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Exportar para os EUA, “sonho de consumo” da maioria das empresas de todas as regiões do País

O Sudeste é a única das cinco regiões brasileiras que tem os Estados Unidos como o principal destino de suas exportações, mas todas as regiões do País têm como objetivo principal começar a exportar para o competitivo mercado americano. Esse interesse é mais elevado na região Norte, onde 34,3% dos dirigentes de empresas consultadas por uma pesquisa “Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelaram que os Estados Unidos são o país para onde mais gostariam de iniciar a exportação de seus produtos.

Em segundo lugar na pesquisa da CNI para a região Norte aparece a China, com 18,5%, seguida pela Alemanha (7,9%), Arábia Saudita (5,3%), Argentina (5,3%) e Bolívia (4,0%). Na regão Nordeste, dar o pontapé inicial nas exportações para os Estados Unidos é a prioridade de 23,6% das empresas consultadas. A China é o destino preferido para 16,1%, seguida pelo Reino Unido (8,8%), Argentina (7,4%), Alemanha (6,2%) Portugal (3,7%). OS Estados Unidos são também o país para o qual os estados do Sudeste mais gostariam de começar a exportar, com um percentual de 20,1%. Na sequência surgem a Argentina (12,5%), Chile (7,3%), México (6,8%) China (4,8%) e Peru (4,0%).

Também nas outras duas regiões, Sul e Centro-Oeste, a pesquisa da CNI apontou os Estados Unidos como país para o qual o maior número de empresas desejaria iniciar suas exportações. No Sul do País, o mercado americano seria o primeiro destino ideal para 19,6% das empresas consultadas, à frente da Argentina (12,4%), Chile (8,6%), Paraguai (5,3%), Colômbia (4,8%) e China (4,5%). Entre os estados da região Centro-Oeste, 16,7% dos empresários consultados elegeram os Estados Unidos como alvo principal para o início das exportações de suas empresas, com o Paraguai aparecendo em segundo lugar (14,6%), à frente da China (13,7%) Bolívia (11,1%), Índia (8,2%) e África do Sul (6,5%)

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Para evitar pragas, Mapa amplia requisitos para a importação de frutas de nove países

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (3), no Diário Oficial da União, instrução normativa que fixa requisitos fitossanitários para importação de frutos ou materiais de propagação de nove países. A medida é voltada à ameixa, cereja, cereja ácida, pêssego, damasco e nectarina provenientes da Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, Portugal, Turquia, Itália, Israel e Irã.

Com isso, as cargas deverão vir acompanhadas de certificado fitossanitário atestando que os produtos estão livres da praga Plum Pox Virus. A inspeção será feita no local de destino do carregamento. Se for detectada a presença da praga, a fruta será destruída ou recusada. O objetivo da exigência é prevenir o ingresso da doença no Brasil via comércio internacional.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Marcus Vinicius Coelho, o Plum Pox Virus é uma das doenças mais devastadoras da produção de frutos de caroço ao redor do mundo, sendo responsável por elevadas reduções de produtividade e qualidade dos pomares.

Fonte: Mapa

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MDIC considera viável criação de uma Zona de Processamento de Exportações no Porto do Açu

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, acompanhado da equipe técnica do MDIC, visitou nesta quinta-feira o Porto do Açu, no Norte do Rio de Janeiro. Considerado o maior projeto de porto-indústria da América Latina, com 90 km quadrados de extensão, o Porto do Açu está em operação desde 2014 e ainda existem áreas em implantação. Uma delas é reservada a uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
Como presidente do Conselho Nacional das ZPEs, Marcos Pereira constatou que há viabilidade técnica para a implantação da estrutura na região. “Estamos fazendo uma visita técnica com toda a equipe e todos os conselheiros para que nós possamos o mais rápido possível aprovar uma Zona de Processamento de Exportação nesta obra”, afirmou Marcos Pereira.

“O Distrito Industrial de São João da Barra associado ao Porto do Açu tem todas as condições para sediar uma ZPE. Nosso porto está operacional, localizado próximo aos maiores mercados consumidores e possui acesso logístico. A infraestrutura do porto está pronta, e agora vamos desenvolver o distrito industrial. E a ZPE é o elemento para alavancar isso”, afirmou José Magela Bernardes, presidente da Prumo Logística, empresa que desenvolve e opera o Porto.

“Existem várias empresas interessadas em se instalar aqui do setor de rochas ornamentais, café e indústrias de pás eólicas. Também há a possibilidade de empresas estrangeiras instalarem-se aqui, que queiram ter a ZPE como um posto de exportação”, completou.

Ao fim da visita, o ministro recebeu um ofício solicitando apoio institucional e técnico do governo federal para instalação da ZPE. O documento foi entregue pela subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio, Dulce Procópio de Carvalho. Também participaram da visita técnicos dos outros cinco ministérios que compõe o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE): Fazenda, Planejamento, Integração Nacional, Meio Ambiente e Casa Civil.

ZPE

As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comércio com o exterior, destinada à instalação de empresas com produção voltada à exportação. Para efeito de controle aduaneiro, as ZPE são consideradas Zonas Primárias.

Como instrumento de política industrial, as Zonas buscam fortalecer a balança de pagamentos, atrair investimentos estrangeiros, fortalecer a competividade das exportações brasileiras, gerar emprego e difundir novas tecnologias no país.

As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamento tributário, cambial e administrativo específicos. Para a aquisição de bens e serviços no mercado interno, há suspensão da cobrança do IPI, Cofins e PIS/PASEP. Nas exportações, também são suspensos o AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante) e o Imposto de Importação.

Em contrapartida a esse pacote de benefícios oferecidos pelo governo, as empresas que operam em ZPE devem auferir 80% de sua receita bruta anual com exportações. Sobre as eventuais vendas para o mercado brasileiro incidem integralmente todos os impostos e contribuições exigíveis pela legislação brasileira.

Fonte: MDIC

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Burocracia administrativa e aduaneira, grandes obstáculos à exportação, segundo empresários

Cerca de 32% de um grupo de empresários consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam a burocracia administrativa e aduaneira no país de destino e a existência de tarifas de importação como os principais obstáculos enfrentados para conseguir vender seus produtos e serviços nesses mercados.

Por outro lado, 20% dos exportadores consideram as medidas sanitárias e fitossanitárias um importante obstáculo a ser vencido. Outras barreiras não tarifárias, tais como subsídios, normas técnicas, regras de origem e quotas de importação foram listados por 17% dos exportadores consultados pela CNI na realização da pesquisa “Desafios à Cometitividade das Exportações Brasileiras”.

Os principais obstáculos de acesso aos mercados externos identificados pela pesquisa da CNI foram os seguintes:

Burocracia aministrativa (37,3%), buroracia aduaneira no país de destino (36,0%), tarifas de importação (32,7%), medidas sanitárias ou fitossanitárias (20,2%), subsídios que prejudicam a competição (16,7%), normas técnicas (16,5%), regras de origem (13,6%), quotas de importação (12,2%), regime restritivo de compras governamentais (9,3%), falta de proteção à propriedade intelectual (5,9%), medidas antidumping( 5,1%), restrições à prestação de serviços (4,8%) e outros obstáculos (1,3%). A CNI ressalta que o somatório dos percentuais é superior a 100%, já que as empresas podiam indicar mais de uma opção.

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Camex prorroga alíquota zero para importações de feijão e milho por mais três meses

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou nessa quarta-feira (28) a redução de 10% para zero por cento da alíquota de importação do feijão por mais três meses. A medida vale para todos os países, exceto os do Mercosul, onde ela já não é cobrada.

A Camex também renovou por mais três meses a redução de 8% para zero por cento da tarifa de importação de milho de terceiros países (fora do Mercosul).

A reunião da Camex teve a participação do presidente Michel Temer e do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). As medidas devem ser publicadas nos próximos dias no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro e Silva, as decisões da Camex visam a garantir o abastecimento dos dois produtos no mercado interno.

No caso do feijão, o aumento da oferta é necessário para ampliar a disponibilidade interna do produto, cuja safra foi comprometida pelas adversidades climáticas do primeiro semestre deste ano. Isso trouxe impacto nos preços ao consumidor. Não há limite para importação do produto.

O milho também tem oferta insuficiente para atender a demanda interna. Por isso, precisa ser complementado com importações em razão da comercialização antecipada da safra para outros mercados. O limite de importação é de 1 milhão de toneladas.

A Camex tomou mais duas decisões destinadas a produtos regionais. O órgão prorrogou por mais cinco anos a aplicação da tarifa antidumping sobre as importações de sacos de juta da Índia e Bangladesh.

Já para a borracha natural, a alíquota de importação subiu de 4% para 14% por um ano. A elevação objetiva manter a oferta estratégica interna do produto, que corria riscos por causa da queda dos preços internacionais do látex, abaixo do valor do mínimo de garantia, de R$ 2,00/kg, estabelecido pelo Mapa.

Fonte: Mapa

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Temer diz a investidores nos EUA que estabilidade política permitirá aprovação de reformas

Na tentativa de atrair investimentos estrangeiros para o Brasil, o presidente Michel Temer disse hoje (21) a empresários e investidores americanos que o país passa por um momento de “estabilidade política extraordinária”, e que reformas “fundamentais” estão avançando nas áreas trabalhista, previdenciária e de gastos do governo.

Temer destacou que seu governo tem uma “interlocução muito fácil com o Legislativo nacional”, o que tem possibilitado aprovar reformas e propostas de interesse do Executivo. “No Brasil, temos uma estabilidade política extraordinária, entre os Poderes Executivo e Legislativo, o que dá também segurança jurídica”, disse o presidente em palestra promovida pelo Conselho das Américas, em Nova York.

Temer disse aos empresários americanos que o governo lançou recentemente um programa de parceria de investimentos com o objetivo de “fazer algo previsto em nossa Constituição, que é a iniciativa privada participar, com o Poder Público, do desenvolvimento e do crescimento do país”, disse, referindo-se ao novo pacote de concessões do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).“Venho aqui convidá-los a participar dessa nova fase de crescimento do país.”

Para estimular esses investimentos, o presidente disse que há reformas em andamento no país, nas áreas trabalhista, previdenciária e na definição de um teto para os gastos governamentais. No caso da reforma da Previdência, Temer disse que a mudança será “radical”.

“Temos um déficit previdenciário muito grande. É uma questão de pensões que aflige muitos países. Particularmente no Brasil, isso tem sido uma angústia permanente no nosso sistema financeiro e orçamentário. Por isso estamos ultimando as conversas e o preparo de uma reforma radical do sistema previdenciário, a ser encaminhada ao Congresso Nacional.”

A expectativa de uma reforma trabalhista também foi mencionada por Michel Temer, em especial a possibilidade de acordos feitos a partir de convenções coletivas prevalecerem sobre o que diz a lei, ou seja, o acordado sobre o legislado.

“É preciso que se estabeleça algo que permita que as convenções coletivas façam prevalecer o acordado entre trabalhadores e empregadores, em função daquilo que está legislado. Porque o objetivo básico é manter o emprego e, ao mesmo tempo, garantir a arrecadação”, disse o presidente.

Teto de gastos do governo

Na apresentação aos investidores, Temer também destacou também a proposta do governo de estabelecer um teto para os gastos públicos. “Se essa proposta do teto dos gastos tivesse sido tomada há quatro anos, a esta altura não teríamos déficit algum no Estado brasileiro”, disse. O projeto, segundo Temer, tem avançado “com muita rapidez” no Congresso Nacional. “Até registro que hoje pela manhã recebi telefonemas de três líderes partidários garantindo que fecharam questão. Isso significa que nenhum parlamentar desses partidos votará contra a matéria”, acrescentou.

O fim da obrigação de a Petrobras ter uma participação de 30% nos empreendimentos de exploração do pré-sal também foi citado por Temer. O presidente disse que a medida foi obtida graças à atuação do ministro das Relações Exteriores, José Serra, autor do projeto que altera o regime de partilha. “O ministro Serra acabou com a necessidade de a Petrobras ter de participar com 30%. Com isso, estamos universalizando o mercado brasileiro, na convicção de que, para gerar empregos, é preciso incentivar os negócios e restabelecer a confiança no país.”

Temer disse ainda que “outros tantos setores” serão abertos à iniciativa privada, inclusive para os estrangeiros. “Vamos levar os programas, cumpri-los e esperar que os senhores possam participar dessa nova visão do mundo que o Brasil tem hoje.”

Fonte: Agência Brasil

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Exportações em leve alta e importações em queda livre: Brasil perde espaço no comércio mudial

De janeiro a julho, as exportações brasileiras tiveram uma queda de 3,72% para US$ 123,570 bilhões. Nesse mesmo período, as importações do país desabaram 24,66% e somaram US$ 91,198 bilhões. Somados esses números, o fluxo de comércio brasileiro totalizou US$ 214,769 bilhões.

Esses dados permitem fazer o prognóstico de que ao final de 2016 o Brasil deverá cair duas ou três posições no ranking mundial dos exportadores e perder entre quatro e seis postos na relação dos maiores importadores do mundo.

Segundo dados do “World Trade Statistical Review -2016”, a publicação anual de estatísticas lançada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2015, o Brasil ocupou a 25ª. posição entre os principais países exportadores, com vendas externas no total de US$ 191,134 bilhões e uma participação de apenas 1,2% no comércio mundial.
O ranking foi liderado pela China, com exportações no total de impressionantes US$ 2,275 trilhões (e participação de 13,8% no comércio mundial), seguida pelos Estados Unidos (US$ 1,505 trilhão e participação de 9,1%), Alemanha (US$ 1,329 trilhão, equivalentes a 8,1% do comércio mundial), Japão (US$ 625 bilhões e 3,8%) e Países Baixos (US$ 567 bilhões e participação de 3,4% do fluxo de comércio mundial).

À frente do Brasil apareceram países com economias muito menos sólidas e diversificadas que a brasileira, à época oscilando entre a sexta e sétima maior economia do planeta, como a Bélgica, (12º. lugar no ranking), o México (13º), a cidade-Estado de Singapura e seus pouco mais de 5 milhões de habitantes (14º lugar), a Federação Russa (15º lugar) e a pequenina Suíça (16ª. colocada).

No ranking dos principais importadores mundiais, o Brasil ocupou uma igualmente melancólica 25ª posição, com importações totais de US$ 179 bilhões, correspondentes a apenas 1,1% das importações em nível mundial.

Entre os importadores, o lugar de destaque coube aos Estados Unidos, com US$ 2,308 bilhões adquirdos de seus parceiros no exterior e uma participação de 13,8 nas importações globais. Outros destaques foram a China (US$ 1,682 bilhão e 10,1%), Alemanha (US$ 1,050 bilhão e 6,3%), Japão (US$ 648 bilhões e 3,9%) e Reino Unido (US$ 626 bilhão e uma participação de 3,7% nas importações mundiais).

Nessa relação, o Brasil surgiu atrás de países como Hong Kong (US$ 559 bilhões e 3,3%), Coreia do Sul (US$ 436 bilhões e 2,6%), México (US$ 405 bilhões e 2,4%), Índia (US$ 392 bilhões e 2,3%), Espanha (US$ 309 bilhões e 1,8%) e Singapura (US$ 97 bilhões e participação de 1,8%).

À frente do Brasil também apareceram países dotados de economias menos expressivas, como os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, Turquia, Tailândia, a Federação Russa e a Polônia.

E se a queda no ranking dos países exportadores dificilmente será superior a dois ou no máximo três posições, na relação dos maiores importadores mundiais o Brasil perderá em 2016 um número muito mais relevante de postos.

De janeiro a agosto as importações brasileiras caíram 24,66% e somaram apenas US$ 91,198 bilhões. Mantido esse ritmo, o próximo boletim a ser divulgado em meados de 2017 pela OMC poderá trazer o Brasil não na 25ª posição, mas alguns degraus abaixo pois não será nenhuma surpresa se o país for ultrapassado por países como a Malásia (que importou US$ 176 bilhões em 2015), Arábia Saudita (US$ 172 bilhões), Vietnã (US$ 166 bilhões), Áustria (US$ 155 bilhões) e até mesmo pela Indonésia (US$ 143 bilhões).

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Em giro pela Ásia, Blairo Maggi negocia abertura de mercado e acordo tecnológico com Myanmar

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deixou a cidade de Yangon, capital de Myanmar, nessa quarta-feira, 14 (fuso horário de Brasília), com a perspectiva de fechamento de acordos bilaterais para transferência de tecnologia pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Myanmar foi o quarto país visitado pelo ministro nos últimos dias. Antes, Maggi esteve na China, Coreia do Sul e Tailândia, participando de seminários e apresentando produtos do agronegócio brasileiros.

O ministro da Agricultura de Myanmar, Tun Win, disse que a visita de Maggi foi um grande avanço para a consolidação da parceria entre os dois países. Para ele, uma cooperação forte com o Brasil tem um significado importante do ponto de vista geopolítico, uma vez que pode fortalecer a posição de Myanmar em relação à China.

De olho no mercado de 50 milhões de habitantes, o Brasil quer exportar carne e abrir as portas do país para empresas brasileiras instalarem frigoríficos de carnes bovina, suína e aves para vender no mercado interno de Myanmar ou mesmo exportar, como já ocorre na Tailândia, Coreia, Emirados Árabes e China.

“Temos muito interesse em incrementar a cultura de soja em cerca de 150 mil hectares, produzir mais pescados e realizar acordos de cooperação científica e tecnológica com a Embrapa”, afirmou o ministro Tun Win durante a reunião com Maggi.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que integra a comitiva do ministro, destacou que Myanmar oferece enormes possibilidades para o Brasil como parceiro estratégico na Ásia. O país passa por um processo de redemocratização e de abertura de mercado para o mundo.

Maggi já chegou a Hanói, no Vietnã, vai conversar com autoridades agrícolas sobre a liberação do comércio de produtos lácteos, além das carnes e grãos.

Fonte: Mapa

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Exportação: China, o grande líder do ranking dos países de destino das vendas externas brasileiras

A partir deste mês de setembro, o Comexdobrasil.com passa a publicar todos os meses o ranking do comércio exterior brasileiro, integrado pelos dez principais países parceiros do Brasil para as exportações e importações. O objetivo é proporcionar ao leitor informações básicas sobre os volumes exportado e importado, variação, participação de cada país nas exportações e importações brasileiras e também dados relacionados às exportações e importações por categoria de produtos.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A relação dos dez principais mercados para as vendas externas do Brasil e a seguinte:
O ranking dos países de destino das exportações brasileiras é liderado por ampla margem pela China, para onde as empresas brasileiras embarcaram entre os meses de janeiro e agosto deste ano produtos no valor total de US$ 25,955 bilhões, correspondentes a 21% das exportações globais do Brasil. No período, as exportações brasileiras para os chineses tiveram uma alta de 1,8% comparativamente com idêntico período de 2016.
Responsáveis por 82,6% das exportações brasileiras para a China, os produtos básicos geraram uma receita no total de US$ 21,44 bilhões e tiveram uma queda de 0,6% nos oito primeiros meses do ano. Por sua vez, os produtos semimanufaturados, com vendas no total de US$ 3,22 bilhões e alta de 5,8%, foram responsáveis por 12,4% do total exportado para o país asiático. Finalmente, os bens manufaturados somaram US$ 1,28 bilhão, tiveram uma elevação de 48,8% e uma participação de 495% no total das exportações para a China.
Durante muitos anos os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras, posto ocupado nos últimos anos pela China. Os americanos responderam por 12,1% da s vendas externas do País entre os meses de janeiro e agosto, com importações no total de US$ 14,95 bilhões, uma redução de 8,17% em comparação com os números registrados em idêntico período do ano passado.

Nos dados da balança comercial brasileiras fornecidos pelo MDIC em relação aos Estados Unidos chama a atenção o fato de que nenhum outro país importa tanto produto industrializado brasileiro. Esses bens, de maior valor agregado, apesar de registrarem uma pequena queda de 1 ,91%, responderam por 61,0% do total exportado pelo Brasil e geraram uma receita no valor de US$ 9,31 bilhões. Os produtos básicos movimentaram US$ 2,01 bilhões (retração de 32,4%) e corresponderam a 13,4% do volume total exportado. Por outro lado, as vendas dos produtos semimanufaturados somaram US$ 2,61 bilhões (queda de 9,1% comparativamente com o período janeiro/agosto de 2015) e tiveram uma participação de 17,4% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos. Na categoria Operações Especiais, foram realizadas exportações no total de US$ 1,21 bilhão, com alta de 67% e participação de 8,1% nas exportações gerais brasileiras para o mercado americano.

ARGENTINA

De janeiro a agosto, as exportações brasileiras para a Argentina totalizaram US$ 8,796 bilhões (ligeira alta de 0,92% sobre 2015) e participação de 7,12% no total exportado pelo Brasil. O grande destaque reside no fato de que nenhum outro país importou, proporcionalmente, tanto produto industrializado brasileiro como a Argentina, país que teve uma participação recorde de 93,6% dos produtos manufaturados em sua pauta importadora do Brasil. Os números por categoria de produtos são os seguintes:

Produtos manufaturados: exportações no valor de US$ 8,23 bilhões (alta de 1,6%) e participação de 93,6%.

Produtos básicos: exportações totais de US$ 291 milhões (queda de 24,7%) e participação de 3,32%.

Produtos semimanufaturados: US$ 257 milhões, com alta de 21,5% no período e participação de 2,92% nas exportações totais brasileiras para a Argentina.

PAÍSES BAIXOS

Os números relativos aos Países Baixos são os seguintes:

Exportações: US$ 7,276 bilhões (alta de 9,42%) e participação de 5,89% nas exportações brasileiras.

Produtos básicos: US$ 2,57 bilhões (retração de 8,9%) e participação de 35,3%

Produtos semimanufaturados: US$ 1,14 bilhão (queda de 0,3%) e participação de 15,7%

Produtos manufaturados: US$ 3,56 bilhões (alta de 32,6%) e participação de 48,9%.

ALEMANHA

As exportações brasileiras para a Alemanha somaram US$ 3,178 bilhões (retração de 11,52%) e participação de 2,57% nas vendas externas brasileiras.

Produtos básicos: US$ 1,78 bilhão (queda de 15,2%) e participação de 2,57%

Produtos semimanufaturados: US$ 231 milhões (queda de 33,3%) e participação de 7,27%

Produtos manufaturados: US$ 1,16 bilhão (alta de 2,0%) e participação de 36,5%.

JAPÃO

As exportações brasileiras para o Japão totalizaram US$ 3,066 bilhões (aumento de 2,63%) e participação de 2,48%.

Produtos básicos: US$ 1,99 bilhão (alta de 5,7%) e participação de 65%

Produtos semimanufaturados: US$ 488 milhões (queda de 21,4%) e participação de 15,9%

Produtos manufaturados: US$ 578 milhões (alta de 21,0%) e participação de 18,9%.

CHILE

De janeiro a agosto, o Brasil exportou para o Chile mercadorias no total de US$ 2,630 bilhões (ligeira alta de 0,57%) e participação de 2,13% nas vendas totais brasileiras ao exterior.

Produtos básicos: US$ 1,12 bilhão (alta de 0,8%) e participação de 42,7%

Produtos semimanufaturados: US$ 71 milhões (alta de 61,4%) e participação de 2,67%

Produtos manufaturados: US$ 1,42 bilhão (queda de 1,9%) e participação de 53,9% nas exportações totais brasileiras para o país andino.

MÉXICO

As exportações brasileiras para o México somaram US$ 2,49 bilhões (alta de 7,99%), participação de 2,2% e estiveram assim divididas por categoria de produtos:

Produtos básicos: US$ 271 milhões (alta de 74,5%) e participação de 10,9%

Produtos semimanufaturados: US$ 267 milhões (alta de 39,9%) e participação de 20,7%

Produtos manufaturados: US$ 1,95 bilhão (ligeira retração de 0,4%) e participação de 78,3%.

ITÁLIA

A Itália foi o destino final de exportações brasileiras no total de US$ 2,279 bilhões (alta de 4,95% sobre os oito primeiros meses do ano passado e participação de 1,84% em todo o volume exportado pelo Brasil no período.

Produtos básicos: US$ 969 milhões (alta de 11%) e participação de 42,5%

Produtos semimanufaturados: US$ 792 milhões (queda de 3,5%) e participação de 34,8%

Produtos manufaturados: US$ 500 milhões (alta de 10,5%) e participação de 21,9%

COREIA DO SUL

De janeiro a agosto,as exportações brasileiros para a Coreia do Sul totalizaram US$ 1,969 bilhão (alta de 8,69%). A participação da Coreia do Sul no volume total exportado pelo Brasil foi da ordem de 1,59%.

Produtos básicos: US$ 1,36 bilhão (alta de 6,6%) e participação de 69,3%

Produtos semimanufaturados: US$ 252 milhões (aumento de 19,2%) e participação de 12,8%

Produtos manufaturados: US$ 351 milhões (alta de 10%) e participação de 17,8% no total exportado pelo Brasil para o país asiático.

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Marcos Pereira comemora recorde de inscrições no programa Brasil Mais Produtivo em Goiás

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, lançou nesta sexta-feira (16), em Goiânia (GO), o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o programa Brasil Mais Produtivo. As iniciativas buscam aprimorar o processo produtivo das empresas atendidas e ampliar a entrada dos produtos goianos no mercado internacional.

“O Brasil Mais Produtivo é um enorme sucesso. Já foram investidos R$ 50 milhões no programa, que vai atender três mil empresas em todo o país. Reservamos 220 vagas aqui no Estado e 580 empresas se inscreveram. Isso mostra o grande interesse dos empresários e industriais goianos”, disse o ministro.

No evento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Marcos Pereira anunciou que o MDIC se prepara para, em breve, ampliar o Brasil Mais Produtivo, com foco em em eficiência energética, área que impacta diretamente os custos de produção e representa um entrave para o crescimento da indústria brasileira.

O ministro também apresentou, aos empresários e autoridades presentes, os pilares do PNCE. “Esse Plano tem o importance papel de ampliar a cultura exportadora nas empresas brasileiras. E o governo do presidente Michel Temer está empenhado em melhorar o ambiente de negócios. Estamos discutindo a modernização na legislação trabalhista e a desburocratização. O melhor programa social que podemos apresentar neste momento é a geração de emprego”, disse o ministro.

Para o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, os programas lançados pelo MDIC são um grande incentivo para os empreendedores goianos. “Os programas irão aprimorar o processo de produção das empresas goianas e ampliar a entrada delas no mercado internacional. É um grande incentivo receber do MDIC o reconhecimento do nosso potencial de exportação em vários setores industriais. Será um reforço importante”, afirmou o governador.

O presidente da FIEG, Pedro Oliveira, também destacou a importância dos programas do MDIC para o crescimento do país. “As ações do Ministério são de extrema importância para o Brasil, não só para as indústrias. Se houver geração de empregos, estaremos contribuindo para o benefício social do país”, disse.

“Entendemos que parte das soluções mais emergenciais para recolocar o país nos trilhos do crescimento econômico e do desenvolvimento social está justamente no incremento do comércio exterior, via inovação e melhoria da eficiência nos processos produtivos e na qualidade dos produtos”, completou Oliveira.

Cultura Exportadora

O PNCE tem o objetivo de aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior e, consequentemente, aumentar as exportações de produtos e serviços. As empresas contarão com ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos e identificação de mercados.

O Plano é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. Além disso, conta com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão.

O Estado de Goiás, décimo oitavo a receber o PNCE, apresenta grande potencial de exportação em vários setores produtivos industriais, tais como vestuário e acessórios, alimentos, produtos minerais não-metálicos, produtos de metal e móveis. Só nestes cinco setores há mais de 8.200 empresas em todo o Estado.

Como destacou o governador Marconi Perillo, o Estado tem trabalhado para ampliar a lista de destino das exportações goianas. “Há alguns anos, nós exportávamos para menos de 40 países. Hoje, nossos proudutos são vendidos para mais de 150 nações”, disse.

Em 2015, Goiás foi o décimo primeiro Estado brasileiro com maior valor de exportações no Brasil, registrando vendas externas no valor US$ 5.8 bilhões, o que correspondeu a 3,1% do total nacional. Na região Centro-Oeste, foi o segundo maior exportador, com 25,5% das exportações regionais.

Além de parceiros estaduais e nacionais, como CNI, Sebrae, BNDES, MRE e Apex Brasil, o Plano Nacional da Cultura Exportadora conta com um comitê gestor local, responsável por planejar e executar as ações de apoio, assim como monitorar a performance do programa com as empresas locais. No Estado de Goiás, o comitê é formado pela Federação das Indústrias (FIEG), Governo do Estado de Goiás, SEBRAE, Banco do Brasil, Correios, ACIEG, ADIAL, FACIEG, FAEG, Fecomércio-GO, Movimento Goiás Competitivo e Porto Seco Centro Oeste S/A.

Nesta sexta (16), o ministro Marcos Pereira assinou o termo de posse do Coordenador Estadual do Comitê de Goiás do PNCE, Emílio Carlos Bittar, e do secretário-executivo, Luiz Medeiros Pinto. Os dois terão mandato de um ano à frente do comitê local do PNCE.

Brasil Mais Produtivo

Lançado em abril deste ano, o Brasil Mais Produtivo tem o objetivo de aumentar em 20% ou mais a produtividade das empresas brasileiras atendidas pelo programa. A iniciativa, sob coordenação do MDIC, tem como parceiros o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Também são apoiadores do programa o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O foco do Brasil Mais Produtivo é a redução de sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Para isso, o programa utiliza a metodologia de manufatura enxuta (lean manufacturing).

Entre as empresas interessadas em participar do Programa, terão prioridade as que se organizam em Arranjos Produtivos Locais (APLs) de todos os estados e regiões do país e que possuem entre 11 e 200 funcionários (pequenas e médias). Até 2017, serão atendidas em todo Brasil três mil pequenas e médias indústrias dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, moveleiro e metalomecânico.

Em Goiás, sétimo Estado a receber o programa, foram selecionados, a partir do critério de priorização de impacto local, três setores como focos para as consultorias: moveleiro, confecções e calçados e alimentos e bebidas. No total, receberão atendimento no âmbito do Brasil Mais Produtivo 220 empreendimentos em seis Arranjos Produtivos Locais: APL de Móveis da Região Metropolitana de Goiânia; APL Confecção Moda Feminina de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade; APL de Confecções da Região de Jaraguá; APL de Couro e Calçados de Goiânia; APL de Lácteo da Microrregião da Estrada de Ferro de Goiânia; e APL de Cachaça Artesanal de Alambique (Goiânia).

As empresas participantes do Brasil Mais Produtivo irão receber capacitação técnica no processo produtivo, de forma que possam obter ganhos expressivos de produtividade, inclusive redução no custo de produção.

Fonte: MDIC