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Brasil está pronto para negociar acordo de dupla tributação com Alemanha, diz Itamaraty

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 40 das principais transnacionais brasileiras indicou que a Alemanha é um mercado prioritário para a negociação de Acordo para Evitar a Dupla Tributação (ADT). Diante disso, o setor privado voltou a defender a assinatura de um acordo para acabar com a bitributação durante a 43ª reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, nesta terça-feira (18), em Weimar, na Alemanha.

A reunião ocorre em paralelo ao 34º Encontro Empresarial dos dois países e é coordenada pelo Itamaraty do lado brasileiro e pelo Ministério Federal da Economia e Energia da Alemanha.

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros, embaixador Carlos Márcio Cozendey, afirmou que o Brasil está pronto para negociar o acordo com a Alemanha. No entanto, diz Cozendey, os alemães precisam ser flexíveis, assim como o governo brasileiro está disposto a ser flexível. No momento, há uma resistência de ambos os lados, pois o Brasil tem seu próprio modelo de ADT e a Alemanha segue o padrão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Acreditar que o Brasil vai aderir ao modelo da OCDE no curto prazo não reflete a realidade. Estamos discutindo com a Suíça e com a Polônia um modelo intermediário. Podemos fazer com a Alemanha também”, disse Cozendey.

Avanço

O setor privado considera um avanço essa posição. Segundo o presidente da Bayer do Brasil, Theo van der Loo, o Brasil e a Alemanha tiveram um acordo para evitar a dupla tributação que durou 30 anos. No entanto, em 2005, o lado alemão revogou o tratado por discordar de uma série de medidas tributárias brasileiras. Van der Loo ressalta que nos países com os quais o Brasil tem este acordo, o peso dos impostos sobre serviços e royalties no exterior é menor. E estes dois itens são importantes para agregar valor em produtos industrializados.

“A celebração de um novo acordo é prioridade, na medida em que aumentará a segurança jurídica e a competitividade das empresas nos negócios bilaterais. As indústrias do Brasil e da Alemanha esperam que os governos iniciem negociações, com flexibilidade, para conquistarmos resultados concretos nessa área”, afirma o presidente da Bayer no Brasil, Theo van der Loo, que liderou a 43ª Comissão Mista pelo setor privado, em parceria com a CNI.

O empresário dá como exemplo o seu próprio dia-a-dia. A Bayer do Brasil mantém 33 pessoas na área jurídica e 11 na área tributária para poder atender todas as demandas do governo brasileiro. Segundo ele, são criadas, em média, 46 normas tributárias por dia útil e pelo menos 20 delas afetam diretamente a empresa todos os meses. Como comparação, na subsidiária espanhola há três pessoas na área de tributação e seis na área jurídica/compliance. “O sistema tributário brasileiro é complexo e gera uma sobrecarga de trabalho. O ADT evitaria pelo menos a dupla tributação”, afirma.

O presidente na Companhia Melhoramento de Papel e Celulose, Ingo Plöger, explica que a falta de acordo com a Alemanha tem causado prejuízos para as pequenas e médias empresas, além das pessoas físicas. Segundo ele, quando a Alemanha denunciou o acordo, era o 7º principal investidor no Brasil. Em 2015, caiu para a 13ª colocação.

“O custo de se levar um professor para o Brasil ou um profissional expatriado para a transferência de tecnologia é três vezes maior. Esse acordo é realmente muito relevante. Se o governo não está preparado para começar por royalties e serviços, pode começar desonerando as pessoas físicas”, afirmou.

Momento para superar divergências

O empresariado alemão também defende o acordo. Para o CEO da Volkswagen Truck & Bus e membro da diretoria da Volkswagen AG, Andreas Renschler, os governo devem superar suas divergências para avançar nas negociações de um tratado que evite a bitributação nas operações de empresas alemãs que investem no Brasil. “Concordo com a abertura de ambos os lados para encontrarmos uma solução. Mas as duas partes têm que abrir mão”, disse.

O apelo sensibilizou o governo alemão. O secretário-parlamentar do Ministério Federal da Economia e Energia, Uwe Beckmeyer, afirmou que vai tentar abrir este canal de negociação que, no momento, está “bem fechado”, pois é de interesse da indústria e da economia que se estreite o relacionamento com o Brasil.

Outros acordos

O setor privado também defendeu as negociações para se concluir um acordo de “Céus Abertos” na área de transporte aéreo entre Brasil e União Europeia, para expandir a oferta dos serviços aéreos, incluindo transporte de cargas. A expectativa com esse acordo é reduzir custos para turistas e empresários, fortalecer e diversificar a conectividade entre cidades importantes e ampliar o comércio e turismo. Também está na pauta do empresariado brasileiro o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

Fonte: CNI

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Empresários brasileiros defendem assinatura de acordo com Alemanha contra dupla tributação

Empresários brasileiros defendem um acordo entre Brasil e Alemanha para evitar a dupla tributação nas transações entre os dois países. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou-se favorável a um tratado deste tipo hoje (18) durante reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, na cidade de Weimar, Alemanha.

O objetivo do acordo seria facilitar investimentos evitando a bitributação, ou seja, incidência dos mesmos impostos nos dois países. Segundo a CNI, uma pesquisa junto a 40 transnacionais brasileiras apontou a Alemanha como um mercado prioritário para a negociação deste modelo de tratado. A comissão de empresários dos países reúne-se paralelamente a um encontro do setor privado promovido pelos ministérios das Relações Exteriores, do Brasil, e Federal da Economia e Energia, da Alemanha.

O Itamaraty sinalizou disposição para negociar o acordo com a Alemanha, mas há uma resistência de ambos os governos, em razão de cada país adotar o seu próprio modelo de acordo para evitar a bitributação. A Alemanha segue o padrão da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), diferente do utilizado pelo Brasil.

Segundo o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, o Brasil negocia um modelo intermediário ao da OCDE com a Suíça e a Polônia.

Fonte: Agência Brasil

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Saiba o que são os acordos de dupla tributação e como podem beneficiar a economia

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que as empresas multinacionais brasileiras têm sua competitividade afetada pela bitributação. A celebração de novos acordos para evitar a dupla tributação e a uniformização dos tratados existentes reduzirá obstáculos e aumentará a segurança jurídica e a competitividade das empresas.

Diante disso o Fórum de Empresas Transnacionais (FET) da CNI faz recomendações ao governo para que o Brasil amplie sua rede e melhore a segurança jurídica dos atuais acordos e demonstra que pode, inclusive, ampliar a base de arrecadação com a assinatura de novos ADTs, mesmo com redução da carga tributária sobre as empresas. A Agência CNI de Notícias preparou algumas perguntas e respostas para tirar dúvidas sobre o assunto. Confira:

Para que servem os acordos para evitar dupla tributação?
Tais acordos estabelecem as regras para repartir, entre os países, a receita da tributação de renda de cinco operações: lucros, royalties, juros, serviços e dividendos. Seus benefícios são: dar isonomia ao investidor no exterior em relação aos concorrentes estrangeiros; evitar a dupla tributação e a elisões fiscais (sonegação); aumentar a segurança jurídica para os investidores; e estimular os investimentos estrangeiros no país. Sem o acordo, as empresas brasileiras pagam altas alíquotas de imposto de renda nos países onde possuem investimentos.

2. Por que os ADTs são importantes para a economia brasileira?
É preciso encarar o ADT como fonte para aquisição de tecnologia, estímulo para melhorar a competitividade, além do ambiente de negócios para investir no Brasil e fora. A assinatura de ADTs terá impacto direto no aumento das exportações, no acesso à tecnologia e na melhoria da inserção da indústria brasileira nas cadeias de valor.

3. Por que estimular os investimentos no exterior é importante para o Brasil?
É importante por permitir às empresas acessar novos mercados; diversificar riscos quanto ao ciclo econômico no Brasil; acessar novas tecnologias e aumentar exportações. Estudo da CNI mostrou que, na última década, o crescimento das exportações das transnacionais brasileiras (industriais) foi o dobro das exportações totais do setor.

4. Com quem o Brasil deve celebrar acordos para evitar dupla tributação?
Em consulta feita pela CNI, no âmbito do Fórum das Empresas Transnacionais (FET), os cinco países centrais assinalados foram: Estados Unidos, Austrália, Colômbia, Alemanha e Reino Unido. Outros países importantes são: Paraguai, Uruguai, Angola, Moçambique, Suíça, Cingapura, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

5. Quais os obstáculos para o Brasil negociar ADTs?
O Brasil não segue o modelo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), utilizado pela maioria dos países. Atualmente, dois terços dos ADTs assinados seguem o modelo da OCDE. Além disso, há algumas particularidades do modelo brasileiro que impactam negativamente nas negociações, sendo as mais relevantes:

– Tributação de royalties: países tributam no país de residência da empresa ou dividem. Mas, o Brasil tributa na fonte;
– O Brasil não define serviços técnicos nos ADTs e tributa o lucro das operações de importação de serviços na fonte. OCDE tributa na residência;
– Alíquota de IR para tributação de serviços é elevada, de 15%, contra média de 5% ou 10% no caso do modelo da OCDE;
– Falta de tributação em dividendos. Para incentivar investimentos, o Brasil deixou de tributar dividendos no passado, o que gerou perda de poder negociador do Brasil;
– Tax sparing ou matching credit: crédito de tributo que é dado ao investidor em seu país de residência pela dedução dada no Brasil. Mecanismo é pouco utilizado na prática pelas empresas e sua utilização emperra negociações;

6. A legislação brasileira é simpática a assinatura de ADTs?
Não. Há algumas particularidades também de legislação interna do Brasil que dificultam a negociação. São elas:

– O Brasil não possui regulamentação interna para resolver de forma amigável disputas entre empresas e o fisco. Embora os ADTs assinados pelo Brasil tenham cláusulas de solução de controvérsias, na prática, as empresas estão desprotegidas e o modelo brasileiro se torna menos interessante.
– Regra de dedução da tributação de royalties é restrita e interfere nos ADTs pois: i) registro no INPI é excessivamente demorado; ii) percentuais fixados diferem do cálculo de preços de transferências da OCDE;

7. A CNI e o FET têm recomendações para tornar mais atrativo o modelo brasileiro? Quais são elas?
– Não tributar na fonte operações de serviços técnicos, sobretudo com transferência de tecnologia;
– Não tributar na fonte operações de royalties;
– Reduzir tributação de juros na fonte em operações de obras para infraestrutura, empréstimos de longo prazo e bens de capital;
– Não adotar o pleito de tax sparing e matching credit nas negociações.

Fonte: CNI

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Medidas do governo devolvem otimismo ao mercado logístico que espera 2017 com confiança

De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), 64% das empresas de comércio exterior catarinenses vão fechar o ano com aumento nas exportações. A pesquisa, realizada com 140 empresas de pequeno, médio e grande portes, aponta que 26,5% das companhias projeta estabilidade nos valores exportados e 9,2% preveem redução.

Para Ivo Mafra, presidente da DC Logistics Brasil, organização que atua com soluções logísticas inovadoras e otimizadas há 22 anos, 2016 foi de superação e muito trabalho. “Se comparado a 2015, as estatísticas até agosto demonstram a queda de volumes nas importações (- 35%) e crescimento de volumes nas exportações ( +9,8%). A demanda por crédito e o aumento da inadimplência dificultam o gerenciamento do negócio”.

Apesar das dificuldades, o setor teve que se superar em função da crise. “Efetivamente foi um ano complicado, o que testa nossas capacidades empresariais. Mas controlar despesas, ser seletivo na concessão de créditos, buscar novos mercados para compensar queda nas vendas, estar preparado para trabalhar com menores margens e ter um time comprometido e vencedor fizeram a DC Logistics Brasil superar esse período”, relata Ivo Mafra.

Para 2017 a expectativa é de cautela e volta do crescimento da economia. “Com medidas como a do teto da dívida pública (União, Estados e Municípios), o mercado pode esperar um futuro melhor já que investidores podem voltar a atuar. Esperamos que outras medidas para a redução do tamanho do Estado na economia e a maior eficiência ocorram para voltemos a crescer, mesmo que timidamente em 2017”, comenta o presidente da DC Logistics Brasil.

Fonte: DC Logistics Brasil

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CNI aponta seis benefícios para o país com o fim do acordo marítimo entre Brasil e Chile

O acordo de Transporte Marítimo com o Chile é um obstáculo ao aumento das exportações brasileiras. Desde 2014, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta o governo sobre as distorções que o tratado criou. Assinado em 1974, renovado oito vezes, o acordo criou um duopólio na rota marítima Brasil-Chile-Brasil. Atualmente, só fazem o transporte de carga duas multinacionais. Elas disponibilizam apenas oito navios para atender os mais de 3,5 mil exportadores e quase de 1,2 mil importadores brasileiros.

A CNI aguarda a fim do acordo, previsto para 28 de outubro, data estabelecida pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) para que o Ministério do Transportes apresente uma justificativa para manter o duopólio. Na avaliação da CNI, o acordo onera o setor produtivo e encarece as mercadorias nacionais, pois restringe o frete marítimo de contêineres a navios de bandeira brasileira e chilena, únicos autorizados a transportarem cargas entre os dois países. Veja os efeitos previstos com o fim do acordo:

1. Fim da proteção artificial da rota Brasil-Chile-Brasil

A navegação mundial vive um período de “liberdade dos mares”. Não existem reservas de carga entre países da União Europeia ou do Nafta, por exemplo.

2. Aumento da oferta de navios

Em função do convênio, o transporte marítimo entre os dois países está restrito a oito navios. Com o livre-comércio, a disponiblidade de navios triplicaria, de acordo com estimativas da CNI.

3. Fretes mais baratos

As empresas chegam a pagar 40% a mais pelo frete atualmente. Empresas de setores importantes da economia brasileira dizem que dentre os 130 mercados para os quais exportam, o Chile tem o frete mais caro.

4. Previsibilidade para fechar contratos de curto prazo

Para conseguir atender contratos, as empresas são obrigadas a usar o modal rodoviário. Esta opção acarreta fretes entre duas e três vezes mais elevados e as rodovias fecham em determinados períodos no inverno devido às nevascas na Cordilheira dos Andes.

5. Equilíbrio nas relações comerciais

O fim da reserva beneficiará as empresas exportadoras e importadoras dos dois países melhorando o poder de negociação com os armadores brasileiros e chilenos.

6. Menos um obstáculo à exportação

Pesquisa da CNI com 847 empresas brasileiras aponta o custo do transporte como o principal problema para exportar. O fim do acordo ajudará a melhorar essa realidade.

Fonte: CNI

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Embrapa promove simpósio em Petrolina para discuir produção de vinhos em regiões tropicais

Petrolina (PE) vai sediar, de 19 a 21 de outubro, o 5º Simpósio Internacional de Vinhos Tropicais, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O encontro, gratuito, vai reunir profissionais da área e estudantes, no auditório da sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) do município. E abre as discussões sobre a vitivinicultura brasileira, que serão ampliadas no39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, em Bento Gonçalves (RS), de 23 a 28 de outubro.

O simpósio vai discutir a produção de vinhos obtidos de uvas plantadas em regiões mais quentes, onde as temperaturas permitem mais de uma colheita por ano. A atividade está sendo desenvolvida em regiões não tradicionais do Brasil, Equador, Peru, Venezuela, Tailândia, Índia, Indonésia, Myanmar, Vietnã, Bali, Etiópia, Gabão, Quênia, Namíbia Tanzânia e Polinésia Francesa. A vitivinicultura tropical é muito peculiar em relação à praticada em regiões de clima temperado. Suas características são atualmente um desafio na comparação com a produção tradicional.

Por isso, o encontro tem como principais objetivos promover a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação para os vinhos tropicais. Busca também integrar instituições públicas e privadas para desenvolver a produção e o mercado de vinhos tropicais no mundo, além de estimular a interação e a cooperação entre os produtores de diferentes países.

O Vale do Rio São Francisco é a principal região tropical vitivinícola do Brasil. O clima quente do semiárido possibilita a produção de uvas e vinhos ao longo do ano, de acordo com a escolha dos produtores. Os espumantes do Nordeste têm o sabor da uva mais marcante, diferentes dos produzidos no Sul, que são mais frescos e mais ácidos. (Com informações da Embrapa Semiárido).

Fonte: Mapa

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Exportações de café têm em setembro o melhor mês do ano e geram receita de US$ 516 milhões

As exportações brasileiras de café alcançaram 3,12 milhões de sacas (60 kg) no mês passado – maior volume mensal registrado no ano. Os embarques somaram US$ 516,2 milhões, a melhor receita obtida em 2016. Os números são do Informe Estatístico do Café de setembro, divulgado nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De janeiro a setembro, o Brasil exportou cerca de 24,5 milhões de sacas do grão, o equivalente a US$ 3,7 milhões. O preço médio da saca em 2016 é de US$ 151,49. Em setembro, o valor médio da saca foi de US$ 165, o melhor do ano, de acordo com o levantamento feito pela SPA. Nesses nove meses, o café se mantém em quinto lugar no ranking das exportações brasileiras.

A previsão é que a safra de café chegue a 49,6 milhões de sacas em 2016, segundo a última estimativa da Conab. Do total, 41,3 milhões de sacas devem ser da espécie arábica, e 8,3 milhões de sacas de robusta. A área plantada é prevista em 1,95 milhão de hectares, e a produtividade é calculada em 25,46 sacas por hectare.

O Informe do Estatístico do Café é elaborado mensalmente pelo Departamento de Gestão de Riscos e Recursos Econômicos da SPA. Clique aqui para acessar a íntegra do levantamento.

Fonte: Mapa

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Brasil e China assinam Memorando para ampliar o comércio bilateral no setor de serviços

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e o ministro de Comércio da China, Gao Hucheng, assinaram hoje (10) um Memorando de Entendimentos (MoU) no setor de Serviços com o objetivo de incentivar o comércio exterior e os investimentos bilaterais em serviços e promover o intercâmbio de informações sobre melhores práticas no setor para fomentar serviços de maior qualidade, competitividade e eficiência.

Este é o primeiro documento assinado entre o Brasil e seu principal parceiro comercial depois da confirmação do governo de Michel Temer. O principal impacto esperado é uma maior aproximação entre os setores de serviços dos dois países e, consequentemente, a geração de novos negócios.

Segundo o ministro Marcos Pereira, “Brasil e China são dois países relevantes no cenário internacional que têm um relacionamento político e econômico consolidado. O Memorando de Entendimento em Serviços atende a um anseio do setor privado de que essas relações também se fortaleçam cada dia mais no setor de serviços, especialmente aproveitando o foco que a China tem dado para o fortalecimento desse setor”.

O documento foi negociado entre o MDIC e o Ministério de Comércio da China (MOFCOM) durante 2 anos, atendendo a pedidos do setor privado brasileiro. O instrumento não estabelece limites para a inclusão de setores que possam vir a ser objeto de cooperação bilateral, mas inicialmente já houve a identificação de algumas áreas de interesse entre as partes, tais como: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), automação bancária, serviços desportivos, terceirização e serviços audiovisuais.

A China é o terceiro maior exportador de serviços do mundo e ocupa o 17º lugar entre os principais mercados de destino dos serviços e intangíveis brasileiros. Segundo os dados do Siscoserv, o Brasil vendeu para a China, em 2015, cerca de US$ 254 milhões em serviços e adquiriu US$ 527 milhões, resultando em um déficit de cerca de US$ 273 milhões para o Brasil.

“Atualmente, as pautas exportadora e importadora estão concentradas em serviços de logística ou relacionadas ao comércio de bens, o que sugere que há espaço para adensamento dessas relações de comércio bilaterais”, diz o secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Marcelo Maia, que integra a delegação brasileira em Macau. Segundo o secretário, MDIC e MOFCOM definirão um Plano de Ação bienal no qual serão detalhadas as ações que deverão ser implementadas nos próximos dois anos.

“Para que o memorando possa trazer resultados concretos, o MDIC já realizou uma consulta ao setor privado sobre seus interesses com a China e encontra-se aberto para receber novas sugestões”, lembra, ainda, o secretário.

Missão à China, Índia e Alemanha

Até esta quarta-feira (12/10), o ministro Marcos Pereira chefia a delegação brasileira que participa da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau. O Fórum é o principal mecanismo utilizado pela China para a coordenação de suas relações com os Países de Língua Portuguesa (CPLP) com os quais mantém laços diplomáticos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

Antes da assinatura do Memorando de Entendimento em Serviços, o ministro Marcos Pereira e o ministro de Comércio da China participaram de um jantar de boas-vindas com autoridades dos países que participam do Fórum. Marcos Pereira também esteve reunido com o primeiro-ministro de Guiné-Bissau, Baciro Djá, a quem convidou para a XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, em primeiro de novembro, quando o Brasil assumirá a presidência da CPLP.

Na próxima quarta-feira, Marcos Pereira segue para Nova Déli, na Índia, onde participa da reunião ministros de Comércio dos Brics. Depois, segue para Goa, também na Índia, para acompanhar o presidente Michel Temer na reunião de Cúpula do bloco. Antes de voltar ao Brasil, o ministro ainda participa do 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, na cidade de Weimar.

Fonte: MDIC

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CNI inicia a emissão do ATA Carnet, passaporte para exportação e importação temporária de bens

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio das federações de indústrias dos estados, começa a emitir o ATA Carnet (acrônimo das expressões em francês Admission Temporaire e Temporary Admission, em inglês) a partir desta quinta-feira (6).

O documento aduaneiro permite exportar e importar bens temporariamente sem a incidência de impostos em 74 países. O Brasil é o primeiro país do Mercosul a aderir ao sistema. Desde julho, a Receita Federal Brasileira já reconhece o Ata Carnet emitido pelos demais países para a entrada de bens no Brasil.

“Este é um instrumento fundamental para aumentar a participação do Brasil no mercado global, pois desburocratiza os procedimentos aduaneiros, facilita a participação das nossas indústrias em grandes feiras e rodadas de negócios internacional. O Ata Carnet é um avanço na facilitação de comércio”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Inicialmente, o documento será emitido pelas federações de sete estados: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Elas atenderão a pedidos de empresas de todo o Brasil. Até o início de 2017, o sistema de emissão presencial funcionará em todas as 27 federações de indústria estaduais. Também é possível solicitar o ATA pela internet.

Como funciona

A empresa solicitante deve preencher o formulário com informações sobre as mercadorias a serem enviadas ao exterior sob regime de exportação temporária e países de destino a serem visitados. A própria ferramenta eletrônica gera o documento de forma automática e totalmente online. Após análise das informações e aprovação, o usuário pode retirar seu ATA Carnet nas federações de indústrias presentes em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

O documento emitido é composto por duas folhas de apresentação para cada país estrangeiro onde a mercadoria for ingressar, e outras duas folhas de apresentação à alfândega na saída e no retorno de seu país de origem. Como um passaporte, uma das folhas recebe o carimbo da alfândega estrangeira na entrada e a outra na saída. Do mesmo modo, o documento também é carimbado pela aduana brasileira na saída e retorno do país.

A Receita Federal do Brasil monitora e valida os ATA Carnets emitidos no país para as exportações temporárias e, também reconhece os ATA Carnet emitidos por entidades no exterior para o caso das admissões temporárias brasileiras. O custo do documento varia entre R$ 442,97 a R$931,14, dependendo do valor do bem segurado e ele é emitido em até 48 horas.

Cobertura

O ATA Carnet pode cobrir bens utilizados em exposições, feiras, congressos ou eventos similares; materiais profissionais; bens importados para fins educativos, científicos ou culturais ou desportivos. Por exemplo: materiais de atletas, equipamentos fotográficos e cinematográficos de jornalistas, instrumentos musicais, joias, roupas, peças arqueológicas, quadros, veículos, entre outros.

O ATA Carnet suspende a incidência de impostos sobre a permanência temporária de produtos e equipamentos. Com apenas um documento, empresas podem entrar com bens em 74 países durante 12 meses.

“Um único documento reúne todas as informações que devem ser apresentadas na aduana de saída e de entrada, reduzindo a burocracia, tornando mais rápidos os trâmites aduaneiros e pode ser usado tanto por pessoa física quanto jurídica”, complementa a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha.

Vantagens

Para empresas:
– Reduzem a zero o risco de apreensão ou retenção de mostruário em aduanas, dando maior segurança para que empresas brasileiras participem de feiras e exposições no exterior – fato importante sobretudo para micro e pequenas empresas;
– Gastam menos na circulação internacional de bens;
– Economizam tempo no preparo de documentação para exportação e importação temporária;

2. Para pessoas físicas:
– Segurança para o transporte de materiais de trabalho, para fins educativos, científicos, culturais e desportivos;
– Não têm mais o risco de circular internacionalmente com mercadorias sem documentação adequada;

3. Para o governo
– Atua de acordo com normas internacionais;
– Reduz a burocracia na Aduana Brasileira;
– Facilita a realização de grandes eventos internacionais – esportivos, culturais, de negócios – no Brasil.

Fonte: CNI

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Banco do Brasil assina termo de cooperação técnica para instalação de empresas na ZPE Ceará

O Banco do Brasil assina nesta quinta-feira (6) termo de cooperação técnica com o Governo do Ceará para garantir o financiamento das instalações de empresas dentro da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará).

O governador Camilo Santana participa do ato, que tem ainda interveniência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), da Assessoria Internacional do Ceará, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e da ZPE Ceará.

O acordo define o Banco do Brasil como agente financeiro preferencial para instalação de empresas na ZPE e financiador da construção da infraestrutura necessária para permitir a ampliação da zona alfandegada do distrito exportador local. O acordo contempla todas as empresas que atenderem aos requisitos, independente do setor de atuação.
Segundo o presidente da ZPE Ceará, Mario Lima, o Governo, por meio do acordo, acertou ao escolher o BB como agente financeiro. Ele avalia que o Banco tem interface com os mercados internacionais, além de agências em vários países do mundo. “Nós não poderíamos deixar o Banco do Brasil de fora de um instrumento tão poderoso como a ZPE para alavancar as exportações tanto do Ceará como do país”, destaca.

Mário Lima lembra que o acordo pressupõe a presença do Banco do Brasil ao lado do Governo, apoiando os empresários e analisando os projetos que vão para implantação dentro da ZPE Ceará.

Suporte para infraestrutura

Para o secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Antonio Balhmann, ao trabalhar em conjunto com o Governo do Estado do Ceará, o Banco do Brasil garante apoio essencial para o crescimento da ZPE Ceará e para a atração de investimentos. Ele ressalta que o BB passa a fazer parte do portfólio de promoção da ZPE dentro e fora do Brasil.

“Ao assinar o acordo com o Banco do Brasil, o Governo assegura todo o suporte no que diz respeito à infraestrutura para as indústrias se instalarem no Ceará e os investimentos no Complexo para que essas empresas tenham sempre uma boa logística. Isso acaba tornando a ZPE cada vez mais amigável para atrair os empreendedores. É um momento muito importante para a ZPE do Ceará”, conclui.

O superintendente Estadual do Banco do Brasil no Ceará, Castro Júnior, disse que o Banco do Brasil está preparado para financiar a instalação de todo o parque industrial previsto para a ZPE Ceará. “O BB completa 208 anos de sua criação no próximo dia 12 de outubro, com larga contribuição ao desenvolvimento econômico e social do país. Agora, estamos frente ao importante projeto de expansão econômica para o estado do Ceará, com dimensões nacionais e efeitos internacionais, com patrocínio e apoio incondicionais do Governo do Estado”, diz Castro Júnior, ao acrescentar que o BB se sente honrado em contribuir com esse novo projeto para o Estado.

Fonte: BB