Conflito entre Israel e Irã gera efeitos no agronegócio do Brasil

A guerra entre Israel e Irã começa a impactar o agronegócio brasileiro.

A tensão no Oriente Médio pressiona os preços dos fertilizantes, principalmente da ureia, um insumo essencial para a agricultura nacional.

O Irã é um dos principais fornecedores mundiais de ureia, respondendo por 19% das importações brasileiras em 2024. Com o conflito, o preço da tonelada do produto já subiu 9,3%, e há riscos de escassez caso a situação se prolongue.

A instabilidade também afeta outros fertilizantes, como o cloreto de potássio importado de Israel. Apesar disso, o impacto dessa origem é menor, já que o país responde por uma fatia menor das importações brasileiras.

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Do lado das exportações, o Irã é o terceiro maior comprador de milho do Brasil, com mais de 4 milhões de toneladas adquiridas em 2024. Uma escalada da guerra pode comprometer contratos e embarques.

Outro efeito direto é a alta do petróleo. O preço do barril Brent subiu quase 8% em um único dia, pressionando os custos de produção agrícola, transporte e até o valor de commodities como o algodão.

A ameaça de bloqueio de rotas comerciais estratégicas, como o Estreito de Ormuz, também preocupa. Mesmo que não afete diretamente o Brasil, o redirecionamento global de rotas eleva o custo de frete e seguros.

Embora os efeitos sobre os preços dos alimentos ainda sejam incertos, especialistas alertam para possíveis pressões inflacionárias se os custos se mantiverem elevados. Por ora, o câmbio se mantém estável, com o real beneficiado pelos juros altos no Brasil.

 

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