petrolina (PE) vai sediar, de 19 a 21 de outubro, o 5º Simpósio Internacional de Vinhos Tropicais, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O encontro, gratuito, vai reunir profissionais da área e estudantes, no auditório da sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) do município. E abre as discussões sobre a vitivinicultura brasileira, que serão ampliadas no39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, em Bento Gonçalves (RS), de 23 a 28 de outubro.

O simpósio vai discutir a produção de vinhos obtidos de uvas plantadas em regiões mais quentes, onde as temperaturas permitem mais de uma colheita por ano. A atividade está sendo desenvolvida em regiões não tradicionais do Brasil, Equador, Peru, Venezuela, Tailândia, Índia, Indonésia, Myanmar, Vietnã, Bali, Etiópia, Gabão, Quênia, Namíbia Tanzânia e Polinésia Francesa. A vitivinicultura tropical é muito peculiar em relação à praticada em regiões de clima temperado. Suas características são atualmente um desafio na comparação com a produção tradicional.

Por isso, o encontro tem como principais objetivos promover a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação para os vinhos tropicais. Busca também integrar instituições públicas e privadas para desenvolver a produção e o mercado de vinhos tropicais no mundo, além de estimular a interação e a cooperação entre os produtores de diferentes países.

O Vale do Rio São Francisco é a principal região tropical vitivinícola do Brasil. O clima quente do semiárido possibilita a produção de uvas e vinhos ao longo do ano, de acordo com a escolha dos produtores. Os espumantes do Nordeste têm o sabor da uva mais marcante, diferentes dos produzidos no Sul, que são mais frescos e mais ácidos. (Com informações da Embrapa Semiárido).

Fonte: Mapa

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Exportações de café têm em setembro o melhor mês do ano e geram receita de US$ 516 milhões

As exportações brasileiras de café alcançaram 3,12 milhões de sacas (60 kg) no mês passado – maior volume mensal registrado no ano. Os embarques somaram US$ 516,2 milhões, a melhor receita obtida em 2016. Os números são do Informe Estatístico do Café de setembro, divulgado nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De janeiro a setembro, o Brasil exportou cerca de 24,5 milhões de sacas do grão, o equivalente a US$ 3,7 milhões. O preço médio da saca em 2016 é de US$ 151,49. Em setembro, o valor médio da saca foi de US$ 165, o melhor do ano, de acordo com o levantamento feito pela SPA. Nesses nove meses, o café se mantém em quinto lugar no ranking das exportações brasileiras.

A previsão é que a safra de café chegue a 49,6 milhões de sacas em 2016, segundo a última estimativa da Conab. Do total, 41,3 milhões de sacas devem ser da espécie arábica, e 8,3 milhões de sacas de robusta. A área plantada é prevista em 1,95 milhão de hectares, e a produtividade é calculada em 25,46 sacas por hectare.

O Informe do Estatístico do Café é elaborado mensalmente pelo Departamento de Gestão de Riscos e Recursos Econômicos da SPA. Clique aqui para acessar a íntegra do levantamento.

Fonte: Mapa

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Brasil e China assinam Memorando para ampliar o comércio bilateral no setor de serviços

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e o ministro de Comércio da China, Gao Hucheng, assinaram hoje (10) um Memorando de Entendimentos (MoU) no setor de Serviços com o objetivo de incentivar o comércio exterior e os investimentos bilaterais em serviços e promover o intercâmbio de informações sobre melhores práticas no setor para fomentar serviços de maior qualidade, competitividade e eficiência.

Este é o primeiro documento assinado entre o Brasil e seu principal parceiro comercial depois da confirmação do governo de Michel Temer. O principal impacto esperado é uma maior aproximação entre os setores de serviços dos dois países e, consequentemente, a geração de novos negócios.

Segundo o ministro Marcos Pereira, “Brasil e China são dois países relevantes no cenário internacional que têm um relacionamento político e econômico consolidado. O Memorando de Entendimento em Serviços atende a um anseio do setor privado de que essas relações também se fortaleçam cada dia mais no setor de serviços, especialmente aproveitando o foco que a China tem dado para o fortalecimento desse setor”.

O documento foi negociado entre o MDIC e o Ministério de Comércio da China (MOFCOM) durante 2 anos, atendendo a pedidos do setor privado brasileiro. O instrumento não estabelece limites para a inclusão de setores que possam vir a ser objeto de cooperação bilateral, mas inicialmente já houve a identificação de algumas áreas de interesse entre as partes, tais como: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), automação bancária, serviços desportivos, terceirização e serviços audiovisuais.

A China é o terceiro maior exportador de serviços do mundo e ocupa o 17º lugar entre os principais mercados de destino dos serviços e intangíveis brasileiros. Segundo os dados do Siscoserv, o Brasil vendeu para a China, em 2015, cerca de US$ 254 milhões em serviços e adquiriu US$ 527 milhões, resultando em um déficit de cerca de US$ 273 milhões para o Brasil.

“Atualmente, as pautas exportadora e importadora estão concentradas em serviços de logística ou relacionadas ao comércio de bens, o que sugere que há espaço para adensamento dessas relações de comércio bilaterais”, diz o secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Marcelo Maia, que integra a delegação brasileira em Macau. Segundo o secretário, MDIC e MOFCOM definirão um Plano de Ação bienal no qual serão detalhadas as ações que deverão ser implementadas nos próximos dois anos.

“Para que o memorando possa trazer resultados concretos, o MDIC já realizou uma consulta ao setor privado sobre seus interesses com a China e encontra-se aberto para receber novas sugestões”, lembra, ainda, o secretário.

Missão à China, Índia e Alemanha

Até esta quarta-feira (12/10), o ministro Marcos Pereira chefia a delegação brasileira que participa da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau. O Fórum é o principal mecanismo utilizado pela China para a coordenação de suas relações com os Países de Língua Portuguesa (CPLP) com os quais mantém laços diplomáticos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

Antes da assinatura do Memorando de Entendimento em Serviços, o ministro Marcos Pereira e o ministro de Comércio da China participaram de um jantar de boas-vindas com autoridades dos países que participam do Fórum. Marcos Pereira também esteve reunido com o primeiro-ministro de Guiné-Bissau, Baciro Djá, a quem convidou para a XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, em primeiro de novembro, quando o Brasil assumirá a presidência da CPLP.

Na próxima quarta-feira, Marcos Pereira segue para Nova Déli, na Índia, onde participa da reunião ministros de Comércio dos Brics. Depois, segue para Goa, também na Índia, para acompanhar o presidente Michel Temer na reunião de Cúpula do bloco. Antes de voltar ao Brasil, o ministro ainda participa do 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, na cidade de Weimar.

Fonte: MDIC

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CNI inicia a emissão do ATA Carnet, passaporte para exportação e importação temporária de bens

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio das federações de indústrias dos estados, começa a emitir o ATA Carnet (acrônimo das expressões em francês Admission Temporaire e Temporary Admission, em inglês) a partir desta quinta-feira (6).

O documento aduaneiro permite exportar e importar bens temporariamente sem a incidência de impostos em 74 países. O Brasil é o primeiro país do Mercosul a aderir ao sistema. Desde julho, a Receita Federal Brasileira já reconhece o Ata Carnet emitido pelos demais países para a entrada de bens no Brasil.

“Este é um instrumento fundamental para aumentar a participação do Brasil no mercado global, pois desburocratiza os procedimentos aduaneiros, facilita a participação das nossas indústrias em grandes feiras e rodadas de negócios internacional. O Ata Carnet é um avanço na facilitação de comércio”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Inicialmente, o documento será emitido pelas federações de sete estados: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Elas atenderão a pedidos de empresas de todo o Brasil. Até o início de 2017, o sistema de emissão presencial funcionará em todas as 27 federações de indústria estaduais. Também é possível solicitar o ATA pela internet.

Como funciona

A empresa solicitante deve preencher o formulário com informações sobre as mercadorias a serem enviadas ao exterior sob regime de exportação temporária e países de destino a serem visitados. A própria ferramenta eletrônica gera o documento de forma automática e totalmente online. Após análise das informações e aprovação, o usuário pode retirar seu ATA Carnet nas federações de indústrias presentes em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

O documento emitido é composto por duas folhas de apresentação para cada país estrangeiro onde a mercadoria for ingressar, e outras duas folhas de apresentação à alfândega na saída e no retorno de seu país de origem. Como um passaporte, uma das folhas recebe o carimbo da alfândega estrangeira na entrada e a outra na saída. Do mesmo modo, o documento também é carimbado pela aduana brasileira na saída e retorno do país.

A Receita Federal do Brasil monitora e valida os ATA Carnets emitidos no país para as exportações temporárias e, também reconhece os ATA Carnet emitidos por entidades no exterior para o caso das admissões temporárias brasileiras. O custo do documento varia entre R$ 442,97 a R$931,14, dependendo do valor do bem segurado e ele é emitido em até 48 horas.

Cobertura

O ATA Carnet pode cobrir bens utilizados em exposições, feiras, congressos ou eventos similares; materiais profissionais; bens importados para fins educativos, científicos ou culturais ou desportivos. Por exemplo: materiais de atletas, equipamentos fotográficos e cinematográficos de jornalistas, instrumentos musicais, joias, roupas, peças arqueológicas, quadros, veículos, entre outros.

O ATA Carnet suspende a incidência de impostos sobre a permanência temporária de produtos e equipamentos. Com apenas um documento, empresas podem entrar com bens em 74 países durante 12 meses.

“Um único documento reúne todas as informações que devem ser apresentadas na aduana de saída e de entrada, reduzindo a burocracia, tornando mais rápidos os trâmites aduaneiros e pode ser usado tanto por pessoa física quanto jurídica”, complementa a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha.

Vantagens

Para empresas:
– Reduzem a zero o risco de apreensão ou retenção de mostruário em aduanas, dando maior segurança para que empresas brasileiras participem de feiras e exposições no exterior – fato importante sobretudo para micro e pequenas empresas;
– Gastam menos na circulação internacional de bens;
– Economizam tempo no preparo de documentação para exportação e importação temporária;

2. Para pessoas físicas:
– Segurança para o transporte de materiais de trabalho, para fins educativos, científicos, culturais e desportivos;
– Não têm mais o risco de circular internacionalmente com mercadorias sem documentação adequada;

3. Para o governo
– Atua de acordo com normas internacionais;
– Reduz a burocracia na Aduana Brasileira;
– Facilita a realização de grandes eventos internacionais – esportivos, culturais, de negócios – no Brasil.

Fonte: CNI

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Banco do Brasil assina termo de cooperação técnica para instalação de empresas na ZPE Ceará

O Banco do Brasil assina nesta quinta-feira (6) termo de cooperação técnica com o Governo do Ceará para garantir o financiamento das instalações de empresas dentro da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará).

O governador Camilo Santana participa do ato, que tem ainda interveniência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), da Assessoria Internacional do Ceará, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e da ZPE Ceará.

O acordo define o Banco do Brasil como agente financeiro preferencial para instalação de empresas na ZPE e financiador da construção da infraestrutura necessária para permitir a ampliação da zona alfandegada do distrito exportador local. O acordo contempla todas as empresas que atenderem aos requisitos, independente do setor de atuação.
Segundo o presidente da ZPE Ceará, Mario Lima, o Governo, por meio do acordo, acertou ao escolher o BB como agente financeiro. Ele avalia que o Banco tem interface com os mercados internacionais, além de agências em vários países do mundo. “Nós não poderíamos deixar o Banco do Brasil de fora de um instrumento tão poderoso como a ZPE para alavancar as exportações tanto do Ceará como do país”, destaca.

Mário Lima lembra que o acordo pressupõe a presença do Banco do Brasil ao lado do Governo, apoiando os empresários e analisando os projetos que vão para implantação dentro da ZPE Ceará.

Suporte para infraestrutura

Para o secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Antonio Balhmann, ao trabalhar em conjunto com o Governo do Estado do Ceará, o Banco do Brasil garante apoio essencial para o crescimento da ZPE Ceará e para a atração de investimentos. Ele ressalta que o BB passa a fazer parte do portfólio de promoção da ZPE dentro e fora do Brasil.

“Ao assinar o acordo com o Banco do Brasil, o Governo assegura todo o suporte no que diz respeito à infraestrutura para as indústrias se instalarem no Ceará e os investimentos no Complexo para que essas empresas tenham sempre uma boa logística. Isso acaba tornando a ZPE cada vez mais amigável para atrair os empreendedores. É um momento muito importante para a ZPE do Ceará”, conclui.

O superintendente Estadual do Banco do Brasil no Ceará, Castro Júnior, disse que o Banco do Brasil está preparado para financiar a instalação de todo o parque industrial previsto para a ZPE Ceará. “O BB completa 208 anos de sua criação no próximo dia 12 de outubro, com larga contribuição ao desenvolvimento econômico e social do país. Agora, estamos frente ao importante projeto de expansão econômica para o estado do Ceará, com dimensões nacionais e efeitos internacionais, com patrocínio e apoio incondicionais do Governo do Estado”, diz Castro Júnior, ao acrescentar que o BB se sente honrado em contribuir com esse novo projeto para o Estado.

Fonte: BB

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Exportar para os EUA, “sonho de consumo” da maioria das empresas de todas as regiões do País

O Sudeste é a única das cinco regiões brasileiras que tem os Estados Unidos como o principal destino de suas exportações, mas todas as regiões do País têm como objetivo principal começar a exportar para o competitivo mercado americano. Esse interesse é mais elevado na região Norte, onde 34,3% dos dirigentes de empresas consultadas por uma pesquisa “Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelaram que os Estados Unidos são o país para onde mais gostariam de iniciar a exportação de seus produtos.

Em segundo lugar na pesquisa da CNI para a região Norte aparece a China, com 18,5%, seguida pela Alemanha (7,9%), Arábia Saudita (5,3%), Argentina (5,3%) e Bolívia (4,0%). Na regão Nordeste, dar o pontapé inicial nas exportações para os Estados Unidos é a prioridade de 23,6% das empresas consultadas. A China é o destino preferido para 16,1%, seguida pelo Reino Unido (8,8%), Argentina (7,4%), Alemanha (6,2%) Portugal (3,7%). OS Estados Unidos são também o país para o qual os estados do Sudeste mais gostariam de começar a exportar, com um percentual de 20,1%. Na sequência surgem a Argentina (12,5%), Chile (7,3%), México (6,8%) China (4,8%) e Peru (4,0%).

Também nas outras duas regiões, Sul e Centro-Oeste, a pesquisa da CNI apontou os Estados Unidos como país para o qual o maior número de empresas desejaria iniciar suas exportações. No Sul do País, o mercado americano seria o primeiro destino ideal para 19,6% das empresas consultadas, à frente da Argentina (12,4%), Chile (8,6%), Paraguai (5,3%), Colômbia (4,8%) e China (4,5%). Entre os estados da região Centro-Oeste, 16,7% dos empresários consultados elegeram os Estados Unidos como alvo principal para o início das exportações de suas empresas, com o Paraguai aparecendo em segundo lugar (14,6%), à frente da China (13,7%) Bolívia (11,1%), Índia (8,2%) e África do Sul (6,5%)

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Para evitar pragas, Mapa amplia requisitos para a importação de frutas de nove países

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (3), no Diário Oficial da União, instrução normativa que fixa requisitos fitossanitários para importação de frutos ou materiais de propagação de nove países. A medida é voltada à ameixa, cereja, cereja ácida, pêssego, damasco e nectarina provenientes da Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, Portugal, Turquia, Itália, Israel e Irã.

Com isso, as cargas deverão vir acompanhadas de certificado fitossanitário atestando que os produtos estão livres da praga Plum Pox Virus. A inspeção será feita no local de destino do carregamento. Se for detectada a presença da praga, a fruta será destruída ou recusada. O objetivo da exigência é prevenir o ingresso da doença no Brasil via comércio internacional.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Marcus Vinicius Coelho, o Plum Pox Virus é uma das doenças mais devastadoras da produção de frutos de caroço ao redor do mundo, sendo responsável por elevadas reduções de produtividade e qualidade dos pomares.

Fonte: Mapa

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MDIC considera viável criação de uma Zona de Processamento de Exportações no Porto do Açu

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, acompanhado da equipe técnica do MDIC, visitou nesta quinta-feira o Porto do Açu, no Norte do Rio de Janeiro. Considerado o maior projeto de porto-indústria da América Latina, com 90 km quadrados de extensão, o Porto do Açu está em operação desde 2014 e ainda existem áreas em implantação. Uma delas é reservada a uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
Como presidente do Conselho Nacional das ZPEs, Marcos Pereira constatou que há viabilidade técnica para a implantação da estrutura na região. “Estamos fazendo uma visita técnica com toda a equipe e todos os conselheiros para que nós possamos o mais rápido possível aprovar uma Zona de Processamento de Exportação nesta obra”, afirmou Marcos Pereira.

“O Distrito Industrial de São João da Barra associado ao Porto do Açu tem todas as condições para sediar uma ZPE. Nosso porto está operacional, localizado próximo aos maiores mercados consumidores e possui acesso logístico. A infraestrutura do porto está pronta, e agora vamos desenvolver o distrito industrial. E a ZPE é o elemento para alavancar isso”, afirmou José Magela Bernardes, presidente da Prumo Logística, empresa que desenvolve e opera o Porto.

“Existem várias empresas interessadas em se instalar aqui do setor de rochas ornamentais, café e indústrias de pás eólicas. Também há a possibilidade de empresas estrangeiras instalarem-se aqui, que queiram ter a ZPE como um posto de exportação”, completou.

Ao fim da visita, o ministro recebeu um ofício solicitando apoio institucional e técnico do governo federal para instalação da ZPE. O documento foi entregue pela subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio, Dulce Procópio de Carvalho. Também participaram da visita técnicos dos outros cinco ministérios que compõe o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE): Fazenda, Planejamento, Integração Nacional, Meio Ambiente e Casa Civil.

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As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comércio com o exterior, destinada à instalação de empresas com produção voltada à exportação. Para efeito de controle aduaneiro, as ZPE são consideradas Zonas Primárias.

Como instrumento de política industrial, as Zonas buscam fortalecer a balança de pagamentos, atrair investimentos estrangeiros, fortalecer a competividade das exportações brasileiras, gerar emprego e difundir novas tecnologias no país.

As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamento tributário, cambial e administrativo específicos. Para a aquisição de bens e serviços no mercado interno, há suspensão da cobrança do IPI, Cofins e PIS/PASEP. Nas exportações, também são suspensos o AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante) e o Imposto de Importação.

Em contrapartida a esse pacote de benefícios oferecidos pelo governo, as empresas que operam em ZPE devem auferir 80% de sua receita bruta anual com exportações. Sobre as eventuais vendas para o mercado brasileiro incidem integralmente todos os impostos e contribuições exigíveis pela legislação brasileira.

Fonte: MDIC

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Burocracia administrativa e aduaneira, grandes obstáculos à exportação, segundo empresários

Cerca de 32% de um grupo de empresários consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam a burocracia administrativa e aduaneira no país de destino e a existência de tarifas de importação como os principais obstáculos enfrentados para conseguir vender seus produtos e serviços nesses mercados.

Por outro lado, 20% dos exportadores consideram as medidas sanitárias e fitossanitárias um importante obstáculo a ser vencido. Outras barreiras não tarifárias, tais como subsídios, normas técnicas, regras de origem e quotas de importação foram listados por 17% dos exportadores consultados pela CNI na realização da pesquisa “Desafios à Cometitividade das Exportações Brasileiras”.

Os principais obstáculos de acesso aos mercados externos identificados pela pesquisa da CNI foram os seguintes:

Burocracia aministrativa (37,3%), buroracia aduaneira no país de destino (36,0%), tarifas de importação (32,7%), medidas sanitárias ou fitossanitárias (20,2%), subsídios que prejudicam a competição (16,7%), normas técnicas (16,5%), regras de origem (13,6%), quotas de importação (12,2%), regime restritivo de compras governamentais (9,3%), falta de proteção à propriedade intelectual (5,9%), medidas antidumping( 5,1%), restrições à prestação de serviços (4,8%) e outros obstáculos (1,3%). A CNI ressalta que o somatório dos percentuais é superior a 100%, já que as empresas podiam indicar mais de uma opção.