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Privatização de portos quebra tabu no setor

O governo decidiu romper um tabu no setor de infraestrutura e deu o primeiro passo para “privatizar” a administração dos portos. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi escolhida para iniciar o processo. O BNDES já foi acionado para conduzir os estudos de viabilidade e definir o modelo de concessão à iniciativa privada. Assessores do presidente Michel Temer explicaram que as concessões vão começar pela Codesa por ser a única entre as oito Companhias Docas que não acumula enorme passivo financeiro e trabalhista. Até agora, apenas terminais dentro dos portos organizados vinham sendo concedidos à iniciativa privada, mas a administração portuária continuava nas mãos do governo.

Fonte: Valor

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Cade aprova união de três armadoras japonesas

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação sem restrições de uma joint venture concentracionista entre as armadoras japonesas Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK), Mitsui O.S.K. Lines (MOL) e Kawasaki Kisen Kaisha (KL), envolvendo o setor de transporte marítimo regular de contêineres. O acordo de integração dos negócios, que começou a ser debatido entre as três no ano passado, prevê que ac

A NYK constituirá uma sociedade de responsabilidade limitada de capital fechado que, em conjunto com a HoldCo, será chamada de “JV”. O negócio da JV é o fornecimento de transporte marítimo regular de contêineres e serviços de terminais de contêineres, excluindo o Japão, para clientes em vários países. No Brasil, a operação proposta envolverá apenas o negócio de transporte marítimo regular de contêineres.

Em sua configuração final, a JV será controlada pela NYK, que terá 38% de suas ações. Tanto a Mol quando a KL terão 31% cada. A empresa resultante desta união terá a sexta maior frota de navios de contêiner do mercado mundial, podendo transportar 1,4 milhão de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 7% da capacidade global de transporte marítimo de contêineres.

A operação é avaliada, segundo parecer do Cade, em aproximadamente JPY 300 bilhões (R$ 8,2 bilhões).

Segundo parecer da superintendência, a NYK é uma empresa japonesa global de logística, especializada em transporte marítimo internacional, cruzeiros, transportes portuário e entre terminais, serviços relacionados com o transporte marítimo e ramo imobiliário. O MOL é especializado em navegação oceânica. A KL é uma operadora de logística integrada, atuando com transporte marítimo a nível mundial.

Fonte: A Tribuna

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Mudanças climáticas vão afetar Porto de Santos, revela estudo

Um estudo desenvolvido pelo Governo Federal – e que acabou esquecido nos gabinetes do Palácio do Planalto – aponta que as mudanças climáticas em curso em todo o planeta vão afetar o principal porto do país, Santos, especialmente sua infraestrutura de cais, a retroárea e seus acessos, tanto marítimos como terrestres. Desconhecida por autoridades do setor, a pesquisa ainda revela, de maneira inédita, as obras necessárias para proteger o complexo santista dos efeitos locais desse fenômeno global. São intervenções que demandam investimentos de R$ 4,66 bilhões (em valores atualizados), a serem realizados nos próximos 33 anos, até 2050.

Esses dados constam do estudo Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima, obtido com exclusividade por A Tribuna. Trata-se de um projeto conduzido pela então Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República entre 2013 e 2015, para mapear os impactos das alterações climáticas no cotidiano do País, inclusive em atividades econômicas e em seus portos.

Considerada como a mais ampla e importante pesquisa sobre o tema realizada pelo Governo, ela foi elaborada por especialistas das principais universidades do País e se destacou por indicar quais as medidas necessárias para o Brasil se adaptar aos novos padrões de temperatura, chuvas e ventos, reduzindo seus efeitos na vida da população.
O Brasil 2040 analisou os reflexos dessas mudanças em seis áreas – Recursos Hídricos, Energia, Infraestrutura Urbana e Costeira, Agricultura, Transporte e Saúde. A parte de Infraestrutura Urbana e Costeira foi coordenada pelo professor Wilson Cabral de Sousa Júnior, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A análise dos portos foi conduzida pelo professor Paolo Alfredini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais nomes da Engenharia Portuária no País e que vem pesquisando os impactos das mudanças climáticas nesse setor, especialmente em Santos, nas últimas décadas.

Os dados relativos ao cais santista constam do relatório Recomendações para Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Costeira e Infraestrutura Portuária Brasileira, um dos mais de 30 documentos produzidos no âmbito do projeto. Com data de 8 de junho de 2015, ele narra, em 15 de suas 53 páginas, como os principais complexos marítimos brasileiros são ou serão afetados pelas mudanças climáticas e seus efeitos: a elevação do nível do mar e as maiores frequência e intensidade de “eventos extremos” – tempestades com fortes ondas e ressacas.

O estudo não indica especificamente de quanto será o crescimento do nível do mar em Santos – pesquisas anteriores do professor Paolo Alfredini apontam um aumento de 35,3 centímetros por século, considerando as duas últimas décadas, e que pode chegar a 80 centímetros por século em 2050. Mas informa que, com essa elevação, parte da área de mangues da região deve ser “afogada” pela água do mar. Essa vegetação desempenha um papel estratégico ao reter sedimentos trazidos, pela chuva, do continente para o canal do Porto. Com sua redução, haveria um aumento do assoreamento (deposição de sedimentos no estuário) e uma maior necessidade de dragagem. Segundo o relatório, é previsto, para 2050, um incremento de 7% a 19% dos volumes que terão de ser dragados, em relação às quantidades médias registradas nas décadas de 1990 e 2000.

Outro efeito da elevação do nível do mar é a redução da borda livre do cais (distância do piso do costado ao nível médio da maré). Conforme o estudo, em 2015, o complexo santista tinha de 1,18 a 1,58 metro de borda livre. Em 2030, restará de 0,88 a 1,28 metro e, em 2050, de 0,72 a 1,12 metro. Com isso, prevê-se uma maior deterioração da infraestrutura de acostagem, que ficará mais exposta à maré.

O Brasil 2040 também aponta a intensificação das inundações de retroáreas portuárias e dos acessos rodoviários e ferroviários e o próprio maior assoreamento da Barra de Santos.

Propostas

Para proteger o complexo marítimo santista dos efeitos das mudanças climáticas, foram apontadas seis medidas, algumas a serem realizadas imediatamente, outras, até 2050. A mais urgente, conforme o levantamento, é a gestão dos manguezais. O estudo defende a necessidade de realocar essa vegetação para pontos mais altos da margem do Estuário de Santos. O custo do trabalho não foi estimado.

Outras propostas são elevar a infraestrutura do Porto e, consequentemente, reprojetar a rede de microdrenagem, ações a serem feitas até 2030, com um investimento (em valores atuais) de R$ 481,09 milhões. Também foi sugerido redimensionar o sistema de macrodrenagem do complexo, especialmente na retroárea (a Zona Noroeste de Santos já sofre com alagamentos) e de seus acessos rodoviários e ferroviários, uma vez que as inundações devem ser intensificadas. A intervenção, orçada em R$ 1,03 bilhão, pode ser executada até 2050.

A fim de combater o maior assoreamento no canal de navegação, a equipe do Brasil 2040 propõe a implantação de molhes guias-correntes na (obras de proteção a serem erguidas às margens da via de navegação) na entrada do canal de navegação até 2030. O empreendimento custaria, em valores atuais, R$ 383,04 milhões.

E para reduzir o impacto de maiores inundações, especialmente com a intensificação de fortes tempestades e ressacas, o estudo propõe a implantação de barreiras móveis estuarinas – estruturas já adotadas em portos como Roterdã (Países Baixos) e Veneza (Itália). A medida também seria adotada até 2050, demandando R$ 2,76 bilhões

Autoridades desconhecem o projeto

A realização do estudo Brasil 2040 e suas conclusões para o setor portuário são desconhecidas por autoridades do próprio Governo Federal e da região, inclusive pelas ligadas ao setor portuário e as que debatem mudanças climáticas.

Executivos do setor de pesquisas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) afirmaram desconhecer o projeto. Questionados se pretendem analisar a questão, informaram que ela deve ser um dos temas estudados pelo futuro Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), que a empresa planeja criar, em parceria com universidades da região. A Codesp já iniciou contatos com as entidades de ensino.

Em nota, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil informou que não conta com estudos específicos sobre o assunto. Mas lembrou que a Codesp realizou um estudo sobre a erosão na Ponta da Praia, em Santos, processo que foi relacionado com o aumento do nível do mar. Também destacou que o Sistema de Gerenciamento do Tráfego de Embarcações (VTMIS) do Porto, que começará a funcionar no próximo ano, irá monitorar as condições das marés.

A Prefeitura de Santos também informou que não conhece a pesquisa Brasil 2040, mas pretende analisá-la em seus esforços para adequar a Cidade às mudanças climáticas – tarefa a cargo de uma comissão desde 2015. Atualmente, a Administração Municipal prepara uma licitação para contratar estudos sobre como se adequar ao aumento do nível do mar. O edital da concorrência deve sair nas próximas semanas.

Fonte: A Tribuna

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Porto de Santos se recupera e bate recorde de movimentação

Após amargar um janeiro com as exportações em queda, o Porto de Santos se recuperou e fechou fevereiro com crescimento e, ainda mais, uma movimentação recorde para o mês. No total, os terminais do complexo marítimo escoaram 9,67 milhões de toneladas, 7,3% a mais do que os 9,01 milhões de toneladas registrados em fevereiro do ano passado,

O resultado acumulado no primeiro bimestre também foi recorde, somando 17,04 milhões de toneladas, 1,1% além dos 16,85 milhões de toneladas contabilizadas nos dois meses iniciais de 2016.

Os dados integram o balanço operacional de fevereiro do Porto de Santos, divulgado ontem pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária. Os números foram elaborados pelo setor de Tarifas e Estatísticas da empresa.
Segundo o levantamento, esse crescimento foi motivado por altas tanto nas exportações como nas importações. Entre os embarques, os destaques foram os tradicionais granéis vegetais sólidos, principalmente o açúcar e o complexo soja (grãos e farelo), que tiveram seus melhores resultados históricos para o mês – respectivamente 1,34 milhão e 2,87 milhões de toneladas.

No total, as exportações também registraram um recorde para fevereiro, 6,85 milhões de toneladas, valor 2,5% maior do que o do mesmo mês no último ano.

Entre as cargas mais exportadas, na sequência do açúcar e da soja, ficou a celulose, com 207,5 mil toneladas embarcadas. Completando a lista dos dez produtos com maior movimentação, estão o óleo diesel (crescimento de 29,7%, com 158,7 mil toneladas), o óleo combustível (aumento de 16,9%, 145,65 mil toneladas), o café em grãos (queda de 4,4%, 118,7 mil toneladas), os sucos cítricos (49% de queda, 95,4 mil toneladas), a gasolina (93,5 mil toneladas, mais 6,4%), as carnes (72,7 mil toneladas, com um crescimento de 16,2%) e o milho (65,6 mil toneladas de movimentação, uma redução de 86,8%)

Desembarque

As importações tiveram um aumento ainda mais expressivo, contabilizando 21,1% a mais sobre seu total em fevereiro de 2016. O produto com maior participação foi o adubo, com 428,5 mil toneladas, um crescimento de 266,5%. O enxofre foi a segunda mercadoria em movimentação (251,8 mil toneladas), com aumento de 44,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Completam as cinco cargas com maior operação entre os desembarques: o óleo diesel (185,4 mil toneladas, com crescimento de 56,3%), o trigo (aumento de 30,9%, 113,5 mil toneladas) e o fosfato de cálcio (com 59,6 mil toneladas, uma queda de 5,4%).

Contêineres e navios

A operação de contêineres também fechou o mês em alta. Houve um avanço de 7,7%, chegando a 278.277 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ante os 258.450 TEU de fevereiro de 2016. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5,8%, com a movimentação de 558.25 TEU (no primeiro bimestre do ano passado foram 527.652 TEU).

Se a operação de contêineres for analisada em tonelagem, o índice de aumento é ainda maior, chegando a 9,4% no mês. De acordo com o balanço divulgado pela Codesp ontem, foram 3,16 milhões de toneladas, contra 2,89 milhões de toneladas em fevereiro do último ano. No acumulado, o avanço foi de 9,3%, chegando a 6,3 milhões de toneladas.

Enquanto as operações cresceram, o tráfego de navios caiu, ficando 2,5% menor do que no mesmo mês de 2016. No total, a Autoridade Portuária registrou 389 atracações, contra 399 em fevereiro do ano passado.

Fonte: A Tribuna

Forklift and Container

Contêineres terão estufagem e transporte até o cais monitorados

Todas as operações de estufagem (carregamento) de contêineres nos Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) do Porto de Santos deverão ser monitoradas por câmeras. E suas imagens terão de ficar armazenadas por 90 dias. Além disso, o transporte das caixas metálicas deverá ser rastreado até os terminais de embarque. Essas normas serão adotadas pela Receita Federal para garantir a segurança das operações.

Redex são instalações alfandegadas voltadas à exportação. Nelas, são feitos serviços de estufagem de contêineres e a entrega das caixas metálicas aos terminais portuários.

Antes das novas regras serem publicadas, a Alfândega do Porto de Santos receberá, de empresas do setor, sugestões sobre as normas. Isto porque a Aduana abriu uma consulta pública para definir as responsabilidades no transporte de contêineres entre os Redex e os operadores portuários.

As contribuições devem ser encaminhadas até o próximo dia 12, através da Associação Brasileira de Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC).

As normas que regem este tipo de instalação já são definidas. Mas, diante das notícias de apreensões de mais de três toneladas de drogas no cais santista apenas neste ano, a possibilidade de mudança de regras foi cogitada. De acordo com a Alfândega do Porto de Santos, a ideia é deixar o final da cadeia de exportação mais seguro. Isto inclui aprimorar a vigilância dos processos de estufagem e da entrega dos contêineres nos terminais onde as mercadorias são embarcadas nos navios.

A Aduana tem como objetivo definir claramente as responsabilidades em relação ao transporte das caixas metálicas. Assim, com as imagens e o rastreio das cargas, será possível apontar os culpados pelas tentativas de tráfico de drogas no Porto.

Para o presidente da ABTTC, Martin Aron, a consulta pública é uma medida acertada. Com ela, será possível que as empresas do segmento façam seus apontamentos e deem suas contribuições. “Nós solicitamos que fosse feita uma consulta pública dessa medida e que a gente fosse ouvido, para que elas não conflitem com outras práticas que nós temos”, destacou.

Segundo Aron, algumas firmas já adotam o monitoramento das operações através de câmeras, mesmo sem que este procedimento seja uma regra da Receita Federal. “Eu acredito que essas medidas serão acolhidas e aprimoradas. Nos próximos dias, chegarão as manifestações das empresas”, destacou.

Contribuições

A minuta da portaria com as novas regras está à disposição através do site da entidade empresarial – www.abttc.org.br. Segundo a entidade, as sugestões deverão ser apresentadas de forma objetiva e fundamentada.

Fonte: A Tribuna

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Embargos feitos à carne brasileira podem estrangular armazenamento no País

Os embargos feitos à carne brasileira poderão estrangular o sistema de armazenamento nacional e criar uma série de despesas adicionais para os produtores. Como é um mercado muito dinâmico, em que a produção é encaminhada quase que simultaneamente aos portos ou aos pontos de venda, qualquer entrave atrapalha o processo.

“Ainda estamos produzindo, mas se a situação não se regularizar podemos ter falta de local para armazenar”, afirma o diretor presidente da Lar Cooperativa Industrial, Irineo da Costa Rodrigues. A empresa do Paraná, que está fora da lista da Polícia Federal, tem uma área de armazenamento que suporta uma semana de produção. Passado esse tempo, a cooperativa poderá ter problema.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), também se mostrou preocupado com o sistema de estocagem de carnes. Segundo ele, a margem é de 7 a 8 dias. “Depois disso, as gôndolas e os navios precisam escoar o produto, senão o processo entra em colapso”,disse ele, ao chegar ontem para uma audiência com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O secretário estadual de Agricultura catarinense, Moacir Sopelsa, disse que existem cargas de frango e de suíno que não conseguem ser desembarcadas na China, em Hong Kong e na Rússia. Ele afirmou ainda que, por causa da operação, é certo que haverá prejuízo para a produção.

A Lar Cooperativa, por exemplo, tem 45 contêineres desembarcados e armazenados em terminais na China sem poder ser entregue aos clientes. Outras 127 unidades estão em trânsito e 45 continuam no Porto de Paranaguá, aguardando uma solução para ser embarcado. Enquanto isso, a empresa – que exporta 50% da produção de frango – terá de arcar com todos esses custos.

“Em relação à carga que ainda está no Brasil, o exportador fica no dilema se embarca ou não e frustra o armador, que sairá do porto sem o contêiner. Em termos comerciais, é um desastre”, diz Nelson Carlini, ex-presidente da CMA CGM, uma das maiores armadoras do mundo.

Segundo ele, para os terminais portuários, o armazenamento deve compensar a queda na demanda. Afinal, até que a carga seja embarcada, a empresa terá de pagar pelo tempo que o contêiner ficou parado no porto. Por outro lado, o volume de contêiner parado nos portos acaba dificultando a operação e atrapalhando a relação com outros clientes, afirma Carlini.

“Para os terminais, a melhor coisa é a rotatividade. Armazenamento faz parte da receita, mas não é bom para ninguém um contêiner ficar parado 30 dias”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão. Até ontem, os terminais que mais investiram em instalações para receber os chamados refeers (contêineres frigorificados) afirmaram que a operação ainda não tinha sido afetada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É

Carne fica presa no mar com suspensão chinesa a importações

Zhang Lian tem 270 toneladas de carne bovina brasileira congelada em um navio que navega rumo a Xangai e que talvez não seja aceita pela alfândega local quando chegar ao seu destino, no mês que vem.

A empresa de Zhang, a Shanghai Yadongsheng Import-Export, negocia US$ 200 milhões em carne por ano e faz parte da cadeia de abastecimento global que alimenta a China. A decisão da China de interromper as importações de carne brasileira enquanto as autoridades não garantirem que o produto é seguro preocupou alguns clientes de Zhang.

“É uma situação ruim”, disse Zhang, gerente de importação da Shanghai Yadongsheng, que se chama ADP Shanghai em inglês. “Estamos pedindo aos clientes que encomendaram esses contêineres que sejam pacientes. Estamos aconselhando os novos clientes a evitarem encomendar carne bovina brasileira em um futuro próximo.”

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango, respondendo por quase um quinto das exportações globais, e a Operação Carne Fraca, que investiga a possibilidade de parte desses alimentos estar estragada, atingiu importadores, transportadores, processadores de alimentos e clientes de todo o mundo.

A empresa de Zhang tem 10 contêineres de carne em alto-mar em um navio de contêineres da Hamburg Süd que deverá chegar a Xangai no fim de abril. A carne é destinada a supermercados e restaurantes, mas se a situação não for resolvida a tempo, terá que ser destruída.

A crise surgiu depois que as autoridades brasileiras anunciaram, em 17 de março, que estão investigando evidências de que produtoras de alimentos subornaram funcionários do governo para aprovar a venda de carne estragada. Os investigadores disseram que algumas salsichas e frios continham cabeça de porco e outras partes de animais, e que em alguns casos foi adicionado papelão a produtos feitos de carne e usado ácido para mascarar o odor a carne estragada.

Um mês de viagem

A carne do Brasil demora um mês ou mais para chegar aos portos asiáticos, por isso no momento os carregamentos já embarcados estão em um limbo. A China, incluindo Hong Kong, é o maior mercado de exportação da carne brasileira, comprando cerca de um terço dos US$ 5,5 bilhões em carne bovina exportada da maior economia da América Latina no ano passado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Hong Kong informou na terça-feira que também suspendeu temporariamente a importação de carne congelada, refrigerada e de ave do Brasil. A cidade é o maior ponto de transbordo de carne e de outros produtos para a China.

A Cofco Meat Holdings, unidade de capital aberto da gigante estatal de alimentos da China, recebeu as notícias da proibição no domingo e ligou para seu fornecedor no Brasil na segunda-feira. A Cofco pediu que o fornecedor não embarcasse a encomenda da empresa chinesa, disse Li, uma mulher da divisão de importação de carnes da empresa que informou apenas seu sobrenome. Ela disse que não tem nenhum contêiner à espera no mar.

Disse também que a empresa não cancelará o pedido enquanto não houver clareza a respeito de quanto tempo durará a disputa. Ela informou ainda que o governo comunicou que atualmente está investigando a situação e que até o momento não foi encontrado nada errado. A Cofco Meat vendeu 107.200 toneladas de carne congelada importada em 2015.

Fonte: Uol

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Investe São Paulo leva ao aeroporto de Guarulhos serviços gratuitos de apoio à exportação

A Investe São Paulo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Prefeitura de Guarulhos, promovem na quinta-feira, 30 de março, o 5º SP Export, a partir das 9h no Teatro Adamastor, na Av. Monteiro Lobato, 734 – Macedo, em Guarulhos.

O SP Export, programa de apoio às exportações paulistas, é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado de São Paulo.

A ação em Guarulhos é inteiramente gratuita e composta basicamente de duas frentes: o Seminário de Capacitação, com palestras e painéis com instruções importantes para ajudar empresas da região a exportar, conquistando novos mercados para seus produtos, e o Poupatempo do Exportador, que concentra, no mesmo espaço, a possibilidade de atendimento por diversas empresas e instituições essenciais nesse processo.

“O objetivo é auxiliar pequenas, médias e grandes empresas a desenvolver novos negócios, ganhar competitividade e gerar empregos e renda por meio das exportações”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador de SP, Márcio França, que lançou o SP Export em 2015.

“Apostamos na internacionalização das empresas como propulsoras da inovação e do desenvolvimento de negócios. E o programa já deu resultados, como comprovou o crescimento das exportações no Estado de SP e no Brasil em 2016”, disse Sérgio Costa, diretor de Relações Institucionais da Investe São Paulo.

Para o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa (Guti), “A localização estratégica da cidade Guarulhos, que abriga o maior aeroporto da América Latina e é cortada pelas principais rodovias do país, a torna ideal para a instalação das empresas que trabalham com exportação”.

“Nosso objetivo durante os próximos quatro anos é colocar Guarulhos como a segunda cidade com mais empresas exportadoras no Estado e a 12ª no País. Para isso contamos com o apoio da Investe SP e do Governo do Estado para que possamos chegar a 1000 empresas que exportam, aumentando a competitividade de nossa indústria e fortalecendo a geração de riquezas”, afirma o secretário de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnologia e Inovação da cidade, Rodrigo Barros.
O evento conta também com parcerias do IPT, Fundepag, Ceciex, Correios, Sebrae-SP, Desenvolve SP e Fiesp/Ciesp.

Seminário SP Export e Poupatempo do Exportador

Após a cerimônia de abertura serão realizadas palestras curtas ao longo do dia. Ao mesmo tempo atuará o Poupatempo do Exportador, por meio de representantes de instituições públicas e privadas, sempre disponíveis para prestar atendimento ao empreendedor in loco, adiantando informações importantes e tirando dúvidas, sobre os seguintes temas:

• Capacitação (Ceciex, Correios, Sebrae-SP)
• Financiamento (Desenvolve SP)
• Adequação de Produtos (IPT, Fundepag)
• Estudos de Inteligência Comercial (Apex-Brasil,Fiesp/Ciesp, Investe SP)

Já as palestras abordarão temas como premissas básicas para negócios internacionais, formação de preços, pagamentos, linhas de financiamento, entre outros.

Confira como foram as edições do SP Export em Campinas, Sorocaba, Franca e Ribeirão Preto.

(*) Com informações da Investe SP

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Ministro dos Emirados Árabes vem ao Brasil tratar de comércio, investimentos e cooperação

Brasília – O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos, Xeique Abdullah bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, realiza visita oficial a Brasília nesta quinta-feira (16) para tratar com os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) de temas de comércio, investimentos e cooperação técnica. Durante a visita devem ser assinados acordos sobre serviços aéreos e sobre a isenção de vistos entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos.

A agenda do ministro Abdullah bin Zayed bin Sultan Al Nahyan em Brasília terá audiência com o presidente Michel Temer e reuniões com os ministros Aloysio Nunes, Marcos Pereira e Raul Jungman (Defesa) e com o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira. De Brasília, o ministro dos Emirados Árabes seguirá para São Paulo e no próximo dia 21 ele participará, na capital paulista, da inauguração da nova sede do Consulado-Geral dos Emirados Árabes Unidos e manterá encontros com o governador Geraldo Alckmin e com o prefeito João Doria Junior.

O Itamaraty destaca que Brasil e Emirados Árabes Unidos mantêm importante parceria econômica. Entre 2000 e 2016, o intercâmbio comercial Brasil-EAU cresceu 785%, chegando a US$ 2,6 bilhões em 2016, com superávit brasileiro de US$ 1,9 bilhão, o sexto maior saldo brasileiro naquele ano. Os Emirados, juntamente com a Arábia Saudita, são os maiores compradores de produtos brasileiros na região do Oriente Médio.

A pauta exportadora brasileira para os Emirados é integrada, entre outros produtos, por carne de frango, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio e tubos de ferro fundido. Dos Emirados o Brasil importa sobretudo ureia, enxofre e quadros e painéis com aparelhos para comando e distribuição de energia.

Além disso, os Emirados Árabes Unidos são grandes investidores internacionais, especialmente por meio de seus fundos soberanos. Estima-se que os investimentos emiráticos no Brasil somem US$ 5 bilhões. O país também é um grande centro de negócios e representa porta de entrada para empresas brasileiras nos países do Golfo Pérsico e no Oriente Médio.

Devido à sua característica de entreposto comercial, mais de 30 empresas brasileiras contam com escritórios no país, utilizando-o como plataforma para suas exportações na região. A Agência de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por sua vez, mantém escritório em Dubai para apoiar as empresas brasileiras, promover exportações na região do Oriente Médio e atrair novos investimentos para o Brasil.

Com informações do Itamaraty

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Minério de ferro salta 5% na China com máxima de 3 anos do aço

Os contratos futuros do minério de ferro negociados na China subiram mais de 5 por cento nesta quarta-feira, com os preços do aço avançando para o seu maior valor em mais de três anos, diante de expectativas de demanda firme.

Operadores comentaram que Pequim deve incentivar investimentos em infraestrutura e que as vendas de imóveis estão crescentes.

O mercado de minério de ferro teve nesta semana uma forte recuperação. Os contratos futuros do aço na China sustentam os preços.

“Continuamos a acreditar nos investimentos da China em infraestrutura em 2017 para impulsionar o crescimento, com os líderes se preparando para as eleições em novembro”, afirmou analista do Commonwealth Bank of Austrália Vivek Dhar em nota.

O vergalhão mais ativo da Bolsa de Futuros de Xangai subiu para 3.692 iuanes (534 dólares) por tonelada, seu maior valor desde fevereiro de 2014. O contrato fechou em alta de 1,6 por cento a 3.641 iuanes.

O minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 5,5 por cento para terminar a 724,50 iuanes a tonelada, depois de ter tido um pico de duas semanas de 730,50 iuanes mais cedo.

Fonte: Reuters