Beto Richa, Governador do Paraná - Porto de Paranaguá inicia  dragagem de aprofundamento.

Primeira fase concluída

Dragagem no Porto de Paranaguá inicia segunda fase. Até o final de março, 1,3 milhão de metros cúbicos foram retirados
• A dragagem de aprofundamento no Porto de Paranaguá teve concluída a primeira fase, com a retirada de 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos. Foram retirados sedimentos da entrada do Canal da Galheta, que dá acesso aos portos paranaenses. Ao fim da dragagem, o Canal da Galheta passará a ter 16 metros de profundidade, um a mais do que a profundidade atual. Já a bacia de evolução do canal ganhará dois metros de profundidade e passará de 12 para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o Canal da Galheta e a bacia de evolução, passarão a ter entre 14 e 15 metros de profundidade.

A dragagem ocorre em três áreas que permitem o acesso de navios numa extensão de, aproximadamente, 45 quilômetros. “Ao todo, serão dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de areia, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã”, conta o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Todo o processo de obtenção do licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis foi conduzido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

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Cade aprova união de três armadoras japonesas

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação sem restrições de uma joint venture concentracionista entre as armadoras japonesas Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK), Mitsui O.S.K. Lines (MOL) e Kawasaki Kisen Kaisha (KL), envolvendo o setor de transporte marítimo regular de contêineres. O acordo de integração dos negócios, que começou a ser debatido entre as três no ano passado, prevê que ac

A NYK constituirá uma sociedade de responsabilidade limitada de capital fechado que, em conjunto com a HoldCo, será chamada de “JV”. O negócio da JV é o fornecimento de transporte marítimo regular de contêineres e serviços de terminais de contêineres, excluindo o Japão, para clientes em vários países. No Brasil, a operação proposta envolverá apenas o negócio de transporte marítimo regular de contêineres.

Em sua configuração final, a JV será controlada pela NYK, que terá 38% de suas ações. Tanto a Mol quando a KL terão 31% cada. A empresa resultante desta união terá a sexta maior frota de navios de contêiner do mercado mundial, podendo transportar 1,4 milhão de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 7% da capacidade global de transporte marítimo de contêineres.

A operação é avaliada, segundo parecer do Cade, em aproximadamente JPY 300 bilhões (R$ 8,2 bilhões).

Segundo parecer da superintendência, a NYK é uma empresa japonesa global de logística, especializada em transporte marítimo internacional, cruzeiros, transportes portuário e entre terminais, serviços relacionados com o transporte marítimo e ramo imobiliário. O MOL é especializado em navegação oceânica. A KL é uma operadora de logística integrada, atuando com transporte marítimo a nível mundial.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Paranaguá dobra de ‘tamanho’ em cinco anos

Vinte e sete milhões de toneladas é a estimativa de movimentação de cargas pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá em 2017. A se confirmar, o desempenho será 8% acima do volume verificado em 2016. Um resultado fantástico a considerar um ambiente político-econômico pouco favorável no Brasil. Estamos em recessão. Lembra? Não o agronegócio, mas a economia nacional. Contudo, o que realmente impressiona é a analise de uma série um pouco maior, de cinco anos, período que esse mesmo indicador dobrou de tamanho. Em 2012, a movimentação desse mesmo corredor foi de 13,9 milhões de toneladas. Isso mesmo, a previsão para este ano é praticamente 100% a mais do que há cinco anos.

Mas o que aconteceu? O Paraná e o Brasil produziram mais? Exportaram mais? Sim! Só que isso não seria possível não fosse uma mudança eu diria radical no Porto de Paranaguá. Uma decisão política, com efeito técnico e de gestão na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Há cinco anos o governo do Paraná optou por um comando mais técnico do terminal. Em março de 2012 tomou posse como novo superintendente Luiz Henrique Dividino, um nome do mercado que interrompeu uma secessão de indicações políticas no comando de uma das principais estruturas responsáveis por estimular e dar vazão ao desenvolvimento econômico do Estado. Com a segurança de quem sabia o que estava fazendo, o novo superintendente ganhou autonomia, ousou e começou a imprimir uma nova realidade ao Porto de Paranaguá.

Como se trata de uma estrutura pública, o componente político continuou com seu papel regulador. Mas agora como um aliado, com pouca ingerência política sobre a administração do negócio. A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (SIL), estrutura à qual está subordinada a Appa, comandada por Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa, confiou plenamente o futuro do porto nas mãos de um técnico, de uma pessoa que realmente entendia do assunto. Hoje, tanto Pepe quanto Beto não apenas tem certeza de que fizeram a escolha certa como colhem os frutos, estes sim políticos, de um desempenho singular do Porto de Paranaguá.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Mudanças climáticas vão afetar Porto de Santos, revela estudo

Um estudo desenvolvido pelo Governo Federal – e que acabou esquecido nos gabinetes do Palácio do Planalto – aponta que as mudanças climáticas em curso em todo o planeta vão afetar o principal porto do país, Santos, especialmente sua infraestrutura de cais, a retroárea e seus acessos, tanto marítimos como terrestres. Desconhecida por autoridades do setor, a pesquisa ainda revela, de maneira inédita, as obras necessárias para proteger o complexo santista dos efeitos locais desse fenômeno global. São intervenções que demandam investimentos de R$ 4,66 bilhões (em valores atualizados), a serem realizados nos próximos 33 anos, até 2050.

Esses dados constam do estudo Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima, obtido com exclusividade por A Tribuna. Trata-se de um projeto conduzido pela então Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República entre 2013 e 2015, para mapear os impactos das alterações climáticas no cotidiano do País, inclusive em atividades econômicas e em seus portos.

Considerada como a mais ampla e importante pesquisa sobre o tema realizada pelo Governo, ela foi elaborada por especialistas das principais universidades do País e se destacou por indicar quais as medidas necessárias para o Brasil se adaptar aos novos padrões de temperatura, chuvas e ventos, reduzindo seus efeitos na vida da população.
O Brasil 2040 analisou os reflexos dessas mudanças em seis áreas – Recursos Hídricos, Energia, Infraestrutura Urbana e Costeira, Agricultura, Transporte e Saúde. A parte de Infraestrutura Urbana e Costeira foi coordenada pelo professor Wilson Cabral de Sousa Júnior, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A análise dos portos foi conduzida pelo professor Paolo Alfredini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais nomes da Engenharia Portuária no País e que vem pesquisando os impactos das mudanças climáticas nesse setor, especialmente em Santos, nas últimas décadas.

Os dados relativos ao cais santista constam do relatório Recomendações para Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Costeira e Infraestrutura Portuária Brasileira, um dos mais de 30 documentos produzidos no âmbito do projeto. Com data de 8 de junho de 2015, ele narra, em 15 de suas 53 páginas, como os principais complexos marítimos brasileiros são ou serão afetados pelas mudanças climáticas e seus efeitos: a elevação do nível do mar e as maiores frequência e intensidade de “eventos extremos” – tempestades com fortes ondas e ressacas.

O estudo não indica especificamente de quanto será o crescimento do nível do mar em Santos – pesquisas anteriores do professor Paolo Alfredini apontam um aumento de 35,3 centímetros por século, considerando as duas últimas décadas, e que pode chegar a 80 centímetros por século em 2050. Mas informa que, com essa elevação, parte da área de mangues da região deve ser “afogada” pela água do mar. Essa vegetação desempenha um papel estratégico ao reter sedimentos trazidos, pela chuva, do continente para o canal do Porto. Com sua redução, haveria um aumento do assoreamento (deposição de sedimentos no estuário) e uma maior necessidade de dragagem. Segundo o relatório, é previsto, para 2050, um incremento de 7% a 19% dos volumes que terão de ser dragados, em relação às quantidades médias registradas nas décadas de 1990 e 2000.

Outro efeito da elevação do nível do mar é a redução da borda livre do cais (distância do piso do costado ao nível médio da maré). Conforme o estudo, em 2015, o complexo santista tinha de 1,18 a 1,58 metro de borda livre. Em 2030, restará de 0,88 a 1,28 metro e, em 2050, de 0,72 a 1,12 metro. Com isso, prevê-se uma maior deterioração da infraestrutura de acostagem, que ficará mais exposta à maré.

O Brasil 2040 também aponta a intensificação das inundações de retroáreas portuárias e dos acessos rodoviários e ferroviários e o próprio maior assoreamento da Barra de Santos.

Propostas

Para proteger o complexo marítimo santista dos efeitos das mudanças climáticas, foram apontadas seis medidas, algumas a serem realizadas imediatamente, outras, até 2050. A mais urgente, conforme o levantamento, é a gestão dos manguezais. O estudo defende a necessidade de realocar essa vegetação para pontos mais altos da margem do Estuário de Santos. O custo do trabalho não foi estimado.

Outras propostas são elevar a infraestrutura do Porto e, consequentemente, reprojetar a rede de microdrenagem, ações a serem feitas até 2030, com um investimento (em valores atuais) de R$ 481,09 milhões. Também foi sugerido redimensionar o sistema de macrodrenagem do complexo, especialmente na retroárea (a Zona Noroeste de Santos já sofre com alagamentos) e de seus acessos rodoviários e ferroviários, uma vez que as inundações devem ser intensificadas. A intervenção, orçada em R$ 1,03 bilhão, pode ser executada até 2050.

A fim de combater o maior assoreamento no canal de navegação, a equipe do Brasil 2040 propõe a implantação de molhes guias-correntes na (obras de proteção a serem erguidas às margens da via de navegação) na entrada do canal de navegação até 2030. O empreendimento custaria, em valores atuais, R$ 383,04 milhões.

E para reduzir o impacto de maiores inundações, especialmente com a intensificação de fortes tempestades e ressacas, o estudo propõe a implantação de barreiras móveis estuarinas – estruturas já adotadas em portos como Roterdã (Países Baixos) e Veneza (Itália). A medida também seria adotada até 2050, demandando R$ 2,76 bilhões

Autoridades desconhecem o projeto

A realização do estudo Brasil 2040 e suas conclusões para o setor portuário são desconhecidas por autoridades do próprio Governo Federal e da região, inclusive pelas ligadas ao setor portuário e as que debatem mudanças climáticas.

Executivos do setor de pesquisas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) afirmaram desconhecer o projeto. Questionados se pretendem analisar a questão, informaram que ela deve ser um dos temas estudados pelo futuro Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), que a empresa planeja criar, em parceria com universidades da região. A Codesp já iniciou contatos com as entidades de ensino.

Em nota, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil informou que não conta com estudos específicos sobre o assunto. Mas lembrou que a Codesp realizou um estudo sobre a erosão na Ponta da Praia, em Santos, processo que foi relacionado com o aumento do nível do mar. Também destacou que o Sistema de Gerenciamento do Tráfego de Embarcações (VTMIS) do Porto, que começará a funcionar no próximo ano, irá monitorar as condições das marés.

A Prefeitura de Santos também informou que não conhece a pesquisa Brasil 2040, mas pretende analisá-la em seus esforços para adequar a Cidade às mudanças climáticas – tarefa a cargo de uma comissão desde 2015. Atualmente, a Administração Municipal prepara uma licitação para contratar estudos sobre como se adequar ao aumento do nível do mar. O edital da concorrência deve sair nas próximas semanas.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Santos se recupera e bate recorde de movimentação

Após amargar um janeiro com as exportações em queda, o Porto de Santos se recuperou e fechou fevereiro com crescimento e, ainda mais, uma movimentação recorde para o mês. No total, os terminais do complexo marítimo escoaram 9,67 milhões de toneladas, 7,3% a mais do que os 9,01 milhões de toneladas registrados em fevereiro do ano passado,

O resultado acumulado no primeiro bimestre também foi recorde, somando 17,04 milhões de toneladas, 1,1% além dos 16,85 milhões de toneladas contabilizadas nos dois meses iniciais de 2016.

Os dados integram o balanço operacional de fevereiro do Porto de Santos, divulgado ontem pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária. Os números foram elaborados pelo setor de Tarifas e Estatísticas da empresa.
Segundo o levantamento, esse crescimento foi motivado por altas tanto nas exportações como nas importações. Entre os embarques, os destaques foram os tradicionais granéis vegetais sólidos, principalmente o açúcar e o complexo soja (grãos e farelo), que tiveram seus melhores resultados históricos para o mês – respectivamente 1,34 milhão e 2,87 milhões de toneladas.

No total, as exportações também registraram um recorde para fevereiro, 6,85 milhões de toneladas, valor 2,5% maior do que o do mesmo mês no último ano.

Entre as cargas mais exportadas, na sequência do açúcar e da soja, ficou a celulose, com 207,5 mil toneladas embarcadas. Completando a lista dos dez produtos com maior movimentação, estão o óleo diesel (crescimento de 29,7%, com 158,7 mil toneladas), o óleo combustível (aumento de 16,9%, 145,65 mil toneladas), o café em grãos (queda de 4,4%, 118,7 mil toneladas), os sucos cítricos (49% de queda, 95,4 mil toneladas), a gasolina (93,5 mil toneladas, mais 6,4%), as carnes (72,7 mil toneladas, com um crescimento de 16,2%) e o milho (65,6 mil toneladas de movimentação, uma redução de 86,8%)

Desembarque

As importações tiveram um aumento ainda mais expressivo, contabilizando 21,1% a mais sobre seu total em fevereiro de 2016. O produto com maior participação foi o adubo, com 428,5 mil toneladas, um crescimento de 266,5%. O enxofre foi a segunda mercadoria em movimentação (251,8 mil toneladas), com aumento de 44,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Completam as cinco cargas com maior operação entre os desembarques: o óleo diesel (185,4 mil toneladas, com crescimento de 56,3%), o trigo (aumento de 30,9%, 113,5 mil toneladas) e o fosfato de cálcio (com 59,6 mil toneladas, uma queda de 5,4%).

Contêineres e navios

A operação de contêineres também fechou o mês em alta. Houve um avanço de 7,7%, chegando a 278.277 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ante os 258.450 TEU de fevereiro de 2016. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5,8%, com a movimentação de 558.25 TEU (no primeiro bimestre do ano passado foram 527.652 TEU).

Se a operação de contêineres for analisada em tonelagem, o índice de aumento é ainda maior, chegando a 9,4% no mês. De acordo com o balanço divulgado pela Codesp ontem, foram 3,16 milhões de toneladas, contra 2,89 milhões de toneladas em fevereiro do último ano. No acumulado, o avanço foi de 9,3%, chegando a 6,3 milhões de toneladas.

Enquanto as operações cresceram, o tráfego de navios caiu, ficando 2,5% menor do que no mesmo mês de 2016. No total, a Autoridade Portuária registrou 389 atracações, contra 399 em fevereiro do ano passado.

Fonte: A Tribuna

07/03/2008 - ESTALEIRO EISA

O que mudou no fundo da marinha mercante com a Resolução nº 154

No dia 16 de fevereiro de 2017 passou a vigorar, através da publicação do Diário Oficial da União, a Resolução nº 154, de 15 de fevereiro de 2017, do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM). A publicação é referente ao esclarecimento do uso da conta vinculada, cujos recursos provém do AFRMM.

A lei em questão define as aplicações do montante guardado na conta vinculada. Uma de suas atribuições é para a aquisição de embarcações novas, desde que construídas em estaleiro brasileiro e utilizadas para uso próprio. Adicionalmente, fica clara a questão do uso do dinheiro para a jumborização, conversão, modernização, docagem ou reparação de embarcação própria, além da aquisição de novos equipamentos. Outro modo de utilização dos recursos é o pagamento do financiamento da construção.

A partir da nova resolução, fica esclarecida a definição de “embarcação nova”, que é aquela cuja emissão da Nota Fiscal por estaleiro brasileiro tenha ocorrido em prazo igual ou inferior a 24 (vinte e quatro) meses. Também ficam esclarecidos outros dois pontos. O primeiro diz que os recursos da conta vinculada são complementares aos recursos de financiamentos adotados para a aquisição da embarcação, apenas se a soma das liberações das contas vinculadas e das liberações de recursos de financiamentos não ultrapasse o valor da embarcação, ou seja, o valor de sua Nota Fiscal emitida pelo estaleiro. Além disso, no caso de mais de uma empresa realizar a compra de uma mesma embarcação, elas devem ser coligadas, controladas ou controladoras.
Dentre as possibilidades de uso da conta vinculada, as atividades que mais têm ocorrido e se tem notado o aumento da liberação dos recursos são as de reparação, conversão e docagem, adotadas pelos armadores que operam, principalmente, na cabotagem ao longo do litoral brasileiro e na navegação interior nas regiões NO e NE. Isso é verificado em virtude da recente baixa demanda de construção nos estaleiros brasileiros, que anteriormente era o principal motivo do reembolso. Destaca-se também o fato de serem esses segmentos de navegação os que são os maiores geradores de recursos para a conta vinculada, em virtude do AFRMM.

Fonte: RBNA Consult

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Novo portal de comércio entra em operação

As vendas ao exterior de produtos brasileiros no valor de quase US$ 6 bilhões anuais já começam a se beneficiar imediatamente da simplificação nos procedimentos de exportações e importações. Anunciado mais de uma vez pelo governo e fruto de acordo no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem como objetivo reduzir os custos com a burocracia nas transações de mercadorias, o Portal Único de Comércio Exterior será finalmente lançado e entra hoje em operação.

De imediato, poderão usar o sistema produtos exportados pelo modal aéreo e sujeitos apenas ao controle aduaneiro da Receita Federal. As operações precisam ser feitas inicialmente por quatro aeroportos – Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG) – que representam 55% das vendas embarcadas em aviões, que são principalmente de manufaturados. Ao todo, no ano passado, as exportações por via aérea atingiram US$ 10,3 bilhões.

Em entrevista ao Valor, o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, explicou que documentos serão eliminados e substituídos pela Declaração Única de Exportação (DUE). Ela terá integração com a nota fiscal eletrônica e o número de campos para preenchimento cairá de 98 para 36.
Com o guichê único, passa a haver apenas um ponto de contato entre exportadores e governo, dispensando a necessidade de documentos individuais para cada órgão anuente ou interveniente – são 11 no total. Além disso, etapas do processo hoje feitas de forma sequencial (despacho alfandegário, movimentação de cargas, licenciamento e autorizações) poderão ocorrer de maneira paralela, gerando economia de tempo e custo.

“Há diversos meios de aumentar a competitividade da economia brasileira. Cortando a burocracia no comércio exterior, estamos atacando o custo Brasil”, diz Abrão. Estudo do Fórum Econômico Mundial publicado em 2015 aponta redução de 32% no tempo médio das exportações, em um período de oito anos, nos países que adotaram o guichê único.

Ao longo deste ano, todos os aeroportos e demais modais (marítimo e terrestre) serão contemplados, assim como as operações com intervenção de outros órgãos federais. Há um cronograma bem definido entre abril e dezembro. O secretário destaca que todo o desenvolvimento do sistema foi feito em diálogo com o setor privado. “Falar de comércio exterior sem ouvir quem está na ponta não faz o menor sentido.”

O novo portal recebeu um empurrão do Acordo de Facilitação de Comércio, primeiro na história da OMC e fechado em 2013, que entrou em vigência no mês passado, depois de ratificação por dois terços de seus membros. “O governo e a iniciativa privada vislumbram na facilitação um caminho inteligente para tornar nosso comércio exterior mais eficiente e competitivo”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

“Os benefícios serão horizontais para todos os setores exportadores, desde manufaturas, que enfrentam grande concorrência no exterior, até produtos agropecuários, que são perecíveis e precisam da maior agilidade possível no escoamento”, afirmou Pereira. A meta do governo com o portal único é diminuir o tempo médio dos procedimentos de exportação de 13 para 8 dias e dos registros de importação de 17 para 10 dias.

Para o gerente de comércio exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, a adoção dos novos procedimentos é um avanço “importantíssimo” para as empresas. “Uma coisa é digitalizar os processos. Outra é torná-los mais eficientes. Se não, você só cria uma burocracia digital”, diz.

Fonte: Valor

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Brasil dá aval à construção da Ferrovia Transoceânica, o “Canal do Panamá do século 21”

O Brasil deu o sinal verde hoje (22) em uma reunião técnica em La Paz ao projeto de construção do “trem bioceânico”, também conhecido como Ferrovia Transoceânica, com financiamento da Alemanha e da Suíça, que beneficiará o comércio de cinco nações sul-americanas (Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai e Brasil). As informações são da agência de notícias alemã DPA.

“O Brasil tem interesse e vontade [de participar] deste esforço coletivo para chegar a mercados asiáticos e aproveitar a linha férrea que chega a Corumbá (lado brasileiro) e a Puerto Suárez (na Bolívia)”, anunciou o coordenador de Assuntos Econômicos para a América do Sul da chancelaria brasileira, João Carlos Parkinson de Castro.

Ele destacou que será importante estabelecer acordos de “harmonização aduaneira” para que haja uma circulação fluída dos trens na rota Brasil-Bolívia-Peru.

Sobre trilhos

O ministro boliviano de Obras Públicas, Milton Claros, saudou a adesão do Brasil. “Estamos sobre trilhos”, disse, na primeira reunião técnica que se realizou hoje na chancelaria boliviana com a participação de representantes da Alemanha, Suíça, Brasil, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia, do Banco Interamericano de Desenvolimento (BID) e da Corporação Andina de Fomento (CAF).

O vice-ministro alemão de Transportes e Infraestrutura Digital, Rainer Bomba, confirmou que umas 30 empresas alemãs e suíças estão interessadas no financiamento e construção do “Corredor Ferroviário Bioceânico Central”, nome oficial de uma linha ferroviária que teria cerca de 3.750 quilômetros de extensão quando concluída. “Este é um tremendo projeto. Agora resta definir os objetivos de investimento para sua construção”, afirmou Bomba.

“Canal do Panamá do século 21”

O vice-ministro alemão de Transportes assinou, junto ao ministro boliviano Milton Claros, um memorando de entendimento para consolidar o Corredor Bioceânico, num ato do qual participou o presidente da Bolívia Evo Morales. “Estamos convencidos que o trem bioceânico entre Brasil, Bolívia e Peru será o Canal do Panamá do século 21”, destacou o mandatário.

A via férrea que unirá o Atlântico ao Pacífico começaria na costa do Brasil, cruzaria a selva amazônica e a cordilheira dos Andes e terminaria no litoral peruano, depois de passar pelar Bolívia. O governo de La Paz aposta forte nesta obra porque quer evitar o uso de portos do norte do Chile, país com o qual mantém um litígio histórico por uma saída soberana ao mar.

O traçado incluiria os trechos Santos-Campo Grande (no Brasil), Puerto Suárez (Bolívia) e Ilo (Peru) e seu custo é calculado em cerca de US$ 14 bilhões, segundo o estudo técnico feito pela Bolívia.

Novos corredores

O projeto do “trem bioceânico” do presidente Morales foi apresentado há um ano ao vice-ministro alemão Bomba na primeira visita deste a La Paz, acompanhado de empresários alemães.

Morales está empenhado em abrir novos corredores de exportação para produtos bolivianos, que hoje saem do país através de portos do norte do Chile. Cerca de 80% das exportações bolivianas saem pelo porto chileno de Arica.

O “trem bioceânico’ também poderia beneficiar outros países porque a cidade boliviana de Puerto Quijarro serviria como ponto de enlace entre uma futura hidrovia Paraguai-Paraná e a ferrovia para exportar produtos do Paraguai, Uruguai e Argentina pelo Oceano Pacífico.

A reunião de La Paz não contou com a participação do vice-presidente do Peru e ministro de Transportes, Martín Vizcarra, que está atendendo à situação de emergência em seu país por causa das inundações, sendo representado por seu chefe de gabinete, Carlos Estremadoyro.

(*) Com informações da Agência Brasil/DPA

Forklift and Container

Contêineres terão estufagem e transporte até o cais monitorados

Todas as operações de estufagem (carregamento) de contêineres nos Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) do Porto de Santos deverão ser monitoradas por câmeras. E suas imagens terão de ficar armazenadas por 90 dias. Além disso, o transporte das caixas metálicas deverá ser rastreado até os terminais de embarque. Essas normas serão adotadas pela Receita Federal para garantir a segurança das operações.

Redex são instalações alfandegadas voltadas à exportação. Nelas, são feitos serviços de estufagem de contêineres e a entrega das caixas metálicas aos terminais portuários.

Antes das novas regras serem publicadas, a Alfândega do Porto de Santos receberá, de empresas do setor, sugestões sobre as normas. Isto porque a Aduana abriu uma consulta pública para definir as responsabilidades no transporte de contêineres entre os Redex e os operadores portuários.

As contribuições devem ser encaminhadas até o próximo dia 12, através da Associação Brasileira de Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC).

As normas que regem este tipo de instalação já são definidas. Mas, diante das notícias de apreensões de mais de três toneladas de drogas no cais santista apenas neste ano, a possibilidade de mudança de regras foi cogitada. De acordo com a Alfândega do Porto de Santos, a ideia é deixar o final da cadeia de exportação mais seguro. Isto inclui aprimorar a vigilância dos processos de estufagem e da entrega dos contêineres nos terminais onde as mercadorias são embarcadas nos navios.

A Aduana tem como objetivo definir claramente as responsabilidades em relação ao transporte das caixas metálicas. Assim, com as imagens e o rastreio das cargas, será possível apontar os culpados pelas tentativas de tráfico de drogas no Porto.

Para o presidente da ABTTC, Martin Aron, a consulta pública é uma medida acertada. Com ela, será possível que as empresas do segmento façam seus apontamentos e deem suas contribuições. “Nós solicitamos que fosse feita uma consulta pública dessa medida e que a gente fosse ouvido, para que elas não conflitem com outras práticas que nós temos”, destacou.

Segundo Aron, algumas firmas já adotam o monitoramento das operações através de câmeras, mesmo sem que este procedimento seja uma regra da Receita Federal. “Eu acredito que essas medidas serão acolhidas e aprimoradas. Nos próximos dias, chegarão as manifestações das empresas”, destacou.

Contribuições

A minuta da portaria com as novas regras está à disposição através do site da entidade empresarial – www.abttc.org.br. Segundo a entidade, as sugestões deverão ser apresentadas de forma objetiva e fundamentada.

Fonte: A Tribuna

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Embargos feitos à carne brasileira podem estrangular armazenamento no País

Os embargos feitos à carne brasileira poderão estrangular o sistema de armazenamento nacional e criar uma série de despesas adicionais para os produtores. Como é um mercado muito dinâmico, em que a produção é encaminhada quase que simultaneamente aos portos ou aos pontos de venda, qualquer entrave atrapalha o processo.

“Ainda estamos produzindo, mas se a situação não se regularizar podemos ter falta de local para armazenar”, afirma o diretor presidente da Lar Cooperativa Industrial, Irineo da Costa Rodrigues. A empresa do Paraná, que está fora da lista da Polícia Federal, tem uma área de armazenamento que suporta uma semana de produção. Passado esse tempo, a cooperativa poderá ter problema.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), também se mostrou preocupado com o sistema de estocagem de carnes. Segundo ele, a margem é de 7 a 8 dias. “Depois disso, as gôndolas e os navios precisam escoar o produto, senão o processo entra em colapso”,disse ele, ao chegar ontem para uma audiência com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O secretário estadual de Agricultura catarinense, Moacir Sopelsa, disse que existem cargas de frango e de suíno que não conseguem ser desembarcadas na China, em Hong Kong e na Rússia. Ele afirmou ainda que, por causa da operação, é certo que haverá prejuízo para a produção.

A Lar Cooperativa, por exemplo, tem 45 contêineres desembarcados e armazenados em terminais na China sem poder ser entregue aos clientes. Outras 127 unidades estão em trânsito e 45 continuam no Porto de Paranaguá, aguardando uma solução para ser embarcado. Enquanto isso, a empresa – que exporta 50% da produção de frango – terá de arcar com todos esses custos.

“Em relação à carga que ainda está no Brasil, o exportador fica no dilema se embarca ou não e frustra o armador, que sairá do porto sem o contêiner. Em termos comerciais, é um desastre”, diz Nelson Carlini, ex-presidente da CMA CGM, uma das maiores armadoras do mundo.

Segundo ele, para os terminais portuários, o armazenamento deve compensar a queda na demanda. Afinal, até que a carga seja embarcada, a empresa terá de pagar pelo tempo que o contêiner ficou parado no porto. Por outro lado, o volume de contêiner parado nos portos acaba dificultando a operação e atrapalhando a relação com outros clientes, afirma Carlini.

“Para os terminais, a melhor coisa é a rotatividade. Armazenamento faz parte da receita, mas não é bom para ninguém um contêiner ficar parado 30 dias”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão. Até ontem, os terminais que mais investiram em instalações para receber os chamados refeers (contêineres frigorificados) afirmaram que a operação ainda não tinha sido afetada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É