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Até outubro, principais produtos do agronegócio representaram 39% das exportações brasileiras

Nos dez primeiros meses de 2016 a balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 38 bilhões com participação decisiva dos 15 principais produtos do agronegócio que representaram 39% das vendas totais do país no período.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que a soja foi o produto do agronegócio com maior participação nas exportações entre janeiro e outubro deste ano, 12% do valor total (US$ 18 bilhões).

Outra participação relevante foi do açúcar em bruto, em segundo lugar no ranking: vendas externas de US$ 6,58 bilhões, 4% do total vendido ao exterior pelo país em 2016.

Os números consolidados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgados nesta semana, mostram que as exportações totais do país foram de US$ 153 bilhões, com importações de US$ 114 bilhões.

Dos produtos do agronegócio, a maior variação nas vendas externas em 2016 foi do açúcar em bruto. Entre janeiro e outubro, as vendas desse segmento tiveram crescimento de 40%, comparadas com igual período do ano passado, um incremento de US$ 1,89 bilhão. A receita total foi US$ 6,58 bilhões.

Já as vendas externas de etanol tiveram aumento de 23% em 2016, em relação a igual período de 2015, somando receita de US$ 827 milhões. A principal razão desse bom desempenho deveu-se à elevação dos preços do etanol no mercado internacional nos últimos meses.

O setor sucroalcooleiro passa por um período de reestruturação após uma das piores crises da história, causada pela queda dos preços internacionais do açúcar e a política de precificação dos combustíveis, que privilegiou a gasolina em detrimento do etanol. Isso gerou aumento dos custos de produção, endividamento das usinas e falta de renovação dos canaviais.

Queda

A CNA observa que, apesar do bom desempenho de algumas cadeias do agronegócio, até outubro deste ano, as exportações brasileiras apresentaram queda para todas as regiões, com exceção do Oriente Médio, onde houve variação positiva de 1%, e da Oceania, que apresentou crescimento de 15%.

China e os Estados Unidos foram os dois países que mais importaram do Brasil. Os chineses compraram US$ 32 bilhões, enquanto os Estados Unidos US$ 18,8 bilhões. Ainda assim, esses valores representam uma redução de 4% e 5% nas compras, respectivamente.

Apesar do saldo positivo da balança comercial em 2016, entre janeiro e outubro, o valor das exportações foi 5% inferior ao obtido no mesmo período de 2015 (US$ 160 bilhões). As importações totais também caíram: 23% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 148 bilhões).

Fonte: CNA

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Importações em queda livre levam o Brasil a ter superávit histórico no comércio com a China

Ainda faltam dois meses para terminar o ano, mas até o mês de outubro o Brasil praticamente igualou o maior saldo já obtido no intercâmbio comercial com a China e ao final do ano esse superávit, da ordem de US$ 11,524 bilhões obtidos em 2011 será ultrapassado com grande folga. De janeiro a outubro, o comércio bilateral gerou para o Brasil um saldo de US$ 11,443 bilhões.

O resultado foi alcançado graças a uma forte contração nas importações de produtos chineses, que desabaram 29,23% no período e totalizaram US$ 19,261 bilhões. Em contrapartida, as vendas brasileiras para o país asiático atingiram a cifra de US$ 30,710 bilhões, com uma queda de 2,08% comparativamente com o mesmo período de 2015. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Apesar de estar prestes a estabelecer o maior superávit na história do intercâmbio com os chineses, o Brasil estará ao final deste ano cada vez mais distante do fluxo de comércio exterior recorde com os chineses, registrado em 2013. Naquele ano, as trocas entre os dois países totalizaram US$ 83,330 bilhões, resultado de exportações brasileiras no montante de US$ 46,026 bilhões e embarques chineses no total de US$ 37,303 bilhões.

No tocante às exportações, foram registradas quedas nas vendas de produtos básicos (-2,5% para US$ 25,19 bilhões) e de semimanufaturados (-2,9% para US$ 3,84 bilhões). Já os produtos manufaturados tiveram uma alta de 7,9% para US$ 1,67 bilhão. Os produtos básicos foram responsáveis por 82,0% das vendas aos chineses, os semimanufaturados tiveram uma participação de 12,5% e os manufaturados contribuíram com 5,42% da receita total.

As exportações brasileiras foram lideradas pela soja, mesmo triturada, no total de US$ 14,1 bilhões (participação de 46%), seguida pelos minérios de ferro, com receita de US$ 5,61 bilhões e participação de 18%, pelo petróleo, responsável por vendas no total de U?S$ 3,3 bilhões (participação de 11). Entre os produtos industrializados, destaque para as exportações de celulose, que geraram receita de US$ 1,74 bilhão e com uma participação de 5,7% em todo o volume exportado pelo Brasil para a China até o mês de outubro.

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Auditores fiscais protestam contra projeto que muda carreira tributária e aduaneira

Auditores fiscais da Receita Federal protestaram hoje (3) em Brasília contra as alterações no Projeto de Lei (PL) 5864/2016 que trata da Carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal e institui o Programa de Remuneração Variável do órgão.

Segundo o sindicato da categoria, foi apresentado um substitutivo ao texto original do acordo encaminhado pelo governo federal. Entre as mudanças propostas, figura o compartilhamento das atribuições dos auditores fiscais com os analistas tributários, cargo complementar dentro do órgão.

Para o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), a medida altera a carreira e desestrutura o trabalho na Receita Federal.

Segundo o presidente do Sindifisco do Distrito Federal, Waltoedson Dourado de Arruda, no projeto original haveria uma reafirmação de que os auditores seriam as únicas autoridades tributárias e aduaneiras da União. “Entendemos que, no futuro, haverá uma grande confusão dentro da Receita porque o auditor, por lei, é quem executa as fiscalizações e tem o poder decisório nos processos administrativos. No futuro, todos esses cargos vão pleitear novas atribuições. Então, vemos que há uma tentativa de mudança para um futuro trem da alegria dentro da Receita Federal e isso enfraquece o órgão”, disse o auditor.

Interferência política na Receita

Para Arruda, há uma tentativa de interferência política na Receita, “tentativa de indicar pessoas ligadas a partidos políticos em um órgão que é extremamente técnico e ligado ao interesse do Estado e da sociedade”.

Além das atribuições das carreiras, também há a questão remuneratória que contempla os analistas fiscais e que vai trazer um grande impacto no orçamento, segundo Arruda. Ele explica que está prevista uma redução na gratificação acordada com o governo federal e que viria do Fundo de Desenvolvimento e Administração da Arrecadação e Fiscalização (Fundaf).

“Acreditamos que devem ser valorizados todos os servidores, mas isso deveria ser tratado à parte, porque o projeto original foi fruto de um acordo [com o governo] e de uma mobilização de oito meses no ano passado”, disse Arruda.

O relatório do projeto de lei deve ser votado na próxima terça-feira (8) na Câmara dos Deputados, numa comissão especial. O Sindifisco espera conseguir mobilizar o Executivo e parlamentares para que as alterações sejam retiradas do texto. Em Brasília, os auditores protestaram hoje (3) no Aeroporto Juscelino Kubitschek. Os protestos aconteceram também nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.

Paralisações de dois ou três dias

Além dos protestos, a categoria está em greve há três semanas, fazendo paralisações de dois ou três dias durante a semana. Caso o texto seja aprovado no Congresso, a greve poderá ser intensificada.

“Estamos preocupados porque nós temos uma grande responsabilidade no momento do ajuste fiscal em que a arrecadação já está caindo”, disse o presidente do Sindifisco-DF.

Segundo ele, em 2015, com a mobilização de oito meses para consensuar o acordo, houve uma redução de lançamentos das fiscalizações de R$ 75 bilhões no segundo semestre. Com a greve atual, a estimativa já é de perda de R$ 2 a R$ 3 bilhões na arrecadação.

Entre as atribuições dos auditores fiscais da Receita Federal estão a fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes; constituir o crédito tributário; arrecadação de tributos; julgamento de processos administrativos fiscais; controle aduaneiro do comércio exterior em portos, aeroportos e fronteiras; combate ao contrabando, ao descaminho e à lavagem de dinheiro; e gerenciamento técnico e administrativo das repartições da Receita Federal.

Fonte: Agência Brasil

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Empresário considera remotas as chances do Brasil mudar sua pauta exportadora para a China

A possibilidade de o Brasil passar, num futuro próximo, de exportador de commodities a um importante fornecedor de produtos industrializados para a China é bastante remota. Essa mudança de patamar somente poderá ser alcançada quando o Brasil fizer uma reforma tributária, realizar grandes obras de infraestrutura e logística e reduzir o chamado “custo Brasil”. A avaliação foi feita por Jair Silva Júnior, sócio da Trust International Business, que vive na China desde 2009, é fluente em mandarim e tem grande conhecimento sobre o país asiático e seu comércio exterior.

Segundo o empresário, “quem já visitou a China consegue ver que aqui existe uma infraestrutura bem preparada para facilitar o funcionamento das fábricas, desde a logística para receber a matéria prima até coisas simples como logística interna, algo que não impossível de se comparar com os serviços prestados pelos Correios no Brasil. E com a concorrência de milhares de fábricas fazendo o mesmo produto, eles precisam inovar sempre”.

O empresário destaca que “temos fábricas de material de segurança instaladas em Manaus e em Minas Gerais e ainda assim não conseguimos exportar para os países do Mercosul por causa dos impostos de entrada no Brasil. Assim, quando exportamos para outros países do Mercosul temos que embarcar os produtos diretamente da China. Estamos fazendo um trabalho intensivo visando exportar produtos industrializados do Brasil para a China, principalmente na área de alimentos, produtos orgânicos, glúten free, ou alimentos com valor elevado. As dificuldades são muito grandes e acredito que para mudar esse quadro o Brasil precisa fazer uma série de reformas e em especial uma reforma tributária que torne viável ter uma fábrica no Brasil que produza tecnologia e que possibilite criar parcerias com empresas estrangeiras afim de viabilizar a troca de tecnologia e a abertura de mercado”.

Para uso em publicações de material de divulgação para feira Intermodal 2009

Após 21 meses de altas, Porto de Santos tem queda de 0,1% na movimentação de cargas

O Porto de Santos registrou em setembro/2016 a 1ª queda no movimento acumulado (comparação com o mesmo período do ano anterior) desde dezembro de 2014. Foram 88,52 milhões de toneladas movimentadas em 2016, recuo de 0,1% em relação ao mesmo período de 2015, quando a marca chegou a 88,64 milhões t. O registro negativo já era projetado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo.

“A marca demonstra a estabilidade do Porto de Santos, lembrando que no ano passado houve um ‘ponto fora da curva’, que foi o excesso de demanda de milho no período”, comenta o diretor-presidente da Codesp, José Alex Oliva.

O fluxo de exportação permanece em alta, com crescimento de 1,8% no período, contra um recuo de 5% na importação. Como destaque, o açúcar e o complexo soja mantém a tendência de alta, com crescimento de 18% e 8% respectivamente. Na direção contrária, o milho recuou 18,5% em relação ao mesmo período de 2015. Outros produtos com destaque na pauta de exportações foram a carne bovina (+10,5%) e sucos cítricos (+8%). Nas importações, o produto de maior participação foi o adubo, que atingiu 2,3 milhões t, com aumento de 38,8%. Apresentaram também crescimento no período o gás liquefeito de petróleo (38,7%), o trigo (46,9%), a soda cáustica (12,7%) e a amônia (10,3%).

A movimentação de contêineres também registrou queda, somando 2,65 milhões teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), quantidade 6,9% inferior a registrada no mesmo período de 2015 (2,84 milhões teu).

Balança comercial

A participação de Santos na corrente comercial do país alcançou, até setembro de 2016, a marca de US$ 70,1 bilhões, equivalente a 28,9% do total brasileiro (US$ 242,6 bilhões). As exportações somaram US$ 39,9 bilhões e as importações US$ 30,2 bilhões. A China e Estados Unidos permanece, como principais parceiros comerciais do Brasil no comércio pelo Porto de Santos. Nas exportações, completam os dez países de maior participação: Argentina, Holanda, Indonésia, México, Alemanha, Bélgica, Irã e Japão. Nas importações: Alemanha, Japão, Coréia do Sul, França, México, Itália, Índia e Espanha.

Os produtos de maior destaque financeiro na pauta de exportações foram a soja, com uma participação de 13,2%, principalmente, para China, Tailândia e Taiwan; açúcar, com 11,6%, tendo como principais destinos a Índia, China e Argélia; e café em grãos (7%), indo principalmente para Estados Unidos, Alemanha e Itália.

No fluxo de importação destacaram-se o óleo diesel, com 1,89%, vindo principalmente dos Estados Unidos, Suiça e Reino Unido, e caixas de marchas, com participação de 1,34%, vindas do Japão, Indonésia e Coreia do Sul.

Movimento mensal

Em setembro de 2016, o movimento de cargas no Porto de Santos registrou 9,90 milhões de toneladas, recuo de 9,9% em relação ao mesmo mês de 2015 (quando foi registrada a 5ª maior movimentação mensal histórica: 11,0 milhões t). As exportações atingiram 6,86 milhões t, ficando 17,1% abaixo do movimento registrado em setembro de 2015 (8,28 milhões t). Já as importações somaram 3,04 milhões t, apresentando um crescimento de 11,9% sobre o mesmo mês do ano passado (2,71 milhões t).

Fluxo de navios

O número de navios no Porto de Santos registrou 3.596 atracações entre janeiro e setembro de 2016, queda de 7,1% em relação ao mesmo período de 2015 (3.871 atracações). No mês, são com 387 atracações contra 423 em setembro de 2015.

Fonte: Codesp/Porto de Santos

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Governo amplia desoneração sobre importações para as empresas optantes pelo Simples Nacional

As micro e pequenas empresas que operam no Simples Nacional podem a partir de hoje se beneficiar do regime aduaneiro especial de drawback, que consiste na desoneração de tributos incidentes sobre as importações e aquisições no mercado interno vinculadas a um compromisso de exportação. A desoneração sobre importações para optantes do Simples não era pacífica para os órgãos de fiscalização tributária.

Com a publicação da Lei Complementar nº 155 na edição desta sexta-feira (28) do Diário Oficial da União, empresas enquadradas no Simples terão segurança jurídica para a utilização do regime de drawback. A medida permitirá que as micro e pequenas empresas tenham maior competitividade para seus produtos no mercado internacional.

De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Comércio Exterior, 5.200 micro e pequenas empresas das mais de 430 mil firmas industriais optantes pelo Simples Nacional efetuaram exportações no ano passado. Agora, a expectativa é de que essas empresas aproveitem o drawback para impulsionar suas vendas externas.

O número de potenciais novos usuários do regime pode ser ainda maior, uma vez que sua utilização representa um estímulo ao engajamento na atividade exportadora por parte daquelas empresas que hoje somente vendem seus produtos no mercado interno.

Drawback

O regime aduaneiro especial de drawback foi criado pelo Decreto-Lei nº 37/1966 e posteriormente aperfeiçoado por outras legislações, resultando atualmente no Drawback Integrado nas modalidades suspensão e isenção.

O Drawback permite a suspensão ou isenção do Imposto de Importação, do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) na importação ou na aquisição no mercado interno de insumos a serem empregados ou consumidos na industrialização de produtos a serem exportados e, exclusivamente na modalidade suspensão, há a desoneração do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), incidente sobre as compras externas amparadas pelo regime.

Em 2015, US$ 48 bilhões foram exportados com o emprego do mecanismo de drawback, o que representa 25,2% das vendas externas totais do Brasil no período. A base de empresas usuárias, em torno de 1.600 firmas, contempla uma diversificada lista de setores produtivos, dentre os quais pode-se registrar o de carne de frango congelada, o automotivo e o químico.

A Lei Complementar também confere segurança jurídica para que empresas optantes pelo Simples Nacional se beneficiem do Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras, cujo objetivo é reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas cadeias de produção dos bens manufaturados exportados e que não são desonerados pelas sistemáticas de desoneração vigentes.

Investimento

Dentre diversos avanços, a Lei regulamentou também o investimento anjo no Brasil. As novas regras valem para o investidor minoritário que aportar recursos para o desenvolvimento de empresas iniciantes inovadoras, conhecidas como startups. O investidor, para efeitos legais, não será considerado sócio e não será responsabilizado por dívidas contraídas pela empresa.

Antes da nova regulamentação, havia uma grande insegurança jurídica com relação ao investimento anjo, uma vez que o investidor podia ser responsabilizado com seus bens pessoais pelas dívidas contraídas pela empresa, sem que ele tivesse cometido qualquer tipo de fraude.

Segundo o secretário de Inovação e Novos Negócios, Marcos Vinícius de Souza, “A expectativa é que os investimentos em startup aumentem consideravelmente com a nova lei. O investidor anjo é uma pessoa física que aporta capital nos primeiros momentos de vida de uma empresa iniciante e inovadora. Além dos recursos financeiros, esses investidores auxiliam as jovens empresas com a sua experiência e a sua rede de contatos.

Quase todas as maiores empresas de tecnologia do mundo foram apoiadas por investidores anjo no início de suas operações, por isso é fundamental dar a segurança jurídica necessária para que esse tipo de investimento floresça no país”.

Fonte: MDIC

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Importações de azeite recuaram 20% até julho e somaram 27 mil toneladas, segundo Associação

As importações brasileiras de azeites recuaram 20% de janeiro a julho deste ano sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva). O mercado brasileiro comprou 27 mil toneladas de azeite do exterior nos sete primeiros meses deste ano contra 34,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

De acordo com a Oliva, a queda é reflexo do momento instável vivido pelo Brasil que afetou o poder de compra dos brasileiros e modificou alguns hábitos de consumo. “Mesmo com o cenário atual, o brasileiro não deixou de consumir o produto, porém, passou a comprar menos unidades”, disse a presidente da Oliva, Rita Bassi, em material divulgado pela entidade.

Apesar do movimento de queda, os países árabes aumentaram as suas exportações de azeite para o Brasil de janeiro a julho. Eles enviaram ao mercado nacional 233,7 toneladas, o que significou aumento de 82% sobre os sete primeiros meses do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

As importações brasileiras do produto com origem no mundo árabe representaram gastos de US$ 959 mil no acumulado ano até julho, mais que o dobro dos US$ 431 mil de iguais meses do ano passado. Quase tudo teve como procedência a Tunísia, país árabe do Norte da África, mas o Líbano também fez vendas.

De acordo com a Oliva, outros mercados mundiais como Rússia e Japão também apresentam queda nas importações, mas países como Austrália, China e Estados Unidos estão comprando mais. A Oliva trabalha na orientação aos consumidores e desenvolvimento do segmento no Brasil e é filiada ao Conselho Oleícola Internacional (COI).

Fonte: ANBA

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Classificação Fiscal de Mercadorias

O SH – Sistema Harmonizado é um método internacional de classificação fiscal de mercadorias.
Os países membros do Mercosul adotaram mais 2 dígitos ao final dos 6 dígitos do sistema harmonizado para definir a classificação fiscal das mercadorias e outros países também fizeram o mesmo e incluíram outros dígitos no final da classificação.

Então o NCM – Nomenclatura comum do Mercosul é composto de 8 dígitos, sendo os 6 primeiros dígitos equivalentes ao SH – Sistema Harmonizado e os dois últimos dígitos exclusivos do Mercosul.

Classificar corretamente as mercadorias não é uma tarefa fácil, já que existem produtos que requerem conhecimento técnico para serem classificados e em alguns casos não existe uma classificação fiscal que defina precisamente o produto que desejamos classificar.

Algumas vezes temos que pedir ajuda de um profissional especializado e que conheça bem os detalhes técnicos do produto, em alguns casos precisamos de contratar uma empresa especializada em classificação fiscal de produtos ou precisamos formalizar uma consulta formal para a Receita Federal.

Se a mercadoria tiver sido classificada de forma incorreta, o importador estará sujeito a diversas penalidades, portanto antes de realizar a importação do produto, o importador precisa ter certeza que classificou a mercadoria de forma correta.

Como o sistema harmonizado é um código universal, então os 6 primeiros dígitos podem te ajudar a identificar parcialmente o produto por aqui, mas cuidado porque se os fornecedores lá fora tiverem classificado os 6 primeiros errados e tiverem te enviado esta informação, você pode ser induzido a classificar errado aqui também.

Algumas vezes temos que pedir ajuda de um profissional especializado no produto que deve ser classificado.

Por exemplo:

Se vai classificar um medicamento, ter o auxilio de um farmacêutico, se for classificar uma máquina ter a ajuda de um engenheiro.

Vou usar como exemplo um produto que a maioria das pessoas usa explicar sobre classificação fiscal (que é o parafuso).

Se fizermos uma pesquisa com a palavra (parafuso) vamos encontrar a possibilidade de classificar o parafuso em diversos situações, como por exemplo:

3403 – PREPARAÇÕES LUBRIFICANTES (INCLUÍDOS OS ÓLEOS DE CORTE, AS PREPARAÇÕES ANTIADERENTES DE PORCAS E PARAFUSOS, AS PREPARAÇÕES ANTIFERRUGEM OU ANTICORROSÃO E AS PREPARAÇÕES PARA DESMOLDAGEM, À BASE DE LUBRIFICANTES)

6401 – CALÇADOS IMPERMEÁVEL DE SOLA EXTERIOR E PARTE SUPERIOR DE BORRACHA OUPLÁSTICOS, EM QUE A PARTE SUPERIOR NÃO TENHA SIDO REUNIDA À SOLA EXTERIOR POR COSTURA OU POR MEIO DE REBITES, PREGOS, PARAFUSOS, SALIÊNCIAS(ESPIGÕES) OU DISPOSITIVOS SEMELHANTES

73181200 – OUTS.PARAFUSOS P/MAD.,D/FER.FUND,FERRO/AÇO
Como o parafuso possui diversas aplicações de uso será possível fazer a classificação em capítulos diferentes. Portanto precisamos conhecer bem o tipo de parafuso que vamos usar para fazer a classificação da forma correta.

No capítulo 73 (Obras de ferro fundido, ferro ou aço), encontramos duas possibilidades de classificação que são parecidas:

73181200 – OUTS.PARAFUSOS P/MAD.,D/FER.FUND,FERRO/AÇO

73181400 – PARAFUSOS PERFURANT.D/FERRO FUND.,FER/AÇO

Qual seria uma classificação mais genérica e a mais específica entre estas duas? Esta resposta vai depender das características do parafuso que vamos usar.

E se o parafuso for feito de plástico? Então provavelmente ele não poderá ser enquadrado nestas classificações.

O capítulo 39 trata dos produtos (Plásticos e suas obras) mas quando fiz uma pesquisa não encontrei a palavra parafuso, então uma classificação genérica talvez possa ser usada, como a posição seguinte:

39269090 – OUTS.OBRAS D/PLÁSTICO

E se o parafuso fosse feito de alumínio?

Então temos a opção de pesquisar no capítulo 76 (Alumínio e suas obras).

E se o parafuso for usado em uma aeronave? Será que ele poderia ser considerado como uma parte ou peça de uma aeronave?

Teríamos que analisar as opções do capítulo 88 (Aeronaves e aparelhos espaciais e suas partes)

Através deste exemplo você pode observar que existem muitas possibilidades para classificar um produto e que precisamos conhecer muito bem as características deste produto para conseguirmos fazer a classificação da forma correta.

(*) Henrique Mascarenhas é Professor coordenador dos cursos de Comércio Exterior da GS Educacional

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Empresas brasileiras comemoram US$ 1,2 bilhão em negócios com participação na SIAL 2016

As empresas brasileiras presentes na SIAL Paris 2016, realizada de 16 a 20 de outubro, encerraram a participação na feira com uma expectativa de US$ 1,2 bilhão em negócios imediatos e a serem concretizados nos próximos 12 meses. As 102 empresas fizeram 11.200 reuniões de negócios com compradores de todo o mundo.

A presença do Brasil na feira foi organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em uma área de 2.800m² distribuída por quatro pavilhões (Nacional, Bebidas, Carne Bovina, Carne de Frango e Suína). Essa foi a oitava participação organizada pela Agência na principal feira de inovação em alimentos e bebidas do mundo, que reuniu 160 mil visitantes de mais de 190 países.

Além das reuniões de negócios, a programação do pavilhão nacional incluiu palestras e seminários técnicos sobre tendências de mercado, procedimentos de compra e exigências dos compradores locais em termos de prazos, qualidade e entrega de produtos, oportunidades e desafios para os produtos brasileiros.

A campanha #Be Brasil foi apresentada ao público internacional, reforçando a imagem do país como um parceiro de negócios, com diferenciais positivos como a sustentabilidade, a criatividade e a inovação. “Aproveitamos a oportunidade de contato com o público e com a imprensa europeia para apresentarmos dados importantes sobre a produção brasileira de alimentos e esclarecer pontos sobre, por exemplo, a sustentabilidade da nossa agropecuária”, comentou o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe.

Negócios

Para reforçar a negociação, a Apex-Brasil convidou compradores de redes varejistas e distribuidoras como a espanhola El Corte Inglés, a polonesa De Care e a belga Ad Hoc Belux para interagir com as empresas brasileiras. A Agência também levou um grupo de sete compradores dos Emirados Árabes Unidos, Catar e Jordânia, que possuem redes de distribuição para o Oriente Médio e África. Eles se reuniram com 71 empresas brasileiras e ao menos uma delas, a Aramtec, fechou pedidos de US$ 800 mil com a JBS e está negociando outros US$ 150 mil.

No pavilhão nacional, a Cory Alimentos realizou 110 contatos com antigos e novos clientes. Fechou US$ 600 mil em contratos imediatos e prevê dobrar esse número nos próximos 12 meses, a partir dos novos clientes obtidos na feira. “Negociamos 15 containers com países diversos, como Líbia, Palestina, Jordânia, Senegal e Isla Margarita”, relata o diretor da empresa, Gilberto Jorge. “E nosso maior sucesso foi retomar as vendas para Angola, que estavam paradas há quase dois anos, devido a problemas na economia angolana”, completa.

O Café Bela Época estreou no mercado internacional durante a SIAL. Tradicional produtora de café no Brasil, a empresa criou uma estratégia exclusiva para o mercado internacional e apresentou sua linha de cafés especiais e orgânicos com certificação para a Europa, Estados Unidos e Japão, além de selos de indicação de procedência e rastreabilidade.

“Fizemos bons contatos com lojas distribuidoras de produtos orgânicos e ainda encontramos bons fornecedores de cápsulas que vão nos ajudar a incrementar a produção no Brasil. Foi um primeiro passo muito interessante e esperamos negociar em torno de US$ 500 mil no próximo ano”, avalia André Cunha, proprietário da empresa.

Na linha de produtos saudáveis e naturais, que são uma tendência na Europa, a Sandéleh alimentos estima fechar a venda de um lote de 30 containers de palmito de pupunha, que totalizam US$ 1,5 milhão, nos próximos 12 meses. “Já estamos negociando com empresas da França, Espanha, Estados Unidos, Irã, Iraque e Coreia do Sul e o que mais chamou a atenção delas foi nossa embalagem abre-fácil, que é pouco conhecida fora do Brasil”, relata o diretor da empresa, Amistron Costa.

A Native Berries, que já comercializa açaí congelado no Reino Unido, fez um total de 160 contatos com compradores da Europa e Ásia. A maioria demonstrou interesse nas formulações em pó para a indústria alimentícia: açaí, guaraná, acerola e outras frutas da Amazônia. “Avançamos na negociação com dois clientes da Coreia do Sul e vamos trabalhar agora para fechar um lote completo e atender os clientes de países europeus como Espanha, França, Alemanha, Itália e Holanda. A expectativa é negociarmos US$ 7 milhões nos próximos 12 meses”, informa o diretor Rafael Vaz.

De olho nessa tendência do mercado europeu, a Cross Foods apresentou uma seleção de produtos naturais, saudáveis e bem brasileiros que incluiu suco de cana-de-açúcar, geleia de jabuticaba, açaí e um café com extrato de chá mate. “Ainda não temos distribuidores dessa linha na Europa, mas como houve um grande interesse dos europeus, decidimos abrir uma base aqui para atender esses mercados”, diz Fabiano Lombardi, representante da empresa.

A Cross Foods também negociou outros produtos como biscoitos, panetones e doces. “Fizemos 250 contatos e esperamos fechar negócios com 10% deles, o que deve totalizar de US$ 250 mil a US$ 300 mil”, completa.

As 17 exportadoras de frango negociaram um total de US$ 32 milhões e têm uma expectativa de concretizar outros US$ 350 milhões nos próximos 12 meses. A Saudali, por exemplo, fez 80 contatos e já negocia com 50 deles. “Foi nossa primeira experiência na SIAL e nos surpreendeu positivamente. Além de bons contratos, fizemos atualização de preços, conquista de novos mercados e novos conhecimentos sobre certificações” avaliou Weber Vaz Melo, gerente comercial. Walmir Koller, gerente de exportação da Alliz, também avaliou bem a feira.

“Fizemos mais de 400 contatos, com compradores estritamente interessados em fazer negócios. Foi muito produtivo e essa ação deve influenciar bastante os nossos negócios dos próximos meses”, disse.

A participação brasileira contou ainda com um grupo de 22 empresas de sete estados, sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que participaram de rodadas de negócios e visitas técnicas a indústrias de alimentos na França.

Fonte: Apex-Brasil

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Exportações com drawback totalizam US$ 20,4 bilhões até o mês de julho, segundo dados do MDIC

De janeiro a julho de 2016, as exportações com drawback atingiram US$ 20,4 bilhões, o que representa 19,2% do total exportado no período. No mesmo período, as importações com drawback atingiram US$ 4,1 bilhões, correspondendo a 5,4% do total importado. Quanto às compras de mercado interno, nos sete primeiros meses de 2016, as compras no mercado interno via drawback alcançaram US$ 126,5 milhões, correspondendo a 2,9% do total de insumos comprados via regime. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Em julho, as exportações com drawback suspensão somaram US$ 2,8 bilhões, equivalentes a 17,2% do total exportado no período. As importações atingiram US$ 580,6 milhões, 4,9% do total importado no período. As compras do mercado interno somaram US$ 14,1 milhões, o que representa 2,4% do total de insumo adquiridos ao amparo do drawback suspensão.

No mês de julho de 2016, as exportações com drawback por fator agregado estiveram assim discriminadas: 54% referentes a produtos manufaturados; 21,1% a produtos básicos; e 24,8% a produtos semimanufaturados. Em relação às importações com drawback por fator agregado, 61,6% compuseram-se de manufaturados, 35,2% de produtos básicos e 3,2% de semimanufaturados. As compras no mercado interno com drawback em julho de 2016 corresponderam a 91% de produtos manufaturados, 8,6% de básicos e 0,4% de semimanufaturados;

De acordo com a Pauta de Produtos de Exportação (PPE), os produtos mais exportados utilizando-se o drawback suspensão, em julho de 2016, foram carne de frango congelada, fresca ou refrigerada, incluído miúdos e automóveis de passageiros. Os produtos mais importados, classificados de acordo com a Pauta de Produtos de Importação (PPI) foram minérios de cobre e seus concentrados e hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas. Para compras no mercado interno, destaca-se coque de petróleo e perfis e fios, de ferro ou aços;

Com relação à agregação de valor no mês de julho de 2016, o índice médio das importações/exportações foi 20,6%, e o índice médio de compras no mercado interno/exportações foi 0,5%;

Em julho de 2016, as reposições de estoques de insumos importados e adquiridos no mercado interno amparadas pelo regime de drawback isenção, cursadas no sistema drawback isenção web, atingiram US$ 124,4 milhões;

No período em questão, 1.013 empresas exportaram ao amparo do drawback suspensão.

Fonte: MDIC