Apresentar as vantagens e oportunidades de negócios com a África frente a outros mercados e disseminar a cultura exportadora para o continente africano. Estes são os objetivos principais do seminário “SACU: Oportunidades de Negócios entre Brasil e África”, que a A Thomson Reuters e a Câmara de Comércio Afro-Brasileira (AfroChamber) promovem nesta terça-feira (16), a partir das 9h, no hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo.
O encontro terá a presença dos mais influentes gestores e decisores do segmento de Comércio Exterior no Brasil. A ação tem como objetivo disseminar a cultura exportadora para o continente africano e apresentar as vantagens e oportunidades de negócio com a África frente a outros mercados.
Em um cenário de economia instável, onde o comércio exterior se tornou uma alternativa importante para manter o ritmo de produção e de comercialização das companhias, a África surge como um mercado com enorme potencial, mas que ainda não entrou na rota dos principais players do Brasil.
Com o objetivo de estimular as exportações para o continente, o Mercosul já mantém, desde abril, um acordo com a SACU (União Aduaneira da África Austral) que prevê a concessão mútua de preferências tarifárias e estabelece o aumento de demanda de importação e exportação entre os mercados. Consequentemente, o produto brasileiro passa a ser mais competitivo em relação a de outros países, como os europeus, por exemplo.
Para o especialista em Tratados de Livre Comércio na Área de Negócios de Comércio Exterior da Thomson Reuters, Marcos Piacitelli, “o acordo vai garantir ao Brasil maior competitividade em diversos setores, tais como automotivo, têxtil, siderúrgico, químico e de bens de capital, na qual hoje a exportação brasileira já é composta, em sua grande maioria, por bens industrializados destes mencionados segmentos”, afirma.
O comércio bilateral com os países da África Austral (bloco integrado pela África do Sul, Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia) sempre foi superavitário para o Brasil. Em 2015, as exportações para esses países africanos totalizaram US$ 1,365 bilhão, enquanto as vendas do bloco brasileiras atingiram a cifra de US$ 645 milhões, gerando para o país saldo de US$ 720 milhões.
Este ano, o intercâmbio com a SACU enfrenta quedas semelhantes àquelas registradas no comércio do Brasil com seus principais parceiros comerciais. De janeiro a julho, as exportações brasileiras somaram US$ 748 milhões, com uma retração de -749% e as vendas do bloco africano registraram uma forte contração de -50,44% para US$ 204 milhões.