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Dezesseis fatos e dados da relação Brasil-EUA, segundo levantamento da Amcham Brasil

Maior Câmara Americana, entre 114 existentes fora dos Estados Unidos, a Amcham desenvolve, há 97 anos, a aproximação da relação bilateral Brasil-EUA, acompanhando e trabalhando as pautas que envolvem essa agenda.

Levantamento recente da Amcham, aponta 16 fatos econômicos e políticos, e também dados.

Confira a lista completa abaixo, e também matéria completa com comentários da CEO Deborah Vieitas com perspectivas sobre a relação bilateral.

1) O Brasil passou por um processo recente de mudança de Governo. Os EUA passam a ter um novo Governo em 20/01 . É um momento propício para retomada de assuntos importantes para as relações políticas e econômicas entre os dois países

2) O Brasil é um parceiro histórico dos EUA e sempre foram aliados na configuração da geopolítica mundial

3) As relações econômicas, comerciais e empresariais sempre evoluíram independente de questões de conjuntura política

4) A parceria econômica entre Brasil e Estados Unidos deve ser entendida como um “jogo” de soma positiva para ambos os lados. Os dados de fluxos de investimentos diretos, a importância e qualidade da pauta comercial e, a perspectiva de indicadores positivos para os dois países em potenciais acordos, exemplificam isso

5) De acordo com dados do Banco Central, os Estados Unidos continuam a ser o país com maior volume de Investimento Externo Direto (IED) no Brasil, com estoque no valor de US$ 116 bilhões, até 2013 (último dado disponível)

6) Em 2014, o BACEN estimou que teriam ingressado no Brasil aproximadamente US$ 8,5 bilhões de Investimentos Estrangeiros Diretos provenientes dos EUA

7) O Brasil é o maior destino de investimentos dos EUA na América do Sul.

8) As subsidiárias de empresas brasileiras exportam, a partir dos EUA, cerca de US$ 5,6 bilhões em produtos e serviços para outros países

9) Mais de 7 mil empresas brasileiras exportam produtos e serviços para os EUA (Fonte: Secex)

10) Principais itens da pauta de exportações do Brasil para os EUA em 2016 (por ordem decrescente de valores): Máquinas mecânicas; Aviões; Ferro e Aço; Combustíveis; e Café

11) O Brasil ocupa a 17ª posição mundial no ranking geral de importações dos EUA, com US$ 28 bilhões, representando 1,2% do total

12) O fluxo de investimentos diretos dos EUA no Brasil cresceram a uma taxa anual média de 7,67% entre 2010 e 2016 (até nov)

13) O fluxo de investimentos diretos do Brasil nos EUA cresceu a uma taxa média anual de 6,5% entre 2010 e 2016 (até nov)

14) O crescimento dos ativos brasileiros nos Estados Unidos foi de 221% entre 2007 e 2012

15) Os ativos norte-americanos no Brasil tiveram um crescimento de 37%, atingindo US$ 283 bilhões em 2012

16) Destaque para o fato de que o valor investido pelos Estados Unidos no Brasil representa 53% do total de ativos do país na América do Sul em 2012

Com informações da Amcham

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Impacto do Brexit será pontual ou indiferente

O impacto do Brexit, a saída do Reino Unido do bloco europeu, será pontual/neutro ou indiferente na visão de 64% dos empresários brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham). A entidade ouviu 113 executivos e diretores de empresas de vários portes e segmentos, durante a realização do evento “Amcham: O que o Brexit significa para o mundo e o Brasil?” promovido em São Paulo, no último dia 6/7.

Para 43% deles, o divórcio na Europa causará uma instabilidade apenas a curto prazo, seguida de manutenção do cenário atual. Outros 21% informaram acreditar que o processo terá baixo efeitos e impactos significativos nas operações brasileiras das empresas ou na economia.

Sobre possíveis efeitos negativos, mesmo que pontuais, os executivos avaliam com mais força três cenários: 1) cambial, com incertezas e maior volatilidade das moedas (31%); 2) imigratórios ou alfandegários, com novas regras para entradas de pessoas ou produtos no Reino Unido (29%); e 3) político, trazendo dificuldades nas relações com os países europeus (20%).

Efeitos positivos

Analisando amplamente, a maioria (54%) dos consultados pela Amcham enxergam efeitos positivos, especialmente, quando se fala na possibilidade de um maior relacionamento comercial Brasil-Reino Unido, em virtude, de possíveis acordos individuais e abertura de novas frentes de negociação, especialmente, para a cadeia agrícola.

Uma parcela de 21% dos entrevistados enxergam também vantagens na atração de capital, com fuga do risco da Europa e investidores buscando novamente mercados emergentes como o Brasil. Sobre possíveis setores que podem/devem ser beneficiados no Brasil foram listados: agrícola (61%); financeiro (35%); indústria (31%); e serviços (30%).

Sobre o Mercosul a perspectiva é mais negativa. Para 43%, o Brexit trará maior burocratização e novos empecilhos as negociações do bloco brasileiro com os países europeus restantes. Outros 29% acreditam que serão mantidos as dificuldades e rodadas de negociações já existentes.

Brexit: resultado da lentidão comunitária

Apesar do cenário, a maioria (58%) dos gestores brasileiros ainda não enxergam a decisão britânica como uma tendência de desglobalização do mundo. Na visão de 45%, o principal fator que pesa na decisão é a lentidão da burocracia comunitária de negociações em bloco, com poucas vantagens comerciais.

Outros fatores apontados como causa da decisão foram: o medo e receio do terrorismo global (27%) e maior desejo dos países de verticalizar as atividades produtivas, com priorização na produção local e menos intenção da inserção global (26%).

A pesquisa

A enquete foi aplicada durante o evento promovido pela entidade, em São Paulo, no último dia 6/7. A Amcham ouviu 113 empresários e executivos brasileiros dos maiores variado portes e segmentos econômicos. O conteúdo completo sobre o evento Amcham está disponível no www.amcham.com.br. Palestraram no encontro Roberto Gianetti da Fonseca, o diplomata Marcos Troyjo, o encarregado comercial da Embaixada Britânica e time de professores da USP, Insper e FAAP.

Fonte: Amcham