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Importações em queda livre levam o Brasil a ter superávit histórico no comércio com a China

Ainda faltam dois meses para terminar o ano, mas até o mês de outubro o Brasil praticamente igualou o maior saldo já obtido no intercâmbio comercial com a China e ao final do ano esse superávit, da ordem de US$ 11,524 bilhões obtidos em 2011 será ultrapassado com grande folga. De janeiro a outubro, o comércio bilateral gerou para o Brasil um saldo de US$ 11,443 bilhões.

O resultado foi alcançado graças a uma forte contração nas importações de produtos chineses, que desabaram 29,23% no período e totalizaram US$ 19,261 bilhões. Em contrapartida, as vendas brasileiras para o país asiático atingiram a cifra de US$ 30,710 bilhões, com uma queda de 2,08% comparativamente com o mesmo período de 2015. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Apesar de estar prestes a estabelecer o maior superávit na história do intercâmbio com os chineses, o Brasil estará ao final deste ano cada vez mais distante do fluxo de comércio exterior recorde com os chineses, registrado em 2013. Naquele ano, as trocas entre os dois países totalizaram US$ 83,330 bilhões, resultado de exportações brasileiras no montante de US$ 46,026 bilhões e embarques chineses no total de US$ 37,303 bilhões.

No tocante às exportações, foram registradas quedas nas vendas de produtos básicos (-2,5% para US$ 25,19 bilhões) e de semimanufaturados (-2,9% para US$ 3,84 bilhões). Já os produtos manufaturados tiveram uma alta de 7,9% para US$ 1,67 bilhão. Os produtos básicos foram responsáveis por 82,0% das vendas aos chineses, os semimanufaturados tiveram uma participação de 12,5% e os manufaturados contribuíram com 5,42% da receita total.

As exportações brasileiras foram lideradas pela soja, mesmo triturada, no total de US$ 14,1 bilhões (participação de 46%), seguida pelos minérios de ferro, com receita de US$ 5,61 bilhões e participação de 18%, pelo petróleo, responsável por vendas no total de U?S$ 3,3 bilhões (participação de 11). Entre os produtos industrializados, destaque para as exportações de celulose, que geraram receita de US$ 1,74 bilhão e com uma participação de 5,7% em todo o volume exportado pelo Brasil para a China até o mês de outubro.