Rubens Barbosa considera positivas mudanças implantadas pelo governo na área internacional

Dias após o governo de Michel Temer anunciar mudanças nas estruturas que regem e influenciam o comércio exterior brasileiro, especialistas do setor se reuniram na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para participar da reunião mensal do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) e discutir o impacto das medidas.

Dias após o governo de Michel Temer anunciar mudanças nas estruturas que regem e influenciam o comércio exterior brasileiro, especialistas do setor se reuniram na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para participar da reunião mensal do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) e discutir o impacto das medidas.

Entre as principais transformações estão a vinculação da Câmara de Comércio Exterior (Camex) à Presidência da República e a incorporação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) ao Ministério de Relações Exteriores (MRE).

Ao iniciar o encontro, na manhã desta terça-feira (17/5), o presidente do Coscex, embaixador Rubens Barbosa, ressaltou que boa parte das mudanças vinha sendo defendida pelo grupo desde 2014. “São temas que vínhamos discutindo há mais de dois anos. Tinha que haver um fortalecimento do processo decisório, é isso que sempre defendemos”, explica. “Até agora, as medidas que estão sendo anunciadas pela nova administração são muito positivas, uma vez que transformam o Itamaraty, novamente, em um órgão efetivo de defesa e promoção nacional.”

Convidado para explicar melhor o assunto, o especialista e consultor Weber Barral afirmou que após um longo período durante o qual a Camex “foi sendo “esvaziada”, a mudança de regimento irá conferir “um status ao comércio exterior que o Brasil nunca teve. Claramente, haverá um foco maior em negociações comerciais e acho até que esse governo vai tentar se diferenciar sendo mais agressivo nessa área. A expectativa é que haja uma real determinação política”.

Em relação à incorporação da Apex ao MRE, o embaixador Barbosa considera que o orçamento da Apex – que é praticamente um quarto do orçamento do Itamaraty (R$ 560 milhões e R$ 2 bilhões, respectivamente) – poderá melhorar o apoio ao exportador. “A unificação da coordenação entre Apex e Promoção Comercial é benéfica, [pois] você fortalece este segundo com o dinheiro que gastava na duplicação de ações efetuadas pelo primeiro”, explica. “A melhora na coordenação entre as áreas irá, certamente, melhorar o apoio ao exportador.”

Fonte: Fiesp

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