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Setor aquaviário prevê perdas de R$ 3 bilhões com paralisação da Hidrovia Tietê-Paraná

A paralisação do transporte de carga na Hidrovia Tietê-Paraná iniciada nesta sexta-feira (27) deve gerar perdas de R$ 3 bilhões para o setor, afetando principalmente a produção agrícola, segundo o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros.

Em 2020, mesmo com a pandemia foram transportados 2,1 milhões de toneladas de produtos como milho, soja, cana-de-açúcar e adubo pelos 2,4 mil quilômetros da hidrovia que liga seis estados de três regiões do país.

Para este ano, a expectativa era um aumento de 10% a 15% em relação aos anos anteriores. Mas a estiagem derrubou a previsão de crescimento.

O Rio Tietê, ponto de partida, precisa ter no mínimo, 2,20 metros de profundidade para a barcaça navegar. Com o nível mais baixo, pelo menos 30 embarcações ficaram ancoradas no Porto Pederneiras (SP) e 80% dos trabalhadores já foram demitidos. O sindicato das empresas que operam na hidrovia já calcula os prejuízos.

“O impacto para esse ano já, diretamente entre produtores e empresas que dependem do setor, estamos calculando em R$ 3 bilhões, mais ou menos, pra esse final de ano agora, daqui até dezembro”, explica o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, Luizio Risso.

Do terminal em Pederneiras são feitas as transferências das cargas para os trens que deveriam seguir até o porto de Santos, mas com avanço da estiagem está tudo parado.

Sem a hidrovia, as estradas são a saída para as empresas do agronegócio. Uma alternativa mais cara, um comboio de quatro barcaças viaja com seis mil toneladas de carga. Para transportar essa quantidade por terra, seriam necessárias 162 carretas.

A partir de agora, as empresas terão que arcar com os custos desse transporte por rodovias até o porto de Santos.

“Na verdade esse custo a mais, ele vai entrar pra nós no nosso custo logístico, porque os contratos já estão fechados para exportação dos produtos e acaba impactando no nosso custo final”, explica Jean Salgado, gerente de logística de uma das empresas que utilizam o porto intermodal.

O transporte pela rodovia é 50% mais caro e tem reflexo direto na exportação agrícola do país, como explica o economista Reinaldo Cafeo.

“Torna menos competitiva a exportação brasileira. Porque a cotação internacional em dólar não vai compensar e problemas internos de transporte, ou seja, todos perdem nessa cadeia”.
Em julho, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, já havia antecipado que, a partir de agosto, a hidrovia Tietê-Paraná poderia ter a movimentação de cargas interrompida em função da necessidade de reservar recursos hídricos para a geração de energia elétrica.

A medida afeta a logística do agronegócio, impedindo escoamento de grãos e subida de insumos pelos rios. E isso pode chegar até o consumidor, já que a alternativa rodoviária é mais custosa para o produtor rural.

Com o movimento limitado, as empresas de transporte aquaviário estão demitindo os trabalhadores. Segundo a Administração Geral dos Portos, 80% dos funcionários do porto de Pederneiras já foram dispensados.

Essa não é a primeira vez que o transporte pela hidrovia é paralisado. Na crise hídrica de 2014, a hidrovia ficou parada por dois anos. O operador pórtico Pedro Paulo de Oliveira Júnior trabalhava no porto em Pederneiras nesta época e foi demitido. Em 2016, ele foi recontratado e agora, com o novo fechamento, voltou a ser desligado.

“É uma situação difícil, é a segunda vez que passo por isso. E a gente que é casado, pai de família, depende desse serviço para pagar o aluguel, é complicado. Estou na luta, entregando currículo, atrás de um emprego”, lamenta.

Na manhã desta sexta-feira (27), o porto intermodal recebeu a última barcaça antes da paralisação das operações de transporte de carga pelo rio. A barcaça saiu do Porto de São Simões, em Goiás, carregado com farelo de soja.

Após o transbordo, finalizado neste sábado, a barcaça foi estacionada no porto junto com as demais que já estavam paradas desde julho. Apenas 10% das embarcações estavam em operação e com a capacidade reduzida em 30% de carga.

A capacidade de carga delas foi reduzida para poder navegar pelo trecho do Tietê, que está no nível mínimo, 2,20 metros de profundidade. A interrupção foi uma decisão das empresas que operam no porto, que já haviam previsto a paralisação para esse fim de semana.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano de Pederneiras, Paulo Fernando Sampaio Galvão Filho, por conta da baixa carga permitida por barcaça, diante do baixo nível do rio, a operação ficou inviável financeiramente, o que levou o setor a optar pela paralisação.

O secretário ressalta que, apesar dessa paralisação do transporte de cargas, o porto intermodal de Pederneiras segue tecnicamente em condições de operação e que a paralisação é uma opção financeira das empresas.

A hidrovia Tietê-Paraná é uma das principais vias de escoamento da produção agrícola dos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte re Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.

Ela tem 2,4 mil quilômetros de extensão, e liga o porto de São Simão, em Goiás, ao Porto Intermodal de Pederneiras, no Centro-Oeste Paulista. No porto intermodal é feito o transbordo e os produtos seguem de trem até o porto de Santos.

Fonte: PORTOS E NAVIOS

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Terminal de Meishan, no porto de Ningbo, é reaberto na China, mas logística ainda preocupa

Depois de duas semanas fechado, o terminal de Meishan, no porto de Ningbo, na China, foi reaberto. As operações retomaram a normalidade nesta quarta-feira (25), de acordo com informações da Bloomberg, trazendo certo alívio às cadeias logísticas que passam por um momento bastante complicado, já que este é o segundo porto mais movimentado do mundo e o terceiro para cargas transportadas em contêineres. O terminal ficou fechado em função da confirmação de um caso de Covid-19 entre seus colaboradores.

Ainda de acordo com informações da agência internacional de notícias, cerca de cinco navios porta-contêineres já deixaram Meishan nos últimos dias e alguns já estão atracando no terminal, como mostra a imagem abaixo, com as embarcações Taurus e Kota Machan. O retorno ainda é gradual, porém, funcionários do porto acreditam que “muito em breve” a totalidade dos serviços deve ser restaurada.

Em maio, o porto de Yantian, na China, também já havia sido fechado por conta de casos da Covid-19. E diante dessa demanda maior, “mesmo um fechamento limitado de parte de um porto é caro para compradores e transportadores”, relata a Bloomberg ao ouvir especialistas em logística internacional.

Os atrasos e congestionamentos nas rotas marítimas continuam e se agravaram bastante durante estes 15 dias em que Meishan esteve fechado. Afinal, as exportações chineses batem recordes diante de um aumento da demanda global – dada o início da retomada econômica com um quadro mais ameno da pandemia – e de um período que antecede uma temporada forte de compras antes da Black Friday e das festas de final de ano.

“Recentemente, os portos estão ficando mais congestionados na China, já que o governo pediu um controle mais rígido em todos os procedimentos de operação devido a alguns novos casos Covid-19 aqui e ali. Mas o impacto de Meishan será menor do que o que aconteceu em Yantian anteriormente”, disse à Bloomberg Du Yu, gerente geral da consultoria de navegação Drewry, em Xangai.

O gráfico abaixo mostra a movimentação de contêineres nos portos chineses – na linha preta – e separada por portos, entre os mais movimentados, nas linhas coloridas.

Diante do quadro atual e de uma crise que já dava sinais no início da pandemia, em 2020, as taxas de contêineres já apresentam uma alta superior a 200% se comparada com o mesmo período do ano passado. Uma rota de Xangai a Los Angeles chega a US$ 11 mil. O valor é recorde e preocupa inúmeros setores no mundo todo.

“Desde o início da utilização de contêineres no shipping, o mercado nunca havia chegado ao patamar que chegou. Hoje no rate spot já é possível identificar frete de 20.000 USD por FEU (Ásia/Europa), enquanto que em 2015/2016 o frete spot girava em 200/300 USD per teu na mesma rota”, explica Larry Carvalho, advogado e árbitro em litígios e ênfase em transporte marítimo.

Carvalho explica que o atual momento preocupante da logística e mais especificamente a indústria marítima, é consequência de um acúmulo de problemas.

“As altas taxas de frete de containers são impulsionadas pela falta de boxes e espaço, que por sua vez são impulsionadas por uma confluência sem precedentes da demanda dos EUA por frete (devido a nova realidade do Supply Chain). De outro lado, temos a interrupções no lado da oferta: congestionamento dos principais portos, trabalhadores portuários e marítimos infectados por COVID, resultando em quarentena em navios e em portos/terminais (Yantian). Além disso, a bruxa parece que está solta no Shipping, portanto, temos embarcações encalhadas, embarcações retidas devido a quarentenas. Além de todo o recente desafio de embarcações ficando presas em canais, derrubando containers no mar ou pegando fogo”, diz.

Com informações da Bloomberg

Fonte: Notícias Agrícolas
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Indústria de café solúvel do Brasil passa a projetar queda nos embarques em 2021

SÃO PAULO (Reuters) – As exportações brasileiras de café solúvel atingiram 2,21 milhões de sacas de 60 kg no acumulado do ano até julho, queda de 7,4% ante o mesmo período de 2020, e a indústria do setor passou a projetar queda nos embarques em 2021, disse nesta quarta-feira a associação Abics.

O recuo ocorre em meio a altas nos preços internos do produto, diante de problemas gerados pelas geadas para a próxima safra, e persistentes entraves logísticos que dificultam os embarques, acrescentou a Abics.

O desempenho negativo nas exportações dos sete primeiros meses do ano quebra uma sequência de elevações observada neste intervalo desde 2017, mostraram os dados.

“Esse recuo se deu em função, principalmente, da elevação dos preços do café no mercado interno e problemas logísticos de escassez de contêineres e navios se tornando rotineiros, com picos de agravamento pontuais e que perduram até hoje”, disse em nota o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima.

Segundo o levantamento da entidade, o país chegou a registrar um primeiro quadrimestre com exportações crescentes em 2021, mas o desempenho começou a declinar a partir de maio, no comparativo anual.

Para Lima, formou-se um novo panorama no mercado com adversidades que incluíram clima, logística, elevação de custos e câmbio.

“Com essa mudança de tendência (a partir de maio), o setor de solúvel reviu seus números para uma possível queda considerável no volume embarcado em 2021 frente a 2020, interrompendo três anos de evolução contínua”, disse Lima.

Anteriormente, disse ele, o setor chegou a projetar a possibilidade de até 3% de aumento nos embarques, avanço que passou a ser descartado.

O cenário é oposto ao verificado em 2020, quando a chegada da pandemia do novo coronavírus contribuiu para o avanço na demanda internacional pela bebida e o país se tornou mais competitivo.

No ano passado, as exportações superaram 4 milhões de sacas de 60 kg, e o produto industrializado foi enviado a mais de 100 países. A receita cambial obtida no ano atingiu aproximadamente 600 milhões de dólares.

Quanto aos problemas climáticos –primeiro uma seca e, na sequência, geadas– Lima afirmou que eles afetaram a produção brasileira de café, desencadearam uma disparada nos preços nacionais e internacionais, e deixaram um clima de incerteza para as negociações.

Em junho, o Brasil começou a ser afetado por geadas e no mês seguinte foi atingido pela pior onda de frio desde 1994, que elevou o preço dos grãos de café verde ao nível mais alto em quase sete anos, gerando custos que poderiam ser repassados ao longo da cadeia.

“(Isso) dificulta a comercialização e causa arrefecimento da demanda em determinados mercados”, pontuou.

Com o encerramento da colheita brasileira de café ocorrendo normalmente no segundo semestre de cada ano, as indústrias nacionais de café solúvel iniciam o período de comercialização mais intensa com os clientes mundiais, visando o ano seguinte.

“Geralmente a comercialização de café solúvel é realizada com antecedências que variam de quatro a 18 meses, o que determina que as indústrias precisam, para não correr riscos, travar seus preços, em boa parte, com a aquisição física de matéria-prima”, explicou o executivo.

“E é a partir da leitura mais lenta e desaquecida dessas comercializações que passamos a rever nossas projeções, inclusive para 2022, acendendo o sinal de alerta para o setor.”

Além disso, Lima afirmou que há cenários apontados por especialistas de um provável “caos logístico”, com falta de navios que deverá se estender até 2022, o qual já afeta, inclusive, as exportações de café em grãos.

FONTE : REUTERS .

Ningbo-Zhoushan

China fecha porto por covid e causa engarrafamento de 350 navios

 

 

 

 

O fechamento de um terminal no terceiro porto de contêineres mais movimentado do mundo é o mais novo sinal de que uma nova turbulência no transporte marítimo mundial pode ocorrer. O episódio levanta temores de novas filas de embarcações, como as vistas quando o navio Ever Given encalhou no Canal de Suez, em março, bloqueando uma das hidrovias mais importantes para o comércio mundial.

De acordo com o jornal Financial Times, um surto de coronavírus levou a uma paralisação parcial do porto de Ningbo-Zhoushan na semana passada, e a suspensão do transporte de contêineres de entrada e saída reduziu a capacidade do porto em um quinto.

Com isso, cerca de 350 navios porta-contêineres estão esperando fora dos portos para seguir viagem, de acordo com a VesselsValue, que monitora o tráfego de embarcações do mundo.

A diferença para o caso do Ever Given é que a fila, na ocasião, era concentrada em um único ponto, no Canal de Suez. Agora, as embarcações estão paradas em diferentes portos, esperando sinal verde para seguir rumo ao terminal chinês

Frete 10 vezes mais caro

O congestionamento elevou a capacidade ociosa da frota global para 4,6%, acima dos 3,5 % no mês passado, de acordo com dados da Clarksons Platou Securities.

O engarrafamento de cargueiros já se refletiu sobre os preços do frete, que dispararam para cerca de US$ 15.800, considerando o transporte de um contêiner de 40 pés da China para a costa oeste dos EUA — um salto de dez vezes em relação ao nível pré-pandemia, de acordo com o provedor de dados Freightos.

O movimento de alta nos preços já vinha ocorrendo desde o início da pandemia e piorou com o encalhe do Ever Given. O navio voltou a navegar em julho, após quase quatro meses engalhado.

Lars Mikael Jensen, chefe da rede oceânica global da Maersk, o maior grupo de transporte de contêineres do mundo, disse que a situação não tem mostrado sinais de melhora desde o surgimento da variante Delta da Covid.

Gargalo no setor de móveis

O aumento explosivo dos fretes, combinado com atrasos no fornecimento, terá consequências significativas para a cadeira de suprimentos global, segundo John Glen, economista-chefe do Chartered Institute of Procurement and Supply.

Embora ele tenha enfatizado que o fornecimento da maioria dos bens ainda era “suficiente, senão abundante”, havia problemas específicos para produtos volumosos e de baixo valor, como espuma para fornecedores de móveis e luzes de fada.

“Agora é o ponto crítico para o abastecimento da Europa na época do Natal”, disse Glen ao jornal britânico, acrescentando que a escassez prevista de produtos sazonais aumentaria a inflação porque “não há solução de curto prazo e o problema não vai desaparecer logo”.

O surto de Covid no porto chinês se segue a outro surto registrado em maio, que levou a um fechamento de três semanas do terminal de Yantian, em Shenzhen, e criou efeitos colaterais no transporte marítimo internacional, agravando a falta de peças em alguns setores.

A reportagem do FT lembra que as interrupções no fornecimento começaram no segundo semestre do ano passado, depois que a demanda por produtos despencou com o agravamento da pandemia e as transportadoras cortaram as viagens.

Mas os consumidores começaram a encomendar produtos online a um ritmo sem precedentes, criando gargalos de produção e no transporte.

Ameaça ao comércio global

Além dos setores mais afetados, como automotivo e têxtil, um número crescente de empresas relata que está tendo dificuldade em atender a demanda e lutando contra as pressões para aumentar os preços.

Na Europa, esses efeitos já podem ser vistos na fraca produção industrial durante o verão.

“As interrupções na cadeia de suprimentos provavelmente afetarão a produção industrial da zona do euro por algum tempo”, afirmou George Buckley, economista-chefe do Reino Unido e da zona do euro da Nomura, em entrevista ao jornal britânico.

Toda esta situação tem um custo e, para muitas pequenas empresas tornou-se uma questão de sobrevivência, principalmente para países em desenvolvimento que abastecem os mercados ocidentais.

“Acho que é a maior ameaça que a economia enfrenta no momento. Está apenas começando a incomodar”, ressaltou Philip Edge, executivo-chefe da Edge Worldwide Logistics, uma transportadora de cargas com sede em Manchester.

FONTE : EXAME

Mitsubishi nomeia duas novas revendas em Manaus

De olho no potencial de crescimento da demanda por motores a diesel no Norte do País, a divisão de motores marítimos da Mitsubishi está ampliando suas operações na região. A empresa nomeou duas novas revendas em Manaus, no Amazonas, a RB Coimbra e a Riomor com o objetivo de fortalecer a área de pós-venda.

As duas novas revendas, assim como a própria Mitsubishi Marine, apostam no crescimento do mercado de motores marítimos na região Norte por causa da conclusão das obras do trecho da rodovia BR-163 que faz a ligação entre os estados de Mato Grosso (Sinop) e Pará (Mirituba).

Rodrigo Teixeira, líder da divisão marítima da Mitsubishi, destaca ser esse um importante canal de transporte de grãos. “Com o previsto aumento do movimento na BR-163, os portos da região Norte, como o de Santarém, tendem a ganhar competitividade em relação aos do Sul, com tendência de migração dos barcos menores para os maiores, favorecendo os segmentos nos quais atuamos”.

fonte : portos e navios

Seca já afeta transporte na hidrovia Tietê-Paraná

 

A seca sobre a bacia do rio Paraná já afeta as operações em uma das principais hidrovias do país, que tem papel importante no escoamento de grãos do Centro-Oeste até o porto de Santos, em São Paulo. Operadores logísticos temem que o tráfego seja interrompido ainda este mês.

Com águas mais baixas, as barcaças que trafegam na hidrovia Tietê-Paraná já não conseguem operar com plena capacidade. Há o risco de não conseguirem passar pelo pedral de Nova Avanhandava, no rio Tietê, hoje o principal gargalo da rota.

O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo vem reduzindo gradativamente o calado máximo das embarcações, o que afetou também o número de comboios em operação. Entre janeiro e maio, foram 24. Atualmente, apenas dez estão trafegando na hidrovia.

“O problema afeta diretamente o transporte da produção agrícola do Brasil”, disse, em nota, o departamento. Segundo estatísticas do governo paulista, em 2020 passaram pela hidrovia 6,16 milhões de toneladas de carga.

“A hidrovia não está inoperante. As empresas operam abaixo do limite da carga nas barcaças”, explica a prefeitura de Pederneiras (SP), a 320 quilômetros da capital, cidade que sedia um terminal de transbordo de grãos entre barcaças e a ferrovia da MRS, que vai ao porto de Santos.

A prefeitura diz, porém, que os operadores instalados no município já falam em paralisação no próximo dia 20, caso o cenário hidrológico não apresente sinais de melhora.

Uma delas, a Louis Dreyfus, disse que “considera fundamental que os órgãos responsáveis encontrem soluções que possam garantir as condições de operação ininterrupta e uso compartilhado da água, inclusive a navegação, mesmo em períodos de volumes de água mais baixos”.

O governo federal já trabalha com a possibilidade de interrupção do fluxo. Para gerenciar as vazões no rio Paraná, a Creg (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) autorizou a redução da cota mínima do reservatório de Ilha Solteira, que é parte da hidrovia, para 324,80 metros.

O valor está abaixo dos 325,40 metros considerados como cota mínima para operação da rota, que liga produtores de Goiás e do oeste de Minas Gerais a São Paulo pelos rios Paranaíba, Paraná e Tietê. Em setembro, a cota será reduzida a 323 metros.

A região, que passa pela pior seca desde que os registros começaram a ser feitos, é também de fundamental importância para o setor elétrico, já que os reservatórios de suas hidrelétricas concentram dois terços da capacidade de armazenamento de energia do subsistema elétrico Sudeste/Centro-Oeste.

Nesta segunda (9), segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o nível médio dos reservatórios desse subsistema chegou a 28,87% –a expectativa é que o valor fique abaixo dos 10% no fim do ano.

A hidrovia foi totalmente paralisada na última grande crise hídrica do país, entre 2014 e 2015, com prejuízo estimado pelo Departamento Hidroviário em pelo menos R$ 700 milhões, considerando aumento no custo do frete, demissões, suspensão de investimentos e custos portuários.

“É por isto que a Secretaria de Logística e Transportes entende que é importantíssimo mudar a matriz energética do país para diminuir a dependência das hidrelétricas”, disse, em nota, o órgão estadual.

“A Secretaria acredita que tem faltado uma ação mais firme de planejamento para atenuar o problema, que é recorrente e vem se agravando em períodos mais recentes.”

A crítica encontra eco entre especialistas do setor elétrico, que classificam como negacionista a hesitação do governo em adotar medidas de redução do consumo de energia. Um programa de economia voluntária por indústrias foi anunciado só no início de agosto, mas ainda não está operacional.

Para residências e comércio de pequeno porte, o incentivo à economia ainda está sendo estudado pelos órgãos do setor elétrico.

Considerado o principal gargalo da hidrovia atualmente, o pedral de Nova Avanhandava começou a ser implodido no início do ano, mas a obra ainda não foi concluída. Quando chegar ao fim, o investimento vai permitir a operação das barcaças em cotas menores do que a atual.

Em janeiro, o governo de São Paulo lançou um plano diretor para a hidrovia, com propostas de investimentos para permitir o tráfego de comboios de até 9.000 toneladas pela hidrovia, que hoje comporta apenas 6.000 toneladas. Comboios maiores, diz, poderiam reduzir o custo de transporte em até 20% por tonelada.

Fonte : portosenavios

PANDEMIA AMPLIA COMÉRCIO ENTRE BRASIL E CHINA

TERMINAL SANTOS BRASIL, NO PORTO DE SANTOS FOTO: GERMANO LUDERS 10/03/2010

“O ano de pandemia coloca a China, ainda mais, como o principal mercado para o comércio exterior com o Brasil. Nos dez primeiros de 2020 a soma de negócios entre os dois países já ultrapassou US$ 85 bilhões (US$ 58,4 bi exportação e US$ 27,4 bi importação). A soja está entre os principais produtos exportados e houve também um significativo aumento da venda de proteína animal.

Até pouco tempo, os Estados Unidos ocupavam o primeiro lugar em comércio com o Brasil, mas a China ultrapassou. Apesar das restrições geradas pela Covid-19, que mudou a posição política e a imagem da China no mercado mundial, o fato é que o Brasil produz muita proteína animal e vegetal e o maior consumidor de proteína no mundo é a China, com uma população de 1,4 bilhão de pessoas.

Além do Brasil, EUA e Rússia são os maiores produtores de proteína vegetal e animal do mundo, em especial a soja e cereais usados para a alimentação de bovinos e suínos, o que gera um superávit expressivo possibilitando a venda para o país asiático em grande escala.

Comércio exterior ainda carece

Mas mesmo com esse crescimento e com a produção brasileira batendo recordes, alguns especialistas acreditam que o Brasil exporta e importa pouco e que 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro relacionado ao comércio exterior é um número ainda baixo. No quesito importações, por exemplo, de janeiro a outubro deste ano, os US$ 27,4 bi são inferiores aos US$ 30 bi importando no mesmo período de 2019.

Os valores da balança comercial brasileira demonstram essa realidade. Nos dez meses de 2020 as exportações foram menos 7,9% em comparação com o ano passado, e as importações, menos 15,9%. Foram US$ 174,1 bi (2020) frente US$ 189,1 bi (2019). Quando se fala em importados, foram US$ 126,7 bi (2020) contra US$ 150,6 bi (2019).

Para Rogério Marin, presidente do Sindicato da Empresas de Comércio Exterior de Santa Catarina (SindiTrade) e diretor da Tek Trade, uma das maiores do ramo de importação e exportação no estado, houve o fator Covid-19, obviamente. Mas também “faltou ao Brasil mais pesquisas, se informar melhor e educar os envolvidos sobre a importância do comércio exterior e como isso aumenta os preços dos produtos no mercado interno”.

“Os grandes países exportadores são também grandes importadores. O Brasil ainda exporta pouco e importa pouco. E o desequilíbrio na balança traz consequências. O Brasil exportou tanto que não sobrou para o consumo interno”, analisou Marin. Ele lembrou que o Brasil vendeu mais do produziu, estando com 60% de suas safras de 2021 já vendidas e 30% das de 2022.

“Como comida e insumos agrícolas são sempre necessários no mundo, o Brasil mostrou ter força e foi menos afetado do que outros países, mesmo com a pandemia tendo desorganizado toda a cadeia de produção e a logística mundial. Mas se tivéssemos mais organização e o governo atrapalhasse menos, poderíamos ter crescido muito mais”, disse, lembrando os gargalos de infraestrutura em território nacional. De acordo com ele, há uma ineficiência do sistema logístico brasileiro, fazendo com que o Brasil perca muito da sua produção.

“O governo tem que sair da frente e deixar que a iniciativa provada construa ferrovias e melhore as rodovias. É preciso criar um marco regulatório estável e interessante, por exemplo, para as ferrovias. A infraestrutura é o maior limitador de crescimento. E tem que melhorar também a comunicação, com mais tecnologia nesse sentido”, afirmou o presidente do SindiTrade.

Imposto transitório

Rogério Marin vai mais além ao analisar pontos que poderiam ajudar na melhora do abastecimento interno nacional e na redução de preço dos produtos para os brasileiros. Segundo ele, o país e os empresários aguentariam um imposto de exportação, por exemplo. “Mas desde que transitório, com data pré-estabelecida. Isso ajudaria a regular o mercado. A Argentina, por exemplo, faz a retenção na exportação da carne. O problema é que o governo quando criar um imposto não quer mais largá-lo”, frisou.

De janeiro a outubro de 2020, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a participação do agronegócio na exportação brasileira foi de 42%. Já em 2019, durante o mesmo período, o percentual foi de 35%. Isso representa um crescimento significativo no setor de 10%, mesmo diante da pandemia.

Proteína animal

Outro exemplo da importância da boa relação comercial com a China está na proteína animal. O país asiático segue como o principal destino da carne de frango brasileira em 2020.  Ao todo, foram exportadas 564 mil toneladas entre janeiro e outubro deste ano, número 24% superior ao registrado no mesmo período de 2019.  Outros destaques da Ásia são Coreia do Sul, com 109,5 mil toneladas (+7%), e Singapura, com 106,4 mil toneladas (+32%).

No total da comercialização de carne de frango brasileira com o mundo, em receita, as vendas do setor totalizaram US$ 5,066 bilhões, número 13% inferior ao registrado nos dez primeiros meses de 2019, com US$ 5,820 bilhões.

“Apesar dos impactos sentidos pela falta do México e Filipinas nas vendas de outubro, comparadas com o mesmo mês em 2019, as exportações internacionais seguem, de forma geral, em patamares equivalentes ao verificado no ano passado”, avaliou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal.

Suínos também avançam

Entre os importadores de carne suína, a China também é destaque. Os chineses são o destaque, tendo comprado 423,2 mil toneladas nos dez primeiros meses de 2020, volume 123% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo período comparativo, Hong Kong importou 143,1 mil toneladas (+10%). Singapura e Vietnã foram destinos de, respectivamente, 45,5 mil toneladas (+57%) e 36,9 mil toneladas (+222%). Chile, no quinto posto, importou 33,5 mil toneladas (-10%).

Ao todo, na soma de todos os países para onde houve exportação da carne suína (considerando todos os produtos, entre in naturae processados), há o acúmulo em 2020 de alta de 40,4%, com 853,4 mil toneladas, também segundo a ABPA. Nos 10 primeiros meses de 2019, o volume exportado foi de 607,7 mil toneladas. Em receita, a alta acumulada no ano chega a 48,5%, com US$ 1,876 bilhão em 2020, contra US$ 1,264 bilhão nos 10 primeiros meses do ano anterior.

“As vendas para a Ásia seguem sustentadas, especialmente para os destinos impactados por crises sanitárias de Peste Suína Africana. A tendência é de continuidade deste quadro, apontando para projeções totais de 1 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil nos 12 meses deste ano”, disse Ricardo Santin.

Bovinos no mesmo caminho

Os números da carne bovina não poderiam ser diferentes. A expectativa é que os desembarques desse produto lá fora ultrapassem neste ano o recorde de US$ 8 bilhões. A China segue puxando as compras, com 57,4% do total exportado. Mas outros mercados também registram aumento na demanda, como Egito, Chile, Rússia, Estados Unidos e Filipinas.

“Há tratativas por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com países que representam grande volume de compras e que estão ansiosos pela carne bovina brasileira, como o Japão, Canadá e Taiwan”, afirmou Antônio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (ABIEC).

O desempenho previsto para o ano é de que recordes sejam batidos nos embarques, com o volume atingindo 2 milhões de toneladas. No ano passado já houve um salto de 15,5% no faturamento ao bater em U$ 7,59 bilhões, com um total exportado de 1,84 milhão de toneladas, aumento de 12,4%.

Este ano as vendas de carne in natura e processada já cresceram 19,7% na receita e 11% no volume frente ao mesmo intervalo do ano passado, ou seja, US$ 6,1 bilhões e 1,460 milhão de toneladas, respectivamente. Tudo isso mesmo com os abates apresentando recuo de 8% no segundo trimestre deste ano, comparado ao mesmo intervalo de 2019, contabilizando 7,301 milhões de cabeças, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a março houve ligeiro crescimento, de 0,3%. Foi o pior resultado para um segundo trimestre desde 2011, provocado, em boa parte, pelos efeitos negativos da pandemia sobre o consumo de cortes de maior valor.

Fonte: Gazeta do Povo

balança-comercial

BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA REGISTRA SUPERÁVIT DE US$ 5,5 BILHÕES EM OUTUBRO.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,473 bilhões em outubro, informou nesta terça-feira (3) o Ministério da Economia. É o segundo melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.

No mês, as exportações somaram US$ 17,855 bilhões, e as importações, US$ 12,383 bilhões. Para um mês de outubro, o resultado só ficou abaixo de 2018, quando foi registrado superávit de US$ 5,791 bilhões no período.

A média diária do mês, que considera o valor médio por dia útil, registrou queda de 20% nas importações na comparação com a média diária do mês de outubro de 2019.

Já o valor exportado registrou alta de 0,3% na média diária, se comparada à média diária de outubro do ano passado, já que o mês em 2020 teve dois dias úteis a menos que em 2019.

Exportações e importações

Nas exportações, o mês de outubro registrou alta na média diária para produtos da indústria de transformação (4,7%) e vendas da indústria extrativa (7,2%). Já a exportação de produtos agropecuários registrou queda de 20,6% na comparação com a média diária de outubro de 2019.

Nas importações, houve alta apenas na compra de produtos agropecuários, que subiu 3%. A compra de produtos da indústria extrativa caiu 44,6% e a de produtos da indústria de transformação mostrou redução de 19,5%.

Fonte: G1

BRASIL FECHA OUTUBRO COM MAIS DE 5 MILHÕES DE TONELADAS DE MILHO EXPORTADAS FICANDO À 9,7 MILHÕES DA PROJEÇÃO DE 35 MILHÕES.

milho-export-jul-19-3O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final de outubro.

Nestes 20 dias úteis do mês, o Brasil exportou 5.156.818 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 845.210,5 toneladas com relação ao registrado até a semana anterior, aumento de 19,60%. Este volume representa 78,03% de tudo o que foi embarcado durante o mês de setembro inteiro (6.608.121,8 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques ficou em 257.840,9 toneladas, patamar 18% menor do que a média do mês passado (314.672,5 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 5,83% menor do que as 273.806,6 do mês de outubro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 861.299,1 no período, contra US$ 993.719,5 de todo outubro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou decréscimo de 4,66% ficando com US$ 43.065 por dia útil contra US$ 45.169,1 em outubro do ano passado.

Já o preço por tonelada obtido registrou elevação de 1,25% no período, saindo dos US$ 165,00 do ano passado para US$ 167,00 neste mês de outubro.

O total exportado em outubro ficou 4,18% maior do que o estimado pela Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) que esperava 4,95 milhões de toneladas para o mês.

Para o pesquisador do Cepea, Lucilio Alves, os volumes de exportação se aproximam das 34/35 milhões de toneladas estimadas inicialmente e devem manter o cenário de oferta restrita no Brasil e estoques de passagem apertados.

De janeiro a outubro, o país exportou 25.295.629 toneladas de milho não moído, restando outras 9,7 milhões de toneladas para atingir as estimativas do mercado até o final de janeiro de 2021.

Fonte: Notícias Agrícolas.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL SOBE 2,6% EM SETEMBRO E REGISTRA QUINTA ALTA SEGUIDA.

industria-1080x675Meses de crescimento eliminaram a perda de 27,1% entre março e abril, quando a produção industrial havia caído ao nível mais baixo da série

Em setembro de 2020, a produção industrial cresceu 2,6% frente agosto, na série com ajuste sazonal, após as altas de maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%) e agosto (3,6%). Esses cinco meses de crescimento eliminaram a perda de 27,1% acumulada entre março e abril, quando a produção industrial havia caído ao nível mais baixo da série, destacou o IBGE nesta quarta-feira (4).

Com isso, em setembro de 2020, a atividade industrial no país se encontra 0,2% acima do patamar de fevereiro último, quando a pandemia do Covid-19 ainda não havia afetado a produção industrial do país.

Em relação a setembro de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 3,4%, interrompendo dez meses de resultados negativos seguidos nessa comparação. O setor acumula perda de 7,2% no ano e de 5,5% em doze meses.

A projeção era de que a produção industrial tivesse subido 2,4% em setembro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg. Na comparação anual, a expectativa era de alta de 2,6%.

No ano, o setor industrial acumula queda de 7,2% e, nos últimos doze meses, um recuo de 5,5%, desacelerando sua queda frente ao mês anterior (-5,7%).

O avanço de 2,6% da atividade industrial na passagem de agosto para setembro de 2020 teve perfil generalizado de crescimento, alcançando todas as grandes categorias econômicas e a maior parte (22) dos 26 ramos pesquisados.

Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 14,1%, impulsionada pela continuidade do retorno à produção após a paralisação decorrente da pandemia. O setor acumulou expansão de 1.042,6% em cinco meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se encontra 12,8% abaixo do patamar de fevereiro último.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (12,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (16,5%), de couro, artigos para viagem e calçados (17,1%), de produtos alimentícios (1,2%), de metalurgia (3,5%), de produtos de minerais não-metálicos (4,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,2%), de celulose, papel e produtos de papel (3,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (3,2%).

Por outro lado, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, a de indústrias extrativas (-3,7%) assinalou o principal impacto negativo nesse mês, interrompendo, dessa forma, três meses de resultados positivos consecutivos e que acumularam expansão de 18,2%.

Entre as grandes categorias econômicas, em relação a agosto de 2020, bens de consumo duráveis, ao crescer 10,7%, apresentou a maior taxa positiva e apontou o quinto mês seguido de expansão na produção, acumulando nesse período avanço de 520,3%. Porém, mesmo com esses resultados positivos recentes, o segmento ainda se encontra 2,8% abaixo do patamar de fevereiro último.

Os setores produtores de bens de capital (7,0%), de bens de consumo semi e não-duráveis (3,7%) e de bens intermediários (1,3%) também assinalaram crescimento nesse mês, com todos também apontando expansão pelo quinto mês consecutivo e acumulando nesse período ganhos de 93,2%, 30,7% e 26,9%, respectivamente.

Fonte: InfoMoney