Fotos do Porto de Santos para o banco de imagens do site www.portodesantos.com.br

Porto de Santos reduz profundidade e limite de seu calado operacional

O Porto de Santos perdeu profundidade e o limite de seu calado operacional (fundura máxima que os navios podem atingir quando totalmente carregados) foi reduzido no trecho 1 do canal de navegação.

Agora, apenas embarcações com até 12,3 metros de calado poderão trafegar na região que vai da entrada da Barra até o Entreposto de Pesca. Por conta da localização, todas as instalações do cais santista são afetadas. Ontem, dois cargueiros, que atracaram nas instalações da Brasil Terminal Portuário (BTP), tiveram suas operações e prejudicadas e atrasadas por conta deste problema.

Segundo o capitão-de-mar-e-guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho, que é comandante da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), foram encontrados pontos de assoreamento no trecho 1. Antes da redução, navios com até 13,2 metros de calado estavam autorizados a trafegar em condições normais de maré. Na preamar (maré alta), era acrescido 1 metro.
“Já tinha um tempo que a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) não apresentava batimetrias (levantamentos de profundidade). Eles já estavam sendo cobrados. Já era uma preocupação”, explicou o capitão dos portos.

O assunto também foi debatido em reunião entre a Autoridade Portuária e o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp). Em nota, a entidade informou que vê a questão com preocupação e ainda que o serviço foi interrompido. “Segundo informações obtidas, essa dragagem ficou paralisada por oito dias, entre os dias 20 e 28 deste mês, causando problemas no planejamento (da dragagem) realizado pelo Sopesp a partir de parceria com a Codesp”.

Segundo o presidente da Praticagem de São Paulo, Nilson dos Santos, o problema foi identificado há duas semanas. Por isso, a entidade realizou uma batimetria, que identificou pontos com profundidades inferiores a 14 metros no trecho 1 – como deve-se manter uma margem de segurança entre o fundo do navio e o leito do canal, para se atingir um calado de 13,2 metros, a via deve apresentar uma fundura de 15 metros.

“O grande risco é de algum navio tocar no fundo e até mesmo encalhar. Isso traria um prejuízo incalculável. Por isso, optamos por esperar manobras mais seguras”, disse o prático. Para ele, a redução do calado foi a medida mais prudente.

Navios

O Maersk Laguna, de bandeira panamenha, chegou ao cais santista na manhã da última quarta-feira, com 2.812 contêineres a bordo. Desses, 427 foram descarregados e outros 1.156 carregados. A embarcação ficou com 3.541 caixas metálica a bordo quando a operação foi concluída, na quinta-feira. Sua saída estava prevista para acontecer às 17h30 do mesmo dia.

O horário foi programado para um momento de preamar porque o Laguna estava com calado de 14,2 metros. Por regra, sua saída só poderia acontecer durante a maré cheia, já que apenas navios com até 13,2 metros são autorizados a trafegar pelo canal.

Mas, mesmo nessas condições, o navio não foi autorizado a sair do terminal. Foram feitas novas tentativas, durante a madrugada de ontem, mas, segundo o presidente da BTP, Antonio Passaro, não houve sucesso e a embarcação só deixou o Porto na tarde de ontem.

O mesmo aconteceu com o MSC Azov, de bandeira de Malta. O navio chegou na última quinta-feira com 2.342 contêineres a bordo. Desses, 492 foram descarregados e outros 1.528 embarcados na BTP. Por conta das restrições de calado, o navio precisou deixar cargas no terminal.

“Se a profundidade é 15 metros, temos navios com 14,2 de calado. A princípio deveria sair por uma simples lógica. Não precisa ser Einstein para saber disso. Agora, não pode e ninguém sabe porque. A Codesp, Autoridade Portuária, não te diz quais são as verdadeiras profundidades”, destacou o executivo, antes da revisão das condições de navegação no complexo santista.

‘Segredo de estado’

Segundo Passaro, o problema é antigo. E nem mesmo a Codesp, que é a estatal que administra o Porto de Santos, consegue resolvê-lo.

“Nós temos uma Autoridade Portuária que não comunica quais são as profundidades do canal, não mostra batimetrias. Eu já perguntei várias vezes se isso é um segredo de Estado e eu ouvi de gente lá de dentro que não podem divulgar por questões estratégicas. Deus sabe quais serão as razões estratégicas. Nós, operadores portuários, que pagamos por essa dragagem, não sabemos o que estamos pagando, nem quanto estamos pagando porque eles também não nos dizem”.

Para Passaro, a única forma de resolver a situação da dragagem no Porto é conceder o serviço à iniciativa privada. O assunto é debatido entre empresários do setor, através do Sopesp, e a União.

Restrição não era necessária, diz Alex Oliva

Para o diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex Oliva, não era necessária a redução do calado operacional do Porto de Santos. Segundo o executivo, foram identificados apenas três pontos de assoreamento (deposição de sedimentos) no trecho 1 do canal de navegação e eles começaram a ser corrigidos na noite de ontem pela Dratec Engenharia.

A empresa é responsável pelo serviço até o próximo mês de setembro. Ela utiliza a draga Pearl River para a manutenção das profundidades de todo o Porto de Santos.

De acordo com Oliva, a embarcação estava concentrando seu trabalho entre os trechos 3 e 4 do canal, que vão da Torre Grande até a Alemoa. Pelo cronograma previsto pela Codesp, na próxima quarta-feira, o serviço seria realizado no trecho 1, que fica entre a Barra e o Entreposto de Pesca.

Mas, diante da constatação do assoreamento, a obra foi concentrada no trecho 1. Agora, segundo o presidente, a profundidade será restabelecida a 15 metros naquela região.

Oliva aponta que a incidência de chuvas e ressacas nas últimas semanas acelerou o processo de assoreamento, que é frequente nesta região do estuário e intensificada nesses meses de inverno. Mesmo assim, segundo o executivo, os pontos de deposição de sedimentos são poucos e pequenos.

Por isso, não haveria a necessidade de redução do calado. Os pontos de assoreamento foram identificados através de uma batimetria que foi encaminhada na manhã de ontem à Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Questionado sobre a demora para a entrega do levantamento das profundidades à Autoridade Marítima, Oliva apontou “questões administrativas”.

Segundo ele, o material já estava pronto desde a última terça-feira. Mas, por conta de uma viagem à Brasília, o diretor de Engenharia, Hilário Gurjão, não teve tempo de assinar os papéis necessários.

Fonte: A Tribuna

Soja-em-grãos-dispara-na-liderança-da-balança-comercial-720x294

Balança comercial terá superávit recorde de US$ 60 bilhões em 2017, segundo projeção do MDIC

O crescimento nos preços internacionais e na quantidade exportada fez o governo aumentar a estimativa de superávit da balança comercial em 2017. A projeção passou de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões, o que poderá garantir o melhor saldo da história para o país.

Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, a estimativa para o comportamento da balança comercial no segundo semestre permitiu a melhoria da previsão.

“Com o desempenho da exportação e da importação, temos vários produtos de destaque. A tendência deve continuar forte para o segundo semestre”, disse Brandão. Entre os principais produtos que estão puxando o crescimento das exportações, segundo o diretor, estão a soja, o ferro, o petróleo, o açúcar e os veículos.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 47,5 bilhões a mais do que importou, o melhor superávit da história para a balança comercial. Inicialmente, o MDIC estimava que o saldo da balança encerraria 2017 com níveis parecidos aos de 2016. Posteriormente, a projeção foi revisada para US$ 55 bilhões.

Para justificar a melhoria da estimativa, o diretor do ministério ressaltou o desempenho da quantidade exportada. Até maio, o volume das vendas externas acumulava queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2016. Em junho, o indicador reverteu a tendência e passou a registrar aumento acumulado de 1,8%.

Segundo Brandão, essa reversão deve-se principalmente ao crescimento nas quantidades embarcadas de três produtos em junho: soja, ferro e petróleo. “O aumento na produção de petróleo tem favorecido o aumento das exportações como um todo. Atualmente, o país está embarcando uma média de 1 milhão de barris por dia.”

Nos seis primeiros meses do ano, o valor das exportações de petróleo cresceu 128,2%, a maior alta entre os principais produtos vendidos ao exterior. A quantidade exportada aumentou 45,3%. O preço internacional subiu 57,1%.

(*) Com informações do MDIC

0navio

Navios de contêineres ficam presos no Porto de Santos por falta de profundidade

Dois navios que estão atracados no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, não conseguiram deixar o terminal como estava previsto pela praticagem. Segundo o Brasil Terminal Portuário (BTP), onde as embarcações estão atracadas, os navios não conseguem sair do local por falta de profundidade no canal santista. Uma nova tentativa está prevista para a tarde desta sexta-feira (30).
O navio de contêineres Maersk Laguna veio de Paranaguá e atracou no Porto de Santos, na última quarta-feira (28). Ele chegou com 2812 contêineres, embarcou 1156 contêineres para exportação e descarregou 427, ficando com 3.541 contêineres a bordo. A previsão era que o navio deixasse o Porto de Santos nesta quinta-feira (29), por volta das 17h, com destino a África do Sul.
Porém, a Praticagem de Santos informou à BTP que o navio não poderia deixar o terminal por conta do calado que teria atingido os 14,20 metros, que fica além do limite de profundidade do trecho 1. A Praticagem diz que o limite é de 13,70 metros. Já Codesp fala que o trecho tem 14,50 metros. Os práticos não quiseram fazer a manobra por conta dos riscos que a atividade pode oferecer à embarcação.
“Não poderia sair o Porto porque tinha 4 centímetros a mais do que permitido, segundo a praticagem. Não podemos fazer nada. Temos que deixar o navio no cais. Os navios que estão lá fora não podem entrar. Isso traz prejuízos para muita gente. Pra gente do terminal, para os armadores que tem navio parado lá fora esperando, para a prefeitura que não arrecada o ISS e, naturalmente, para os exportadores”, disse Antonio Passaro, diretor-presidente da BTP.
A Praticagem programou uma nova tentativa de retirada do navio Maersk Laguna para essa sexta-feira, às 17h, com a certeza de que as condições da maré irão melhorar. Caso essa alternativa fracasse, a opção seria retirar contêineres do navio para que a embarcação fique mais leve e consiga deixar o cais santista com menos mercadoria. O destino do Maersk Laguna são os portos da Europa.
A previsão é que o MSC Azov, que está ao lado do navio Maersk Laguna, também não consiga sair do Porto de Santos. A embarcação chegou de Itajaí (SC) com 2342 contêineres a bordo, nesta quinta-feira (29). O navio ainda está sendo carregado e a previsão é que deixe o cais às 19h. Porém, a BTP estima que, se estiver completamente cheio, a embarcação atinja os 14,20 metros de profundidade. Com isso, o navio não conseguiria sair do cais santista.
A BTP estuda se continuará carregando o navio MSC Azov ou se vai colocar apenas uma parte dos contêineres para que a embarcação possa sair do Porto e seguir em direção a Espanha, que é o seu próximo destino. Depois, outro navio da mesma linha iria retirar o restante dos contêineres.
De acordo com Passaro, esse problema vem ocorrendo em outros terminais do Porto de Santos. Para ele, isso é o resultado de uma má administração portuária. “A BTP e o Sopesp têm feito pedidos há três anos sobre a dragagem. Nesse momento, sabemos que a Libra tem o problema igual ao nosso. Precisamos de uma boa e eficiente gestão e manutenção das profundezas do Porto de Santos, o que a Codesp não tem sido capaz de fazer. A única forma de fazer isso é dar para a iniciativa privada”, afirmou ele.
Em nota, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que está tomando todas as providências em relação à dragagem do trecho 1 do canal de navegação e dos berços de atracação do Porto de Santos. A empresa aguarda definição da Capitania dos Portos sobre o assunto.

G1

porto_santos_2-650x294 (1)

Porto de Santos bate récorde histórico e movimenta 11,39 milhões de toneladas de cargas

O Porto de Santos bateu em maio seu recorde histórico na movimentação mensal de cargas. Foram 11,39 milhões de toneladas movimentadas, superando em 0,3% a maior marca anterior, registrada em agosto do ano passado (11,36 milhões t). No movimento acumulado, a movimentação nos cinco primeiros meses do ano de 2017 foi de 50,00 milhões de toneladas, 4,4% superior ao do ano passado. A movimentação de contêineres registra, no acumulado do ano, 4,5% de aumento.

As exportações cresceram 12,8% em maio de 2017, em relação a maio/2016. Foram 8,54 milhões de toneladas embarcadas (em 2016, maio registrou 7,57 milhões t). A exportação do complexo soja (grãos e farelos) se mantém como a principal responsável pelo bom número do Porto de Santos. Foram 3,38 milhões de toneladas embarcadas, resultado que foi 17,3% maior que o de maio do ano passado. Ao mesmo tempo, o açúcar cresceu na movimentação e atingiu a sua melhor marca mensal no período. Foi o 2º produto de maior movimentação, com 2,26 milhões de toneladas exportadas, alta de 25,7% sobre o mesmo mês de 2016, (quando foi registrado o embarque de 1,79 milhão de toneladas). Cargas diversas não especificadas tiveram a movimentação de 1,81 milhões de toneladas na exportação.

Nas importações, o aumento no mês foi de 1,1% em relação a maio do ano passado (2,85 milhões t em maio/2017 ante 2,81 milhões t em 2016). O produto com maior participação no mês foi o óleo diesel, com crescimento de 85,8%, registrando 242,3 mil toneladas (130,4 mil t em maio/2016). A segunda mercadoria em movimentação de importação no mês foi o adubo, com 219,6 mil toneladas (queda de 31,7%).

Movimento acumulado de cargas no ano

Os primeiros cinco meses de 2017 registraram movimento de 50 milhões de toneladas. As exportações ultrapassaram 36,13 milhões de toneladas, aumento de 1% sobre 2016 (quando o registro foi de 35,78 milhões t). O resultado das exportações também é recorde para o período. O complexo soja, com um crescimento de 6%, foi o produto mais exportado, com 14,60 milhões de toneladas, seguido de açúcar (6,89 milhões t, crescimento de 12,6% em relação ao acumulado em 2016, quando a marca foi de 6,12 milhões de toneladas). A celulose foi o 3º produto mais embarcado, com 1,23 milhões de toneladas.

As importações no período foram de 13,86 milhões de toneladas, crescimento de 14,3% em relação a 2016. O produto com maior movimentação no período foi o adubo, com 1,51 milhão de toneladas e crescimento de 44,2% no período. Este resultado confere ao adubo o status de 3º carga mais movimentada em geral no Porto de Santos (atrás apenas da soja e do açúcar). Em 2º nas importações ficou o óleo diesel, com 891,7 mil toneladas, crescimento de 40% em relação ao acumulado de 2016. Cargas não especificadas registraram movimento de 8,27 milhões de toneladas importadas.

Contêineres e atracações

O movimento de contêineres registrou queda de 0,8% no mês, mas crescimento de 4,5% no acumulado do ano. Os primeiros cinco meses tiveram movimentação de 1.459.042 TEU (1.395.901 TEU no mesmo período de 2016). No mês, a movimentação foi de 308.442 TEU, contra 310.856 TEU em maio/2016.

O fluxo de navios registrou ligeiro aumento no mês e queda no resultado acumulado. Foram 406 atracações em maio de 2017 e 403 no mesmo mês de 2016. No acumulado, 2017 registra até maio 1969 atracações, contra 1.997 no ano passado.

(*) Com informações da Codesp/Porto de Santos

160914-exportacoes-carne-bovina

Canadá aumenta a inspeção da carne bovina brasileira importada

O Canadá ampliou a inspeção da carne importada do Brasil e passou a verificar provisoriamente todas as cargas, após a Polícia Federal brasileira lançar a operação Carne Fraca para investigar um esquema de corrupção envolvendo fiscais sanitários, afirmou a Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA).

Os novos protocolos, que começaram em 10 de abril, envolvem a inspeção de todas as importações brasileiras de carne em cinco carregamentos consecutivos de cada unidade aprovada e para cada categoria de produto, disse a porta-voz da CFIA, Maria Kubacki.

O Canadá é um pequeno comprador de carne bovina brasileira, importando o equivalente a 21 milhões de dólares canadenses (US$ 16,1 milhões) no ano passado, de acordo com a Agriculture and Agri-Food Canada.

Inspeções completas pelo Canadá incluem análises de agentes patogênicos em produtos de carne prontos para consumo, testes de resíduos químicos e análise completa das embalagens utilizados para carnes enlatadas.

Anteriormente, a CFIA realizava uma inspeção aleatória completa a cada dez remessas consecutivas de cada unidade brasileira. As outras nove cargas eram analisadas visualmente.

Problemas sanitários

A polícia brasileira fez incursões em unidades de empresas como a JBS e BRF BRF em março, assim como em uma dúzia de frigoríficos rivais, por suspeita de pagamento de propina a inspetores sanitários.

Os Estados Unidos proibiram as importações de carne in natura do Brasil na semana passada, após uma alta percentagem dos carregamentos de carne brasileira não passarem nas inspeções.

O Canadá rejeitou seis remessas de carne bovina brasileira de um total de 191 embarques desde 10 de abril, de acordo com a CFIA. Bloqueou em maio as importações de uma unidade da JBS no Brasil que não atendeu requisitos de segurança alimentar, e retirou da lista duas outras em março.

As remessas rejeitadas apresentavam defeitos na lata que poderiam levar à deterioração.

A proibição dos Estados Unidos à carne bovina brasileira in natura provavelmente não criará muitas oportunidades para os canadenses, disse Dennis Laycraft, vice-presidente executivo da associação dos criadores de bovinos do Canadá.

A carne produzida no Brasil é mais parecida com a produzida pela Austrália e pela Nova Zelândia, onde o gado é criado principalmente no pasto.

Fonte: Uol Economia

170627-construcao-naval-estaleiro

Lei prorroga isenção do Adicional ao Frete da Marinha Mercante

Foi estendido em cinco anos o prazo de isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. A medida está na Lei 13.458/2017, sancionada com dois vetos e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (27). A isenção do imposto se dá somente para mercadorias cuja origem ou destino final seja porto localizado na Região Norte ou Nordeste.

A nova lei tem origem na Medida Provisória 762/2016, aprovada no Senado no último dia 31 sob a forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 11/2017.

O texto prorrogou a isenção do Adicional de 8 de janeiro de 2017 para 8 de janeiro de 2022. A prorrogação não terá impacto fiscal sobre a arrecadação federal porque a lei prevê o repasse do adicional às empresas de navegação, já que cabe a elas a cobrança e o depósito no Fundo da Marinha Mercante (FMM) para uso na renovação e manutenção da frota.

Segundo o governo, na navegação de cabotagem as principais cargas transportadas são alumínio e insumos do alumínio (19%), hidróxido de sódio (6%), arroz (5%), madeiras (5%), máquinas e aparelhos (5%), papéis (4%), polímeros e acetal (3%), sal (2%), monitores e projetores (2%), carnes (2%) e produtos laminados (2%).

Vetos

O texto aprovado pelo Congresso estendia a isenção do Adicional a mercadorias importadas que chegassem pelos portos das Regiões Norte e Nordeste destinadas à industrialização ou consumo.

Esse artigo foi vetado por Temer, sob alegação de que o dispositivo representa renúncia tributária, descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal por não trazer estimativa do impacto financeiro nem medidas de compensação. Temer acrescentou que “a medida desestruturaria de maneira relevante a capacidade de arrecadação do Fundo da Marinha Mercante (FMM), além de representar impacto fiscal considerável” às empresas brasileiras de navegação, que financiam o Fundo.

Também foi vetado o financiamento pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) da recuperação, dragagem, modernização e expansão ou construção de portos. Atualmente, o Fundo direciona recursos apenas para o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras. Na justificativa do veto, afirma-se que, ao ampliar a destinação do fundo para os portos, seria inviabilizada a atuação dos bancos públicos, que são os agentes financeiros do Fundo. Sem contar que possibilitaria a utilização do FMM por setores que não recolhem o Adicional de Frete, principal fonte de recursos do Fundo.

Fonte: Agência Senado

conteineres

Contêineres caem no mar durante o transporte em terminal no Porto de Santos

Dois contêineres caíram no mar após um acidente na Libra Terminais, na manhã desta segunda-feira (26), no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. De acordo com a Codesp, o acidente aconteceu entre 9h e 9h30, quando os contêineres foram retirados do navio Bux Harmony, atracado no terminal 35 da Libra. Ninguém ficou ferido.
Segundo as primeiras informações obtidas pelo G1, os trabalhadores foram retirar os contêineres, que estavam a cerca de 5 metros de altura, e após serem suspensos, caíram no mar. Ainda segundo a Codesp, os dois contêineres foram retirados da água pela própria empresa e, após o acidente, o terminal voltou a operar normalmente.
A Capitania dos Portos esteve no local para realizar perícia e vai investigar os responsáveis pelo acidente.
Em nota, a Libra Terminais Santos informou que houve uma queda de dois contêineres vazios no canal de navegação durante operação de desembarque do navio. O incidente não teve vítimas, os contêineres foram recuperados rapidamente e a Libra está apurando o ocorrido.

G1

170623-portonave

Com dívida de R$ 3,8 bi, Triunfo depende de acordo para evitar recuperação

Mesmo com a venda do terminal Portonave por R$ 1,3 bilhão, anunciada na segunda-feira, a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) ainda depende de um acordo com os credores para respirar aliviada e se livrar de uma recuperação judicial. No total, a empresa deve ao mercado R$ 3,8 bilhões, sendo que parte desse montante passa por renegociação. O ‘Estado’ apurou que as negociações podem ser concluídas na semana que vem.

O acordo envolve quase 20 credores financeiros e deve acelerar a venda de outros ativos do grupo. Além do terminal portuário, a Triunfo tenta se desfazer da participação na empresa Tijoá – concessionária responsável pela exploração da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos – e no Aeroporto de Viracopos, onde é sócia com o grupo UTC, envolvido na Operação Lava Jato. Fontes ouvidas pelo Estado afirmam que a negociação com os credores tenta garantir que parte do dinheiro da venda da Portonave para a seja usada para dar fôlego à companhia.

Desde o ano passado, a empresa vem atravessando grave crise financeira com a piora do cenário econômico e fechamento do mercado de crédito brasileiro. Em fevereiro deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que faria a execução de garantias de dois empréstimos pontes concedidos às controladas da Triunfo: R$219 milhões da concessionária de rodovias Concer, vencidos em novembro de 2016; e R$ 760 milhões da Concebra, vencida em dezembro de 2016.

Segundo o balanço do primeiro trimestre da companhia, R$ 1,8 bilhão em dívidas vão vencer até o fim deste ano e outros R$ 211 milhões em 2018. Sua dívida líquida equivale a 3,4 vezes o Ebtida (lucro antes de juros, impostos e depreciação) – indicador que sempre trouxe preocupação aos analistas de mercado. Mas esse número já foi pior: em dezembro de 2016, equivalia a 4,2 vezes o Ebtida.

A grave crise financeira não é a primeira nos 17 anos de operação da TPI. Em 2008, durante a crise mundial, a empresa não conseguiu apresentar as garantias de uma licitação e perdeu a concessão de uma rodovia. Depois disso, no entanto, ela engatou várias empreitadas. Abriu capital na bolsa de valores, fez emissões no exterior, aumentou sua participação nas áreas de portos, aeroportos e virou a terceira maior administradora de rodovias do Brasil, atrás apenas da CCR e da espanhola Arteris. Mas durante todo esse tempo a capacidade financeira da TPI foi colocada em xeque. A escalada da dívida da empresa era o que mais incomodava. Em 2010, a dívida da empresa era de R$ 525 milhões.

Concessão a vencer. No ano passado, a receita líquida da empresa ficou em R$ 1,47 bilhão ante R$ 1,62 bilhão de 2015. Desse montante, 75% vem das concessões rodoviárias. Nessa área, no entanto, a empresa vive outra incógnita. No dia 4 de julho, vence a concessão da Concepa, empresa que administra 121 quilômetros das BRs 101 e 290, no Rio Grande do Sul.

O Ministério dos Transportes afirma que, para que não haja descontinuidade na prestação de serviço à população, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está estabelecendo os procedimentos necessários para promover a extensão do prazo contratual até que um novo leilão seja feito. O prazo pode ser de até 24 meses.

Mas o Estado apurou que a 13 dias do fim da concessão – ou nove dias úteis – nenhum aditivo foi feito. Para prorrogar a concessão, a agência precisa apresentar os termos desse novo contrato à empresa. Sem isso, no dia 4 de julho, a Triunfo é obrigada a deixar a administração da rodovia. Só nas praças de pedágio da região metropolitana de Porto Alegre passam cerca de 110 mil veículos por dia.

O Ministério afirma que o cronograma estabelecido pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) estima a realização do leilão no segundo semestre de 2017. Procurada, a Triunfo preferiu não se manifestar.

Fonte: Istoé

170623-eas

Estaleiro Atlântico Sul espera obter carência de dívida para ganhar fôlego financeiro

Com quase dez anos de operação, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) deve finalmente fechar o ano com resultado operacional positivo. Hoje são necessárias 80 horas/homem (HH) para produção de uma tonelada de navio. A média nacional é de 200 HH. Mas o resultado ainda não se reflete em receita. Os custos ainda são altos. O principal deles referente a financiamentos: anualmente são R$ 350 milhões destinados a esse fim. A dívida total é de R$ 1,6 bilhão (sendo R$ 1,3 bilhão junto ao BNDES), valor que deve ser pago até 2027. Além disso, a falta de novos contratos gera incertezas. A carteira de encomendas em andamento segue até 2019. A partir daí, o destino do projeto depende de uma série de fatores. Por isso, é fundamental para o estaleiro uma Medida Provisória (MP) que dê carência de dois anos dos seus financiamentos junto ao governo federal.

Para garantir o funcionamento, dois contratos estão em fase de negociação com a South American Tanker Company Navegação S.A. (Satco). Mas antes de assinar, a empresa aguarda a divulgação de demanda da Petrobras, justificando o investimento que chega a R$ 2,2 bilhões. “O primeiro contrato diz respeito à construção de oito petroleiros MR (Medium Range). Seriam quatro para transporte de óleo e quatro para transporte de produto. E aí o que se diz é que para esses últimos não haveria demanda. Não acreditamos que seja assim, afinal, hoje se importa navios, porque isso acontece se podemos produzir? Por isso, aguardamos a divulgação da demanda pela Petrobras, o que deve acontecer em julho”, explicou o presidente do EAS, Harro Burmann.

O Fundo de Marinha Mercante inclusive já concedeu prioridade de apoio financeiro à Satco para a aquisição dessas embarcações. “Já deveríamos estar em fase de projeto para iniciar a produção em 2019”, disse Burmann. O segundo contrato junto à Satco é para construção de cinco navios petroleiros Suezmax DP2. “Nesse caso, o cliente diz que encomendas serão mantidas, porém, o start nesses projetos não seria agora”, detalhou o presidente. A Satco é uma empresa brasileira de navegação (EBN), com investidores internacionais e ligação com a Eastern Pacific Shipping (EPS), a maior companhia privada de navegação do mundo, com sede em Cingapura.

Enquanto aguarda a divulgação das informações de mercado pela Petrobras para avançar com os contratos, o Atlântico Sul espera que o governo federal publique uma Medida Provisória (MP) que autorize a renegociação, em 24 meses, a contar da data de publicação do documento, dos financiamento contratados até 31 de dezembro de 2015 pelas empresas de navegação e estaleiros brasileiros junto aos agentes financeiros do Fundo da Marinha Mercante.

“Com essa MP, teríamos uma carência de dois anos para nos organizar. Seria o tempo de maturação. Temos investidores nos visitando, mas quem investirá agora? Imagina um investidor estrangeiro acreditar no Brasil agora! A crise foi um momento de criatividade. Amortizamos processos, organizamos a produção, investimos R$ 27 milhões em uma cabine de pintura, que era um gargalo. Hoje somos um modelo e os investidores sabem disso, tanto que nos procuram”, enfatizou o presidente do EAS.

Atualmente, o EAS atua na construção de quatro navios. O último Suezmax (de um total de dez) está na fase de acabamento. Batizado de Abdias Nascimento, o petroleiro deve ser entregue entre agosto e setembro deste ano à Transpetro. No dique seco, está o navio Castro Alves, o 11º das encomendas realizadas pela subsidiária da Petrobras. O navio 12 (que ainda não foi batizado) está na fase de pintura e acabamento dos blocos). Em paralelo, o empreendimento realiza o corte das chapas do projeto de número 13. As encomendas fazem parte Programa de Expansão e Modernização da Frota (Promef).

Fonte: Diário de Pernambuco

161111-porto-Santos-codesp

Antaq autoriza demolição de armazéns do Porto de Santos

Dois armazéns do Porto de Santos, o XXXV e o XXXVI (35 e 36 externos), serão demolidos. No local, serão erguidos novos viadutos de acesso ao complexo santista, obras que integram o projeto da Avenida Perimetral da Margem Direita, no trecho entre o Macuco e a Ponta da Praia.

As informações são do diretor de Engenharia da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos), Hilário Gurjão. A demolição dos armazéns foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor), por meio de resolução publicada ontem no Diário Oficial da União.

Hoje, os dois armazéns integram a área arrendada pela Libra Terminais, na Avenida Mario Covas, a antiga Avenida Portuária, na Ponta da Praia. Por isso, o projeto da Perimetral naquele trecho precisou ser compatibilizado com os planos de investimento da empresa.
O projeto da Perimetral nessa região prevê a revitalização da Avenida Mário Covas (onde a via será implantada), que tem 3,5 quilômetros. Ela ganhará nova pavimentação asfáltica e terá sua iluminação pública remodelada.

Também está prevista a construção de dois viadutos na área. O de entrada partirá do terreno antes ocupado pela empresa de transportes Lloydbratti, na pista sentido Ponta da Praia, da Avenida Mário Covas. Ele passará sobre o Pátio de Contêineres do Armazém XXXVI (36 externo), até atingir o trecho atualmente ocupado pelo pátio ferroviário e pela Avenida Ismael Coelho de Souza, que se tornará área adensada às instalações da Libra.

O viaduto de saída seguirá contíguo ao de entrada, partindo da área interna do Porto e chegando na pista da Avenida Mário Covas, sentido Macuco. Com ele, será segregado o tráfego rodoviário entre veículos de contêineres e de grãos. Serão duas faixas de rolamento em cada sentido e um vão com altura de 6,75 metros.

Conforme o projeto da Perimetral, obra coordenada pela Codesp, todo o tráfego de contêineres será absorvido pelos viadutos, mantendo-se na Avenida Mário Covas o trânsito dos veículos que seguem para o Corredor de Exportação.

Também está programada a realocação dos ramais ferroviários naquela região. Os trabalhos com as linhas férreas envolvem sua transferência para a área entre os armazéns e a avenida.

Hoje, esses ramais passam no meio doa terminais. Após a conclusão desta fase da Perimetral, as linhas deixarão de interferir na logística das instalações, que ganharão maior espaço operacional.

Antaq

De acordo com Antaq, primeiro será feita a desincorpo-ração física e contábil dos armazéns, que pertencem à União e integram o patrimônio do Porto. Em seguida, haverá a demolição, que já está autorizada.

O investimento para a construção do trecho Macuco-Ponta da Praia da Avenida Perimetral é de R$ 72,4 milhões. Ainda haverá R$ 9,7 milhões para os gerenciamentos ambientais e da obra, somando R$ 82,1 milhões – vindos do Tesouro Nacional.

O cronograma inicial prevê 30 meses para conclusão dos serviços. Assim, a Companhia Docas espera concluí-lo no ano que vem.

Fonte: A Tribuna