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Movimento de cargas no Porto de Santos cresce no 1º. trimestre com o aumento das importações

O movimento acumulado de cargas no Porto de Santos continuou a apresentar crescimento no primeiro trimestre do ano, atingindo 27,903 milhões de toneladas, um aumento de 0,5%. O desempenho das importações foi determinante para esse resultado, atingindo 8,239 milhões t, 18,0% a mais do que no mesmo período do ano passado (6,982 milhões t). Já as exportações apresentaram queda de 5,4%, somando 19,663 milhões t, se comparados ao primeiro trimestre de 2016 (20,776 milhões t).

Nas cargas de exportação, os melhores desempenhos ficaram com a soja em grão, com 6,607 milhões t (+13,2%); óleo diesel e gasóleo, com 474.318 mil t (+20,9%). Quanto às mercadorias de importação, destacaram-se o adubo, com 949.081 t (+71,6%); o álcool, com 179.515 t (+305,7%); e o enxofre, com 523.368 t (+60,7%). Nos dois fluxos, a carga conteinerizada continua em trajetória de crescimento, atingindo 844.083 teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 2,3% a mais que o mesmo período do ano passado (824.885 teu). Caracterizando a operação de navios de maior porte, apesar da movimentação haver crescido, a quantidade de navios reduziu em 4,1%.

Movimento mensal

As exportações apresentaram queda de 4,4%, afetando o movimento do mês de março, que totalizou 10,862 milhões t, 0,4% a menos que no mesmo mês de 2016 (10,905 milhões t). Já as importações atingiram um crescimento de 14,0% sobre o ano anterior (2,398 milhões t), somando 2,733 milhões t.

Os destaques mensais nas exportações ficaram com a gasolina (+21,7%), sucos cítricos (+7,9%), óleo diesel e gasóleo (+2,8%), óleo combustível (+2,7%) e celulose (+1,2%). Na importação aparecem o álcool (+142,8%), enxofre (+286,7%), nafta (+236,9%), óleo diesel e gasóleo (+40,1%). A carga conteinerizada apresentou queda de 3,8% no mês, atingindo 285.828 teu, atingindo, entretanto, um aumento de 2,7% na tonelagem movimentada (3,392 milhões t). A quantidade de navios apresentou redução de 1,2%, somando 414 embarcações.

Balança Comercial

A participação do Porto de Santos nas trocas comerciais brasileiras atingiu 27,0% no primeiro trimestre, somando US$ 23,3 bilhões. Passaram pelo complexo santista 26,0% das exportações nesse período (US$ 13,1 bilhões) e 28,3% das importações (US$ 10,2 bilhões).

Os principais destinos das exportações por meio do Porto de Santos foram China (8,0%), Estados Unidos (7,5%) e Argentina (4,7%). Quanto às origens das importações, destacaram-se a China (14,9%), os Estados Unidos (10,1%) e a Alemanha (5,6%).

Codesp/Porto de Santos

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Juiz federal de Paulo Afonso determina suspensão de obra no Porto de Salvador

O juiz federal da Subseção Judiciária de Paulo Afonso, João Paulo Pirôpo de Abreu, em ação popular movida contra a União Federal e outros, concedeu liminar determinando a suspensão de qualquer ato que importe em construção na área contígua ao Terminal de Contêineres e Terminal para Cargas Pesadas no Porto de Salvador e determinou aos demandados que apresentem, no prazo de 30 dias, documentos relativos ao processo de renovação de Contrato de Arrendamento e de outorga à Tecon Salvador S.A. da operação do terminal portuário a ser construído em área contígua à atualmente explorada, bem como a íntegra do Segundo Aditivo ao Contrato de Arrendamento.

A Tecon Salvador S.A. foi vencedora de licitação que lhe garantiu direito de explorar o Terminal de Contêineres no Porto de Salvador mas diante do crescimento da movimentação de contêineres no terminal, teria surgido a necessidade de criar um novo terminal em área contí- gua ao hoje existente.

Ocorre que, ao invés de realizar nova licitação para a instalação do novo terminal, foi celebrado aditivo para conceder à Tecon o direito de operar o terminal a ser instalado.

Segundo o julgador, há elementos nos autos que demonstram que já foram firmados dois aditivos ao Contrato de Arrendamento. O primeiro acresceu ao objeto área de 44 mil m², devido ao aumento da carga conteinerizada e estudos para fins de licitação indicaram inviabilidade técnica e econômica para a instalação de um novo terminal de contêineres.

O novo aditivo, segundo a decisão, denotaria o caráter obscuro da negociação realizada entre os requeridos, demonstrando a intenção de estender a abrangência do Contrato de Arrendamento em detrimento da realização da licitação. “Este fato, caso comprovada sua ilegalidade, poderá provocar pujante prejuízo aos cofres públicos e, via de consequência, danos irreversíveis a toda a sociedade de uma forma geral, tornando imprescindível a adoção de medidas enérgicas e imediatas por este Juízo”.

“A dimensão da área acrescida no Primeiro Aditivo, de 44.471,32m², corresponde a mais da metade da área original do Terminal de Contêineres e Terminal para Cargas Pesadas e Unitizadas (Cais de Ligação), de 73.443,65m², afigurando-se no mínimo irrazoável tratar o acréscimo negociado como simples expansão”.

O magistrado registra ainda que “um acréscimo desta monta, executado em prejuízo da celebração de novo contrato de concessão e arrendamento precedido de licitação, caracteriza notável enriquecimento ilícito da empresa arrendatária e, por conseguinte, ato de improbidade administrativa, que merece ser combatido e ter seus efeitos sustados antes que se concretizem”.

A decisão ressalta que, além de se tratar de exigência da Constituição, a realização de processo licitatório revela-se medida possível para o caso e lembra o exemplo do Porto de Sines, em Portugal, onde há terminais especializados, sendo cada um deles operado em regime de concessão por uma empresa distinta dos demais. E finaliza: “Não bastasse isso, a licitação mostra-se ainda a melhor alternativa a ser seguida no caso dos autos, tanto assim que esta tem sido a medida adotada nos grandes portos do mundo, onde empresas concessionárias diferentes operam terminais distintos dentro de um mesmo porto”.

Fonte: Justiça em foco

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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação pelo sexto ano consecutivo

O ano começou com mais um recorde no Porto de Paranaguá. Os três primeiros meses de 2017 registraram a maior movimentação de todos os tempos para o período. Foram 11,67 milhões de toneladas operadas de janeiro a março, 77 mil toneladas a mais do que no ano passado, quando foram movimentadas 11,59 milhões de toneladas. Entre os anos de 2011 e 2017, o porto bateu o recorde de movimentação do primeiro trimestre todos os anos.

Em um comparativo feito pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, desde 2011, foram agregadas 3,35 milhões de toneladas na movimentação total do porto neste período, o que representa um crescimento de 40% nas operações. A sucessão de recordes é um sinal de como o Porto de Paranaguá está aumentando capacidade e produtividade ano após ano. “A demanda é crescente e estamos dando conta disso. Com o passar dos anos, conseguimos movimentar mais carga e com mais agilidade, dando margem para novas operações”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

INVESTIMENTOS – O aumento é resultado do maior pacote de investimentos públicos já feitos na história do Porto de Paranaguá. De 2011 a 2018, são R$934 milhões entre aportes já realizados e previstos. Entre eles, a reforma do cais, campanhas periódicas de dragagem, troca de shiploaders (carregadores de navio), novas balanças, novas portarias, reforma dos acessos, instalação de scanners de carga, nova iluminação, construção de prédios administrativos e do Centro de Proteção Ambiental, entre outros.

VARIEDADE – O recorde deste ano foi alcançado por conta da diversificação de cargas do Porto de Paranaguá. Ainda que o Estado ainda movimente pelo porto na sua maioria graneis sólidos, especialmente grãos, hoje os graneis líquidos e as cargas gerais têm uma representatividade cada vez mais significativa.

Ao longo destes três meses a importação e exportação de cargas líquidas cresceram 42%, enquanto as cargas gerais (veículos, máquinas, tratores, peças industriais) aumentaram em 2,4%. “Além de atender aquele usuário produtor agrícola que já conhecia Paranaguá, estamos conquistando a confiança de novos setores da economia. Investimos para nos modernizar e hoje estamos preparados para atender todos os mercados”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.

As operações com crescimentos mais significativos no período foram a soja, com 3,3 milhões e 17% de aumento; a movimentação geral de óleo diesel, com 668 mil toneladas e 70% de crescimento; a exportação de 25 mil veículos, registrando alta de 62% e a importação de fertilizantes, que chegou a 2,92 milhões de toneladas e 18% de aumento.

Fonte: APPA

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Antaq se reúne com associações de terminais para discutir escaneamento de contêineres

A diretoria da Antaq recebeu, nesta terça-feira (18), em Brasília, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Durante a reunião, que faz parte da Agenda Positiva proposta pela Agência com os usuários dos portos brasileiros, foram discutidos variados pontos, entre eles o escaneamento de contêineres nos terminais.

A CNI argumenta que o preço adicional cobrado pelos operadores dos terminais portuários para o escaneamento de contêineres destinados à exportação e à importação é ilegal. A entidade ressalta que a fiscalização aduaneira é um serviço público e obrigatório e que deve estar incluída no pacote de serviços pago pelos empresários aos terminais.

O processo sobre a cobrança pelo escaneamento de contêineres encontra-se em análise na Superintendência de Regulação da Antaq . A Diretoria da Agência pretende deliberar em reunião ordinária em breve. Wagner Cardoso, gerente de Infraestrutura da CNI, defende que enquanto essa questão não for deliberada, o pagamento deve ser suspenso.

Cardoso relata, ainda, que há situações em que acontece um segundo escaneamento, e uma nova cobrança para o exportador. Conforme o representante da CNI, ao chegar ao porto, o contêiner é escaneado e se paga por esse serviço. No entanto, em alguns casos, a Receita Federal solicita outro escaneamento com o contêiner já no terminal, o que gera nova cobrança. “Esse segundo escaneamento já acontece na área do terminal, e isso é uma determinação da Receita Federal”, ressalta Cardoso.

Conforme Artigo 11 da Resolução Nº 2389/Antaq , de 13 de fevereiro de 2012, os serviços realizados para atender exigência da autoridade aduaneira, sanitária, ambiental ou correlata, quando prestados indistintamente a todas as cargas, serão incluídos no valor do box rate (pacote de serviços).

Em 14 de março, o presidente da Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão, se reuniu com a diretoria da ANTAQ e rechaçou a argumentação da CNI. “Os terminais tiveram de adquirir escâneres, contratar equipes especializadas para atender as demandas do comércio exterior brasileiro. Dizer que o preço do escaneamento está incluído no box rate é um delírio. Além disso, o escaneamento é um benefício de quem exporta e importa”, destacou.

Salomão disse, ainda, que o escâner ocupa uma metragem quadrada do terminal que poderia ser utilizada para armazenagem ou outra finalidade operacional. “Nós investimos na aquisição de escâner, na operação, na manutenção e na mão de obra. A área portuária é nobre, é cara, e o escâner ocupa espaço”, pontuou o presidente da Abratec.

O diretor-geral da Antaq , Adalberto Tokarski, destacou que mais uma vez a Agenda Positiva com os usuários dos portos brasileiros cumpriu o seu propósito. “Nós, na Antaq , queremos ouvir sempre os dois lados. O diálogo é aberto. A partir dele, poderemos deliberar sempre privilegiando a qualidade do serviço prestado e o equilíbrio nas nossas decisões”, afirmou.

O diretor da Antaq , Mário Povia, destacou a relevância do debate e analisará essa questão do segundo escaneamento apresentado pela CNI. Povia informou que a ANTAQ acompanha de perto esse assunto. Em fevereiro, por exemplo, realizou visitas técnicas aos terminais de Santos para colher informações sobre o escaneamento de contêineres.

Outro assunto debatido na reunião foi a proposta de norma que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários, dos agentes intermediários e das empresas que operam nas navegações de apoio marítimo, apoio portuário, cabotagem e longo curso, e estabelece infrações administrativas.

A proposta de norma ficou em audiência pública (06/2016) entre 24 de outubro e 30 de dezembro de 2016. “Estamos na fase de análise das contribuições”, informou o gerente de Regulação da Navegação Marítima da Antaq , Sérgio Oliveira, ressaltando que para essa proposta de norma houve 966 contribuições. A Antaq deve publicar a norma ainda no primeiro semestre.

Fonte: Antaq

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Privatização de portos quebra tabu no setor

O governo decidiu romper um tabu no setor de infraestrutura e deu o primeiro passo para “privatizar” a administração dos portos. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi escolhida para iniciar o processo. O BNDES já foi acionado para conduzir os estudos de viabilidade e definir o modelo de concessão à iniciativa privada. Assessores do presidente Michel Temer explicaram que as concessões vão começar pela Codesa por ser a única entre as oito Companhias Docas que não acumula enorme passivo financeiro e trabalhista. Até agora, apenas terminais dentro dos portos organizados vinham sendo concedidos à iniciativa privada, mas a administração portuária continuava nas mãos do governo.

Fonte: Valor

Beto Richa, Governador do Paraná - Porto de Paranaguá inicia  dragagem de aprofundamento.

Primeira fase concluída

Dragagem no Porto de Paranaguá inicia segunda fase. Até o final de março, 1,3 milhão de metros cúbicos foram retirados
• A dragagem de aprofundamento no Porto de Paranaguá teve concluída a primeira fase, com a retirada de 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos. Foram retirados sedimentos da entrada do Canal da Galheta, que dá acesso aos portos paranaenses. Ao fim da dragagem, o Canal da Galheta passará a ter 16 metros de profundidade, um a mais do que a profundidade atual. Já a bacia de evolução do canal ganhará dois metros de profundidade e passará de 12 para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o Canal da Galheta e a bacia de evolução, passarão a ter entre 14 e 15 metros de profundidade.

A dragagem ocorre em três áreas que permitem o acesso de navios numa extensão de, aproximadamente, 45 quilômetros. “Ao todo, serão dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de areia, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã”, conta o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Todo o processo de obtenção do licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis foi conduzido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

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Cade aprova união de três armadoras japonesas

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação sem restrições de uma joint venture concentracionista entre as armadoras japonesas Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK), Mitsui O.S.K. Lines (MOL) e Kawasaki Kisen Kaisha (KL), envolvendo o setor de transporte marítimo regular de contêineres. O acordo de integração dos negócios, que começou a ser debatido entre as três no ano passado, prevê que ac

A NYK constituirá uma sociedade de responsabilidade limitada de capital fechado que, em conjunto com a HoldCo, será chamada de “JV”. O negócio da JV é o fornecimento de transporte marítimo regular de contêineres e serviços de terminais de contêineres, excluindo o Japão, para clientes em vários países. No Brasil, a operação proposta envolverá apenas o negócio de transporte marítimo regular de contêineres.

Em sua configuração final, a JV será controlada pela NYK, que terá 38% de suas ações. Tanto a Mol quando a KL terão 31% cada. A empresa resultante desta união terá a sexta maior frota de navios de contêiner do mercado mundial, podendo transportar 1,4 milhão de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 7% da capacidade global de transporte marítimo de contêineres.

A operação é avaliada, segundo parecer do Cade, em aproximadamente JPY 300 bilhões (R$ 8,2 bilhões).

Segundo parecer da superintendência, a NYK é uma empresa japonesa global de logística, especializada em transporte marítimo internacional, cruzeiros, transportes portuário e entre terminais, serviços relacionados com o transporte marítimo e ramo imobiliário. O MOL é especializado em navegação oceânica. A KL é uma operadora de logística integrada, atuando com transporte marítimo a nível mundial.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Paranaguá dobra de ‘tamanho’ em cinco anos

Vinte e sete milhões de toneladas é a estimativa de movimentação de cargas pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá em 2017. A se confirmar, o desempenho será 8% acima do volume verificado em 2016. Um resultado fantástico a considerar um ambiente político-econômico pouco favorável no Brasil. Estamos em recessão. Lembra? Não o agronegócio, mas a economia nacional. Contudo, o que realmente impressiona é a analise de uma série um pouco maior, de cinco anos, período que esse mesmo indicador dobrou de tamanho. Em 2012, a movimentação desse mesmo corredor foi de 13,9 milhões de toneladas. Isso mesmo, a previsão para este ano é praticamente 100% a mais do que há cinco anos.

Mas o que aconteceu? O Paraná e o Brasil produziram mais? Exportaram mais? Sim! Só que isso não seria possível não fosse uma mudança eu diria radical no Porto de Paranaguá. Uma decisão política, com efeito técnico e de gestão na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Há cinco anos o governo do Paraná optou por um comando mais técnico do terminal. Em março de 2012 tomou posse como novo superintendente Luiz Henrique Dividino, um nome do mercado que interrompeu uma secessão de indicações políticas no comando de uma das principais estruturas responsáveis por estimular e dar vazão ao desenvolvimento econômico do Estado. Com a segurança de quem sabia o que estava fazendo, o novo superintendente ganhou autonomia, ousou e começou a imprimir uma nova realidade ao Porto de Paranaguá.

Como se trata de uma estrutura pública, o componente político continuou com seu papel regulador. Mas agora como um aliado, com pouca ingerência política sobre a administração do negócio. A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (SIL), estrutura à qual está subordinada a Appa, comandada por Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa, confiou plenamente o futuro do porto nas mãos de um técnico, de uma pessoa que realmente entendia do assunto. Hoje, tanto Pepe quanto Beto não apenas tem certeza de que fizeram a escolha certa como colhem os frutos, estes sim políticos, de um desempenho singular do Porto de Paranaguá.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Mudanças climáticas vão afetar Porto de Santos, revela estudo

Um estudo desenvolvido pelo Governo Federal – e que acabou esquecido nos gabinetes do Palácio do Planalto – aponta que as mudanças climáticas em curso em todo o planeta vão afetar o principal porto do país, Santos, especialmente sua infraestrutura de cais, a retroárea e seus acessos, tanto marítimos como terrestres. Desconhecida por autoridades do setor, a pesquisa ainda revela, de maneira inédita, as obras necessárias para proteger o complexo santista dos efeitos locais desse fenômeno global. São intervenções que demandam investimentos de R$ 4,66 bilhões (em valores atualizados), a serem realizados nos próximos 33 anos, até 2050.

Esses dados constam do estudo Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima, obtido com exclusividade por A Tribuna. Trata-se de um projeto conduzido pela então Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República entre 2013 e 2015, para mapear os impactos das alterações climáticas no cotidiano do País, inclusive em atividades econômicas e em seus portos.

Considerada como a mais ampla e importante pesquisa sobre o tema realizada pelo Governo, ela foi elaborada por especialistas das principais universidades do País e se destacou por indicar quais as medidas necessárias para o Brasil se adaptar aos novos padrões de temperatura, chuvas e ventos, reduzindo seus efeitos na vida da população.
O Brasil 2040 analisou os reflexos dessas mudanças em seis áreas – Recursos Hídricos, Energia, Infraestrutura Urbana e Costeira, Agricultura, Transporte e Saúde. A parte de Infraestrutura Urbana e Costeira foi coordenada pelo professor Wilson Cabral de Sousa Júnior, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A análise dos portos foi conduzida pelo professor Paolo Alfredini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais nomes da Engenharia Portuária no País e que vem pesquisando os impactos das mudanças climáticas nesse setor, especialmente em Santos, nas últimas décadas.

Os dados relativos ao cais santista constam do relatório Recomendações para Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Costeira e Infraestrutura Portuária Brasileira, um dos mais de 30 documentos produzidos no âmbito do projeto. Com data de 8 de junho de 2015, ele narra, em 15 de suas 53 páginas, como os principais complexos marítimos brasileiros são ou serão afetados pelas mudanças climáticas e seus efeitos: a elevação do nível do mar e as maiores frequência e intensidade de “eventos extremos” – tempestades com fortes ondas e ressacas.

O estudo não indica especificamente de quanto será o crescimento do nível do mar em Santos – pesquisas anteriores do professor Paolo Alfredini apontam um aumento de 35,3 centímetros por século, considerando as duas últimas décadas, e que pode chegar a 80 centímetros por século em 2050. Mas informa que, com essa elevação, parte da área de mangues da região deve ser “afogada” pela água do mar. Essa vegetação desempenha um papel estratégico ao reter sedimentos trazidos, pela chuva, do continente para o canal do Porto. Com sua redução, haveria um aumento do assoreamento (deposição de sedimentos no estuário) e uma maior necessidade de dragagem. Segundo o relatório, é previsto, para 2050, um incremento de 7% a 19% dos volumes que terão de ser dragados, em relação às quantidades médias registradas nas décadas de 1990 e 2000.

Outro efeito da elevação do nível do mar é a redução da borda livre do cais (distância do piso do costado ao nível médio da maré). Conforme o estudo, em 2015, o complexo santista tinha de 1,18 a 1,58 metro de borda livre. Em 2030, restará de 0,88 a 1,28 metro e, em 2050, de 0,72 a 1,12 metro. Com isso, prevê-se uma maior deterioração da infraestrutura de acostagem, que ficará mais exposta à maré.

O Brasil 2040 também aponta a intensificação das inundações de retroáreas portuárias e dos acessos rodoviários e ferroviários e o próprio maior assoreamento da Barra de Santos.

Propostas

Para proteger o complexo marítimo santista dos efeitos das mudanças climáticas, foram apontadas seis medidas, algumas a serem realizadas imediatamente, outras, até 2050. A mais urgente, conforme o levantamento, é a gestão dos manguezais. O estudo defende a necessidade de realocar essa vegetação para pontos mais altos da margem do Estuário de Santos. O custo do trabalho não foi estimado.

Outras propostas são elevar a infraestrutura do Porto e, consequentemente, reprojetar a rede de microdrenagem, ações a serem feitas até 2030, com um investimento (em valores atuais) de R$ 481,09 milhões. Também foi sugerido redimensionar o sistema de macrodrenagem do complexo, especialmente na retroárea (a Zona Noroeste de Santos já sofre com alagamentos) e de seus acessos rodoviários e ferroviários, uma vez que as inundações devem ser intensificadas. A intervenção, orçada em R$ 1,03 bilhão, pode ser executada até 2050.

A fim de combater o maior assoreamento no canal de navegação, a equipe do Brasil 2040 propõe a implantação de molhes guias-correntes na (obras de proteção a serem erguidas às margens da via de navegação) na entrada do canal de navegação até 2030. O empreendimento custaria, em valores atuais, R$ 383,04 milhões.

E para reduzir o impacto de maiores inundações, especialmente com a intensificação de fortes tempestades e ressacas, o estudo propõe a implantação de barreiras móveis estuarinas – estruturas já adotadas em portos como Roterdã (Países Baixos) e Veneza (Itália). A medida também seria adotada até 2050, demandando R$ 2,76 bilhões

Autoridades desconhecem o projeto

A realização do estudo Brasil 2040 e suas conclusões para o setor portuário são desconhecidas por autoridades do próprio Governo Federal e da região, inclusive pelas ligadas ao setor portuário e as que debatem mudanças climáticas.

Executivos do setor de pesquisas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) afirmaram desconhecer o projeto. Questionados se pretendem analisar a questão, informaram que ela deve ser um dos temas estudados pelo futuro Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), que a empresa planeja criar, em parceria com universidades da região. A Codesp já iniciou contatos com as entidades de ensino.

Em nota, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil informou que não conta com estudos específicos sobre o assunto. Mas lembrou que a Codesp realizou um estudo sobre a erosão na Ponta da Praia, em Santos, processo que foi relacionado com o aumento do nível do mar. Também destacou que o Sistema de Gerenciamento do Tráfego de Embarcações (VTMIS) do Porto, que começará a funcionar no próximo ano, irá monitorar as condições das marés.

A Prefeitura de Santos também informou que não conhece a pesquisa Brasil 2040, mas pretende analisá-la em seus esforços para adequar a Cidade às mudanças climáticas – tarefa a cargo de uma comissão desde 2015. Atualmente, a Administração Municipal prepara uma licitação para contratar estudos sobre como se adequar ao aumento do nível do mar. O edital da concorrência deve sair nas próximas semanas.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Santos se recupera e bate recorde de movimentação

Após amargar um janeiro com as exportações em queda, o Porto de Santos se recuperou e fechou fevereiro com crescimento e, ainda mais, uma movimentação recorde para o mês. No total, os terminais do complexo marítimo escoaram 9,67 milhões de toneladas, 7,3% a mais do que os 9,01 milhões de toneladas registrados em fevereiro do ano passado,

O resultado acumulado no primeiro bimestre também foi recorde, somando 17,04 milhões de toneladas, 1,1% além dos 16,85 milhões de toneladas contabilizadas nos dois meses iniciais de 2016.

Os dados integram o balanço operacional de fevereiro do Porto de Santos, divulgado ontem pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária. Os números foram elaborados pelo setor de Tarifas e Estatísticas da empresa.
Segundo o levantamento, esse crescimento foi motivado por altas tanto nas exportações como nas importações. Entre os embarques, os destaques foram os tradicionais granéis vegetais sólidos, principalmente o açúcar e o complexo soja (grãos e farelo), que tiveram seus melhores resultados históricos para o mês – respectivamente 1,34 milhão e 2,87 milhões de toneladas.

No total, as exportações também registraram um recorde para fevereiro, 6,85 milhões de toneladas, valor 2,5% maior do que o do mesmo mês no último ano.

Entre as cargas mais exportadas, na sequência do açúcar e da soja, ficou a celulose, com 207,5 mil toneladas embarcadas. Completando a lista dos dez produtos com maior movimentação, estão o óleo diesel (crescimento de 29,7%, com 158,7 mil toneladas), o óleo combustível (aumento de 16,9%, 145,65 mil toneladas), o café em grãos (queda de 4,4%, 118,7 mil toneladas), os sucos cítricos (49% de queda, 95,4 mil toneladas), a gasolina (93,5 mil toneladas, mais 6,4%), as carnes (72,7 mil toneladas, com um crescimento de 16,2%) e o milho (65,6 mil toneladas de movimentação, uma redução de 86,8%)

Desembarque

As importações tiveram um aumento ainda mais expressivo, contabilizando 21,1% a mais sobre seu total em fevereiro de 2016. O produto com maior participação foi o adubo, com 428,5 mil toneladas, um crescimento de 266,5%. O enxofre foi a segunda mercadoria em movimentação (251,8 mil toneladas), com aumento de 44,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Completam as cinco cargas com maior operação entre os desembarques: o óleo diesel (185,4 mil toneladas, com crescimento de 56,3%), o trigo (aumento de 30,9%, 113,5 mil toneladas) e o fosfato de cálcio (com 59,6 mil toneladas, uma queda de 5,4%).

Contêineres e navios

A operação de contêineres também fechou o mês em alta. Houve um avanço de 7,7%, chegando a 278.277 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ante os 258.450 TEU de fevereiro de 2016. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5,8%, com a movimentação de 558.25 TEU (no primeiro bimestre do ano passado foram 527.652 TEU).

Se a operação de contêineres for analisada em tonelagem, o índice de aumento é ainda maior, chegando a 9,4% no mês. De acordo com o balanço divulgado pela Codesp ontem, foram 3,16 milhões de toneladas, contra 2,89 milhões de toneladas em fevereiro do último ano. No acumulado, o avanço foi de 9,3%, chegando a 6,3 milhões de toneladas.

Enquanto as operações cresceram, o tráfego de navios caiu, ficando 2,5% menor do que no mesmo mês de 2016. No total, a Autoridade Portuária registrou 389 atracações, contra 399 em fevereiro do ano passado.

Fonte: A Tribuna