180322-porto-de-santos

Porto de Santos registra recorde bimestral

A movimentação de cargas através do complexo portuário santista no primeiro bimestre de 2018 atingiu 18.672.567t, superando em 9,6% o verificado em igual período do ano passado e estabelecendo novo recorde para o acumulado. O mês de fevereiro manteve praticamente o mesmo desempenho apresentado no ano anterior, representando a segunda maior marca dentre os meses de fevereiro, ligeiramente ultrapassada em 0,004% pelo apurado em 2017.

Na movimentação mensal, o destaque fica com as exportações, que cresceram 0,8%, totalizando 6.908.215t, garantindo o desempenho do total em fevereiro, em razão da queda de 2,0% nas descargas.

De acordo com a análise da Gerência de Tarifas e Estatísticas, mesmo com a expansão nas movimentações de cargas conteinerizadas em 200.716t (3.370.531t, +6,3%) e de milho a granel em 100.922 t (165.840 t, +155,5%), o desempenho, aquém das expectativas, pode ser explicado principalmente pelos recuos de 244.954 t nos embarques de adubos a granel (totalizando 183.621 t, -57,2%), de 188.253 t de açúcar a granel (1.000.657 t, -15,8%) e de 107.776 t de soja em grãos a granel (2.376.544 t, -4,3%). A movimentação de contêineres em TEU registrou alta de 12,0% em fevereiro de 2018, ao totalizar 311.728 TEU ante 278.277 TEU em fevereiro de 2017.
ovo Recorde

O crescimento de 9,6% no total acumulado (18.672.567t) do primeiro bimestre teve forte participação das cargas embarcadas, que registraram incremento de 11,9%, impulsionadas principalmente pelas operações de milho (1.341.413t, +188,1%), celulose (626.796, +37,1%) e sucos cítricos (408.351t, +47,1%). As operações com carga conteinerizada (6.971.559t, +10,5%), também influíram positivamente no desempenho recorde do bimestre, bem como as descargas de enxofre (449.042t, +19,6%) e de gasóleo (óleo diesel) (358.231t, +10,8%), com significativos índices de crescimento.

O fluxo de navios no Porto de Santos registrou o total de 792 embarcações atracadas no período, apontando crescimento de 5,7% sobre o acumulado em fevereiro do ano passado.

Balança Comercial

A participação do Porto de Santos na corrente de comércio dos portos brasileiros atingiu 27,0% no bimestre, movimentando o total de US$ 16,4 bilhões, acusando aumento de 15,5% do valor comercial das cargas.

As exportações chegaram a US$ 8,7 bilhões, 25,5% do total nacional, com aumento de 11,5% sobre o verificado em igual período de 2017. As importações foram responsáveis por US$ 7,7 bilhões, incremento de 20,3% e participação de 29,0% sobre o total do país.

China, Estados Unidos e Argentina, respectivamente, foram os principais destinos das cargas embarcadas pelo Porto de Santos. Café, carnes e tratores sobre lagartas foram as principais cargas exportadas quanto ao valor comercial.

As importações por Santos chegaram principalmente da China, Estados Unidos e Alemanha, respectivamente. As principais cargas descarregadas foram gasóleo (óleo diesel), caixas de marchas e enxofre.

Fonte: Notícias Agrícolas

csm_receitafederal_698ff80257

Auditores fiscais se reúnem para debater greve em novembro

Paralisação visa fazer pressão para regulamentar o acordo salarial firmado pelo Governo Federal.
Os auditores fiscais da Receita Federal que atuam no Porto de Santos se reunirão nesta terça-feira (10) para decidir se entrarão em greve a partir do dia 1º de novembro. A paralisação é uma forma de pressionar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a regulamentar o acordo salarial firmado pelo Governo Federal.

Na semana passada, os auditores se reuniram em protesto na porta da Alfândega do Porto de Santos. Na ocasião, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Claudio Damasceno, já havia um forte indicativo de greve, a ser discutida na nova reunião.

Se aprovada a paralisação, nos portos e aeroportos, funcionará a Operação Padrão, que prevê somente a liberação de cargas consideradas essenciais como remédios, insumos hospitalares, animais vivos e alimentação de bordo para tripulantes de navios.

Segundo o Sindifisco, no Porto de Santos, a cada dia de paralisação, mil contêineres deixam de ser liberados na data em que seu despacho é apresentado. Cargas que normalmente são desembaraçadas em 24 horas poderão ter de esperar até cinco dias pela autorização.

Já nas delegacias da Receita Federal, responsáveis pela arrecadação de tributos, passará a vigorar a operação Meta Vermelha, nas quais os auditores fiscais deverão executar apenas 50% de sua carga de trabalho.

Com a justificativa de conter a crise econômica, as medidas do Governo, criticadas pela categoria, incluem a quebra do acordo salarial firmado em lei (a recomposição prevista para 2018 e 2019 só será paga em 2019 e 2020), aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, salário inicial de R$ 5 mil para funcionários públicos com curso superior e congelamento das verbas indenizatórias.

Segundo os auditores, além das medidas que afetam todos os funcionários públicos, haveria ainda um agravante para os auditores relacionado à regulamentação de um bônus de eficiência, estabelecido pela Lei nº 13.464/17.

A TRIBUNA

porto_santos_2-650x294 (1)

Governo lança consulta sobre Novo Processo de Importação no âmbito do Portal Único

O governo federal realiza, a partir de hoje (21) e pelo prazo de 30 dias, consulta pública sobre o Novo Processo de Importação, no âmbito do Programa Portal Único de Comércio Exterior. A reformulação, que deve ser implementada até o fim de 2018, beneficiará mais de quarenta mil importadores.

A proposta, construída em estreita parceria com o setor privado, objetiva estabelecer procedimentos que darão maior eficiência e celeridade ao processo de importação, além de viabilizarem o controle mais eficaz e efetivo das operações.

As sugestões apresentadas por meio da consulta serão tecnicamente analisadas pela equipe técnica do Programa Portal Único de Comércio Exterior e, caso pertinentes, consideradas durante a próxima etapa do Projeto.

As propostas devem ser encaminhadas no formato “.doc” ou “.docx” para consulta@siscomex.gov.br. Clique aqui para mais informações.

O Novo Processo

Uma das novidades previstas no Novo Processo de Importação é a criação da Declaração Única de Importação (Duimp), que substituirá as atuais Declaração de Importação (DI) e Declaração simplificada de Importação (DSI).

Diferentemente do que ocorre hoje, a Duimp poderá ser registrada antes mesmo da chegada da mercadoria ao país e, em regra, de forma paralela à obtenção das licenças de importação. Conforme as informações sejam prestadas antecipadamente, procedimentos como o de gerenciamento de riscos poderão ser adiantados, garantindo maior celeridade ao fluxo da carga.

Para evitar redundância ou inconsistência na prestação de informações, a Duimp será integrada com outros sistemas públicos e também estará preparada para integração com sistemas privados. Desta forma, não será mais necessário que o importador acesse diversos sistemas.

O Novo Processo também apresenta benefícios para os importadores que realizam operações sujeitas a licenciamento. Será possível, por exemplo, o emprego de uma única licença para mais de uma operação de importação, ao contrário do que ocorre atualmente.

De maneira geral, os principais benefícios para os importadores são:
· Centralização num único local da solicitação e obtenção de licença de importação, sem a necessidade de o operador acessar outros sistemas ou preencher formulários em papel;
· Validação automática entre a operação autorizada (no módulo de licenciamento de importação) e os dados declarados na Duimp;
· Redução de tempo e burocracia nas importações com anuência;
· Flexibilização da concessão de licenças de importação em relação ao número de operações abrangidas;
· Diminuição do tempo de permanência das mercadorias em Zona Primária, com a consequente redução de custos das importações;
· Harmonização de procedimentos adotados pelos diversos órgãos da Administração Pública responsáveis pelo controle das importações.

Portal Único de Comércio Exterior

O Programa Portal Único de Comércio Exterior, principal iniciativa do governo federal para a desburocratização e simplificação do comércio exterior brasileiro, vem sendo construído de forma gradual e progressiva. O Novo Processo de Exportação já está disponível e sendo utilizado pelos
operadores privados. Conforme suas diferentes etapas são entregues, mais exportadores podem usufruir dos benefícios do novo processo, cuja implantação completa está prevista para o final deste ano.

(*) Com informações da Receita Federal

150622-porto-santos1

Movimento do Porto cresce 8,7% comparado com 2016

O Porto de Santos movimentou 85,4 milhões de toneladas de mercadorias entre janeiro e agosto. O volume é 8,7% maior do que o do mesmo período de 2016, quando 78,6 milhões de toneladas entraram ou saíram do País pelo cais santista.

Apenas no mês passado, o volume operado alcançou a marca de 12,3 milhões de toneladas, um crescimento de 15,8% em relação ao oitavo mês do ano anterior.

A informação é da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos. Entre janeiro e agosto, foram escoadas 62,1 milhões de toneladas, 6,8% a mais do que no mesmo período de 2016. Os desembarques totalizaram 23,3 milhões de toneladas, um incremento de 14,1%.

No movimento mensal, as exportações somaram 9 milhões de toneladas, um aumento de 17,4% em relação a agosto do ano passado. Já as importações atingiram 3,2 milhões de toneladas, alta de 11,4%.

Entre as cargas, houve uma queda de 9,8% nos embarques de açúcar, que somaram 2,1 milhões de toneladas. As exportações de café também registraram redução, desta vez de 18,5%, e alcançaram a marca de 88.596 toneladas.

Na contramão, o complexo soja, que inclui a mercadoria em grãos e farelos, registrou alta de 43,3%, somando 898.888 toneladas. Já o milho registrou um crescimento ainda maior, de 67,7%. Os embarques do produto somaram 2,9 milhões de toneladas.

A movimentação de contêineres registrou queda de 2,6%, na análise por unidades. Em agosto, 217.676 caixas metálicas entraram ou saíram do País pelo Porto de Santos. O volume operado em agosto do ano passado foi de 223.574 cofres.

Apesar da queda na movimentação mensal, as operações com contêineres registraram aumento de 3,5% no acumulado do ano. Nos oito primeiros meses do ano, 1,6 milhão de unidades foram movimentadas no cais santista. Na análise por TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés), o crescimento é maior, de 5,5%, atingindo 2,4 milhões de TEU.

Em agosto, 425 navios atracaram no Porto de Santos, uma alta de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2016. Já no acumulado anual, houve uma ligeira queda de 0,3%, que somou 3.218 atracações de cargueiros no cais santista.

Balança comercial

Na balança comercial, Santos segue na liderança, consolidando o total de US$ 68,1 bilhões nas operações com o mercado externo, com aumento de 9,8% em relação ao acumulado em igual período de 2016, e uma participação de 27,9% sobre o total brasileiro.

O aumento foi maior nas exportações, que subiram para US$ 39,6 bilhões, com incremento de 11,1%. As importações cresceram 7,9%, atingindo o total de US$ 28,5 bilhões.

O principal parceiro comercial do Porto foi a China, com US$ 4,42 bilhões em mercadorias importadas e US$ 5,94 bilhões em exportações.

As cargas operadas quanto ao valor no comércio exterior foram o óleo diesel, com US$ 662 milhões, nas importações, principalmente para os Estados Unidos. Nas exportações, as vendas de soja somaram US$ 5,24 bilhões, predominantemente para a China.

Fonte: A Tribuna

680-thc2-decisoes-divergentes

THC 2: decisões divergentes

Usuários dizem que taxa é indevida e terminais alegam que cobrança é legítima porque serviço é distinto

• Os usuários de portos tentam na Justiça abolir a cobrança do THC 2, taxa cobrada por terminais portuários pelo serviço no cais para recebimento e destinação de cargas importadas. Eles a consideram uma cobrança abusiva, enquanto os terminais alegam que a cobrança é legítima porque esse serviço é distinto de operações de carga e descarga. O tema é polêmico e tem decisões divergentes em tribunais regionais e instâncias superiores. Atualmente, tramita um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outro extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF).

161202-hamburg-sud-monte_azul

Hamburg Süd terá escala semanal regular do serviço da Ásia no Porto de Imbituba (SC)

A Hamburg Süd conta a partir de setembro com uma nova escala regular semanal do serviço Ásia 2 no Porto de Imbituba, em Santa Catarina. Atualmente, a escala deste serviço é realizada no Porto de Rio Grande (RS). O primeiro navio do Ásia 2 a escalar Imbituba será o Cap San Juan Voy 729, com previsão de chegada no dia 5 de setembro.

“Esta escala possibilitará uma maior abrangência do nosso serviço da Ásia, oferecendo mais opções operacionais para os exportadores e importadores do norte do Rio Grande do Sul e região sul de Santa Catarina. Mesmo com a saída do Ásia 2 de Rio Grande, a Hamburg Sud continuará atendendo os embarcadores daquele porto semanalmente via serviço Ásia 1”, explica Leonardo Silva, gerente da Hamburg Süd para a região Sul.

Segundo ele, o Porto de Imbituba está localizado em posição estratégica e permitirá que muitos embarcadores analisem seus custos operacionais e identifiquem novas oportunidades de redução de custos.

“Uma das estratégias da Hamburg Süd é prospectar novas rotas e portos que possibilitem alternativas interessantes aos nossos clientes. Hoje, somos o único armador regular de contêiner que escala o porto, com uma linha semanal da cabotagem, serviço que vem conquistando os embarcadores daquela região. Acreditamos no potencial de Imbituba e, por isso, o porto estará sempre em nosso radar”, enfatiza Silva.

Neste momento, a expectativa da companhia é consolidar a escala do serviço Ásia 2 em Imbituba. “Nosso parceiro Santos Brasil (Imbituba) e as autoridades portuárias estão engajados para o sucesso deste serviço. Certamente, ofereceremos a melhor opção para os importadores e exportadores da região”, complementa.

161214-porto-do-pecem-reavaliado

Pecém deve ter nova rota para a China em 2018

Administradora do Porto do Pecém, a Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos) espera firmar parceria com empresa de transporte marítimo até março de 2018 para a operação de uma nova rota até os portos de Xangai e/ou Hong Kong, na China, que seria feita pelo novo canal do Panamá, por onde passam os maiores navios cargueiros do mundo, chamados de Pós-Panamax.

A fim de atrair a companhia, a Cearáportos avalia reduzir tarifas de operação e tornar o negócio mais competitivo. As negociações com a empresa, cujo nome ainda não pode ser divulgado por questões estratégicas, vêm ocorrendo há cerca de seis meses. Em setembro próximo, um novo encontro entre representantes da Cearáportos e da operadora da nova linha deverá ser realizado na China.

O negócio é visto como um importante passo para transformar o Porto do Pecém em um hub port, um terminal portuário concentrador de cargas e de linhas de navegação.

A consolidação da parceria entre os portos do Pecém e Roterdã até o fim deste ano, visando à gestão compartilhada do terminal, também é fundamental para atrair outras rotas, não só da Ásia como de outros continentes, e consolidar o hub port.

Foco

De acordo com a diretora de desenvolvimento comercial da Cearáportos, Rebeca Oliveira, no atual momento, o foco da administradora portuária está em linhas para a Ásia, por ser mais viável economicamente.

“Estamos buscando essa importante rota, que beneficiaria muito o exportador e importador cearense, assim como o empresário nordestino em geral. As negociações estão avançando, buscamos firmar a parceria até março do ano que vem. Estamos de olho nos portos de Xangai e Hong Kong, mas o porto de Singapura também é outra alternativa”, afirma.

Segundo Rebeca, a partir da parceria, as viagens dos navios cargueiros para a China seriam reduzidas, em média, de 60 para 40 dias. Atualmente, as cargas do Porto do Pecém com destino à China saem de Santos, em São Paulo. “Ou seja, os exportadores e importadores ganhariam 20 dias com essa rota Pecém-China, algo que atrairia várias empresas ao nosso porto”, observa.

Esforços

O diretor de gestão empresarial da Cearáportos, Roberto Loureiro, destaca que o Porto do Pecém não mede esforços para atrair a nova rota para alavancar ainda mais a movimentação de cargas no terminal e beneficiar a economia do Estado.

“Caso seja necessário, vamos reduzir tarifas ligadas às operações portuárias para firmar parceria com essa empresa, seja nos serviços ligados à armazenagem, escaneamento e plugagem de contêineres”, diz, ressaltando ainda “a nova visão de gestão portuária que começa a ganhar força no Pecém, por meio do trabalho conjunto com Roterdã”.

Inauguração

Na última sexta-feira (18), foi inaugurada no Porto do Pecém a nova rota de exportação para a Europa. A linha, operada pela empresa suíça Mediterranean Shipping Company (MSC), atenderá os portos de Antuérpia, na Bélgica, Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Bremerhaven (Alemanha) e Le Havre (França).

A rota vai operar de agosto deste ano até o mês de fevereiro de 2018, período que marca a safra de frutas no Estado. A carga segue para a Europa em contêineres refrigerados. O Ceará e o Rio Grande do Norte são os principais exportadores de melão, melancia e banana. Já as uvas e mangas vêm, principalmente, da Bahia.

A expectativa é que, no pico da operação, o navio MSC Margarita movimente em torno de 1.300 contêineres por semana. Atualmente, a região norte da Europa, que será contemplada com o novo serviço, já é atendida com uma linha da Maersk, enquanto a Hamburg Süd atende ao mercado norte-americano.

Fonte: Diário do Nordeste

pneus

Acidente derruba 40 contêineres no mar e carga fica espalhada

Cerca de 45 contêineres caíram do navio mercante “Log in Pantanal”, que estava aguardando para entrar no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O acidente aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira (11) e interrompeu a navegação no canal do Porto.
Imagens obtidas pelo G1 mostram o trecho do acidente. Segundo testemunhas, alguns compartimentos chegaram a abrir por conta da força da maré e a carga ficou espalhada. Ainda não há informações sobre os produtos que eram armazenados nos contêineres que acabaram caindo no mar. A carga, porém, se espalha por dezenas de metros da região portuária.
De acordo com informações da Marinha do Brasil, a queda ocorreu entre 1h30 e 3h. Para evitar qualquer risco à navegação, o tráfego no canal do Porto de Santos foi interrompido. A navegação foi liberada completamente às 8h40.
A agência do navio foi acionada e um inquérito administrativo será instaurado para levantar as causas e responsabilidades. A Marinha do Brasil alerta aos navegantes para terem atenção na área. Os contêineres ainda não foram retirados do local.
De acordo com informações apuradas pelo G1, o navio operou na Embraport e voltou para a barra para aguardar autorização para seguir para a BTP. Já no local, a suspeita é que os contêineres tenham caído por conta da agitação do mar.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi notificada sobre a ocorrência e monitora junto com a autoridade portuária os procedimentos adotados para retirar os contêineres da água. O Ibama ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
Em nota, a Codesp confirmou que o acidente aconteceu por volta das 3h, fundeadouro 3 (na Barra), fora do Porto Organizado. Ainda em nota, a Codesp disse que Capitania dos Portos de São Paulo e a Praticagem farão levantamento para identificar o local exato da queda dos contêineres.
Ação de piratas
A Companhia Marítima da Polícia Militar Ambiental informou que as equipes estão no mar desde o início da manhã orientando tripulantes de embarcações quanto ao risco de acidentes na área onde houve a queda dos contêineres. O objetivo também é coibir a ação de piratas e verificar eventual dano ambiental.
As equipes orientam ocupantes de barcos de esporte e recreio, além de pescadores amadores, que geralmente não são da região. Além disso, a patrulha visa evitar furtos das mercadorias armazenadas nos contêineres, caso a caixa metálica seja rompida e os produtos permaneçam boiando.

150622-porto-santos1

Assoreamento já ‘esvazia’ navio no porto de Santos

O assoreamento do canal de navegação do Porto de Santos está obrigando os grandes navios de contêineres a operar com capacidade ociosa, devido ao risco de encalhamento. No dia 29 de junho, a saída de dois navios – um da Maersk e outro da MSC – teve de ser interrompida porque eles poderiam ficar retidos na entrada do porto.

A perda de profundidade levou à redução do calado máximo operacional em quase um metro, de 13,2 m para 12,6 m. Como resultado, as maiores embarcações que escalam o porto têm perda de 5 mil a 15 mil toneladas, dependendo do navio.

Com isso, os armadores já perderam cerca de US$ 23 milhões em receitas de frete entre o fim de junho e a sexta-feira passada. “A estimativa é conservadora, porque algumas empresas não passaram informações por questões estratégicas”, diz José Roque, diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação do Estado de São Paulo (Sindamar).

“O maior porto da América Latina não pode ter esse tipo de problema”, critica o principal diretor da Maersk na Costa Leste da América do Sul, Antonio Dominguez. A empresa calcula uma perda de 220 TEUs (contêiner de 20 pés) que deixam de ser carregados por navio.

Fonte: Valor

Fotos do Porto de Santos para o banco de imagens do site www.portodesantos.com.br

Porto de Santos aumenta calado operacional após dragagem

Uma semana após a redução do calado operacional (fundura máxima que os navios podem atingir quando totalmente carregados) do Porto de Santos de 13,2 para 12,3 metros, os esforços concentrados na dragagem do trecho 1 do canal de navegação surtiram efeito. Agora, embarcações com até 12,6 metros de calado poderão trafegar na região que vai da entrada da Barra até o Entreposto de Pesca.

De acordo com o capitão de mar e guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho, que é comandante da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), uma nova batimetria (levantamento de profundidade) foi entregue ontem pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o cais santista.

“Com essa análise, conseguimos ampliar o calado para 12,6 metros. O ganho é pequeno, de 30 centímetros, mas é resultado dessa dragagem já realizada durante esta semana”, explicou o comandante.
Até o final de julho, a Dratec Engenharia, empresa contratada pela Codesp para a manutenção das profundidades do Porto de Santos, deve concentrar os trabalhos apenas no trecho 1 do canal de navegação. A ideia é evitar o assoreamento (deposição de sedimentos, que torna o canal mais raso) naquela região.

Durante toda esta semana, usuários do Porto de Santos tentaram minimizar as perdas causadas pela redução do calado operacional do cais santista. Mas, de acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, os custos extras foram inevitáveis.

Prejuízos

Em uma semana, cerca de 7 mil contêineres deixaram de ser movimentados no Porto de Santos, segundo o executivo. Isto representa um prejuízo de cerca de US$ 16,1 milhões em frete para os armadores, o equivalente a R$ 52,8 milhões.

“Conforme informações obtidas, há navios que efetuaram escalas extras em Itaguaí e Sepetiba (RJ) para descarga de contêineres de importação. Isto aconteceu para a redução do calado, por conta das restrições do Porto de Santos”, explicou.

De acordo com o executivo, por conta da passagem não prevista em outros portos, somaram-se custos extras com combustível, atracação, serviço de praticagem e rebocadores, onerando mais ainda as operações e elevando os prejuízos.

“Há casos de armadores que cortaram entre 6 mil e 15 mil toneladas de carga de exportação. Isso causa prejuízos imensuráveis com os lotes deixados para trás, causando descontentamento para os clientes e provocando desgaste comercial”, destacou Roque.

Segundo dados do Sindamar, a cada centímetro a menos de calado, deixa-se de embarcar entre sete e oito contêineres. Com a redução atual, isso representa uma perda de carregamento de até 720 caixas metálicas ou 5 mil toneladas de carga por viagem.

Procurada, a Codesp não se posicionou sobre a mudança do calado operacional do Porto de Santos até o fechamento desta edição.

Fonte: A Tribuna