Foto: Rogério Lorenzoni

TCU vê falha em portaria sobre renovação de contrato de terminais portuários

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou nesta quarta-feira (17) falha em uma portaria publicada pela Secretaria de Portos em 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que regulamentou a prorrogação dos contratos de arredamento de terminais em portos públicos.

Segundo voto do ministro Walton Alencar, a portaria determina que as empresas que detém o arrendamento desses terminais devem apresentar um plano de investimentos à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mas não define prazo para análise nem em qual momento as obras podem começar.

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil afirmou que aguarda a notificação do TCU para se manifestar sobre assunto.

Segundo o TCU, na portaria nº 349, de 2014, o governo fixou em 12 meses, após a assinatura do termo de renovação de contrato, o prazo máximo para a apresentação dos projetos executivos relativos aos investimentos a serem feitos pela arrendatária, mas a mesma portaria que determina esse prazo não define o momento em que as obras podem ser iniciadas.

“Por força de interpretação teleológica, o início das obras deve ocorrer o quanto antes para garantir que as cláusulas do termo aditivo que definem prazos para conclusão de investimentos sejam cumpridas”, afirma o voto do ministro Walton Alencar.

O ministro cita que foi o que ocorreu quando, em 2015, a empresa ADM do Brasil e a Secretaria de Portos assinaram a prorrogação de um contrato do terminal graneleiro no Porto de Santos até 2037.

Segundo o TCU, para cumprir a cláusula contratual que prevê o prazo de 21 meses para o aumento da capacidade de armazenamento de suas instalações, a ADM do Brasil iniciou as obras para ampliação de suas instalações sem que o projeto executivo fosse aprovado pela Antaq.

O plenário do TCU deu prazo de 30 dias para que o Ministério dos Transportes encaminhe um “plano de ação contendo cronograma, atividades detalhadas e responsáveis por sanar a lacuna normativa existente na Portaria SEP/PR nº 349/2014, que permite o início das obras relacionadas aos planos de investimentos aprovados como contrapartida à prorrogação antecipada dos contratos de arrendamento.”

A corte deu ainda 180 dias para que a Antaq informe se os investimentos já realizados pelas arrendatárias, cujos contratos foram renovados antecipadamente, estão aderentes aos respectivos planos de investimento aprovados e, caso não estejam, quais as providências adotadas para sua adequação.

Fonte: G1

Auditores-Fiscais da Receita Federal retomam greve nesta quinta (11)

O Sindifisco Nacional vem a público informar que, nesta quinta-feira (11) e ainda entre os dias 16 e 18 (terça a quinta) de maio, os Auditores-Fiscais da Receita Federal de todo o Brasil estarão em greve, com reflexos inevitáveis na Aduana. No Ceará, a atividade de greve desta quinta ocorrerá a partir das 09h. Na ocasião a categoria estará reunida na Alfândega do Porto de Fortaleza, em apoio aos Auditores-Fiscais aduaneiros que estarão em operação padrão.

O retorno à mobilização ocorre porque a Medida Provisória (MP) nº 765/2016 – que trata de questões funcionais caras ao cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e a outras categorias – passou a sofrer sérias ameaças de desfiguração. A MP, em sua versão original, já deixou de atender parte do acordo firmado em março de 2016 entre os Auditores-Fiscais e o Governo Federal, após árdua mobilização iniciada em março de 2015. A categoria considera inadmissível que a essa altura, até a MP seja desfigurada, afrontando ainda mais o que fora acordado com a categoria.

Além da ameaça de desfiguração do texto, a MP corre sério risco de caducar (perder sua eficácia) em razão da inércia do Governo Federal frente à lenta tramitação no Congresso Nacional. A data limite para a aprovação da MP no plenário da Câmara e do Senado é 1° de junho próximo. Todavia, a MP encontra-se parada e ainda não foi sequer apreciada na Comissão Mista instalada especialmente para esse fim.

postado por Oswaldo Scaliotti

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Justiça decreta interdição do Porto de Vila do Conde até adequação técnica

A Justiça decretou a interdição do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, nesta quarta-feira (3). A decisão foi acatada pelo juízo da Vara Criminal da Comarca de Barcarena, que recebeu a denúncia do Ministério Público do Pará (MPPA) sobre o caso do naufrágio do navio Haidar e a poluição ocasionada na região. O navio afundou no dia 6 de outubro de 2015, no Porto de Via do Conde, com cinco mil bois. Confira os dados do processo no site do TJPA. O G1 aguarda posicionamento da Companhia de Docas do Pará (CDP), sobre a interdição.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará, o MP pediu o cumprimento de medidas cautelares em caráter imediato até que o processo seja julgado. A denúncia é contra cinco pessoas e quatro empresas pela suposta prática de crime ambiental, oriundo dos acontecimentos que nortearam o naufrágio do Navio Haidar. A primeira audiência está marcada para o dia 19 de setembro de 2017.

Enquanto o processo corre, a decisão estabelece ainda a construção de uma estrutura tecnicamente adequada para embarque de cargas vivas em navios, e um espaço de apoio para manutenção de animais dentro da estrutura do porto, antes de serem embarcados.

O TJPA ainda proíbe que as Secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Barcarena concedam licença operacional para o funcionamento do Porto de Vila do Conde, que autorize embarque de carga viva. Foram deferidas pelo juiz as medidas cautelares solicitadas pelo MPPA a fim de “evitar tragédia que coloque em risco a vida das comunidades envolvidas e o meio ambiente”.

São réus desse processo o capitão Barbar Abdulranhman; o proprietário da empresa Tamara Shipping Co Ltda, Hussein Ahmad Sleiman; a própria empresa Tamara Shipping Co Ltda, o diretor presidente da Companhia das Docas do Pará (CDP) Parsifal de Jesus Pontes e a própria CDP.

Fonte: G1

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Cai tempo médio de liberação de contêineres no Porto de Santos

Dez dias é o tempo médio para a liberação de contêineres de importação no Porto de Santos. Nos últimos anos, o processo entre o desembarque das caixas metálicas e a entrega das mercadorias caiu cerca de três dias. Esta variável vem caindo e o motivo são os constantes investimentos em produtividade das instalações especializadas.

Esses dados integram um levantamento da Maersk Line, armadora líder mundial no transporte marítimo de contêineres. De acordo com o diretor de Trade Marketing da empresa para a costa leste da América do Sul, João Momesso, o tempo de liberação das caixas metálicas é uma variável que incide diretamente nos custos logísticos.

“A gente ainda precisa melhorar muito, mas esse dado é positivo e indica muita coisa. Esse dado é quanto tempo o contêiner fica no terminal no processo de importação, até que ele seja liberado. Ele é importante porque, no Brasil, quando a carga fica no terminal, a armazenagem é bastante cara. Então, quanto mais tempo o contêiner fica, pior é para o importador, que vai ter que pagar por essa armazenagem”, destacou Momesso.

Essa queda também aparece em levantamentos de entidades do setor. Segundo dados da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), o tempo médio entre a entrada e saída das cargas nos terminais do Porto de Santos foi de 12,52 dias no ano passado. No entanto, em 2010, esse período era de 25,78 dias.

Para Momesso, essa redução é motivada por três fatores. O primeiro reúne os esforços da iniciativa privada em aumentar a produtividade de seus terminais, com investimentos em equipamentos e a modernização das operações, garantindo um salto de eficiência nas unidades.

“O motivo principal é claro no Porto de Santos. O investimento feito pela iniciativa privada nos últimos anos foi muito grande. E a competição aumentou”, destacou o executivo.

Outro fator que ajudou na redução do tempo de liberação dos contêineres foi a diminuição das operações de importação. Com pátios mais vazios, a logística foi feita com maior planejamento e eficiência.

Em 2016, as operações com contêineres no Porto de Santos somaram 3,5 milhões de TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés). Deste total, 1,78 milhão de TEU foram desembarcados no cais santista. De acordo com dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista, as importações no ano anterior totalizaram 1,8 milhão de TEU.

“O caminhoneiro que tem que buscar o contêiner sabe exatamente a hora que ele tem que ser disponibilizado e não precisa pernoitar na porta do terminal. Com isso, ele tira custo. Para o terminal, se ele consegue organizar o pátio de maneira mais eficiente, cabe mais cargas, atrai mais empresas de navegação”, destacou o diretor da Maersk Line.

Burocracia

O terceiro fator apontado por Momesso são as tentativas do Governo Federal em reduzir a burocracia. A criação de sistemas informatizados, como o Porto Sem Papel (PSP), que agiliza os processos de atracação de embarcações nos complexos marítimos brasileiros, foi lembrado pelo executivo como uma ferramenta que garante a eficiência das operações.

“Quando se colocam esses três fatores juntos, o contêiner, hoje, é liberado mais rápido. Isso permitiu um planejamento. A partir do momento que você usa um planejamento e uma informatização maior, você tem um impacto na cadeia inteira”, destacou Momesso.

Apesar da redução do tempo na liberação dos contêineres, o executivo garante que ainda é possível diminuir mais a permanência de cargas nos terminais do País. Para isso, a saída é manter os investimentos em tecnologia e planejamento logístico.

“Tem lugares do mundo em que a retirada dos contêineres acontece em dois ou três dias. Aqui, a média ainda é 10 dias. A gente precisa trabalhar na informatização. Continuar fazendo o que está fazendo”, destacou João Momesso.

Fonte: A Tribuna

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Operação da Receita apreende 150 mil pares de tênis no Brás

A Receita Federal apreendeu nesta terça-feira, 25, um lote de 150 mil pares de tênis avaliados em R$ 8,5 milhões, na região do Brás, em São Paulo.

A operação, denominada Pseudópodes, atingiu oito lojas e depósitos. A mercadoria não tinha documentação que comprovasse a regularidade de importação, além de apresentarem indícios de adulteração.

O termo pseudópodes, que dá nome à operação, vem do grego e significa falsos pés.

É usado na biologia e se refere a estruturas utilizadas para locomoção e alimentação de protozoários e leucócitos, informou a Assessoria de Comunicação da Receita em São Paulo.

A ofensiva da Receita ocorreu em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana/Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e se espalhou pela região do Brás, zona de comércio popular da capital paulista.

Também foram apreendidos três veículos contendo artigos de vestuário.

A ação contou com a participação de cinco auditores-fiscais e sete analistas-tributários da Receita.

Os investigados podem responder por crime de contrabando, punido com pena de dois a cinco anos de reclusão.

O trabalho de remoção das mercadorias deve seguir nesta quarta-feira, 26.

A Guarda Civil Metropolitana vai preservar o local durante a noite.

As caixas de tênis serão encaminhadas a um depósito da Receita e, posteriormente, destruídos.

Segundo um alerta da Receita, “calçados falsificados podem representar riscos à saúde da população uma vez que é frequente o emprego de matéria prima tóxica na sua confecção, bem como de acolchoamento inadequado, que pode causar lesões ortopédicas”.

EXAME.com

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Movimento de cargas no Porto de Santos cresce no 1º. trimestre com o aumento das importações

O movimento acumulado de cargas no Porto de Santos continuou a apresentar crescimento no primeiro trimestre do ano, atingindo 27,903 milhões de toneladas, um aumento de 0,5%. O desempenho das importações foi determinante para esse resultado, atingindo 8,239 milhões t, 18,0% a mais do que no mesmo período do ano passado (6,982 milhões t). Já as exportações apresentaram queda de 5,4%, somando 19,663 milhões t, se comparados ao primeiro trimestre de 2016 (20,776 milhões t).

Nas cargas de exportação, os melhores desempenhos ficaram com a soja em grão, com 6,607 milhões t (+13,2%); óleo diesel e gasóleo, com 474.318 mil t (+20,9%). Quanto às mercadorias de importação, destacaram-se o adubo, com 949.081 t (+71,6%); o álcool, com 179.515 t (+305,7%); e o enxofre, com 523.368 t (+60,7%). Nos dois fluxos, a carga conteinerizada continua em trajetória de crescimento, atingindo 844.083 teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 2,3% a mais que o mesmo período do ano passado (824.885 teu). Caracterizando a operação de navios de maior porte, apesar da movimentação haver crescido, a quantidade de navios reduziu em 4,1%.

Movimento mensal

As exportações apresentaram queda de 4,4%, afetando o movimento do mês de março, que totalizou 10,862 milhões t, 0,4% a menos que no mesmo mês de 2016 (10,905 milhões t). Já as importações atingiram um crescimento de 14,0% sobre o ano anterior (2,398 milhões t), somando 2,733 milhões t.

Os destaques mensais nas exportações ficaram com a gasolina (+21,7%), sucos cítricos (+7,9%), óleo diesel e gasóleo (+2,8%), óleo combustível (+2,7%) e celulose (+1,2%). Na importação aparecem o álcool (+142,8%), enxofre (+286,7%), nafta (+236,9%), óleo diesel e gasóleo (+40,1%). A carga conteinerizada apresentou queda de 3,8% no mês, atingindo 285.828 teu, atingindo, entretanto, um aumento de 2,7% na tonelagem movimentada (3,392 milhões t). A quantidade de navios apresentou redução de 1,2%, somando 414 embarcações.

Balança Comercial

A participação do Porto de Santos nas trocas comerciais brasileiras atingiu 27,0% no primeiro trimestre, somando US$ 23,3 bilhões. Passaram pelo complexo santista 26,0% das exportações nesse período (US$ 13,1 bilhões) e 28,3% das importações (US$ 10,2 bilhões).

Os principais destinos das exportações por meio do Porto de Santos foram China (8,0%), Estados Unidos (7,5%) e Argentina (4,7%). Quanto às origens das importações, destacaram-se a China (14,9%), os Estados Unidos (10,1%) e a Alemanha (5,6%).

Codesp/Porto de Santos

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Juiz federal de Paulo Afonso determina suspensão de obra no Porto de Salvador

O juiz federal da Subseção Judiciária de Paulo Afonso, João Paulo Pirôpo de Abreu, em ação popular movida contra a União Federal e outros, concedeu liminar determinando a suspensão de qualquer ato que importe em construção na área contígua ao Terminal de Contêineres e Terminal para Cargas Pesadas no Porto de Salvador e determinou aos demandados que apresentem, no prazo de 30 dias, documentos relativos ao processo de renovação de Contrato de Arrendamento e de outorga à Tecon Salvador S.A. da operação do terminal portuário a ser construído em área contígua à atualmente explorada, bem como a íntegra do Segundo Aditivo ao Contrato de Arrendamento.

A Tecon Salvador S.A. foi vencedora de licitação que lhe garantiu direito de explorar o Terminal de Contêineres no Porto de Salvador mas diante do crescimento da movimentação de contêineres no terminal, teria surgido a necessidade de criar um novo terminal em área contí- gua ao hoje existente.

Ocorre que, ao invés de realizar nova licitação para a instalação do novo terminal, foi celebrado aditivo para conceder à Tecon o direito de operar o terminal a ser instalado.

Segundo o julgador, há elementos nos autos que demonstram que já foram firmados dois aditivos ao Contrato de Arrendamento. O primeiro acresceu ao objeto área de 44 mil m², devido ao aumento da carga conteinerizada e estudos para fins de licitação indicaram inviabilidade técnica e econômica para a instalação de um novo terminal de contêineres.

O novo aditivo, segundo a decisão, denotaria o caráter obscuro da negociação realizada entre os requeridos, demonstrando a intenção de estender a abrangência do Contrato de Arrendamento em detrimento da realização da licitação. “Este fato, caso comprovada sua ilegalidade, poderá provocar pujante prejuízo aos cofres públicos e, via de consequência, danos irreversíveis a toda a sociedade de uma forma geral, tornando imprescindível a adoção de medidas enérgicas e imediatas por este Juízo”.

“A dimensão da área acrescida no Primeiro Aditivo, de 44.471,32m², corresponde a mais da metade da área original do Terminal de Contêineres e Terminal para Cargas Pesadas e Unitizadas (Cais de Ligação), de 73.443,65m², afigurando-se no mínimo irrazoável tratar o acréscimo negociado como simples expansão”.

O magistrado registra ainda que “um acréscimo desta monta, executado em prejuízo da celebração de novo contrato de concessão e arrendamento precedido de licitação, caracteriza notável enriquecimento ilícito da empresa arrendatária e, por conseguinte, ato de improbidade administrativa, que merece ser combatido e ter seus efeitos sustados antes que se concretizem”.

A decisão ressalta que, além de se tratar de exigência da Constituição, a realização de processo licitatório revela-se medida possível para o caso e lembra o exemplo do Porto de Sines, em Portugal, onde há terminais especializados, sendo cada um deles operado em regime de concessão por uma empresa distinta dos demais. E finaliza: “Não bastasse isso, a licitação mostra-se ainda a melhor alternativa a ser seguida no caso dos autos, tanto assim que esta tem sido a medida adotada nos grandes portos do mundo, onde empresas concessionárias diferentes operam terminais distintos dentro de um mesmo porto”.

Fonte: Justiça em foco

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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação pelo sexto ano consecutivo

O ano começou com mais um recorde no Porto de Paranaguá. Os três primeiros meses de 2017 registraram a maior movimentação de todos os tempos para o período. Foram 11,67 milhões de toneladas operadas de janeiro a março, 77 mil toneladas a mais do que no ano passado, quando foram movimentadas 11,59 milhões de toneladas. Entre os anos de 2011 e 2017, o porto bateu o recorde de movimentação do primeiro trimestre todos os anos.

Em um comparativo feito pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, desde 2011, foram agregadas 3,35 milhões de toneladas na movimentação total do porto neste período, o que representa um crescimento de 40% nas operações. A sucessão de recordes é um sinal de como o Porto de Paranaguá está aumentando capacidade e produtividade ano após ano. “A demanda é crescente e estamos dando conta disso. Com o passar dos anos, conseguimos movimentar mais carga e com mais agilidade, dando margem para novas operações”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

INVESTIMENTOS – O aumento é resultado do maior pacote de investimentos públicos já feitos na história do Porto de Paranaguá. De 2011 a 2018, são R$934 milhões entre aportes já realizados e previstos. Entre eles, a reforma do cais, campanhas periódicas de dragagem, troca de shiploaders (carregadores de navio), novas balanças, novas portarias, reforma dos acessos, instalação de scanners de carga, nova iluminação, construção de prédios administrativos e do Centro de Proteção Ambiental, entre outros.

VARIEDADE – O recorde deste ano foi alcançado por conta da diversificação de cargas do Porto de Paranaguá. Ainda que o Estado ainda movimente pelo porto na sua maioria graneis sólidos, especialmente grãos, hoje os graneis líquidos e as cargas gerais têm uma representatividade cada vez mais significativa.

Ao longo destes três meses a importação e exportação de cargas líquidas cresceram 42%, enquanto as cargas gerais (veículos, máquinas, tratores, peças industriais) aumentaram em 2,4%. “Além de atender aquele usuário produtor agrícola que já conhecia Paranaguá, estamos conquistando a confiança de novos setores da economia. Investimos para nos modernizar e hoje estamos preparados para atender todos os mercados”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.

As operações com crescimentos mais significativos no período foram a soja, com 3,3 milhões e 17% de aumento; a movimentação geral de óleo diesel, com 668 mil toneladas e 70% de crescimento; a exportação de 25 mil veículos, registrando alta de 62% e a importação de fertilizantes, que chegou a 2,92 milhões de toneladas e 18% de aumento.

Fonte: APPA

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Antaq se reúne com associações de terminais para discutir escaneamento de contêineres

A diretoria da Antaq recebeu, nesta terça-feira (18), em Brasília, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Durante a reunião, que faz parte da Agenda Positiva proposta pela Agência com os usuários dos portos brasileiros, foram discutidos variados pontos, entre eles o escaneamento de contêineres nos terminais.

A CNI argumenta que o preço adicional cobrado pelos operadores dos terminais portuários para o escaneamento de contêineres destinados à exportação e à importação é ilegal. A entidade ressalta que a fiscalização aduaneira é um serviço público e obrigatório e que deve estar incluída no pacote de serviços pago pelos empresários aos terminais.

O processo sobre a cobrança pelo escaneamento de contêineres encontra-se em análise na Superintendência de Regulação da Antaq . A Diretoria da Agência pretende deliberar em reunião ordinária em breve. Wagner Cardoso, gerente de Infraestrutura da CNI, defende que enquanto essa questão não for deliberada, o pagamento deve ser suspenso.

Cardoso relata, ainda, que há situações em que acontece um segundo escaneamento, e uma nova cobrança para o exportador. Conforme o representante da CNI, ao chegar ao porto, o contêiner é escaneado e se paga por esse serviço. No entanto, em alguns casos, a Receita Federal solicita outro escaneamento com o contêiner já no terminal, o que gera nova cobrança. “Esse segundo escaneamento já acontece na área do terminal, e isso é uma determinação da Receita Federal”, ressalta Cardoso.

Conforme Artigo 11 da Resolução Nº 2389/Antaq , de 13 de fevereiro de 2012, os serviços realizados para atender exigência da autoridade aduaneira, sanitária, ambiental ou correlata, quando prestados indistintamente a todas as cargas, serão incluídos no valor do box rate (pacote de serviços).

Em 14 de março, o presidente da Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão, se reuniu com a diretoria da ANTAQ e rechaçou a argumentação da CNI. “Os terminais tiveram de adquirir escâneres, contratar equipes especializadas para atender as demandas do comércio exterior brasileiro. Dizer que o preço do escaneamento está incluído no box rate é um delírio. Além disso, o escaneamento é um benefício de quem exporta e importa”, destacou.

Salomão disse, ainda, que o escâner ocupa uma metragem quadrada do terminal que poderia ser utilizada para armazenagem ou outra finalidade operacional. “Nós investimos na aquisição de escâner, na operação, na manutenção e na mão de obra. A área portuária é nobre, é cara, e o escâner ocupa espaço”, pontuou o presidente da Abratec.

O diretor-geral da Antaq , Adalberto Tokarski, destacou que mais uma vez a Agenda Positiva com os usuários dos portos brasileiros cumpriu o seu propósito. “Nós, na Antaq , queremos ouvir sempre os dois lados. O diálogo é aberto. A partir dele, poderemos deliberar sempre privilegiando a qualidade do serviço prestado e o equilíbrio nas nossas decisões”, afirmou.

O diretor da Antaq , Mário Povia, destacou a relevância do debate e analisará essa questão do segundo escaneamento apresentado pela CNI. Povia informou que a ANTAQ acompanha de perto esse assunto. Em fevereiro, por exemplo, realizou visitas técnicas aos terminais de Santos para colher informações sobre o escaneamento de contêineres.

Outro assunto debatido na reunião foi a proposta de norma que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários, dos agentes intermediários e das empresas que operam nas navegações de apoio marítimo, apoio portuário, cabotagem e longo curso, e estabelece infrações administrativas.

A proposta de norma ficou em audiência pública (06/2016) entre 24 de outubro e 30 de dezembro de 2016. “Estamos na fase de análise das contribuições”, informou o gerente de Regulação da Navegação Marítima da Antaq , Sérgio Oliveira, ressaltando que para essa proposta de norma houve 966 contribuições. A Antaq deve publicar a norma ainda no primeiro semestre.

Fonte: Antaq

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Privatização de portos quebra tabu no setor

O governo decidiu romper um tabu no setor de infraestrutura e deu o primeiro passo para “privatizar” a administração dos portos. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi escolhida para iniciar o processo. O BNDES já foi acionado para conduzir os estudos de viabilidade e definir o modelo de concessão à iniciativa privada. Assessores do presidente Michel Temer explicaram que as concessões vão começar pela Codesa por ser a única entre as oito Companhias Docas que não acumula enorme passivo financeiro e trabalhista. Até agora, apenas terminais dentro dos portos organizados vinham sendo concedidos à iniciativa privada, mas a administração portuária continuava nas mãos do governo.

Fonte: Valor