Mais de uma semana após o início dos trabalhos para a remoção dos contêineres que caíram do navio Log-In Pantanal no fundo do mar, as caixas metálicas permanecem submersas. O motivo apontado pelos técnicos que realizam o serviço é o mau tempo e os fortes ventos, que podem colocar em risco a operação.
A ação está sendo realizada pela armadora Log-In e acompanhada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Uma equipe com mais de 40 pessoas está envolvida na retirada das caixas.
Segundo a agente federal ambiental Ana Angélica Alabarce, os trabalhos estão concentrados na Barra de Santos, próximo ao local da queda dos contêineres. Nesta região, após mapeamento, foram identificados sete contentores, mas apenas cinco serão retirados neste primeiro momento.
“Estava tudo preparado para hoje (ontem). Já colocaram os cabos e o primeiro contêiner está pronto para ser removido, mas o vento faz uma espécie de pêndulo e é preciso esperar essa condição melhorar”, explicou.
Segundo a agente, este cofre está carregado com produtos automotivos e, ao lado, há outro com escovas de dente. Além disso, em outro ponto do canal de navegação, foram identificados mais 12 caixas metálicas.
Os locais onde os contêine-res estão submersos foram indicados com boias. Mas, segundo a representante do Ibama, os instrumentos de sinalização estão sendo furtados.
A balsa que será utilizada para o içamento dos contêineres já está no local. Mas, por conta dos fortes ventos, em alguns momentos, ela é deslocada para um local de águas mais tranquilas, como a Ilha das Palmas.
Acidente
Um total de 46 contêineres caíram do Log-In Pantanal, na madrugada de 11 de agosto, entre 1h30 e 3 horas. No momento do acidente, a embarcação estava ancorada no fundeadouro 3. Devido ao ocorrido, o tráfego no canal do Porto foi interrompido durante o período da manhã.
Dos 46 contêineres que caíram do navio, oito boiaram no mesmo dia – e desses, quatro foram removidos pela empresa. As outras caixas metálicas foram saqueadas. Em seguida, a empresa iniciou o rastreamento do leito marítimo, com o objetivo de identificar o local onde os contêineres caíram.
Fonte: A Tribuna