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Santos Brasil quer investir até R$ 100 milhões no Tecon Santos em 2018

Ainda aguardando autorização do poder concedente, o comando da Santos Brasil estima investir até R$ 100 milhões no Tecon Santos em 2018. Segundo o diretor financeiro da Santos Brasil,  Daniel Doria, o principal desembolso seria nas obras de extensão do cais, que dependem de autorização da Codesp, autoridade do porto de Santos.

Além disso, a companhia deve realizar desembolsos para substituição de equipamentos, como guindastes de cais. “[Além do cais] o restante dos investimentos são em equipamentos que trazem ganhos de produtividade. Não podemos perder nossa liderança no Tecon Santos”, afirmou Doria em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.

Atualmente, a empresa detém uma fatia de 34,2% da movimentação do porto de Santos.

Segundo o comando da Santos Brasil, a greve dos caminhoneiros deve afetar os resultados do segundo trimestre da companhia. De acordo com o diretor comercial, Marcos Tourinho, a empresa ficou 11 dias sem receber cargas em seus terminais, o que resultou numa queda de movimentação de 15 mil contêineres.

“O recomeço foi muito vagaroso, principalmente com relação às exportações”, disse Tourinho. A visão da empresa é que a normalização da movimentação de carga só teve início na segunda quinzena de junho.

Parte da compensação deve vir do maior período de armazenagem dos contêineres nos terminais. “O tempo de armazenamento de carga subiu com a greve e o reconhecimento deve ser feito em junho acima do que acontece normalmente”, completou o diretor comercial.

Fonte: Valor

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Receita combate sonegação de impostos no comércio de café para exportação em Minas Gerais

A Receita Federal em Minas Gerais, o Ministério Público Estadual, a Receita Estadual e a Polícia Civil do Estado deflagraram hoje (19), nas cidades de Patrocínio, Varginha e outros municípios do sul de Minas, a Operação Grão Brocado. A ação tem por objetivo combater fraude na comercialização de café no interior do estado, além de ramificações no Distrito Federal e Paraná.

A partir de investigação da Equipe de Combate à Fraude da Receita Federal em Minas Gerais, constatou-se a atuação de uma organização criminosa arquitetada para sonegação de tributos no comércio de grãos de café para exportação. Mais de R$ 3 bilhões em notas fiscais foram emitidas por empresas de fachada do setor de café, nos anos de 2016, 2017 e 2018. Grande parte das notas são frias; emitidas pelas chamadas empresas “noteiras”.

Os valores sonegados podem alcançar R$ 500 milhões e o montante de tributos federais, R$ 100 milhões. Além disso, como há o evidente intuito de fraude, a multa é qualificada e corresponde a 150% do valor lançado; ou seja, o valor dos tributos federais sonegados e a multa correspondente pode chegar a R$ 250 milhões. Este número equivale ao valor de construção de 131 escolas com 18 salas de aula e capacidade para 1.400 alunos; com a criação de 183.400 vagas no total.

As investigações apontam indícios de que as empresas envolvidas possuem apenas unidade operacional para tão somente emitir notas fiscais cujo propósito específico é beneficiar tributariamente terceiros simulando operações e criando falsos elos intermediários na cadeia de adquirentes. Os benefícios tributários desse esquema fraudulento são:

ocultação do real responsável pelo recolhimento do Funrural;
o creditamento indevido de ICMS; e
a redução do valor a pagar do Imposto de Renda Pessoa Jurídica das empresas reais beneficiárias.
A operação tem a participação de 20 servidores da Receita Federal, 14 membros do Ministério Público de Minas Gerais, 42 servidores da Receita Estadual de Minas Gerais e 72 Policiais Civis para o cumprimento de 18 mandados de buscas e apreensões (MBA), 10 mandados de prisões, 32 quebras de sigilos bancário e fiscal de contribuintes domiciliados em Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná.

(*) Com informações da Receita Federal

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Libra prevê concluir arbitragem sobre processo de R$ 1 bilhão até 2019

A solução para um dos maiores conflitos judiciais do setor portuário brasileiro, a dívida de mais de R$ 1 bilhão que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) cobra do Grupo Libra, deve ser conhecida até setembro do ano que vem. Esta é a previsão da Libra para a conclusão do processo arbitral que irá julgar se a cobrança é legítima ou não. A arrendatária nega o passivo.

O Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá é responsável por definir os valores a serem pagos pela Libra, cuja dívida se arrasta desde 1998. A empresa terá o prazo máximo de cinco anos para quitá-la.

A sentença arbitral tem o mesmo efeito da convencional, mas o processo é considerado mais rápido por levar até dois anos. Embora tenha sido autorizado pela extinta Secretaria de Portos (absorvida pelo Ministério dos Transportes), em 2015, o processo só foi iniciado dois anos depois.
O imbróglio envolvendo o Grupo Libra e a Codesp voltou ao centro das atenções após a empresa ter sido citada na delação premiada de Lúcio Funaro, como um dos terminais beneficiados com a medida provisória editada em 2013 que deu origem à Lei 12.815, a atual Lei dos Portos. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi o responsável por uma cláusula que permitiu que empresas com dívida ativa inscrita pudessem renovar seus contratos no setor portuário, desde que ajuizassem arbitragem para discutir o débito.

E foi por conta desta brecha na Lei dos Portos que, em setembro de 2015, o Governo Federal autorizou a renovação antecipada dos contratos de arrendamento do grupo no Porto de Santos. Assim, a empresa poderá operar em Santos até 2035.

O Grupo Libra informou que jamais atuou ilegalmente para mudança da legislação, com vistas a seu benefício exclusivo. “De acordo com o marco regulatório, para que os contratos fossem renovados, a arrendatária deveria apresentar certidões de regularidade fiscal e demais cabíveis, portanto, nunca houve inscrição em dívida ativa em nome da Libra Terminais”, comunicou a empresa.

Procurada, a Codesp não respondeu aos questionamentos da Reportagem até o fechamento desta edição.

Fonte: A Tribuna

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Receita publica norma relacionada à prestação de serviço de perícia de mercadoria importada

A Receita Federal publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22) a Instrução Normativa RFB nº 1800, de 2018, que substitui a Instrução Normativa RFB nº 1020, de 2010 (IN de Peritos), especialmente nos dispositivos relacionados ao credenciamento de peritos, à quantificação de mercadorias, à emissão de laudos periciais e à remuneração dos serviços de perícia aduaneira.

As mudanças propostas buscam a racionalização e o aperfeiçoamento do processo de seleção de profissionais, de remuneração pelos serviços prestados e de requisição de perícia, simplificando o atendimento aos importadores e exportadores no comércio exterior

A nova norma permite flexibilidade para que a seleção de peritos e entidades, especialmente no caso de convênios, tenha maior abrangência territorial, reduzindo os custos com seleção de profissionais e disponibilizando um rol mais amplo de opções e especialidades às unidades locais. No mesmo sentido, a norma incentiva a utilização de meios eletrônicos para requisição e para disponibilização dos laudos, abrindo espaço para a incorporação desse processo ao Portal Único de Comércio Exterior e estabelecendo desde já um banco nacional de laudos.

Prazos mais compatíveis com as necessidades da logística de comércio internacional são fixados para a entrega dos resultados dos laudos, assim como rotinas operacionais um pouco mais detalhadas são estabelecidas para tornar mais simples e claro o processo de cálculo da remuneração.

Por fim, abre a possibilidade da utilização de laudos de quantificação emitidos por empresa de inspetoria independente e a quantificação executada por meio de modalidades automatizadas (pesagem, medição direta e mensuração). Assim, havendo estrutura física adequada nos recintos aduaneiros, como balanças e medidores de fluxo, a quantificação de mercadorias a granel ficará mais ágil, demandando menos tempos e custos aos importadores e exportadores.

Com informações da Receita Federal

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Greves de servidores da Receita ampliam tempo para liberar cargas

As greves de servidores da Receita Federal já ampliaram de dois para até 15 dias o tempo necessário para a liberação de cargas no Porto de Santos. Nesta quarta-feira (21), o dia de mobilização dos analistas tributários causou mais atrasos em operações e prejuízos a usuários do cais santista. A categoria restringiu o atendimento em todo o País por conta da demora para o cumprimento de um acordo salarial firmado com o Governo Federal.

Já os auditores fiscais estão em greve desde 1º de novembro do ano passado. E, segundo o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e Região (SDAS), Nívio Peres dos Santos, este é o principal motivo da demora na liberação de mercadorias que caem no canal vermelho e necessitam de conferência física e documental.

“Com relação aos analistas tributários, não sentimos reflexos, mas a questão é preocupante. Se o movimento se estender, pode causar ainda mais atrasos nas liberações”, destacou.
Os analistas tributários são responsáveis pelo controle da entrada e da saída de produtos, veículos e pessoas do País e, também, pela cobrança dos tributos dessas operações. Por conta da mobilização, o atendimento desta quarta-feira (21) foi restrito à liberação de cargas vivas, perecíveis ou medicamentos para pessoas físicas.

Os casos de desembarque ou embarque de tripulantes foram prejudicados, assim como a autorização de consumo de bordo. Para o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, todas as cargas em trânsito por Santos, que passaram por um porto nacional, tem como destino o exterior e necessitam da averbação da conclusão de trânsito, não foram atendidas.

“Perdem-se conexões com outros navios, incorrendo em custos adicionais de armazenagem e mudanças na logística dos terminais com a remoção de quadra dos contêineres para atender um novo embarque. Processos de parametrização de DTAs (Declaração de Trânsito Aduaneiro) e análise de processos encontram-se paralisados, também”, explicou o executivo do Sindamar.

Segundo Roque, a paralisação desta quarta-feira (21) também interferiu na transferência de peças sobressalentes para embarcações, já que não há plantão para esses casos. Ele explica, ainda, que a falta deste procedimento pode reduzir a segurança da navegação.

“As peças de reposição para reparos dos navios também não são liberadas pelos analistas tributários, o que pode comprometer as condições de navegabilidade das embarcações e com riscos à segurança da tripulação”, destacou.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Santos registra recorde bimestral

A movimentação de cargas através do complexo portuário santista no primeiro bimestre de 2018 atingiu 18.672.567t, superando em 9,6% o verificado em igual período do ano passado e estabelecendo novo recorde para o acumulado. O mês de fevereiro manteve praticamente o mesmo desempenho apresentado no ano anterior, representando a segunda maior marca dentre os meses de fevereiro, ligeiramente ultrapassada em 0,004% pelo apurado em 2017.

Na movimentação mensal, o destaque fica com as exportações, que cresceram 0,8%, totalizando 6.908.215t, garantindo o desempenho do total em fevereiro, em razão da queda de 2,0% nas descargas.

De acordo com a análise da Gerência de Tarifas e Estatísticas, mesmo com a expansão nas movimentações de cargas conteinerizadas em 200.716t (3.370.531t, +6,3%) e de milho a granel em 100.922 t (165.840 t, +155,5%), o desempenho, aquém das expectativas, pode ser explicado principalmente pelos recuos de 244.954 t nos embarques de adubos a granel (totalizando 183.621 t, -57,2%), de 188.253 t de açúcar a granel (1.000.657 t, -15,8%) e de 107.776 t de soja em grãos a granel (2.376.544 t, -4,3%). A movimentação de contêineres em TEU registrou alta de 12,0% em fevereiro de 2018, ao totalizar 311.728 TEU ante 278.277 TEU em fevereiro de 2017.
ovo Recorde

O crescimento de 9,6% no total acumulado (18.672.567t) do primeiro bimestre teve forte participação das cargas embarcadas, que registraram incremento de 11,9%, impulsionadas principalmente pelas operações de milho (1.341.413t, +188,1%), celulose (626.796, +37,1%) e sucos cítricos (408.351t, +47,1%). As operações com carga conteinerizada (6.971.559t, +10,5%), também influíram positivamente no desempenho recorde do bimestre, bem como as descargas de enxofre (449.042t, +19,6%) e de gasóleo (óleo diesel) (358.231t, +10,8%), com significativos índices de crescimento.

O fluxo de navios no Porto de Santos registrou o total de 792 embarcações atracadas no período, apontando crescimento de 5,7% sobre o acumulado em fevereiro do ano passado.

Balança Comercial

A participação do Porto de Santos na corrente de comércio dos portos brasileiros atingiu 27,0% no bimestre, movimentando o total de US$ 16,4 bilhões, acusando aumento de 15,5% do valor comercial das cargas.

As exportações chegaram a US$ 8,7 bilhões, 25,5% do total nacional, com aumento de 11,5% sobre o verificado em igual período de 2017. As importações foram responsáveis por US$ 7,7 bilhões, incremento de 20,3% e participação de 29,0% sobre o total do país.

China, Estados Unidos e Argentina, respectivamente, foram os principais destinos das cargas embarcadas pelo Porto de Santos. Café, carnes e tratores sobre lagartas foram as principais cargas exportadas quanto ao valor comercial.

As importações por Santos chegaram principalmente da China, Estados Unidos e Alemanha, respectivamente. As principais cargas descarregadas foram gasóleo (óleo diesel), caixas de marchas e enxofre.

Fonte: Notícias Agrícolas

Santos Brasil

Investimentos em pátios de caminhões ultrapassam os R$ 67 milhões em Suape

A TLBR Logística, Administração e Participação, quinta empresa autorizada a explorar os pátios de triagem e estacionamentos para caminhões nas imediações do Porto de Suape, assinou, na manhã desta terça-feira (6), o contrato de adesão para implantação do empreendimento em Pernambuco. A empresa deverá investir R$ 20 milhões no projeto em Suape, até agora o maior valor previsto entre as empresas habilitadas. A assinatura aconteceu na sede administrativa de Suape, com a participação do vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcelo Bruto.

Em janeiro, as empresas Sulog (R$ 10,6 mihões), Enertec (R$ 12,2 milhões), Cone Log (R$ 9,8 milhões) e a Êxito Importadora e Exportadora (R$ 15 milhões) firmaram seus contratos de adesão. Com a entrada da TLBR (R$ 20 milhões) no projeto, os investimentos para a implantação dos pátios somam R$ 67,6 milhões.

Durante a assinatura, o diretor de Desenvolvimento e Comercial da TLBR Logística, Miguel Giacummo, sinalizou o interesse da empresa em tornar o projeto de Suape uma referência para outras unidades no Brasil. “Temos um programa que funciona de forma integrada e pode ajudar na questão da segurança de cargas e no cumprimento da lei de descanso. Queremos dar qualidade de vida e ganho de produtividade para os caminhoneiros”, comentou.
Cada empresa licenciada terá o prazo de até 12 meses para implantar o seu pátio de triagem e estacionamento de caminhões. O projeto tem como objetivo permitir maior qualidade e segurança para os caminhoneiros que atuam no transporte de produtos no Porto de Suape. Cada pátio contará com 500 vagas estáticas e infraestrutura necessária para esperar o início do descarregamento e embarque das cargas provenientes dos terminais localizados no porto organizado.

O contrato de adesão terá validade de 15 anos, podendo ser renovado por sucessivos períodos, já que não se trata de modelo de concessão. As empresas credenciadas deverão oferecer os seguintes serviços de apoio ao motorista: sanitários e vestuários de uso gratuito; restaurante e lanchonete; atendimento médico de emergência; área de descanso e vivência; serviços de oficina, reparo e borracharia de caminhões.

Triagem

A instalação dos pátios vai disciplinar e regulamentar os veículos de transporte de cargas que acessam a área portuária. Diariamente, o porto recebe cerca de 2 mil caminhões, chegando a aproximadamente 2,5 mil em dias de pico. As 500 vagas estáticas, por pátio, podem ser divididas em duas áreas, próximas ou não, desde que localizadas dentro de uma área de até dois quilômetros do limite do Porto de Suape.

Após a instalação dos pátios de triagem e dos estacionamentos, todos os caminhões que acessarem ao Porto deverão estar previamente agendados e triados. A triagem vai compreender os serviços de recepção, leitura de placas, interligação online com os sistemas logísticos de Suape e dos terminais, orientação do local de estacionamento e posterior despacho do caminhão conforme liberação do terminal de destino.

Fonte: Ascom Suape

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está contribuindo para o monitoramento ambiental da baía de Paranaguá. Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, 270 navios receberam equipes técnicas da Appa para avaliar a salinidade e procedência da água de lastro da embarcação. 
Foto: Divulgação APPA

Cobrança de frete marítimo unimodal prescreve em cinco anos, decide STJ

Na falta de regra específica em relação ao prazo prescricional para cobrança de frete marítimo, na hipótese de transporte unimodal de cargas, a matéria deve ser regida pelo Código Civil. Dessa forma, o prazo para ajuizamento da ação de cobrança será de cinco anos, conforme afirmou a ministra Nancy Andrighi.

A ministra foi relatora do recurso interposto por uma empresa estrangeira de transportes marítimos contra empresa brasileira em razão do não pagamento de frete realizado de Hong Kong até o Porto do Rio Grande (RS).

O juízo de primeiro grau condenou a empresa brasileira a pagar o frete. A decisão foi reformada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que considerou que o prazo para requerer o pagamento já estaria prescrito. Segundo o TJRS, deveria ser aplicado o prazo de um ano ao caso, conforme prevê o artigo 22 da Lei 9.611/98, independentemente de se tratar de transporte unimodal ou multimodal.

Diferenciação

No recurso especial, a empresa estrangeira alegou que, a partir da revogação do artigo 449 do Código Comercial, a prescrição do direito não possui disciplina legal expressa, de tal forma que devem ser aplicadas as regras comuns de prescrição do CC/02, ou seja, o prazo de cinco anos do artigo 206, parágrafo 5º, inciso I, ou a prescrição geral de dez anos prevista no artigo 205.

Nancy Andrighi explicou que antes da entrada em vigor do CC/02, o prazo aplicável para cobrança de frete em transporte marítimo de cargas era de um ano, tanto para transporte multimodal, por força da Lei 9.611/98, quanto para transporte unimodal, em razão do Código Comercial.

De acordo com a ministra, o TJRS entendeu que o caso em questão diz respeito a transporte unimodal, sendo inviável a aplicação extensiva da Lei 9.611/98, que é específica para transporte multimodal. Por isso, “ressoa nítido que a matéria deve ser regida pelas disposições insertas no Código Civil”.

“Em se tratando de transporte unimodal de cargas, será quinquenal o prazo para ajuizamento da ação de cobrança, nos termos do artigo 206, parágrafo 5º, inciso I, do CC/02”, concluiu a relatora. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

Fonte: Conjur

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Berço 03 do Porto de Itajaí está concluído e será entregue nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira (18), a Superintendência do Porto de Itajaí e o Município de Itajaí, juntamente com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC) e Secretaria Nacional de Portos (SNP), inauguram as obras de reforço e realinhamento do Berço 03 (Porto Público).

A solenidade acontecerá na área do berço 03 e reunirá expressivo efetivo de pessoas que atuam junto ao Complexo Portuário de Itajaí, assim como representantes de órgãos intervenientes, de entidades de classe, autoridades políticas local, regional, estadual e nacional. O Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Mauricio Quintella Malta Lessa está para confirmar sua presença no evento. Já o Secretário Nacional de Portos, Luiz Otávio Oliveira Campos confirmou que irá participar da solenidade.

Em 20 de fevereiro de 2014 uma ordem de serviço foi assinada para dar continuidade nas obras do berço 03 ao qual o mesmo esteve em operações até julho de 2014. Nos períodos que as obras eram retomadas houve o apoio direto do Governo Federal através do Ministério dos Portos e Secretaria Nacional de Portos em investimentos na ordem de R$ 120 milhões para as obras de Reforço e Realinhamento dos berços 03 e 04. Em julho deste ano foi assinada a Ordem de Serviço no valor de R$ 18,8 milhões para mais uma etapa das obras de ambos os berços. Neste mês de dezembro completou 41 meses de trabalho para a sua entrega desde o projeto de execução inicial até o seu acabamento.

O berço 03 em sua extensão de cais tem em sua margem 210 metros de comprimento e suas obras foram executadas pela Serveng Engenharia e contaram com o trabalho diário de até 60 operários. Suas etapas que compreendem desde o projeto ao acabamento iniciaram com levantamentos do cais anterior, elaboração de projetos de execução, demolição e retirada de sedimentos, cravação de estacas para realinhamento do berço, sendo 95 estacas de 50 metros de comprimento por 1 metro de diâmetro e cada estaca foi preenchida com 30 metros de concreto armado, concretagem das lajes e paramentos do berço e acabamentos nas estruturas de instalação de defensas e cabeços de amarração dos navios.

Assim como o berço 03 que se encontra concluído, o berço 04 está com suas obras em andamento e tem previsão de ser entregue em maio de 2018. Atualmente estão sendo realizados testes de perfuração e fragmentação das interferências submersas (concreto de até 40 centímetros de espessura), provenientes das estruturas dos antigos berços 03 e 04 que ruíram nas enchentes da década de 1980 (83 e 84). De acordo com a empreiteira, as lajes não podem ser retiradas e é necessária a realização de testes de perfuração para que se garanta a sustentação e a conclusão do berço 04 que terá em sua extensão 280 metros de comprimento.

Para o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, motivos não faltam para comemorar a retomada do crescimento portuário de Itajaí, “A entrega do berço 03 é muito importante para o nosso Porto de Itajaí, pois iremos recuperar boa parte da sua capacidade operacional e atender novas demandas que se ampliam através de novas linhas de serviços. Ganha a cidade num todo, ganha nossa sociedade, nossos empresários, a classe dos trabalhadores portuários, são todos fatores que irão girar mais ainda a roda da economia de Itajaí e possivelmente gerar mais empregos”, destacou.

O prefeito enfatiza ainda outras melhorias que estão sendo colocadas em prática no complexo portuário de Itajaí, “A finalização da dragagem do Canal do Rio Itajaí Açu para 14 metros de profundidade será anunciada assim como outras obras a exemplo da recuperação geral do berço 04 e construção da etapa 01 da Bacia de Evolução que está em andamento”, reforça Volnei.

Atualmente dados estatísticos indicam que o Complexo Portuário de Itajaí responde por mais de 60% da balança Comercial Estadual e 4% da Nacional. Com o retorno de movimentações no berço 03 e consequentemente com a volta das atividades também no berço 01 da arrendatária (APM Terminals), potencializará a capacidade operacional do Porto de Itajaí em 75%, o que impulsionará grande desenvolvimento socioeconômico para o Estado de Santa Catarina e região, “Operar somente com um berço não nos qualificava para competirmos no mercado portuário. Agora com a entrega concluída do berço 03 e o berço 01 com suas obras recuperadas será fundamental e muito importante para termos condições de mais atracações e assim permitir a geração de receita para o porto público, para APM Terminals, para o município de Itajaí e para os trabalhadores de classe portuária, logística e de comércio exterior”, declarou o Superintendente do Porto de Itajaí, Engenheiro Marcelo Werner Salles.

Com a enchente de 2008, o cais dos berços 01 e 02 ruíram e com isso suas atividades de movimentação portuária na época foram paralisadas levando a uma crise econômica nos anos seguintes tanto para o complexo e falta de receita para o município. Enquanto o berço 04 (280m) continua em construção, os berços 01(285m), 02 (275m) e 03 (210m), que estão margeados no sentido direito do Rio, ficarão com 770 metros de comprimento ao longo do cais. Somando com o berço 04 ficará em 1050 metros de extensão. Atualmente, a APM Terminals Itajaí opera um cais contíguo de 560 metros de comprimento na área arrendada do Porto de Itajaí.

“Quase uma década após a enchente de 2008, podemos dizer que os períodos decorrentes até os dias atuais, nós nunca mais tivemos as nossas estruturas aptas para exercer a atividade de movimentação de cargas. Nós tivemos num primeiro momento de 2008 a 2010 dois berços interditados, sendo o 01 e o 02, logo depois em 2011 novamente o berço 01 da APMT sofreu abalos, mais a frente em 2014, os berços 03 e 04 foram interditados para a realização de seu realinhamento, em 2015 novamente o berço 01 da APMT ficou interditado. A próxima segunda-feira será de fato emblemática para o Porto de Itajaí, pois a partir desta data o porto recuperará à partir de janeiro de 2018 três vezes mais de sua capacidade operacional. De um berço que tivemos operando em quase uma década para três berços, certamente Itajaí volta a mudar sua história para um novo e grande ciclo de crescimento”, lembrou Salles.

“Um dos principais requisitos para competirmos por mais linhas é a disponibilidade do nosso cais. Com a entrada em operação do berço 03 imediatamente e a continuidade das obras do berço 4 no primeiro semestre de 2018, teremos mais oportunidades de aumentar o portfólio de serviços oferecidos por Itajaí. Além disso, temos a retomada das atividades também no berço 01, que passou por breves obras de reforço, dispondo de mais uma área nobre para a atracação de navios”, completou o Diretor Superintendente da APM Terminais do Brasil, Ricardo Arten.

Fonte: Ascom Porto de Itajaí

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Porto Itapoá Inaugura pátio de 60 mil metros quadrados

O Porto Itapoá, no litoral Norte de Santa Catarina, concluiu fase importante da primeira etapa de suas obras de ampliação, com a inauguração de uma área de 60 mil metros quadrados, que foi acrescida ao seu pátio de manobras.

Até maio de 2018, outros 40 mil metros quadrados serão acrescidos ao pátio, que assim passará a ter 250 mil metros quadrados. Também até maio, está prevista a conclusão da obra de extensão do píer de atracação, que passará dos atuais 630 metros para 800 metros.

Com essas obras, que tiveram início há um ano sob a responsabilidade da construtora Piacentini Tecenge do Brasil (Piatec), estará concluída a primeira etapa do projeto de expansão, permitindo ao terminal aumentar a sua capacidade de movimentação de carga dos atuais 500 mil TEUs para 1,2 milhão de TEUs/ano.

As demais etapas da expansão levarão mais quatro anos. O investimento total, incluindo todas as fases, é de R$ 500 milhões.

O processo de licenciamento junto ao Ibama dos 60 mil metros quadrados acrescidos ao pátio já foi iniciado. Também foi feito o pedido de alfandegamento da nova área pela Receita Federal. Da mesma forma, o terminal protocolou no Ibama a solicitação para a retificação da Licença de Operação, para a inclusão do novo pátio.

Todas as autorizações de controle de segurança e de operação definitiva, emitidas, respectivamente pela Conportos e pela Angência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), estão sendo pedidas, a fim de que o Porto Itapoá possa utilizar o mais rapidamente possível a nova área expandida.

Inaugurado em junho de 2011, o Porto Itapoá é hoje o sexto terminal brasileiro em movimentação de contêineres, de acordo com a Antaq. É também considerado um dos terminais mais eficientes do país pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, organismo das Nações Unidas.