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Demissões da Ecovix provocam efeito dominó em Rio Grande

Houve um tempo em que os rio-grandinos faziam queixas ao exército de macacões que desembarcara na cidade. Em 2013, os 20 mil trabalhadores do polo naval impulsionavam a indústria e o comércio local, mas também provocavam filas em restaurantes, engrossavam congestionamentos e faziam com que os preços de aluguéis disparassem em razão da demanda. Sequer existiam lugares suficientes para que todos morassem — até delegacia tornou-se alojamento. O mais antigo município gaúcho questionava o preço a ser pago em prol do desenvolvimento.

Hoje, o cenário mudou. Rio Grande sente falta do movimento efervescente sinônimo de economia em alta. O número de metalúrgicos nos estaleiros, que havia despencado para 6 mil neste ano, entrou em queda livre na segunda-feira, quando 3,2 mil trabalhadores da Ecovix, o maior dos complexos ainda em operação na Região Sul, foram demitidos de uma só vez.

Fosse somente a dispensa dos metalúrgicos, o impacto na economia da cidade seria grande. Mas, em Rio Grande, o consenso indica que o desligamento coletivo causa efeito dominó nos negócios.

— Não representam somente 3,2 mil demissões. Existem ainda as empresas terceirizadas e a mão de obra indireta, como ônibus, restaurantes e aluguéis. Esse número de postos de trabalho perdidos pode duplicar. A cidade inteira vai sentir o reflexo, não apenas o pessoal da Ecovix — prevê Rogério Betança, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico de Rio Grande e São José do Norte.

As demissões acentuam a crise financeira que já estava estabelecida. Em meados de 2005, previa-se que a população rio-grandina duplicaria e chegaria a 400 mil com o progresso impulsionado pelos estaleiros. Estimulados pelos governantes, empresários investiram para atender ao crescimento: construíram hotéis, inauguraram restaurantes e ampliaram o comércio.

— Políticos chegavam à cidade e falavam: “Vocês vão ver o cavalo passar encilhado? Tem de investir”. Na realidade, não se conseguiu nem pagar o investimento feito. Esses mais de 3 mil desempregados caem como uma bomba no comércio — resume o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade, Luiz Carlos Zanetti.

Impactados pelo anúncio do corte no quadro da Ecovix, prestadores de serviços para a companhia e seus trabalhadores ainda calculam os prejuízos à vista. Entre eles, está a Universal Turismo, empresa de ônibus responsável pelo transporte dos metalúrgicos.

A Ecovix representava 30% do faturamento. Com o rompimento imediato do contrato, o proprietário, Renan Lopes, projeta a demissão de ao menos 30 de seus 78 funcionários e contabiliza dificuldades para pagar as rescisões.

— Havia a promessa de que os estaleiros teriam demanda por novas plataformas da Petrobras durante 20 anos e depois continuariam fazendo reformas em plataformas e navios. Com as demissões, vou liberar o estacionamento dos ônibus, vender veículos e mandar parte do pessoal embora.

Um dos reflexos estava no pátio da Universal Turismo lotado ontem à tarde, com mais de 50 ônibus parados. Às margens da BR-392, em frente ao pórtico do Estaleiro Rio Grande, outro sintoma dos desligamentos. Proprietário de um trailer de refeições coberto de lona frequentado quase que exclusivamente pelos trabalhadores, José Machado encerrará as atividades:

— Todo mundo fica triste, porque é uma cadeia que gera emprego. Como o estaleiro parou, também vai parar meu estabelecimento, a entrega do gás, o fornecimento de gelo, os serviços em torno do que a gente faz. São ao menos mais sete desempregados.

No centro da cidade, mais previsões de demissões. O restaurante Paladar acostumou-se às filas diárias na espera para o almoço na época em que três plataformas de petróleo estavam sendo construídas simultaneamente em Rio Grande. Diante da maré positiva, em uma década, o estabelecimento triplicou de tamanho e ampliou a capacidade para servir 600 refeições por dia. Ontem não passaram de 300 clientes e ninguém teve de aguardar para comer.

— Foi nos vendido um projeto, e esse projeto foi mentiroso — diz o proprietário, Miguel Barroco.

Fonte:Agencia RBS/Débora Ely

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Porto de Paranaguá investe em novo layout de operações

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está investindo em novo layout para atender os novos mercados de cargas de alto valor agregado.

Os antigos armazéns ociosos utilizados até as décadas de 1970 e 1980 para movimentação de cargas como café, mate e madeira estão dando lugar para amplos pátios preparados para movimentação de produtos de alto valor agregado como ônibus, máquinas agrícolas e pás eólicas na faixa portuária primária do porto.

As obras, que começaram em setembro e se desenrolarão até o primeiro semestre de 2017, preveem a derrubada das estruturas antigas e armazéns substituídos por enormes pátios com pavimentação em concreto de alta capacidade, demarcados e iluminados, que serão utilizados para novas operações portuárias.

As antigas operações destas cargas nos armazéns ficaram obsoletas e atualmente todos estes produtos são movimentados em contêineres.

Ao todo, são mais de 30 mil metros quadrados que passarão a ter nova finalidade na área do porto. Os espaços que eram ocupados pelos armazéns antigos serão utilizados como pátio para armazenamento de cargas gerais, como ônibus, tratores e máquinas agrícolas.

“Há uma demanda muito grande pela movimentação deste tipo de carga, que tem um alto valor agregado e movimenta toda uma cadeia produtiva no estado do Paraná. Era uma necessidade operacional do Porto de Paranaguá”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

No ano passado, a movimentação de cargas gerais representou 20% da atividade total do Porto de Paranaguá, com 8,8 milhões de toneladas importadas e exportadas.

Somente nos nove primeiros meses deste ano, a movimentação deste tipo de carga já cresceu 3,5% em relação ao ano anterior. Nas exportações, onde há a maior demanda para movimentação de máquinas e equipamentos produzidos no estado, a movimentação cresceu 11% em 2016.

Evolução

A demolição complementa as obras de reforço do cais e dos berços do Porto de Paranaguá, realizadas ao longo dos últimos dois anos e frutos de um investimento de R$ 89 milhões.

A reforma foi a maior já feita no cais público na história do Porto e capacitou toda a faixa primária para operações mais pesadas, que antes não eram possíveis. Além disso, ela permitiu que todos os berços fossem dragados para uma profundidade mínima de 13,8 metros.

Fonte: Bonde

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Maersk prevê recuperação, com um final de ano ‘levemente melhor’

Com boas perspectivas em relação às importações de produtos a serem comercializados no Natal, a armadora Maersk Line espera para este fim de ano um movimento levemente melhor do que nos anos anteriores. O otimismo é motivado pela “discreta” retomada na confiança de empresários e consumidores.

“Estamos finalmente vislumbrando um Natal levemente melhor, mas precisamos lembrar que as bases de comparação são bastante baixas, uma vez que passamos por cinco anos sucessivos de queda nos volumes”, destacou o diretor superintendente da armadora para o cluster da Costa Leste da América do Sul, Antonio Dominguez.

Segundo o diretor de Trade e Marketing da Maersk Line na Costa Leste da América do Sul, João Momesso, a indústria vem tentando retomar os estoques que estavam baixos, diante da queda verificada nas importações nos últimos meses.

“Se você olhar por números absolutos, a gente estava em um patamar que caiu bastante, continuou caindo e agora parou de cair. Eu diria que é a análise mais realista. Se perguntar porque parou de cair, acho que é por conta da mistura de alguns fatores. Um é a expectativa, a confiança na economia que hoje, comparada com seis ou três meses atrás, é mais positiva. Outro fator que é realmente ligado com o que acontece nos mercados está principalmente no fim do primeiro trimestre, quando os importadores pararam de trazer as importações”, explicou João Momesso.

A companhia também registra uma melhora nos embarques. No terceiro trimestre, as exportações foram impulsionadas principalmente pela forte demanda asiática por produtos refrigerados, que tiveram uma alta de 28,4%. Em contrapartida, houve uma queda de 8% nas remessas para a Europa e de 7,4% para o Oriente Médio – mas um pequeno crescimento de 4,5% para a África.

“A história mais interessante que a gente tem para contar é a da carga refrigerada – carne, principalmente. Alguns mercados, nós estamos monitorando, como os Estados Unidos. Mas um dado concreto é a China. A gente viu volumes de exportação de carga refrigerada crescendo entre 10% e 15% crescendo neste ano em relação ao ano anterior”, destacou Momesso.

Para consolidar sua posição global no transporte de produtos refrigerados, a Maersk Line anunciou, em outubro, a compra de mais 14,8 mil contêineres refrigerados, após um investimento em outras 30 mil novas unidades em 2015 e 6 mil no início deste ano.

Próximo ano

A Maersk Line prevê um crescimento de apenas 1% no próximo ano. Em termos de comércio global, a companhia acredita que a demanda mundial por transporte de contêineres crescerá entre 1% e 2% em 2016.

“O Brasil está em transição pela segunda vez este ano, com as importações caindo menos e as exportações desacelerando, o que coloca o país em uma provável rota para reverter a tendência do segundo trimestre, quando as exportações ultrapassaram as importações e o Brasil tornou-se um exportador líquido em volume de contêineres. Tudo isso destaca como é crítica a necessidade de que o Brasil abra suas fronteiras, levante as restrições ao comércio, avance com as concessões, reduza a burocracia e estabeleça novos acordos bilaterais com países e blocos comerciais como o Reino Unido e a União Europeia”, diz o diretor superintendente, Antonio Dominguez.

Fonte:Tribuna online

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Maersk Line adquire a Hamburg Süd

A Maersk Line e o Grupo Oetker anunciam que chegaram a um acordo para a Maersk Line adquirir a Hamburg Süd, a empresa de navegação alemã. A aquisição está sujeita ao acordo final e aprovações regulatórias.

A Hamburg Süd é a sétima maior linha de transporte marítimo de contêineres do mundo e líder nos negócios Norte-Sul. A empresa opera 130 navios porta-contêineres com uma capacidade de 625 mil TEUs. Possui 5.960 funcionários em mais de 250 escritórios em todo o mundo e comercializa seus serviços através das marcas Hamburg Süd, CCNI (com sede no Chile) e Aliança (com sede no Brasil). Em 2015, a Hamburg Süd teve um volume de negócios de US$ 6,726 bilhões, dos quais US$ 6,261 bilhões decorrentes de suas atividades de linha de contêineres.

“Hoje é um novo marco na história da Maersk Line. Estou muito satisfeito que chegamos a um acordo com o Grupo Oetker para adquirir a Hamburg Süd. A Hamburg Süd é uma empresa muito bem gerida e altamente respeitada, com marcas fortes, funcionários dedicados e leais. A Hamburg Süd complementa a Maersk Line e juntos podemos oferecer aos nossos clientes o melhor dos dois mundos, em primeiro lugar nos negócios Norte – Sul “, afirma Søren Skou, CEO da Maersk Line e do Grupo Maersk.

“Estamos orgulhosos de nos juntarmos ao líder do mercado global Maersk Line.Mesmo ganhando acesso a uma rede superior e sistemas, vamos continuar a marca Hamburgo Süd e modelo de negócio oferecendo soluções personalizadas para nossos carregadores e consignatários. Ao juntar forças, tanto Maersk como Hamburg Süd vão fortalecer suas carteiras de produtos e suas posições de custo em benefício de seus clientes “, diz Ottmar Gast, presidente da Diretoria Executiva do Grupo Hamburg Süd.

“Renunciar ao nosso compromisso no transporte marítimo depois de 80 anos de propriedade da Hamburg Süd não foi uma decisão fácil para a minha família. Estamos muito confiantes, porém, ter escolhido o melhor de todos os parceiros possíveis. A Maersk irá preservar e crescer a Hamburg Süd. É o que a marca e toda a organização e uma força de trabalho altamente dedicada representam: serviços logísticos confiáveis e de alta qualidade para nossos clientes”, diz August Oetker, presidente do Conselho Consultivo do Grupo Oetker.

Em 22 de setembro de 2016, a Maersk Line anunciou que aumentaria sua participação de mercado de forma orgânica e por meio de aquisições.

“A aquisição da Hamburg Süd está de acordo com nossa estratégia de crescimento e aumentará os volumes tanto da Maersk Line quanto da APM Terminals”, diz Søren Skou.

A Hamburg Süd e a Aliança continuarão como marcas separadas e continuarão a servir os clientes através dos seus escritórios locais.

“A Hamburg Süd e a Aliança têm propostas de valor competitivo e atraente para o cliente, que queremos preservar e proteger, queremos manter o toque pessoal e o envolvimento que eles oferecem aos seus clientes”, diz Søren Skou.

Os clientes da Hamburg Süd e Maersk Line terão acesso aos serviços ponta-a-ponta dedicados prestados pela Hamburg Süd nas operações Norte-Sul, bem como à flexibilidade e ao alcance proporcionados na rede global da Maersk Line. Além disso, a rede combinada permitirá à Maersk Line desenvolver novos produtos com menores tempos de trânsito.

“Nossa rede combinada proporcionará oportunidades excitantes para desenvolver novos produtos e explorar sinergias operacionais. Os clientes da Hamburg Süd e Maersk Line se beneficiarão de mais opções e melhores produtos”, conclui Søren Skou.

A aquisição está sujeita a “due diligence”, acordo final e sujeito a aprovação regulamentar na China, Coreia do Sul, Austrália, Brasil, Estados Unidos e União Europeia. A Maersk Line espera que o processo de regulamentação dure até o final de 2017. Até então, a Hamburg Süd ea Maersk Line continuarão a funcionar como de costume.

Com a aquisição, a Maersk Line terá uma capacidade de cerca de 3,8 milhões de TEUs e uma participação de 18,6% na capacidade global. A frota combinada será composta por 741 navios porta-contêineres com uma idade média de 8,7 anos.

O acordo com a Hamburg Süd não tem impacto financeiro em 2016.

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Porto de Paranaguá apresenta inovações para 2017 no interior do estado

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realiza, nesta segunda-feira (28), uma apresentação das inovações na área portuária para a safra 2017 em Maringá. O evento é voltado para representantes do setor produtivo, agricultura, a indústria e o comércio. De acordo com o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, a ideia é aproximar os portos e o setor produtivo do interior do estado.

Ontem, terça-feira (29), a apresentação será feita em Londrina. A administração já passou por Guarapuava (7 de novembro), Ponta Grossa (8 de novembro), Foz do Iguaçu (18 de novembro), Cascavel (21 de novembro) e Campo Mourão (22 de novembro).

Mudanças

Cerca de R$ 600 milhões foram aplicados para melhorar a infraestrutura e logística no Porto do Paraná. Outros investimentos, no valor de cerca de R$ 323 milhões, estão sendo licitados para 2017 e 2018, totalizando R$ 934,9 milhões.

Entre as mudanças recentes, a dragagem ampliou o canal de Paranaguá e estão em andamento as melhorias viárias de acesso ao Porto de Paranaguá. Foram adquiridos quatro novos shiploaders (equipamento que carrega com grãos os navios cargueiros), substituindo equipamentos que datavam da década de 70. Os novos equipamentos aumentaram a capacidade de carregamento de grãos no Corredor de Exportação em 33%. Também foram adquiridos dez novos guindastes, novas balanças para pesagem dos caminhões, novos tombadores e demais componentes para descarregar cargas, foram adquiridos scanners para inspeção de cargas, novas guaritas informatizadas e novo acesso ao Pátio de Triagem de Caminhões foram instalados.

A implantação do Appa Web (Porto Sem Papel), a nova iluminação (em LED) da avenida portuária, trouxeram maior agilidade e segurança para operações noturnas.

A App também concluiu o Centro de Proteção Ambiental das Baias de Paranaguá e Antonina (CPA) – primeira base do Brasil, localizada em porto público, que integra o atendimento à fauna petrolizada com o atendimento a emergências ambientais envolvendo derramamentos químicos e de óleo.

Somando-se a isso, já foram licitados R$183 milhões para modernização dos berços 201 e 202 e ampliação em 100 metros do cais do berço 201 – sentido Oeste. Esta é a primeira obra pública de ampliação do cais de atracação do Porto de Paranaguá dos últimos 30 anos e será realizada integralmente com recursos próprios da Appa.

Os projetos dos novos píeres já estão prontos, além da ampliação do pátio de triagem. Outro avanço é no planejamento: o Plano de Desenvolvimento do zoneamento portuário (PDZPO) permitirá o arrendamento de novas áreas.

Investimentos privados

Além dos investimentos públicos, outros R$5,1 bilhões em investimentos privados já estão em andamento nos Portos do Paraná. Os projetos – que incluem novos terminais e arrendamentos, renovações de contratos e rearrendamentos de áreas públicas.

O plano de investimentos previstos pela Appa para os portos do estado prevê um cenário até 2030. Para que se tenha uma ideia, neste período, a demanda de movimentação de cargas no Paraná deverá saltar das atuais 45 milhões de toneladas para 83 milhões de toneladas.

“O Porto hoje é o grande indutor de investimento do estado e, justamente por isso, estamos ampliando as discussões sobre a modernização de ferrovias e rodovias”, declarou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Entre os investimentos estão R$ 1,4 bilhão em novos Terminais de Uso Privado, R$ 1,2 bilhão em arrendamentos do Programa de Investimentos em Logística (PIL), R$ 960 milhões em renovações antecipadas de áreas, R$ 820 milhões em contratos de passagem e R$ 700 milhões em rearrendamentos de áreas públicas ocupadas.

Fonte: Paraná Portal/Mariana Ohde

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Aço Brasil revê previsão de queda da produção de aço bruto em 2016

A crise no mercado interno e o excesso de aço no mercado internacional levaram o Instituto Aço Brasil a reduzir suas projeções para o nível de atividade do setor neste ano. A nova estimativa para a produção de aço bruto no País em 2016 é de 30,7 milhões de toneladas, o que representa queda de 7,6% em relação a 2015. Se confirmado, será o menor volume registrado desde 2009. A projeção anterior, divulgada em junho, era de uma queda na ordem de 4,3%, para 33,2 milhões de toneladas.

De acordo com o Aço Brasil, a intensidade da queda do desempenho dos indicadores da indústria siderúrgica vem diminuindo, “o que permite dizer que talvez o pior tenha passado”, diz em nota divulgada junto com as previsões. Na análise do instituto, isso não garante a recuperação vigorosa do setor devido à manutenção de fatores estruturais e conjunturais e à fraqueza da demanda doméstica.

As vendas no mercado interno devem totalizar 16,3 milhões de toneladas no ano, recuo de 10,1%, patamar semelhante ao de 2005. O consumo aparente de aço, por sua vez, deve somar 17,9 milhões de toneladas, queda de 16,2%. Até junho a expectativa era de queda de 14,4%.
“Tanto em nível de venda quanto de consumo aparente estamos retomando o patamar de 11 anos atrás. A situação do mercado interno nos levou a uma realidade de uma década atrás. Em termos de consumo paramos no tempo”, disse Alexandre Lyra, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil. “A mensagem positiva é que a queda está desacelerando, mas daí a se falar em retomada ainda temos um belo caminho pela frente”, disse.

As exportações devem somar 13,218 milhões de toneladas em 2016, queda de 3,7% em relação a 2015. A estimativa anterior era de diminuição de 3,5%, para 13,726 milhões de toneladas. Em valores o Aço Brasil estima que as vendas externas alcancem US$ 5,5 bilhões, 16,7% inferiores na comparação anual.
Já as importações são estimadas em 1,622 milhões de toneladas, recuo de 49,5% em relação ao ano passado.

O consumo aparente de aço em 2017 deverá crescer 3,5%, para 18,483 milhões de toneladas. Já as vendas no mercado doméstico podem ter alta de 3,6%, para 16,920 milhões de toneladas.
A produção de aço bruto em outubro somou 2,720 milhões de toneladas, queda de 8,8% ante o registrado no mesmo mês de 2015. De janeiro a outubro 25,638 milhões de toneladas de aço foram produzidas nas usinas do País, um recuo de 9,2%.

O consumo aparente de aço, que inclui produtos nacionais e importados, caiu 2,1% no mês, para 1,605 milhão de toneladas, e no ano já acumula um recuo de 17,6% (15,286 milhões de toneladas). Já as vendas de aço no mercado interno recuaram 5,4% no mês passado, para 1,374 milhão de toneladas. Nos dez primeiros meses do ano a comercialização de produtos siderúrgicos no mercado interno diminuiu 11,1%, somando 13,937 milhões de toneladas.

Na tentativa de compensar a perda de mercado doméstico, as siderúrgicas tentaram exportar mais, mas têm esbarrado no que chamam de “assimetrias competitivas” e no custo Brasil. Houve queda de 2,3% nas exportações no acumulado do ano. De janeiro a outubro foram exportadas 10,999 milhões de toneladas de aço. Em outubro houve queda de 23,4% ante o mesmo mês de 2015, para 931 mil toneladas.
Os ganhos com as exportações em dólar caíram 19,9%. Ao longo dos primeiros dez meses de 2016 a siderurgia obteve receita de US$ 4,537 bilhões com os embarques de aço.
Em outubro o País importou 282 mil toneladas de aço, volume 46,9% superior ao de igual mês do ano passado. No acumulado dos dez meses do ano as importações caíram 51%, somando 1,451 milhão de toneladas de aço.

Fonte>: Jornal do Comercio (POA)

Usiminas confirma que comunicou aumento de preços de aço a partir de dezembro

A Usiminas comunicou aumentos de preços de aço a partir do início de dezembro em 9 a 12 por cento, confirmou nesta quarta-feira o diretor comercial da siderúrgica, Sergio Leite, durante evento com analistas e investidores.

Ele também afirmou que a companhia está negociando com montadoras de veículos elevação de 25 por cento nos preços do aço, mas que ainda não concluiu nenhum acordo. Leite ainda disse que a Usiminas espera aumento de 5 por cento no mercado brasileiro de aços planos em 2017.

Fonte: Reuters

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Consolidação de Hamburg Süd e Maersk criaria concentração no Brasil

A consolidação entre os transportadores de contêineres Hamburg Süd e Maersk Line, se levada a cabo, criará uma superconcentração na navegação brasileira – tanto nas linhas domésticas (cabotagem) quanto nas de longo curso. Na cabotagem o impacto é maior: a Aliança, da Hamburg Süd, e a Mercosul Line, do grupo Maersk, têm juntas 80% da capacidade total do mercado em Teus (contêiner padrão de 20 pés). O restante está nas mãos da Log-In.

Com menos competição para os embarcadores decidirem quem contratar, a aposta do mercado é que dificilmente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprove tamanha concentração sem restrições.

No transporte de longo curso, os dois grupos teriam juntos uma fatia de 36% no volume de cargas transportadas nos tráfegos com a Costa Leste da América do Sul, considerando o acumulado do ano até setembro. Somando as participações dos dois armadores seguintes no ranking – MSC e Hapag Lloyd -, significa que 70% dos volumes ficariam concentrados nos conveses de três companhias.

Nos últimos dias, a mídia internacional subiu o tom no sentido de que haveria uma negociação avançada entre a família Oetker, dona da Hamburg Süd – o braço de navegação do conglomerado alemão -, e a Maersk Line. A respeitada publicação “ShippingWatch”, especializada no setor, publicou reportagem nesta semana informando que a compra da Hamburg Süd pela dinamarquesa Maersk Line está para acontecer “logo” e que o valor gira em torno de € 4 bilhões.

Apesar de Hamburg Süd e Maersk Line não comentarem o que classificam como especulações, nenhuma nega que haja uma negociação em curso. A Maersk Line é o maior armador do mundo em capacidade e a Hamburg Süd é o sétimo. No Brasil, a alemã lidera a movimentação da cabotagem, com a Aliança, e encabeça o ranking do longo curso. A Mercosul Line é a segunda no transporte doméstico e a Maersk Line é a quarta nos serviços internacionais.

Uma eventual venda ou fusão suscita questões também sobre como ficará a distribuição dos navios entre os terminais portuários onde hoje esses armadores operam.

“Em se confirmando, a grande questão vai girar em torno de como os volumes da Maersk e da Hamburg Süd serão reacomodados. Por exemplo, a BTP [onde a Maersk e a MSC atuam no porto de Santos] não teria capacidade para absorver volumes da Maersk, da MSC e mais da Hamburg Süd juntos”, diz Leandro Barreto, especialista em transporte marítimo e sócio da consultoria Solve.

Ainda, destaca ele, no Sul do país, os terminais pertencentes a empresas dos mesmos grupos da Maersk e Hamburg Süd, nos quais elas escalam seus navios, têm limitações. “Um dos grandes objetivos do processo de fusão pelo qual a indústria passa é buscar ganhos de escala proporcionado por navios maiores. Contudo, nenhum dos terminais teria atualmente condições de operar plenamente os navios de 366 metros.”

O atual contexto do setor é de consolidação, num ambiente em que a superoferta de navios e os sucessivos resultados negativos dos armadores deixam pouca margem de manobra. Recentemente foi anunciado o acordo para a fusão do negócio de contêineres das japonesas MOL, NYK e K-Line, em mais um capítulo desse processo.

Um negócio entre Hamburg Süd e Maersk Line criaria a chamada sinergia em rede, pois a alemã é uma empresa de nicho – focada no tráfego Norte-Sul. E, tal qual a Maersk Line, é forte no transporte de cargas refrigeradas, o que criaria uma potência na Costa Leste da América do Sul.

Fonte: Valor

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Operações vão crescer em 2017, diz consultor portuário

As expectativas para a movimentação de cargas no Porto de Santos em 2017 são de crescimento. Mas os índices são discretos. Para o consultor portuário Fabrizio Pierdomenico, a previsão é de 2% de aumento nas operações do cais santista. Já as projeções do diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Alex Oliva, apontam para um incremento de 3,5%.

Neste ano, a Autoridade Portuária estima que 114 milhões de toneladas devem passar pelo Porto de Santos, entre embarques e desembarques. Esta previsão leva em consideração a movimentação de cargas realizada entre janeiro e setembro e ainda as projeções para o último trimestre. Na comparação com as operações realizadas no ano passado, o volume tende a ser 4,9% menor.

Para o próximo ano, Pierdomênico aposta em uma projeção mais conservadora, levando em consideração o cenário econômico do País. Neste caso, ele aponta o crescimento de 2,5% nas operações com granéis sólidos, enquanto a carga geral deve cresce crescer 1,6% e o transporte de líquidos, 0,8%. “2017 será um bom ano. Melhor do que 2016. Mas a alta projetada do PIB (Produto Interno Bruto) é pouco para uma economia como a nossa”, destacou o consultor portuário.

Por outro lado, Oliva segue otimista e espera um melhor desempenho das operações. “Eu estou trabalhando com 3,5% de crescimento para 2017. Vamos ver quem ganha. Faço votos que seja eu”, afirmou. Pela expectativa do executivo, a movimentação de cargas no cais santista deve atingir 117,9 milhões de toneladas no ano que vem.

O diretor-presidente da Codesp leva em conta os sucessivos recordes de movimentação de cargas registrados nos seus últimos 11 meses de gestão. Além disso, ele aponta “o potencial e a capacidade” que o complexo santista tem de vencer dificuldades, diante de todos os problemas que foram enfrentados em 2016

Fonte: Tribuna online/FERNANDA BALBINO

Libra desliga mais 220 funcionários em Santos

Pelo menos 220 trabalhadores da Libra Terminais foram demitidos na última terça-feira (22). A informação é do presidente do Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado (Settaport), Francisco Nogueira.

Segundo ele, apesar da empresa trabalhar com o número de 220 profissionais dispensados, o número correto seria de 270. A Reportagem entrou em contato com a Libra, que decidiu não se pronunciar sobre o assunto.

Em março deste ano, a empresa começou um processo de desligamento de pessoas no terminal e o sindicato conseguiu uma liminar pra impedir as demissões.

“Os 64 dispensados na época foram indenizados e ficou definido que as próximas demissões teriam de ser negociadas com o sindicato”.

De acordo com o sindicalista, a Libra não conseguiu fechar negócio com um armador novo na linha da Ásia e, por isso, não tem perspectiva para os próximos meses. “Eles teriam um efetivo ocioso muito grande”.

Benefícios

Além da rescisão, os demitidos terão direito a quatro meses de vale-alimentação (R$ 700,00 por mês) e cinco meses de plano de saúde pra toda a família.

“Lamento porque são trabalhadores com tempo de casa e qualificação, mas se houver melhoria no futuro, os demitidos terão preferência na contratação. Já os 300 trabalhadores que seguem na Libra terão garantida a estabilidade até março”.

Fonte: Tribuna online/NATHÁLIA DE ALCANTARA